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AVA - REL ETNICO-RACIAIS NO BRASIL – UNIDADE II TELEAULA II 1 - Qual das alternativas abaixo não constitui objetivo ou finalidade do Estatuto do Índio? a) Valorizar a identificação de cor ou de raça das pessoas que se autodeclararem pretas e pardas, conforme critérios definidos pelo IBGE. b) Incentivar as ações afirmativas, adotadas pelo Estado ou pela iniciativa privada, para a promoção da igualdade de oportunidades. c) Promover a igualdade racial, nos campos político, econômico, social, cultural e outros da vida pública ou privada. d) Abrir caminhos para implantação de políticas públicas e privadas, adotadas pelo Estado e missões religiosas com vistas à valorização racial. e) Combater a discriminação racial ou étnico racial. 2 - Leia o trecho e escolha a alternativa que comete contradição: “resgate da história e cultura africana e afro brasileira, a fim de desfazer os estereótipos raciais construídos pelos grupos dominantes (brancos, homens, proprietários, livres e ricos)”. a) Não há contradição, é um estudo da história brasileira com ênfase no protagonismo do negro. b) Um resgate de história para valorizar o negro perde objetividade da análise. c) Para desfazer estereótipos, o trecho comete outro: estereotipia do negro não foi construção exclusiva de homens, nem só de proprietários, e não só de ricos. d) Uma contradição: não há uma cultura afro brasileira, mas sim uma cultura brasileira. e) Na África, grupos dominantes são formados por negros, nem sempre ricos e proprietários. 3 - É possível utilizar a cultura e os meios de comunicação como reforço da estereotipiaMe do preconceito racial e social? a) Talvez crianças assistindo Os Trapalhões formassem a ideia de que negros são atrapalhados, falam errado, mas não creio que isso acontecesse. b) Meios de comunicação servem como instrumentos para formar estereotipias e preconceitos, assim como para combatê-los. c) Sim, é possível, e o objetivo mais comum. d) Meios de comunicação servem como instrumentos para formar estereotipias e preconceitos, assim como para combatê-los, dependendo do objetivo da campanha e da construção do discurso. e) Cultura é sempre algo para dar prazer, alegria, encanto; não tem sentido utilizá la para outros fins. 4 - Para Lanni (2004), “a ideologia do branco só é inteligível como componente de uma consciência social de dominação em que o próprio branco se representa superior aos outros”. Então, a busca por um branqueamento (alisamento do cabelo) reforça a dominação do branco? Escolha a alternativa que lhe parecer correta. a) Essa busca não é valorização do branco, grupo étnico, é moda. b) Brancos e magros controlam a moda, mas alisar os cabelos não tem relação. c) Não, alisar cabelos é somente resolver um problema: o cabelo “ruim”. d) Sim, mas não diretamente: cabelos devem ser lisos para vender chapinha de alisamento, ou para fazer cabelos cacheados, enfim, a estética é branca. e) Negativo, os brancos não dominam a estética sozinhos, há os asiáticos (que já têm cabelos lisos). QUESTIONÁRIO ll 1 - Quais medidas protetivas de direitos fundamentais foram adotadas após a Constituição de 1988? Aponte a alternativa correta: a) Foram adotadas medidas específicas para proteção de segmentos sociais que têm seus direitos fundamentais relegados na sociedade brasileira: crianças e adolescentes, idosos, negros e indígenas. b) Não foram adotadas medidas protetivas, tendo em vista a própria constituição. c) Apenas uma medida protetiva foi adotada: o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA. d) Foram adotadas medidas legais de proteção do consumidor, das crianças e idosos. e) Foram adotadas medidas protetivas para dois segmentos sociais: indígenas e negros, ambos alvo de atitudes racistas. 2 - Qual a amplitude da legislação brasileira contra discriminação racial? Escolha a alternativa correta. a) Não é grande, porque não pune preconceito, como “modo de pensar”. b) Pune preconceito racial, desde que expresso por meio de ações. c) Pune tratamento desigual às pessoas na vida social, se justificado por diferença social. d) Pune toda discriminação racial como restrição ao direito constitucional de isonomia de tratamento. e) Pune incitação pública ao preconceito, mas não a doutrinação sobre racismo. 