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Relatório de bioimpedância

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA: AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
PROFESSORA: Drª Karoline de Macêdo Gonçalves Frota 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOIMPEDÂNCIA 
 
 
HELLEN SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2022 
 
HELLEN SOARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO BIOIMPEDÂNCIA 
 
PROFESSORA: Drª Karoline de Macêdo Gonçalves Frota 
ESTAGIÁRIA: Vanessa da Silva do Nascimento 
MONITOR: Felipe de Costa Campos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2022 
 
1 INTRODUÇÃO 
A bioimpedância elétrica (BIA) é um método não invasivo e de fácil aplicação, 
e tem sido validada para estimar a composição corporal e o estado nutricional tanto 
em indivíduos saudáveis, quanto nos doentes, e em diversas situações clínicas, como 
desnutrição, traumas, câncer pré e pós-operatório, doenças hepáticas e insuficiência 
renal em crianças, idosos e atletas. A estimativa da composição corporal constitui uma 
importante etapa na identificação de possíveis distúrbios nutricionais e nas 
intervenções dietética e dietoterápica (SAMPAIO, 2012) 
A propriedade elétrica dos tecidos tem sido estudada desde 1871, mas 
somente em 1970 os fundamentos da BIA foram descritos e, desde então, uma 
variedade de aparelhos foram postos no mercado. Há vários tipos de equipamentos, 
mas o modelo mais comumente utilizado é o tetrapolar no qual se usam quatro 
eletrodos aplicados à mão, ao pulso, ao pé e ao tornozelo, e então uma corrente 
elétrica é aplicada aos eletrodos-fonte (distais) e a queda da voltagem, devido à 
impedância, é detectada pelos eletrodos proximais (DE BRITTO, 2008). 
Esse método baseia-se no princípio da condutividade elétrica para estimativa 
dos compartimentos corporais. A avaliação da composição corpórea por meio da BIA 
é feita pela passagem de uma corrente elétrica de baixa amplitude e de alta 
frequência. Os tecidos magros são altamente condutores de corrente elétrica pela 
grande quantidade de água e eletrólitos; por outro lado, a gordura e o osso são 
condutores fracos de corrente elétrica (MUSSOI, 2014). 
A passagem da corrente elétrica por um condutor vai depender do volume do 
condutor, do corpo, do comprimento do condutor, que corresponde à altura, e de sua 
impedância, a qual indica a resistência à passagem de corrente elétrica. Portanto, a 
impedância é diretamente proporcional ao comprimento do condutor e inversamente 
proporcional ao diâmetro do condutor (MUSSOI, 2014). 
Existe uma variedade de aparelhos de BIA disponíveis no mercado que avaliam 
a composição corporal de diferentes formas: por região, quando a corrente atravessa 
apenas a porção superior ou inferior do corpo (BIA mão-mão ou pé-pé); total, quando 
a corrente atravessa todo o corpo (BIA mão-pé), e segmentar, onde os segmentos 
corporais ou membros separadamente podem ser avaliados (SAMPAIO, 2012). 
 O emprego da BIA na avaliação da composição corporal tem se tornado comum 
em diversas situações clínicas, mas existem algumas controvérsias sobre seu uso, 
principalmente em condições em que há uma alteração do estado de hidratação do 
 
