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Diarreia Viral Bovina - Doenças Infectocontagiosas

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Diarreia Viral Bovina: 
 
Etiologia: 
Família: Flaviviridae 
Gêneros: Pestivirus - Diarreia Viral Bovina, Doença da 
Fronteira e Peste Suína Clássica; 
Vírus RNA - Apresentam grande diversidade antigênica. 
 
BVDV-1 (Pestivirus A) 
BVDV-2 (Pestivirus B) 
HoBiPeV (Pestivirus H) Tipo 3. 
 Brasil – sinais clínicos semelhantes a doença das mucosas 
 
Dois Biotipos: 
Citopatogênicos (CP) e não-citopatogênicos (NCP). 
 
Dois tipos antigênicos: 
O tipo I associado as formas clássicas da diarréia viral 
bovina/doença das mucosas; 
E o tipo II, que possui maior patogenicidade e causa uma 
doença trombocitopênica descrita mais recentemente, 
além de estar associado a diarréia aguda, lesões erosivas do 
trato digestivo e lesões respiratórias em bovinos 
imunologicamente normais. 
A variante tipo II do vírus da BVD causa uma síndrome 
hemorrágica que cursa com trombocitopenia e diabetes 
melitus. Afeta bovinos adultos e tem alta letalidade. 
 
Epidemiologia: 
Normalmente não causa diarréia sozinho. Aparece devido a 
infecções secundárias. 
Afeta várias espécies, menos equinos. 
Uma das principais viroses de bovinos. 
Contagiosa, de Período de incubação variável. 
Causa Infecções subclínicas e clínicas. 
Animais entre 6 e 24 meses são mais susceptíveis. 
Possui Baixa morbidade e alta mortalidade. 
 
Presença em Búfalos, veados e alpacas. 
 
Transmissão: 
Fonte de infecção: 
 Animais persistentemente infectados. 
 Animais doentes. 
 Vacinas vivas. 
 Secreções e excreções. 
 Via transplacentária. 
 
Transmissão entre rebanhos: 
 Introdução de animais infectados ou 
persistentemente infectados. 
 Contato com outros rebanhos: pastagens, 
fronteiras, remates ou exposições. 
 Sêmen contaminado. 
 Bovinos leiteiros – importante disseminação. 
 
Sinais clínicos: 
 Infecções subclínicas; 
 Enfermidade gastroentérica; 
 Enfermidade respiratória; 
 Transtornos reprodutivos; - Infertilidade 
temporária, perdas embrionárias, morte fetal, 
malformações fetais, animais fracos, terneiros PI; 
 Doença das Mucosas; 
 Doença Aguda. 
 
 Emagrecimento lento e progressivo com formação de 
crostas difusas na pele de todo corpo. Pele ressecada, 
múltiplas ulcerações nas gengivas e face dorsal da língua – 
fendas longitudinais, formação de projeções cornificadas e 
desprendimento dos cascos. 
 Doença aguda: lesões severas na cavidade oral, laringe e 
esôfago 
 
Patogenia: 
Em Bezerros e animais adultos causa: 
Enfermidade subclínica ou clínica moderada e severa 
trombocitopenia (BVDV-2) 
 
Em fêmeas prenhes: 
< 40 dias: morte embrionária, reabsorção e abortos. 
40-120 dias: nascimento de persistentemente infectados, 
abortos e mumificações. 
 Tolerância imunológica – pode se tornar PI, não 
reconhece agente e replica o vírus. 
120-270: abortos, nascimentos de animais normais. 
Normais e com anticorpos. 
 Feto competente. Podem acontecer abortos e mal 
formação congênita até 180 dias (hidrocefalia, hipoplasia 
cerebelar...). Feto infectado após 120 dias apresenta 
anticorpos pré-colostrais. 
 
Como saber se a origem é Infecção uterina: testar antes da 
ingestão de colostro. 
 
Superinfecção por cepas citopatogênicas – doença das 
mucosas. 
Baixa morbidade e altíssima letalidade. 
Principalmente em bovinos com 6 meses a 2 anos, mas 
pode atingir todas as idades. 
Geralmente curso agudo: 
 Febre (40- 41ºC), salivação, descarga nasal e ocular, 
diarréia profusa hemorrágica, desidratação, depressão e 
morte. Severa leucopenia. úlceras e erosões em toda a 
mucosa do trato digestivo – enterite catarral ou 
hemorrágica. Necrose de placas de peyer. 
 
Forma crônica possui sinais inespecíficos: 
 Inapetência, perda de peso e apatia progressiva. A 
diarréia pode ser contínua ou intermitente. Algumas vezes, 
há descarga nasal e descarga ocular persistente. Lesões 
erosivas crônicas podem ser vistas na mucosa oral e na 
pele. Podem sobreviver por muitos meses e morrer por 
debilitação. 
 
Material para diagnóstico: 
Sangue com anticoagulante. 
Baço, timo, linfonodos mesentéricos. 
Secreção nasal. 
Feto abortado (baço, timo, linfonodos, cérebro). 
Biopsia de orelha. 
Soro. 
Leite. 
 
PCR 
PCR multiplex 
Imunofluorescência. 
Imunoperoxidase. 
Imunohistoquímica. 
Soroneutralização 
Títulos altos - atividade viral (novilhas) 
ELISA 
Monitoramento sorológico: seleção, gestação, momento 
problema. Altamente recomendado. Pouco realizado. 
 
Controle: 
Rebanhos de leite: a forma mais comum de introdução da 
enfermidade foi pela compra de um animal PI. (“Vaca de 
troia”). Principalmente pela compra de animal gestante PI. 
Identificar e eliminar PI; 
Controle da entrada de animais; 
Precaução com propriedades vizinhas; 
Avaliação periódica do rebanho – amostragem. 
 
Vacinação: 
emprego de vacinas; outras medidas de biossegurança; 
proteção da doença clínica; 
 
Vantagens: Proteção da doença clínica. Indução de resposta 
imunológica. Associadas a outros agentes. Proteção 
cruzada. 
 
Desvantagens: Eficácia de proteção fetal. Apenas um 
sorotipo. Perda do controle sorológico. Risco de reversão 
da virulência ou contaminante.

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