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Curso Direito Disciplina Prática Jurídica IV Professor Leonardo Santana Aluno(a) Felipe dos Santos Ramos Matrícula 20141101084 EXCELENTÍSSIMO JUIZO DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE MACAÉ-RJ CAIO MARIO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do Registro Geral número XXX e do Cadastro Nacional de Pessoas Físicas número XXX, residente e domiciliado na cidade do Rio de Janeiro-RJ , e-mail: XXX, Telefone: XXX, vem, por seu Advogado ( com procuração em anexo), com todo respeito à presença de Vossa Excelência ajuizar, com fulcro art. 731, III, do Código de Processo Civil, a seguinte AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. de sua mãe, MARIA SILVA, pensionista, viúva, idosa de 92 anos, com CPF XXX e RG número XXX; em face de ORLANDO GOMES , nacionalidade, profissão, com RG de número XXX e CPF número XXX, ambos residentes e domiciliados em Macaé-RJ , pelos fatos e fundamentos que passa a expor. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO Nos termos do art.334, § 5º do Código de Processo Civil, o requerente desde já manifesta, pela natureza do litígio, interesse em na conciliação. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Com amparo na Lei 1.060/50 e consonante o artigo 98 do CPC o Exequente pleiteia pelos benefícios da assistência judiciária gratuita, declarando neste ato, que não possui condições de suportar as custas processuais e honorários advocatícios, sem que isso prejudique o seu sustento e de sua família conforme atesta em declaração inclusa nesse processo, em anexo também comprovantes de renda como prova da hipossuficiência financeira do autor. Sendo assim, desse já, requer a concessão da gratuidade de justiça. DOS FATOS O autor é irmão mais velho do demandado e filho da sra. Maria, conforme se depreende da certidão de nascimento acoplada aos autos. Ocorre que a genitora morava com o irmão mais novo na cidade do Rio de Janeiro. Mas após uma certa temporada morando com o irmão mais novo em Macaé, o requerente foi tendo sua visita à mãe dificultada, em razão das dificuldades de locomoção da idosa e por essa não se encontrar no pleno gozo das faculdades mentais. Até chegar ao ponto de ser totalmente proibida pelo demandado. Não existindo diálogo entre as partes, fez-se necessário ao autor buscar o judiciário afim de que estipule o direito de visitação à sua mãe. DOS FUNDAMENTOS Reza o artigo 229 da Constituição Federal que os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. De forma que é dever autor zelar pela sua genitora. O mesmo constituinte letrou no art. 230 do Texto Constitucional que a família tem o dever de amparar as pessoas idosas, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. O direito de visitação está relacionado com alguns princípios constitucionais, como o princípio da afetividade, da solidariedade familiar, da dignidade da pessoa humana e o melhor interesse do idoso. Continua o Estatuto do Idoso prevendo no art. 3º o direito do idoso à convivência familiar. Esse direito de convivência deve ser o mais pleno possível, de forma a propiciar o convívio com ambos os filhos, e não apenas com um deles. A idosa em questão, acrescenta-se, sempre manifestou vontade de ver o filho-autor da demanda, de forma que sua vontade não está sendo respeitada pelo filho-réu dessa ação. DA REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS É direito fundamental dos idosos ter consigo a presença de seus filhos, o carinho, a companhia e amizade e não se pode negar também que é direito do autor poder desfrutar da convivência com sua mãe. Maria Berenice Dias (Manual de Direito das Família, 2011, p. 447) esclarece que: A visitação não é somente um direito assegurado ao pai ou à mãe, é direito do próprio filho de com eles conviver, o que reforça os vínculos paterno e materno-filial. (...) Consagrado o princípio proteção integral, em vez de regulamentar as visitas, é necessário estabelecer formas de convivência, pois não há proteção possível com a exclusão do outro genitor. De acordo com o melhor interesse da idosa, o autor entende e requer que seja regulamentada a visita da seguinte forma: XXX Da tutela provisória Presentes os requisitos da probabilidade do direito, visto ser um dever constitucional do filho em ajudar a cuidar de sua mãe, como também é um direito do filho de conviver com sua genitora e do perigo de dano irreversível para a mãe (art. 300, CPC/15), tendo em vista a urgência, o autor faz jus a concessão da tutela provisória em caráter antecedente com fulcro no artigo 303, CPC/15. Desde já, informa o autor que não haverá necessidade de aditamento posterior da petição inicial, dispensando-se alteração de procedimento. Ainda, considerando os arts. 300 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, requer a antecipação dos efeitos da tutela, inaudita altera parte, para que o requerente possa exercer de pronto seu direito de visita. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: a) A antecipação dos efeitos da tutela de urgência (art. 300 do Novo CPC), inaudita altera parte, para que o autor exerça de pronto seu direito, nos termos delineados supra, porquanto presentes, como demonstrado acima os requisitos de verossimilhança das alegações, de prova inequívoca, bem como o fundado receio de dano irreparável; b) A citação do réu, nos termos do art. 238 e seguintes do CPC, para que compareça em audiência instrução e julgamento, a ser designada por este Douto Juízo, onde, se quiser, poderá oferecer resposta, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia (art. 344 do Novo CPC); c) A intimação do ilustre representante do Ministério Público para intervir no feito ad finem (art. 178, II, do Novo CPC); d) A concessão do benefício da Justiça Gratuita, nos termos das Constituição Federal (art. 5º, LXXIV) e da Lei n. 1.060/1950 (art. 2º, caput e parágrafo único); e) A regulamentação do direito de visitas, conforme XXX; f) Após o trânsito em julgado requer o pagamento dos Honorários de sucumbência pelo réu; g) Que ao final seja julgada Totalmente Procedente a demanda com as condenações de praxe. DAS PROVAS Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova permitidos em lei, especialmente depoimento pessoal do réu; prova testemunhal. Dá-se à causa o valor de R$ XXX Nestes termos, pede deferimento. Local e data. Nome do(a) advogado(a) OAB XXXXXX
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