3 - Quais recursos e dispositivos institucionais e legais são disponíveis para promoção de uma política brasileira de igualdade racial? Escolha a alternativa que for correta e mais completa: a) A Constituição de 1988. b) A Constituição de 1988 e o ECA. c) O Estatuto de Igualdade Racial (EIR) e legislação complementar regulatória. d) O EIR, o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR), além de medidas legais regulatórias e portarias administrativas. e) A Constituição de 1988 e o Ministério da Igualdade Racial. 4 - A Constituição de 1988 alterou em algum aspecto a política brasileira relacionada aos povos indígenas? Escolha a alternativa correta. a) Sim, a partir de 1988 os povos indígenas adquiriram o status de plena cidadania, inclusive podem votar. b) Sim, a partir de 1988 a tutela dos povos indígenas passou a ser exercido pelo SPI, órgão do Ministério da Agricultura. c) Sim, houve alguma mudança, embora a criação da FUNAI tenha sido em 1987. d) Realmente não houve mudança, exceto a criação do Parque Nacional do Xingu. e) Sim, foi abandonada a postura integracionista, admitido o direito de preservação da cultura, e de representação em juízo na defesa de interesses e direitos. 5 - Por que trabalho produtivo e rendimento são aspectos críticos nas relações contraditórias entre modo de vida dos povos indígenas e modo de vida da população brasileira não indígena? Escolha a alternativa correta. a) O povo brasileiro não indígena trabalha, produz, e tem seu rendimento; o povo indígena não trabalha, portanto não produz nem tem rendimento algum, daí o conflito entre os dois segmentos. b) Enquanto para o povo não indígena, o trabalho é mercadoria (com valor de troca) cuja alienação constitui base do rendimento auferido, o trabalho indígena só tem valor de uso: sua contribuição para a comunidade; o conflito está na coexistência dos modelos de relação econômica: capitalista e não capitalista. c) O povo brasileiro não indígena trabalha, produz e consome a partir da renda auferida; o povo indígena só produz artesanato ou serve como guia para turistas, o conflito se instala para o consumo. d) A questão crítica reside no consumo: o povo não indígena tem rendimento para consumir, o povo indígena não tem, portanto precisa contar com a caridade pública. e) Se o povo indígena não consumisse produtos industrializados, haveria coexistência pacífica, sem conflitos. 6 - Por que a demarcação de terras indígenas é processo complexo, demorado e cheio de conflitos, se o negócio imobiliário, mesmo em área rural, é realizado com relativa facilidade, mesmo em áreas distantes? Escolha a alternativa correta. a) Porque demarcação de terras indígenas envolve várias áreas, sem delimitação correta de fronteiras. b) Porque para os povos indígenas, que praticam agricultura tradicional, grandes áreas são fundamentais, no entanto, para a agricultura moderna isso não é necessário. c) Porque a terra, para a cultura indígena, é parte da constituição identitária, (diz-se até que o indígena pertence à terra), enquanto que para a cultura ocidental a terra é bem patrimonial passível de venda. d) Além de a terra ter sentido distinto para ocidentais e indígenas, toda a terra indígena pertence ao território nacional, logo não pode ser comercializada, apenas reconhecida, e para o povo que a habita. e) A maior parte das terras indígenas é alvo da cobiça de empresários e de grileiros que retardam o andamento dos processos de venda pela força das armas. 7 - Tendo em vista a modernidade das leis brasileiras e a radical defesa de direitos que essa legislação democrática representa, como se explica a persistência de problemas e desigualdades que caracterizam a vida social brasileira? a) Trata-se de uma “modernidade formal ou normativa”, ou seja, a norma é moderna, democrática racional, mas as práticas sociais não observam essas normas, elas reiteram nas diferenciações sociais. b) É uma questão de tempo e de acomodação: mudar é demorado. c) O povo brasileiro é resultante de miscigenação, portanto a modernidade da legislação não corresponde aos interesses dos segmentos menos cultos e pobres. d) É natural que a vida social real não siga modelos idealizados, especialmente em um país não desenvolvido culturalmente, como o Brasil. e) Na verdade, a desigualdade reside no plano dos fatos, porque no plano dos direitos existe igualdade de oportunidades sociais, educacionais, portanto políticas. 