indivíduo, a exemplo dos casos de hiperhidratação, que podem superestimar o valor 
da massa magra corporal (SAMPAIO, 2012). 
 Diante do exposto, nota-se a abrangência da BIA, na identificação de diversos 
distúrbios e na avaliação da composição corporal de diversos indivíduos. Nesse 
sentido, essa prática objetiva avaliar a composição corporal através da bioimpedância 
elétrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 METODOLOGIA 
A presente prática foi realizada no Laboratório de Fisiologia, no Departamento 
de Biofísica e Fisiologia, da Universidade Federal do Piauí, campus Ministro Petrônio 
Portella, Teresina-PI, no mês de agosto de 2021. 
A bioimpedância utilizada foi a InBody. Em primeiro lugar, o indivíduo foi 
orientado a usar roupas leves no dia da prática, e no momento de realização do teste 
ele retirava os calçados e se deitava na maca. Em seguida, o local onde era posto os 
eletrodos eram limpos. O primeiro par de eletrodos, eram colocados nos dedos da 
mão, sendo o de fio vermelho conectado no dedo médio e o eletrodo com fio preto no 
polegar. O segundo par de eletrodos foram posicionados nos tornozelos, obedecendo 
a posição correta dos lados (direito e esquerdo). 
Após o acondicionamento dos dispositivos no indivíduo, dava-se início ao teste 
e os resultados era obtidos no computador conectado a bioimpedância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 Após a realização da bioimpedância em 2 indivíduos (mulheres adultas), foram 
obtidos resultados da análise de composição corporal; de músculo - gordura; de água 
segmentar; de obesidade; de massa magra segmentar; da taxa de AEC e de alguns 
dados adicionais. Conforme mostram nos quadros abaixo: 
Quadro 1. Análise da composição corporal. Teresina, 2022. 
ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 Água Corporal 
Total (L) 
Proteína (kg) Minerais (kg) Massa de 
Gordura (kg) 
Indivíduo 1 27,2 
(26,3 ~ 32,1) 
7,1 
(7,0 ~ 8,6) 
2,75 
(2,43 ~ 2,97) 
8,3 
(10,3 ~ 16,5) 
Indivíduo 2 28 
(28,4 ~34,7) 
8 
(7,7 ~ 9,4) 
3,07 
(2,63 ~ 3,21) 
15,1 
(11,2 ~ 17,8) 
Fonte: Dados da Pesquisa. 
Quadro 2. Análise Músculo – Gordura. Teresina, 2022. 
ANÁLISE MÚSCULO - GORDURA 
 Peso (kg) Massa Muscular 
Esquelética (kg) 
Massa de 
gordura (kg) 
Indivíduo 1 45,4 (normal) 19,6 (normal) 8,3 (abaixo) 
Indivíduo 2 54,2 (normal) 22,2 (normal) 15,1 (normal) 
Fonte: Dados da Pesquisa. 
 Ao observar o quadro 1, pode-se identificar que a análise corporal de ambos 
os indivíduos encontram-se dentro dos padrões referenciados para cada um, 
conforme seus respectivos dados (peso; altura; idade), com exceção da massa de 
gordura do participante 1, que está um pouco abaixo do valor de referência (8,3 kg; 
sendo em média de 10,3 ~ 16,5). 
 Um estudo de Jesus (2018) comparou a composição corporal de adultos jovens 
(ambos os sexos) por meio da bioimpedância e verificou-se que havia incidência de 
 
obesidade em 79,8% destes, ou seja, possuíam massa de gordura bastante elevada 
em comparação os valores enquadrados como dentro da normalidade. 
 Em consonância, Vicelli (2020) avaliou a composição corporal de 163 
estudantes do sexo feminino entre 18 a 25 anos, e constatou que 54,60% da 
população estudada estão acima do índice esperado para a massa de gordura. 
Resultados contrários aos apresentados no presente trabalho, no qual nenhuma 
participante possui a massa de gordura elevada. 
 Em relação ao quadro 2, observa-se que os resultados do discente 2 está 
normal em todos os parâmetros: peso; massa muscular esquelética e massa de 
gordura. Em contrapartida, a participante número 1, como já discutido anteriormente, 
possui a massa de gordura inferior à normalidade, apesar de ter o peso dentro do 
parâmetro. Isso pode ser explicado pela proporção entre a quantidade de músculo e 
gordura, decorrentes de uma alimentação mais saudável e associada ao exercício 
físico frequente. 
 Zeballos et al (2020) ao analisar a composição corporal de estudantes de 
Nutrição, identificou o valor mínimo de massa de gordura de 14,02 em mulheres e 
9,89 em homens, valor próximo ao resultante do indivíduo 1 na tabela 2, contudo, para 
homens este valor é considerado normal dentre os pontos de corte de referência, pois, 
o sexo masculino possui maior quantidade de massa muscular esquelética e menor 
quantidade de gordura, divergente do sexo oposto. 
 No estudo de Vicelli (2018), a elevada taxa de jovens adultas com alto teor de 
massa de gordura é relacionada principalmente com a frequência alimentar, pois 
60,11% afirmaram que consomem comidas com excesso de gordura animal, açúcar, 
sal e industrializados. Dessa maneira, o consumo elevado dessesalimentos é um fator 
para o aumento da quantidade de gordura e, proporcionalmente, sua baixa ingestão 
é relacionada diretamente com menores taxas de massa gorda. 
 É importante ressaltar que os resultados podem ter alterados conforme o 
estado fisiológico de na pessoa durante a realização do exame de bioimpedância. 
Vicelli (2018) aponta que na avaliação da Bioimpedância Elétrica, as participantes que 
estavam em período menstrual, que realizaram atividade física 24h antes da avaliação 
e que se alimentaram 2 horas antes, ingeriram líquido 2h antes e/ou ingeriram café no 
dia foram excluídas do estudo, pois são fatores que interferem na veracidade dos 
resultados. 
 
