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AMÁLGAMA DENTAL

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AMÁLGAMA DENTAL
ESTRUTURA
· Amálgama contém mercúrio líquido misturado com pó de metais sólidos (limalha)
· Amalgamação: liberação de gotas de mercúrio a partir de uma câmara selada dentro de uma cápsula que contém o pó da liga, e os componentes são misturados em um dispositivo chamado de amalgamador. Esse processo continua quando os segmentos da massa plástica são condensados sob firme pressão contra as paredes dos dentes preparados. Continua durante o período de manipulação na boca e diminui à medida que o amálgama aumenta em resistência e dureza. Durante a primeira hora o amálgama se torna suficientemente resistente para suportar forças moderadas de mordida
· Partículas da Liga para o Amálgama + Mercúrio —> Amálgama Dental + Partículas do Pó da Liga Não Reagidas
· Antes de essas ligas serem misturadas com o mercúrio, elas eram conhecidas como ligas para amálgama dental.
· Composição: liga de amálgama dental em 1895-Black
· 65%: prata
· 29%: estanho
· 6%: cobre
· Composição liga de amálgama dental: especificação da ADA n° 1
· 69%:Prata
· 26%: Estanho
· 4%: Cobre
· 1%: Zinco
· Classificação de acordo com os componentes:
· Ligas para amálgama dental contendo zinco
· Concentração maior que 0,01%
· Função: antioxidante (o zinco reage com O2 impedindo a formação de óxidos)
· Ligas para amálgama dental sem zinco
· Concentração menor que 0,01%
· São friáveis, menor plasticidade durante a condensação e trituração
· Ligas de baixo conteúdo de cobre: 0-6%
· Ligas de alto conteúdo de cobre: 7-28% 
· Maior resistência do amálgama, resistência a corrosão e melhor integridade marginal
· O sucesso clínico depende dos mínimos detalhes, a maneira que o preparo e polimento é realizado controla as propriedades e desempenho do amálgama
· Qualidade depende do profissional e fabricante
· Os fatores relacionados com o profissional são (1) seleção de uma liga, (2) relação mercúrio/liga,(3) procedimentos de trituração, (4) técnica de condensação, (5) integridade marginal, (6) características anatômicas e (7) acabamento final
· O fabricante controla (1) a composição da liga; (2) o tratamento térmico da liga; (3) o tamanho, a forma e o método de produção das partículas da liga; (4) o tratamento de superfície das partículas; e (5) a forma na qual a liga é fornecida.
· Fabricação do pó:
· Liga usinada:
· Menor conteúdo de cobre
· Partículas desiguais e afiladas
· Forma de vareta (pastilha)
· Dificuldade de ser entrelaçadas
· A coesão não impede que as partículas sejam facilmente separadas quando são amalgamadas adequadamente.
· Maior superfície de contato - requerem maior quantidade de maior mercúrio (propriedades piores)
· Maior resistência a compressão
· Liga atomizada:
· Aspecto esférico
· 2-43 um de diâmetro
· Maior conteúdo de cobre
· Menor superfície de contato = requer menor quantidade de mercúrio
· Maior compactação de partículas = menor pressão de condensação
· Maior resistência a tração
· Reação de amalgamação: tecnicamente conhecido como trituração
· Processo de mistura do mercúrio líquido com a liga metálica
· Formação do amálgama - unidade coesa, 8 min: tempo de trabalho, 24h: tempo de presa final
· De acordo com a estrutura resultante tem-se:
· Liga com baixo conteúdo de cobre:
Hg+ (Ag-Sn) => (Ag-Hg) + (Sn-Hg) + (Ag-Sn) 
 Y Y1 Y2 Y
 liga 
com baixo 
teor de cobre 
 =. AMÁLGAMA COM BAIXO CONTEÚDO DE COBRE
· Mercúrio entra em contato com a superfície das partículas prata-estanho da liga. Quando o pó é triturado, a prata e o estanho na parte externa das partículas são dissolvidos pelo mercúrio. Ao mesmo tempo, o mercúrio se difunde para o interior das partículas da liga. 
· Quando a solubilidade do mercúrio é ultrapassada, cristais de 2 compostos metálicos se precipitam dentro dele, esses são os cristais Ag2Hg3 (fase Y1 e SN-Hg (fase gama 2). Como a solubilidade da prata no mercúrio é menor do que a do estanho, a fase Y1 se precipita antes da fase Y2.
· Após a trituração o pó da liga coexiste com o mercúrio liquefeito, dando à mistura uma consistência plástica. Enquanto o mercúrio remanescente dissolve as partículas da liga os cristais y1 e y2, crescem. À medida que o mercúrio desaparece, o amálgama se cristaliza. Quando as partículas se tornam cobertas com os cristais recém-formados, principalmente a fase Y1 (Ag2Hg3), a velocidade da reação diminui. A liga é geralmente misturada com o mercúrio na proporção aproximada de 1/1. Essa quantidade de mercúrio é insuficiente para consumir completamente as partículas originais da liga; consequentemente, partículas não consumidas estão presentes no amálgama cristalizado. Partículas de liga (pequenas agora, porque as suas superfícies foram dissolvidas no mercúrio) estão circundadas e unidas pelos cristais sólidos Y1 e Y2.
