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AMÁLGAMA - DENTISTICA - COMPOSIÇÃO

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RESUMO ACADÊMICO & ESTUDO DIRIGIDO DE DENTÍSTICA 
Viana de Jesus
DENTÍSTICA OPERATÓRIA – PREPARO CAVITÁRIO EM RESTAURAÇÃO COM AMÁLGAMA (EM CLASSE I E II)
-Liga Metálica, material condensável, não se adere à cavidade
-Componentes, Características e Funções 
1. Prata: As ligas para amálgama contêm uma quantidade de prata maior do que dois terços em sua composição, assegurando uma cristalização em tempo adequado e promovendo uma boa resistência na massa. A prata aumenta a resistência mecânica e retarda a perda do brilho e oxidação do amálgama; aumenta sua expansão de presa e diminui o escoamento. O excesso de prata pode provocar expansão em demasia, porém, sua falta acompanhada de aumento da quantidade de estanho, provoca a contração do amálgama.
 2. Estanho A quantidade é de aproximadamente 1/4 da liga. Tem a finalidade de facilitar a amálgamação da liga com o mercúrio na temperatura ambiente e auxiliar a redução do expansão da prata dentro dos, limites práticos. O excesso, acima de 29%, produz contração e diminui a resistência e a dureza da liga, diminuindo a expansão; prolonga o tempo de endurecimento e aumenta também o escoamento.
3.Cobre: Substitui parcialmente a prata tornando a liga menos friável e facilitando, durante a fabricação, o corte, no momento da obtenção da limalha, aumenta a expansão, a dureza e a resistência mecânica do amálgama, diminuindo seu escoamento. Na liga convencional, a adição de cobre, além do limite permitido, diminui a resistência e aumenta o escoamento. Em alta porcentagem, aumenta a tendência de escurecimento e descoloração. 
4. Zinco: Usado como um desoxidante; atua como agente de limpeza durante a fusão. Combina-se com o oxigênio e impurezas, diminuindo a possibilidade de formação de outros óxidos. Mesmo em pequena quantidade, na presença de umidade, o zinco provoca excessiva expansão do amálgama com baixo teor de cobre, mas não é fator relevante nos amálgamas enriquecidos com cobre. Quando comparados, o tradicional amálgama convencional de baixo conteúdo de cobre tem uma expansão seis vezes maior. 
5. Mercúrio: Existem algumas ligas no mercado que são ligeiramente pré-amálgamadas. O mercúrio existente na liga induz uma amálgamação mais rápida, mantendo algumas características e qualidades de trabalho das ligas convencional.
Metalografia do amálgama convencional (Reação das ligas convencionais com o mercúrio):
 As ligas para amálgama são hoje caracterizadas pela presença na sua composição do composto Ag3Sn (Sistema prata-estanho - fase γ), juntamente com outros metais adicionados. Na trituração, quando a liga está sendo misturada com o mercúrio, o composto Ag3Sn (representando neste caso todos os constituintes da liga) absorve o mercúrio e com ele reage, produzindo duas fases de cristalização: gama 1(γ1) e gama 2(γ2). 
16,7 Ag3Sn + 37 Hg = 8,78 Ag3Sn + 12 Ag2Hg3 + Sn8Hg
γ + Hg γ + γ1 γ2
Gama 1 - γ1 (Ag2Hg3): produto da reação entre a prata (Ag) e o mercúrio (Hg)
Gama 2 - γ2 (Sn8Hg): produto da combinação entre o estanho (Sn) e o mercúrio (Hg).
Ag3Sn + Hg Ag3Sn + Ag2Hg3 + Sn8Hg
y y y1 y2
y = gama prata + estanho 
y1= gama 1 prata + mercúrio 
y2= gama 2 estanho + mercúrio 
y1: Parte mais resistente. Sem reagir. 
y2: Ligas reforçadas suscetíveis a deformação sob pressão, deforma. Ligas reforçadas com cobre.
Apesar de a fase gama 1 cristalizar-se primeiro, a velocidade de crescimento é mais rápida e a quantidade formada destas fases depende da quantidade de mercúrio na reação. As fases de cristalização gama 1 e gama 2 vão se desenvolvendo e sua formação só termina quando a quantidade de mercúrio torna-se insuficiente para que a reação possa se processar.
O material: quando o amálgama é triturado, o pó da liga coexiste com o mercúrio liquefeito, dando à mistura uma consistência plástica. Começam então, a ocorrer reações da prata (Ag) com o mercúrio (Hg) e do Estanho (Sn) com o Hg. Também ocorre ligação do cobre (Cu) com o Sn. 
Hg é consumido, o amálgama se cristaliza. 
-Quanto mais partículas de Ag-Sn não são consumidas são retidas na estrutura final, mais resistente é o material.