 Ademais, conforme Andrade et al. (2018), é necessário ter bastante cautela ao 
analisar resultados de bioimpedância pois, inconsistências nos valores esperados 
podem surgir e comprometer a avaliação dos dados obtidos. 
Quadro 3. Análise da Água Segmentar. Teresina, 2022. 
Análise da Água Segmentar 
 Braço 
Direito 
Braço 
Esquerdo 
Tronco Perna 
Direita 
Perna 
Esquerda 
Indivíduo 1 1,22L 
(1,18 ~ 
1,78) 
1,18L 
(1,18 ~ 1,78) 
11,8 L 
(12,1 ~14,8) 
4,37 L 
(4,21 ~ 
5,15) 
4,51 L 
(4,21 ~ 5,15) 
Indivíduo 2 1,12 L 
(1,27 
~1,91) 
1,05 L 
(1,27 ~1,91) 
11,8 L 
(13,1 – 
16,0) 
6,10 L 
(4,55 ~ 
5,56) 
5,95 L 
(4,55 ~5,56) 
Fonte: Dados da Pesquisa. 
 Conforme o quadro 3, o participante 1 enquadra-se em todos os padrões 
relacionados à água segmentar, com exceção do tronco que possui quantidade um 
pouco inferior à referência. Em contrapartida, ao analisar a água segmentar da 
discente 2, nos braços esquerdo e direito e no tronco, a quantidade em L está inferior 
ao ponto de corte fornecido, no entanto, em relação as pernas direita e esquerda, os 
teores estão acima da normalidade. 
 Na literatura de Barbosa e Figueiredo (2020) foi observado a quantidade de 
água segmentar em mulheres durante as 3 fases do ciclo menstrual, os resultados 
mostraram que não existe diferença significativa entre as 3 avaliações, tendo estes 
valores semelhantes aos encontrados neste estudo, diferenciando-se apenas na água 
segmentar no tronco, as quais estão conforme a referência, diferente dos resultados 
presentes na tabela acima. No estudo de Hicks (2017), embora as mulheres relatem 
se sentirem mais inchadas ao longo do ciclo menstrual, essas sensações não são 
acompanhadas por mudanças nos resultados da composição corporal, não de forma 
significativa. 
 Cumberledge et al. (2018), analisou 43 universitárias, onde a composição 
corporal foi avaliada quatro vezes durante o ciclo menstrual com o período de exatos 
 