8 - Qual o sentido de “jeitinho brasileiro” como categoria de análise crítica da vida social? a) Jeitinho brasileiro significa o ocultamento do racismo, preservando o preconceito. b) Jeitinho brasileiro significa a prática de contornar a norma, obedecendo-a pelo avesso. c) Trata-se de um pragmatismo imediatista: a preferência pelo mais simples, embora mais tosco. d) Trata-se de adotar, como norma de comportamento, a amenidade afetiva, em detrimento da razão. e) Trata-se de contravenções usuais na vida social brasileira, as “gambiarras”, “gatos” etc. 9 - As origens africanas distintas correspondem, ou espelham, o que se entende por “africanidades” no Brasil atual? a) Sim, o conceito substitui o usual “nação” para distinguir origens das tradições culturais no Candomblé. b) Não: africanidades não implicam caracterização cultural de grupos de indivíduos. c) Sim: na cultura brasileira as heranças de África estão presentes, impregnadas na música, poesia, modo de ver, de sentir e de falar, são africanidades. d) Não: “africanidades” é um modo “correto” de expressar preconceito racial. e) Sim: “africanidades” são comportamentos e padrões estéticos que remetem à África, como a percussão na música, a sensualidade do bamboleio feminino. 10 - Diz-se que o povo brasileiro é pacífico e comodista; seriam esses traços culturais incorporados dos aportes populacionais que formaram o povo brasileiro, índios e negros? a) Não é correto afirmar características tão abrangentes para todo um povo, de resto, a história registra longos processos de resistência popular. b) O brasileiro não é pacifista nem comodista, mas a história oficial não costuma registrar as lutas do povo brasileiro, os movimentos em defesa do petróleo, da democracia, dentre outros. c) Talvez se possa considerar o povo brasileiro conformado, mas não comodista nem pacífico. Também não se pode considerar uma herança de negros e índios, sem considerar os europeus desde a colonização. d) É possível, porque índios e negros não tinham como lutar contra a opressão colonial. e) É provável, visto que além de negros e índios terem sido escravizados, os imigrantes vieram em processo de subalternidade. Exercícios do Livro - Unidade 02 Questão 1. O Parecer CNE 003/2004, relativo às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico‑Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro‑brasileira e Africana, elaborado especialmente para bem informar os educadores e as agências educacionais, é um documento útil a toda e qualquer ação profissional e a todo cidadão. Isso porque o mito da democracia racial e a ideologia do branqueamento favoreceram a construção e a manutenção de um imaginário coletivo carregado de estereótipos negativos no que tange à África, aos africanos e a tudo o que lhes diz respeito. Assim sendo, não compete exclusivamente aos agentes da educação formal a tarefa de reconstrução desse imaginário e a constituição de uma sociedade verdadeiramente democrática. Além de propor a adoção de políticas de ação afirmativa, o parecer busca estimular a formação de identidades positivamente afirmadas, estimular a passagem da vergonha ao orgulho de ser negro. Certamente uma proposta de renovação dessa natureza produziria resistências: a implementação da Lei nº 10.639/2003 não vem ocorrendo com facilidade. A resistência à mudança é verificável nas mais diversas instâncias: na ação de professores, de administradores escolares e de gestores do poder público e privado, entre outras. A Lei Federal 10.639/2003 determina a inclusão da temática História e Cultura Afro‑brasileira no currículo oficial da rede de ensino. O Parecer CNE 003/2004 detalha as responsabilidades que competem aos poderes públicos – federal, estadual e municipal – e prioriza algumas ações relativas à implementação da referida lei. A seguir, apresentamos algumas ações imprescindíveis nos estabelecimentos de ensino. Entre elas, assinale a afirmativa que não é verdadeira: A) Formar professores para o trabalho em sala de aula na perspectiva das relações étnico‑raciais. B) Produzir material didático adequado, que desfaça os estereótipos de raça/cor/gênero. C) Servir‑se abundantemente de recursos analógicos que favoreçam o processo de elevação da autoestima de alunos afrodescendentes. D) Não admitir a abordagem dessa temática fora da sala de aula. E) Sensibilizar todos os agentes envolvidos nesse processo