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Ação de interdição com pedido de curatela

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EXCELENTISSÍMO JUIZ DOUTOR DE DIREITO DA VARA DA FAMÍLIA E 
SUCESSÕES DO FÓRUM REGIONAL DO JABAQUARA DA COMARCA DE SÃO 
PAULO. 
 
 
 
 
 
MARILDA, brasileira, casada, profissão, portadora da cédula de identidade nº xxx, inscrito 
no CPF/MF sob o nº xxx, residente e domiciliado à Rua xxx, xxx, xxx, xxx, CEP: xxx, 
endereço eletrônico: xxx, por sua advogada constituída nos autos, com endereço profissional 
situado à Rua xxx, nº xxx, xxx, xxx, CEP: xxx, vem à presença de Vossa Excelência ajuizar 
a presente: 
 
AÇÃO DE INTERDIÇÃO COM PEDIDO DE LIMINAR DE CURATELA 
PROVISÓRIA 
 
Em face de SEBASTIÃO, brasileiro, casado, motorista de ônibus, portador da carteira de 
identidade nº XXX e do CPF nº XXX, residente e domiciliado(a) no (Endereço), pelos fatos 
e fundamentos a seguir expostos 
 
I- DOS FATOS 
 
A autora com o objetivo de cuidar dos interesses da família, pagar as contas, despesas 
cotidianas e remédios para Sebastião, que se encontra internado no Hospital das Clinicas X, 
no qual esta regularmente empregado, necessita da tutela judicial, com urgência, a fim de 
acessar a conta bancária que está apenas em nome de Sebastião e se encontra incapaz de firmar 
procuração. 
 
 
 
 
II- DA JUSTIÇA GRATUITA 
A Autora não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo próprio 
ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, sob égide no Novo Código 
de Processo Civil, art. 98 c/c caput e parágrafo 3º do artigo 99, ambos do CPC c/c o artigo 5°, 
LXXIV, da Constituição Federal, em virtude de não possuir recursos suficientes para arcar 
com as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios. Desse modo, o(a) autor(a) 
faz jus à concessão da gratuidade de Justiça, motivo pelo qual exerce neste ato o direito 
constitucionalmente assegurado à assistência jurídica integral e gratuita. Insta ressaltar que 
entender de outra forma seria impedir os mais humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior 
dos cidadãos no Estado Democrático de Direito. 
 
 
III- DO DIREITO. 
 
 
A ação de interdição está disposta no Código de Processo Civil entre os procedimentos de 
jurisdição voluntária (arts. 747 a 763 do CPC) e deverá ser ajuizada quando determinada 
pessoa tem comprometida a sua capacidade, em função de uma determinada anomalia que lhe 
retira a aptidão para reger a sua pessoa e administrar os seus bens. 
 
 Conforme exposto, resta demonstrado nos autos, pelos documentos médicos, que dada a sua 
condição de enfermidade e ausência de discernimento, não possui condições de gerir e 
administrar sua pessoa e seu patrimônio, sendo imprescindível a presente ação de interdição, 
com pedido liminar de tutela provisória. 
 
 
IV- DA TUTELA ANTECIPATÓRIA DE URGÊCIA. 
O artigo 300 do CPC, dispõe que será concedida tutela de urgência quando houver elementos 
que evidenciem a probabilidade do direito e perigo de dano ao resultado útil do processo. (II) 
a tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após a justificativa prévia. 
Nesse sentido, requer seja concedida tutela, para que o autor volte a ver seus filhos, diante do 
afastamento, os vínculos entre o autor e seus filhos ficam, irremediavelmente, 
maculados, tudo com fundamento no art. 1.585 do Código Civil. 
 
V- DO PEDIDO. 
Ante o exposto, considerando que a pretensão da autora encontra respaldo no art. 1.767, 
I, do Código Civil requer: 
a) os benefícios da justiça gratuita (art. 5º, LXXIV, CF e 98 e seguintes do CPC); 
b) intimação do representante do Ministério Público (art. 752, § 1º, CPC); 
 c) a concessão, in limine litis, da curatela provisória, mediante compromisso (art. 749, 
parágrafo único, CPC); 
 d) a nomeação de curador especial para receber a citação e para representar os 
interesses do interditando neste feito, tendo em vista que ele não reúne condições 
pessoais para tanto (art. 752, § 2º, CPC); 
 e) a citação do réu, na pessoa do seu curador, para que, querendo, ofereça resposta no 
prazo legal; 
f) seja a entrevista feita em “inspeção judicial”, uma vez que o interditando não pode se 
locomover (não anda, não se levanta), nem pode ser removido sem colocar em risco a 
sua própria vida (art. 751, § 1º, CPC); 
g) seja o réu colocado, quanto às questões patrimoniais e negociais, inclusive e 
principalmente quanto ao recebimento de verbas salariais e previdenciárias, sob a 
curatela da autora, mediante compromisso, expedindo-se o edital e mandado referidos 
no § 3º, do art. 755 do Código de Processo Civil, bem como a condenação das custas e 
honorários advocatícios. 
Provará o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial pela 
juntada de documentos, perícia médica, oitiva de testemunhas e outras perícias que se 
fizerem necessárias. 
VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 para fins de alçada. 
 
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento. 
Local _____, data _______ 
Advogada 
OAB/UF

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