7 dias entre as avaliações, através de quatro diferentes modelos de dispositivos de 
balança de bioimpedância, sendo eles o Tanita® modelo TBF-300 e TBC-418, além 
do 25 modelo InBody 520 e InBody 720, no qual foi realizado análise segmentar de 
braços, pernas e tronco. Em concordância com a literatura apresentada 
anteriormente, os resultados encontrados apontam que não foram encontradas 
diferenças estatisticamente significativas nas análises segmentares de água corporal 
total, água intracelular, água extracelular ou medidas de composição corporal em 
qualquer fase do ciclo menstrual. 
 Diante do exposto, várias literaturas apontam que um dos critérios de exclusão 
na realização da bioimpedância é a proximidade e/ou está no início do ciclo menstrual, 
à exemplo do estudo de Vicelli (2018) pois pode alterar os resultados obtidos. 
Entretanto, outros estudos refutam esse critério ao apresentarem diferenças 
insignificantes na quantidade de água segmentar durante diferentes fases do ciclo. 
 
Quadro 4. Dados adicionais. Teresina, 2022. 
DADOS ADICIONAIS Indivíduo 1 Indivíduo 2 
Água Intracelular 16,5 L (16,3 ~ 19,9) 18,5L (17,6 ~ 21,6) 
Água Extracelular 10,7L (10,0 ~ 12,2) 9,5 L (10,8 ~ 13,2) 
Taxa Metabólica Basal 1171 kcal 1214 kcal 
Circunferência da Cintura 64,6cm 65,3cm 
Área de Gordura Visceral 38,1cm² 18,8cm² 
Conteúdo Mineral Ósseo 2,28kg (2,01 ~ 2,45) 2,56kg (2,16 ~ 2,64) 
Massa Celular Corporal 23,7kg (23,4 ~ 28,6) 26,5kg (25,2 ~ 30,8) 
Circunferência do Braço 24,3cm 25cm 
ACT/MLG 73,3% 71,7% 
 ACT (Massa de Água Corporal); MLG (Massa Livre de Gordura). 
Fonte: Dados de pesquisa. 
 
 Mediante o quadro 4, o indivíduo 1 possui a área de gordura visceral bastante 
superior ao 2, apesar de mostrar possuir quantidade de massa de gordura abaixo do 
 
normal como mostrou o quadro 2. Os demais valores comparados estão normais. No 
entanto, é necessário direcionar uma devida atenção à gordura visceral, visto que esta 
é relacionada às doenças crônicas e síndromes metabólicas. Das 163 estudantes 
analisadas por Vicelli (2018), notou-se que 120 (73,61%) se mostraram regulares 
dentro do nível de referência, enquanto 43 (26,38%) encontram-se acima do 
esperado, indicando aumento do risco para doenças cardiovasculares. 
 Neste mesmo estudo, encontrou-se uma correlação muito forte de 0.90 entre o 
percentual de gordura corporal com a gordura visceral (GV). Afirmando assim que 
quanto maior um, proporcionalmente será o outro. A autora aponta que a GV tem 
direta relação com obesidade central e seus acúmulos estão relacionados com a 
síndrome metabólica, trazendo consigo vários efeitos deletérios como a tolerância à 
glicose, hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia e hipertensão arterial. 
 
Quadro 5. Análise de obesidade. Teresina. 2022. 
 Indivíduo 1 Indivíduo 2 
IMC 18,9 Kg/m2 20,9 Kg/m2 
PGC 18,4% 27,9% 
IMC (Índice de massa corporal); PGC (Percentual de gordura corporal) 
Fonte: Dados de pesquisa. 
 
Conforme o quadro 5, observa-se que o indivíduo 1 apresenta IMC igual a 18,9 
Kg/m2 e o indivíduo 2, 20,9 Kg/m2. Dessa forma, ambos participantes estão com o 
índice de massa corporal normal, uma vez que os pontos de corte do IMC adotados 
foram os preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, baixo 
peso (IMC < 18,5); eutrofia (IMC 18,5-24,9); sobrepeso (IMC 25,0-29,9) e obesidade 
(IMC ≥ 30) (ARAUJO et al., 2018). 
No estudo de Ferreira (2018) ao avaliarem um grupo de 35 mulheres adultas 
obtiveram como IMC médio o valor de 23,6 Kg/m2, o qual é considerado dentro da 
normalidade (eutrofia). Segundo, Zeballos et al. (2020), ao analisarem 17 estudantes 
de nutrição, adultas e do sexo feminino, observaram um IMC médio de 24,13 Kg/m2, 
também considerado um valor normal, uma vez que o limite máximo é de 24,9 Kg/m2. 
Ademais, no estudo desenvolvido por Araujo et al. (2018), a média referente ao IMC 
das 60 mulheres avaliadas foi de 20,45 Kg/m2, estando, portanto, também em eutrofia. 
 