para um compromisso efetivo com a implantação da igualdade racial na escola e em nosso país. Análise das alternativas A) Afirmativa verdadeira. Justificativa: a formação de professores para o trabalho em sala de aula na perspectiva das relações étnico‑raciais constitui uma das ações prioritárias. Uma longa história de silêncio a respeito de tudo o que concerne à África, aos africanos e a seus descendentes impossibilitou a adequada formação indentitária e profissional dos cidadãos em geral e dos educadores em particular. Trata‑se agora de preencher lacunas formidáveis nos currículos dos cursos de Pedagogia e na formação continuada de professores. B) Afirmativa verdadeira. Justificativa: a produção de material didático que favoreça a desconstrução de estereótipos negativos de raça e etnia é outra prioridade a qual é preciso atender com urgência. A análise de livros didáticos e paradidáticos que vêm sendo adotados nas escolas brasileiras permite identificar facilmente boa parte da raiz de problemas nas relações inter‑raciais: textos e ilustrações colaboram para gerar e manter estereótipos negativos, que por sua vez determinam atitudes e comportamentos preconceituosos e discriminatórios. C) Afirmativa verdadeira. Justificativa: os recursos analógicos que podem ser utilizados no ensino – contos, poemas e representações gráficas, entre outros – favorecem muito o processo de elevação da autoestima de alunos afrodescendentes. A linguagem analógica, ao servir‑se de abundantes expressões metafóricas, atinge dimensões afetivas que dificilmente seriam mobilizadas por recursos da linguagem lógico‑causal. Daí a importância da narrativa oral – contos, fábulas, lendas e mitos – para que se atinjam os objetivos educacionais desejados, quando tratamos das questões étnico‑raciais. D) Afirmativa falsa. Justificativa: é preciso que todos os agentes educacionais estejam mobilizados para a tarefa em questão, e não apenas os professores em sala de aula. Não admitir a abordagem dessa temática fora da sala de aula seria uma conduta absolutamente inapropriada. Pelo contrário: todo tempo e lugar podem oferecer oportunidade para que se trabalhem essas questões. E) Afirmativa verdadeira. Justificativa: a tarefa de superação do racismo é coletiva e demanda a ação de todos. Para que isso ocorra no espaço escolar, é preciso sensibilizar todos. Somente assim se poderá contar com um compromisso efetivamente assumido com o projeto geral de conquista de igualdade étnico‑racial. Questão 2. Helio Santos, um dos maiores expoentes nacionais da luta contra o racismo, doutor em Economia e presidente do Instituto Brasileiro de Diversidade, produziu vasto e respeitável material bibliográfico sobre a questão das relações raciais em nosso país. Sua visão lúcida a respeito dessa questão acha‑se bem representada na obra A busca de um caminho para o Brasil: a trilha do círculo vicioso. Trata‑se de um texto de compreensão possível para os mais diversos públicos, pois o autor não quis restringir apenas ao mundo acadêmico seus conhecimentos. Partindo da constatação de que a desigualdade social no Brasil se explica pela desigualdade racial, Helio retoma a questão da identidade nacional e nos convida a acompanhá‑lo numa incursão pela complexa realidade brasileira. Para melhor análise do quadro socioeconômico brasileiro, o autor formula uma teoria, a qual denomina “trilha do círculo vicioso”, cujas principais características estão descritas a seguir: a dinâmica das relações sociais, caracterizada por complexos processos de inclusão/exclusão, determina um jogo cujos perdedores e vencedores têm cartas marcadas: aprisionados num inteligente circuito de exclusão para o qual concorrem agências educacionais, de trabalho, de comunicação, de saúde, todas elas apoiadas em representações sociais negativamente estereotipadas da África, dos africanos e de seus descendentes e impostas para serem compartilhadas por brancos e negros, os afrodescendentes encontram poucas chances – quando encontram – de inserção sócio‑político‑econômica e de (re)construção de uma autoimagem positiva que lhes possibilite experimentar sentimentos de autoestima elevada. As forças que agem nessa “trilha” são mais facilmente compreendidas se observamos atentamente o gráfico apresentado na obra citada: Chamamos a atenção para o fato de que as identidades individuais, em contínua