-O gama 2 é mais instável em ambiente corrosivo
-Quando uma liga tem alto teor de cobre, pode unir-se com Ag e Sn, praticamente eliminando a fase gama 2 durante as reações de cristalização, formando a Cu3Sn.
-A eficácia da prevenção da formação da fase gama 2 depende da porcentagem de Cu na mistura. 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DAS PARTÍCULAS:
-Esféricas: partículas da liga adquirem um formato arredondado. Gotículas do metal liquefeito solidificam-se antes de se chocarem com qualquer superfície. Necessitam de uma menor quantidade de mercúrio do que as usinadas típicas porque têm uma área de superfície menor por volume.
-Irregulares: também chamadas de usinadas. Lingote recozido da liga é submetido a um torno mecânico com uma ferramenta de corte. Formato de agulha e podem ter seu tamanho reduzido. 
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SEU USO
VANTAGENS: 
-Mais fácil de esculpir 
-Adequada resistência 
-Polimento final perfeito com borrachas abrasivas 
-Obtenção da superfície de liga e brilhante 
-Compatível com tecidos bucais 
-Fácil de remover após condensada e posta na restauração
DESVANTAGENS:
-Baixa resistência em pequenas espessuras (ex: dentes anteriores)
-Está sujeita a deformação
-Perde o polimento com facilidade 
-Sofre ação galvânica – corrente elétrica 
-Não é um material elétrico 
TIPOS DE FALHAS POSSÍVEIS NO USO DO AMÁLGAMA: 
-Cárie secundária (reincidência com surgimento na fenda)
-Fratura na borda da restauração (fratura marginal). Para evitar é necessário que a convergência das paredes seja bem realizada, arredondando onde é necessário e etc.
-Alterações dimensionais 
-Problemas pulpares e periodontais devido a quantidade de mercúrio
INDICAÇÃO PARA REMOÇÃO DO AMÁLGAMA:
-Infiltração, sensibilidade, fratura, cárie secundária, fenda.
AMALGAMAÇÃO / TRITURAÇÃO
-Agitação mecânica (8 segundos)
-Ativou – romper o êmbolo 
-Formação da gama, gama 1 e gama 2
-Mistura adequada – brilhante 
-Objetivo: obter massa plástica, coesa, tempo de trabalho (TT) ao redor de 4 minutos. Obs: cuidado com super- ou sub-trituração. 
-Sub-triturado: massa não é uniforme, nem coesa, desagrega-se facilmente; não apresenta brilho; a limalha e o mercúrio não estão misturados por completo. Quando é usado amalgamador, a característica principal é que sai em diversos fragmentos sem brilho; tempo de trabalho longo 
-Triturado corretamente: a massa apresenta brilho e aspecto uniforme. Durante a trituração, a massa sobe pelas paredes do gral, dobra sobre si mesma e se solta do gral. Quando é utilizado amalgamador, a massa se apresenta em uma única porção, brilhante, coesa, não aderente às paredes da cápsula e algo morna; Tempo de trabalho ao redor de 4 minutos. 
-Super-triturado: apresenta brilho maior; aspecto uniforme; sobe pelas paredes do gral, aderindo firmemente a elas; quando usa amalgamador, o material se apresenta muito brilhante, aderente às paredes da cápsula e bastante quente. Perde o brilho rapidamente e o tempo de trabalho fica muito curto
*Implicações Clínicas: 
-Tempo de trabalho normal 
-Melhores propriedades físicas 
-Superfícies esculpida lida
-Maior brilho após polimento 
Ordem do preparo:
Anestesia, isolamento, 
-Remoção do tecido cariado: broca carbide + cureta
Remover o tecido conferindo a forma de retenção necessárias para adaptação do material. As brocas 330 e 245 (ponta ativa maior) já provê ângulos arredondados se usadas na angulação correta – convergência para oclusal.
-A broca 324 é viável para o contorno das paredes.
OBS: Paredes circundantes convergentes para a oclusal.
-Limpeza da cavidade, 
-proteção do complexo dentinopulpar com cimento de hidróxido de cálcio e/ou cimentos inoméricos dependendo da profundidade da lesão.
-Trituração. Condensação, Brunidura pré escultura, Escultura, Brunidora pós escultura, Remoção do isolamento, Ajuste oclusal, acabamento e polimento.
1. INSERÇÃO: POTEDAPPEN – PORTA AMÁLGAMA 
2. CONDENSADORES – CONDENSAÇÃO 
-Preencher a cavidade 
-Adaptar o amálgama às paredes e ângulos 
-Compactar o material 
-Reduzir o conteúdo de mercúrio nas restaurações 
OBS: Cavidades complexas (envolvimento de 3 ou mais faces, ex: M.O.D.) devem ser inclinadas para as proximais.
-Condensar em excesso (remover com brunidor os excessos após a compactação e adaptação.) 