Ao analisar os resultados referentes ao percentual de gordura corporal, ambos 
os indivíduos estão dentro da normalidade, estando o participante 1 com PGC de 
18,4% e o 2, com 27,9%. No entanto, é importante pontuar que o segundo indivíduo 
está com um limite máximo de percentual de gordura aceitável, preste a ser 
considerado com excesso de gordura, logo nota-se a necessidade de que mude seu 
estilo de vida para que reverta tal quadro, através de uma alimentação adequada e 
equilibrada e da prática de exercício físico. 
Na pesquisa de Zeballos et al. (2020), as mulheres apresentaram percentual 
de gordura médio de 32,63%, classificando-as com excesso de gordura. Ademais, 
segundo, Ferreira (2018), em seu estudo as participantes também apresentaram 
percentual de gordura acima do aceitável, com uma média de 30% de PGC. Dados 
esses bastante preocupantes sobre o bem-estar e a saúde das pessoas avaliadas. 
No entanto, diferentemente dos resultados citados anteriormente, Araujo et al. (2018), 
em seu estudo sobre a precisão do IMC em avaliar o excesso de gordura corporal em 
universitários, verificou que a média do percentual de gordura corporal de adultas 
jovens (n = 60) foi de 21,15%, estando, portanto, dentro da normalidade. 
 
Quadro 6. Análise de massa magra segmentar. Teresina. 2022.Indivíduo 1 Indivíduo 2 
Braço direito 1,57 Kg (normal) 1,44 Kg (abaixo) 
Braço esquerdo 1,52 Kg (normal) 1,35 Kg (abaixo) 
Tronco 15,1 Kg (normal) 15,4 Kg (abaixo) 
Perna direita 5,59 Kg (normal) 8,00 Kg (acima) 
Perna esquerda 5,75 Kg (normal) 7,78 Kg (acima) 
Fonte: Dados de pesquisa. 
 
No quadro 6, é possível visualizar os resultados dos participantes referentes a 
análise de massa magra segmentar. Diante disso, nota-se que o indivíduo 1 
apresentou massa magra dentro da normalidade para todos os segmentos corporais 
analisados. Outrora, o indivíduo 2 apresentou baixa massa magra nos braços (direito 
e esquerdo) e no tronco, no entanto, quando avaliado os membros inferiores (pernas 
direita e esquerda), o mesmo apresentou massa magra acima da normalidade. Dessa 
forma, constata-se a necessidade da prática de exercícios físicos, para regular a 
composição corporal nos locais inadequados. 
 
No estudo de Zeballos et al. (2020), ao avaliarem a massa magra segmentar 
das estudantes de nutrição, obtiveram os seguintes resultados, em média: 5,03 Kg 
nos braços; 14,98 Kg nas pernas; 20,38 Kg no tronco. Valores esses conforme o 
esperado. 
 
Quadro 7. Análise da taxa de AEC (Água extracelular). Teresina. 2022. 
 Indivíduo 1 Indivíduo 2 
Taxa de AEC 0,392 (acima) 0,339 (abaixo) 
Fonte: Dados de pesquisa. 
 
