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CONJUNTIVITE NEONATAL

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
CONJUNTIVITE NEONATAL 
DEFINIÇÃO: 
- A conjuntivite neonatal ou oftalmia neonatal é definida como uma conjuntivite purulenta do recém-
nascido (RN), nas primeiras quatro semanas de vida (28 dias), usualmente adquirida durante o seu 
nascimento, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas, ou por colírios usados 
logo após o nascimento. 
EPIDEMIOLOGIA: 
- Dados da Organização Mundial da Saúde de 2001 evidenciam que a infecção genital por Chlamydia 
trachomatis é a - IST (infecção sexualmente transmissível) bacteriana mais comum em todo o mundo. 
PREVENÇÃO DAS OFTALMIAS NEONATAIS: 
 o Departamento Científico de Neonatologia da SBP enfatiza a necessidade do método de Credé 
e endossa as recomendações medicamentosas do Ministério da Saúde, até que evidências de 
potencialmente melhores práticas clínicas estejam disponíveis. 
 O uso da povidona a 2,5% (colírio) considerando sua menor toxicidade em relação ao nitrato de 
prata a 1% (Ministério da Saúde, 2013) 
 Utilização da pomada de eritromicina a 0,5% e, como alternativa, tetraciclina a 1% para 
realização da profilaxia da oftalmia neonatal. 
 A utilização de nitrato de prata a 1% deve ser reservado apenas em caso de não se dispor de 
eritromicina ou tetraciclina (2017 – Ministério da Saúde), ainda que o ideal seja a formulação em 
colírios. 
TIPOS DE CONJUNTIVITE NEONATAL: 
CONJUNTIVITE QUÍMICA: 
 É causada pelo nitrato de prata, instilado nos olhos de recém-nascidos como profilaxia contra 
gonococo. 
 O quadro é leve, bilateral, inicia até o segundo dia de vida e resolve espontaneamente em 3 a 4 
dias. Não necessita tratamento 
CONJUNTIVITES ADQUIRIDAS NO CANAL DE PARTO: 
 A conjuntivite adquirida no canal de parto pode ser causada por gonococo, clamídia ou, menos 
frequente, por herpes simples. 
 Ocorre em neonatos nascidos por parto vaginal. 
 Podem estar relacionadas a complicações oculares e sistêmicas graves 
CONJUTIVITE GONOCÓCCICA: 
 Inicia na primeira semana de vida (1 a 7 dias; excepcionalmente mais tardiamente, até 21 dias) 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
 . A conjuntivite é bilateral, tem instalação hiperaguda 
e é severa, com edema palpebral importante e secreção 
purulenta abundante. 
 Se não tratada, pode evoluir para úlcera de córnea, 
perfuração ocular e cegueira. 
 Há necessidade de internação se suspeita de artrite, 
meningite ou sepse. 
 
CONJUNTIVITE CLAMIDIANA: 
 Inicia geralmente na segunda ou terceira semanas de vida 
(5 a 19 dias). 
 Pode ser uni ou bilateral 
 A secreção ocular pode ser purulenta, mucopurulenta, 
membranosa e/ou hemática, e persiste por até 12 meses se não 
tratada. Pneumonite, rinite e otite podem estar associadas 
 
 
CONJUNTIVITE BACTERIANA: 
 A conjuntivite bacteriana aguda pode ser uni ou bilateral, apresenta secreção mucopurulenta 
leve a moderada, geralmente inicia no final da primeira semana de vida, mas pode ocorrer em 
qualquer período neonatal. 
 O agente mais frequente é o estafilococo. 
 É autolimitada, com resolução em até 7 dias 
OBSTRUÇÃO CONGÊNITA DE VIA LACRIMAL: 
 Ocorre unilateralmente e cursa com lacrimejamento ocular persistente nos primeiros meses de 
vida. 
 A conjuntivite bacteriana aguda ipsilateral é uma complicação frequente da obstrução e pode ser 
recorrente. 
 Como o recém nascido tem menor produção de lágrima, as conjuntivites associadas à obstrução 
de via lacrimal tendem a ocorrer após o período neonatal 
CONJUNTIVITE HERPÉTICA: 
 A conjuntivite herpética inicia até a segunda semana de vida, está associada à lesões 
vesiculares na pele e possivelmente à encefalite. 
 A doença herpética em recém-nascido requer internação hospitalar. 
DIAGNÓSTICO: 
- Em todos os casos de suspeita de conjuntivite infecciosa em neonatos, a conduta é: 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
 Coletar material (raspado conjuntival com swab) para bacterioscopia e cultura. 
 Na indisponibilidade de realizar coleta ou de encaminhar para serviço de referência, recomenda-
se realizar tratamento empírico conforme características da conjuntivite e período de incubação. 
TRATAMENTO: 
 Na suspeita de conjuntivite bacteriana aguda, tratar com antibiótico tópico de amplo espectro 
(cloranfenicol colírio 0,4% ou tobramicina colírio 0,3%, 4 em 4 horas, por 5 a 7 dias). 
 Na suspeita de conjuntivite gonocócica ou clamidiana, tratar com antibioticoterapia sistêmica 
conforme o início do quadro: 
1. Início entre o 2º-4º dia de vida: realizar tratamento para gonococo. 
2. Início entre o 5º-21º dias de vida: realizar tratamento para gonococo e clamídia. 
3. Início a partir do 22º dia de vida: realizar tratamento para clamídia. 
Recomenda-se tratar também à mãe e ao parceiro para infecção por gonococo e clamídia (Ceftriaxone 
500mg, intramuscular, em dose única e Azitromicina 1 g, via oral, em dose única), além de se realizar o 
exame genital e sorologias para sífilis, HIV e hepatites B e C, após aconselhamento. 
CONJUNTIVITE POR GONOCOCO: 
 Ceftriaxone 25-50 mg/kg (máximo de 125 mg), intravenoso ou intramuscular, em dose única 
CONJUNTIVITE POR CLAMÍDIA: 
 Eritromicina 50 mg/kg/dia, via oral, dividida em 4 doses, por 14 dias 
CONJUNTIVITE POR HERPES VÍRUS: 
 Tratamento é feito com Aciclovir tópico e EV

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