metamorfose, sofrem o impacto, igualmente contínuo, das forças assinaladas no quadro apresentado. Como constituir identidades negras positivamente afirmadas em tais circunstâncias? Essa é uma pergunta que demanda resposta por parte de cada um de nós. No campo educacional, encontram‑se formidáveis potenciais de ação. Daí, a importância do debate amplo, geral e irrestrito nesse campo. A partir desses dados, considere as afirmativas a seguir: I. Um debate – amplo, geral e irrestrito – sobre relações étnico‑raciais não é necessário num país como o Brasil, onde todos os segmentos populacionais são igualmente beneficiados pelas políticas públicas. II. O racismo no Brasil assemelha‑se a uma centopeia de duas cabeças, para usar uma expressão de Helio Santos: além da conjuntura externa desfavorável, o afrodescendente compartilha representações negativas inscritas no imaginário coletivo. III. O processo contínuo de sujeição a um bombardeio de imagens negativas de tudo o que se refere à África e o entorpecimento da consciência determinam que brancos e não brancos interiorizem como “naturais” esses estímulos. IV. Com pouca ou nenhuma possibilidade de (re)conhecimento dos valores tradicionais de seu povo de origem, os afrodescendentes veem‑se na condição de desenvolver a própria identidade a partir de modelos ideais de ego brancos, de realização impossível dada a condição biológica e de realização indesejável, por implicar afastamento e negação da riqueza e da beleza da cultura de origem. V. Às implicações do rebaixamento da autoestima nas esferas de poder econômico, político e social tem sido dada importância inferior à merecida: autoestima rebaixada e autoimagem negativa inibem qualquer movimento reivindicatório, seja no âmbito intelectual, seja no afetivo. VI. O esquema gráfico traçado por Santos oferece uma visão sistêmica do problema e possibilita constatar o fato de que transformações nas relações raciais brasileiras demandam ação afirmativa em muitos campos, entre os quais o da educação, da comunicação social e do mercado de trabalho. Pondere sobre as afirmativas anteriores e assinale a alternativa correta: A) Somente as afirmativas II e IV são incorretas. B) Somente a afirmativa I é incorreta. C) Somente a afirmativa V é incorreta. D) Somente as afirmativas I e V são incorretas. E) Somente as afirmativas III e VI são incorretas. Análise das alternativas I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Um amplo debate sobre relações étnico-raciais não é apenas necessário num país como o Brasil: ele é indispensável e urgente. Com Helio Santos constatamos que a desigualdade social no Brasil se explica pela desigualdade racial, dado que na constituição demográfica de nossa sociedade o segmento negro (pretos e pardos) compõe praticamente a metade do contingente humano. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Sobre a conjuntura externa desfavorável os dados estatísitcos não deixam margem a dúvidas: há escassez de oportunidades para os afrodescendentes. Quanto à auto imagem, difícil se mostra a construção de uma identidade positivamente afirmada sendo abundantes os estereótipos negativos de negritude inscritos no imaginário coletivo. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. A “inferioridade” e a “incapacidade” dos afrodescendentes, tantas vezes assinalada, termina sendo “naturalizada” – parece “natural” que seja assim. IV –Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Pesquisadores da área de Psicologia, entre os quais, ...., assinalam esse impasse na construção de identidades negras: os modelos identificatórios são brancos e, afinal, quem quer se identificar com o perdedor? V – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Como os debates enfatizam, muitas vezes, a questão da igualdade de direitos, menor ênfase recai sobre a questão da igualdade de oportunidades. Pessoas que têm de si próprias uma imagem de “inferioridade” e de “incapacidade” certamente perdem poder de competitividade e como sabemos, nossa sociedade é extremamente competitiva. VI – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Dificilmente encontramos um esquema gráfico tão competente para reunir dados sobre a condição dos negros no Brasil. Seu caráter sistêmico possibilita definir estratégias e táticas de combate ao racismo.
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