Quanto a análise da taxa de AEC, nota-se, através do quadro 7, que o indivíduo 
1 está acima da normalidade, apresentando boa hidratação, enquanto, o participante 
2, está com baixa hidratação. Desse modo, o segundo participante deve procurar 
estabelecer o equilíbrio de água no corpo, em prol de um estado saudável. 
No estudo de Domingues (2019), ao avaliar 34 mulheres adultas quanta a taxa 
de AEC, através do resultado médio verificou-se que estavam dentro da normalidade 
com o valor de 0,384, o qual poderia variar de 0,379 a 0,388. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 CONCLUSÃO 
Em suma, destaca-se a eficácia da Bioimpedância para a avaliação da 
composição corporal e na identificação prévia de distúrbios. Entretanto, conforme foi 
supracitado, a BIA também pode ser influenciada por diversos fatores, como 
alimentação, atividade física, tipo de balança, entre outros, que podem interferir nos 
resultados do exame. Dessa forma, para maior aplicabilidade da BIA, é necessário 
repassar todas as recomendações - previamente - aos pacientes, para a realização 
do exame. Quanto aos resultados analisados, ambos os indivíduos apresentaram 
normalidade para peso, massa muscular esquelética (kg), IMC e PGC. Em relação a 
massa de gordura (kg), o participante 1 foi classificado com abaixo e o indivíduo 2, 
normal; em relação a massa magra segmentar, o 1 apresentou normalidade para 
todos os segmentos, enquanto o 2 apresentou resultado abaixo para os braços e 
tronco e acima para as pernas, quando comparados a normalidade; e quanto a taxa 
de AEC, o indivíduo 1 está acima e o 2 abaixo, em relação ao parâmetro considerado 
normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, D. T. et al. COMPOSIÇÃO CORPORAL E TAXA METABÓLICA BASAL 
EM DIFERENTES EQUIPAMENTOS. In: VII Congresso de Ciências do Esporte 
da Região Norte, Palmas, 2018. 
ARAUJO, Maria Lucia Diniz et al. Precisão do IMC em diagnosticar o excesso de 
gordura corporal avaliada pela bioimpedância elétrica em universitários. Nutrición 
Clínica Dietética Hospitalaria, v. 38, n. 3, p. 154-160, 2018. 
 
BARBOSA, I. O. F.; FIGUEIREDO, C. S. ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES NA 
TEMPERATURA CUTÂNEA DURANTE O CICLO MENSTRUAL. Trabalho de 
Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Fisioterapia, do 
Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde – UNIFAP. Macapá: 2020. 
CUMBERLEDGE, E. A. et al. The effect of the menstrual cycle on body composition 
determined by contact-electrode bioelectrical impedance analyzers. International 
Journal of Exercise Science, v. 11, n. 4, p. 625, 2018. 
DE BRITTO, E. P.; MESQUITA, E. T. Bioimpedância elétrica aplicada à insuficiência 
cardíaca. Revista SOCERJ, Rio de Janeiro, v. 21, 2008. 
 
DOMINGUES, Cristiana Silva. Avaliação Nutricional e da Composição Corporal 
em doentes com Bronquiectasias. 2019. 
 
FERREIRA, Roseny Santos. Composição corporal segmentar em mulheres com 
incontinência urinária. 2018. 
 
HICKS, C. S. et al. A comparison of body composition across two phases of the 
menstrual cycle utilizing dual-energy x-ray absorptiometry, air displacement 
plethysmography, and bioelectrical impedance analysis. International Journal of 
Exercise Science, v. 10, n. 8, p. 1235, 2017. 
 
JESUS, S. C. N. Comparação do estado nutricional, aferido por bioimpedância, 
entre adultos e idosos e suas implicações: um estudo retrospetico. Trabalho 
Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina. 
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MUSSOI, T. D. Avaliação Nutricional na Prática Clínica: da gestação ao 
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SAMPAIO, L. R. Avaliação Nutricional. Salvador: EDUFBA, 2012. 
 
VICELLI, M. COMPOSIÇÃO CORPORAL E ESTILO DE VIDA DE MULHERES 
JOVENS DE UMA FACULDADE DE SAÚDE DO RECIFE. Trabalho de Conclusão 
de Curso apresentado à Faculdade Pernambucana de Saúde. Pernambuco, 2020. 
ZEBALLOS, Luiza et al. Avaliação da composição corporal total e segmentar de 
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