-Permitir a remoção do Hg da camada superficial.
3. Brunidor: pré escultura (adaptação do material às paredes do preparo, remover o excesso de Hg e facilitar o processo de escultura com a forma inicial dos sulcos e formato anatômico da unidade dentária)
4.FASE DE ESCULTURA PROPRIAMENTE DITA: Esculpir os Sulcos e Cúspides quando já houver resistência no amálgama. Usar instrumentos afiados. Esculpidor: Discóide e Cleóide
4.1 Parte discoide: definição de fóssulas, marcar áreas iniciais. Vertentes: movimento em sentido das vertentes 
4.2 Parte cleóide: definição de sulcos
4.3 Escultura Final: esculpidor de FRAHN e Brunidor final para deixar mais lisa a superfície. 
-Brunidor também facilita o polimento, reduz a porosidade das margens e aumenta a dureza das margens. 
5.ACABAMENTO E POLIMENTO.
-24H após a restauração 
-Uso da broca multilaminada – 12 lâminas -> Esférica: delimitar sulcos 
-Ponta em formato de Chama (Kit de polimento e acabamento) 
-Realizar polimento sem forte pressão
-De maior ponta para menor 
-Polimento final: pó de óxido de zinco + álcool = branca de espanha (mistura para polir)
6.Finalizar fazendo o teste de oclusão com demarcação 
SOBRE O PROCESSO OPERATÓRIO DA RESTAURAÇÃO: 
-Não se restaura lesão crônica (lesão não cariosa), só restaurar se estiver a nível de dentina ou em cavitações patológicas. 
-Proservação é necessária para observar a longevidade dos tratamentos e procedimentos realizados. 
PREPARO CAVITÁRIO: CLASSE II DE BLACK
1. Matrizes para amálgama + cunha para proteção dos dente adjacentes
2. Substituir paredes 
3. Dar a forma correta de contato 
4. Remover afastamento adjacente gengival e do dique 
5. Impedir o extravasamento do material restaurador 
Sistema de matrizes: 
-Inserir ligeiramente no sulco gengival. -Margem oclusal ultrapassando aproximadamente 1,0 mm da crista marginal do dente adjacente.
Protocolo de Preparo
Diferente das resinas, o amálgama tem adesão mecânica, ou seja, fica retido através das angulações convergentes para oclusal das paredes do órgão dental. A má preparação cavitária ou ausência dos princípios biomecânicos resultam em uma cavidade incapaz de reter mecanicamente o material, resultando em falhas e em uma restauração futuramente insatisfatória
1. Paredes vestibular e lingual convergentes para oclusal, proporcionando auto-retentividade. As paredes mesial e distal devem ser levemente divergentes, pela orientação dos prismas de esmalte.
2. Paredes vestibular e lingual da caixa proximal convergente para oclusal e divergente para proximal, também seguindo a orientação dos prismas. Para a retenção da cavidade no sentido proximal, deve-se realizar sulcos nos ângulos axio-vestibular e axio-lingual.
3. Todos os ângulos internos arredondados, evitando concentração de forças e facilitando a condensação do material.
4. Parede pulpar plana, mas seguindo a característica morfológica, para não expor os cornos pulpares
5. Realizar curva reversa de hollemback na vestibular.
6. Istmo inter-cuspídeo o menor possível, diminuindo a tendência de separação das cúspides. Esta tendência é denominada de efeito cunha, produzida pela decomposição de forças vertical aplicadas sobre uma plano inclinado (vertente triturante). 
7. Este efeito é potencializado em dentes com estruturas perdidas e em pré-molares.
8. Realizar núcleos de preenchimento adesivos em cavidades profundas, evitando a síndrome do dente trincado. Esta síndrome corresponde a presença de trincas sob a restauração do amálgama, justamente pela recorrência do efeito de cunha. Estas trincas, promovem estímulos álgicos quando a restauração é submetida a pressão (alivia quando a pressão cessa). Com o tempo, pode levar a uma inflamação irreversível e, posteriormente, à uma necrose pulpar.
9. A profundidade mínima é de 2mm, uma vez que o amálgama é friável frente a forças de tração e compressão.
10. Irregularidades devem ser removidas com cortantes manuais
11. Ângulo cavossuperficial nítido.
12. Parede axial de mesmo comprimento que a caixa oclusal, promovendo estabilidade e equilíbrio de forças (evita o efeito alavanca).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
[footnoteRef:1]BALLESTER, Rafael. DEPARTAMENTO DE BIOMATERIAIS E BIOLOGIA ORAL ODB 400.Faculade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, 17 de maio. 2017. [1: ] 
[footnoteRef:2]SILVA, Adriana. LUND, Rafael. Dentística Restauradora: Do Planejamento à Execução. Rio de Janeiro: Santos, 2019. [2: ]

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