· o amálgama típico com baixo teor de cobre é um compósito em que as partículas não consumidas estão embebidas nas fases Y1 e Y2
· 
· Quanto mais partículas Ag-Sn (Y) não consumidas retidas na estrutura final = Mais resistente o amálgama
· Quanto menor Y2 = Mais resistente o amálgama
· Componente mais fraco: Y2. Fase também menos estável em ambiente corrosivo
· A dureza da fase Y2 é cerca de 10% da dureza da fase Y1, enquanto que a dureza da fase Y é, de certo modo, maior do que a dureza de y1.
· A interface entre a fase y e a matriz é importante. A alta proporção de fase y não consumida não irá aumentar a resistência do amálgama, a menos que as partículas estejam aderidas à matriz.
· Liga com alto conteúdo de cobre (mais de 6% em peso de cobre)
· Materiais de preferência
· Propriedades mecânicas melhoradas, maior resistência a corrosão e melhor integridade marginal
· Há dois tipos de pós de ligas com alto teor de cobre
· Pó de liga de fase dispersa
· Pó de liga de composição única
· Ligas de fase dispersa:
· Adição de partículas esféricas da liga eutética de prata-cobre a liga de amálgama com partículas de limalha de baixo teor de cobre
· Pó final é uma mistura de pelo menos 2 espécies de partículas
Hg+ (Ag3Sn) + (AgCu) => (Ag2Hg3) + (Cu6Sn5) + (Ag3Sn) + (AgCu)
 Y liga eutética Y1 n (eta) Y liga eutética
 Vareta Esférica Precipita 1° elimina o Y2
· O amálgama é mais resistente que o feito só com o pó usinado de baixo teor de cobre devido ao aumento das partículas de ligas residuais e redução da matriz
· Mais resistente a degradação marginal
· Quando o mercúrio reage com o pó das ligas de fase dispersa, a prata proveniente da partícula da liga de prata-cobre se dissolve no mercúrio, da mesma forma que a prata e o estanho, provenientes das partículas prata-estanho se dissolvem ao se misturar com o mercúrio. O estanho em solução se difunde para as superfícies das partículas prata-cobre da liga e reage com o cobre para formar a fase n (Cu6Sn5).Uma camada de cristais n se forma ao redor das partículas prata-cobre não consumidas da liga. A camada n superfície das partículas da liga Ag-Cu também contém alguns cristais de Y1
· A fase Y1 forma-se simultaneamente com a fase n circunda tanto as partículas n de prata-cobre quanto as partículas de limalha de prata-estanho. Como nos amálgamas com baixo teor de cobre, a fase Y1 é a matriz, ou seja, é a fase que une todo o conjunto de partículas não consumidas da liga junto.
· AgCu: agente de cargas potentes, maior resistência
· Liga de composição única:
· Um tipo de liga que contém 3 elementos fundidos em uma estrutura, cada partícula da liga apresenta a mesma composição química.
Hg+ (Ag-Sn-Cu) -> (Ag-Hg) + (Cu-Sn) + (Ag-Sn-Cu)
 Y Y1 n Y (partículas não consumidas)
*n= Maior resistência mecânica por Sn não reagir com o Hg e formar o Y2.
*Forma pouco ou nenhum Y2. A fase indesejável pode se formar também nos amálgamas de composição única. Isso é particularmenteverdadeiro quando o pó atomizado não foi submetido a tratamento térmico ou quando foi tratado por muito tempo em temperatura muito elevada.
*Sempre forma 1° o Y1
· Quando triturados com o mercúrio, a prata e o estanho das fases Ag-Sn se dissolvem no mercúrio. Pouco cobre é dissolvido no mercúrio. Os cristais Y1 crescem, formando uma matriz que une todas as partículas parcialmente dissolvidas da liga. Os cristais são encontrados como redes de cristais em forma de bastão nas superfícies das partículas da liga e dispersos pela matriz. Eles são muito maiores do que os cristais n nas camadas de reação que circundam as partículas de Ag-Cu nos amálgamas de fase dispersa.
PROPRIEDADES: AMÁLGAMA
· Idealmente, um amálgama deveria cristalizar-se sem se alterar dimensionalmente e permanecer estável por toda a vida da restauração. Entretanto, uma variedade de fatos (pressão, temperatura…) influencia as dimensões iniciais durante a cristalização e a estabilidade dimensional ao longo do tempo.
· Alteração dimensional
· O amálgama pode expandir-se ou contrair, dependendo de sua manipulação. Idealmente, a alteração dimensional deve ser pequena.
· Uma contração acentuada pode conduzir à microinfiltração, acúmulo de placa e cárie recidivante.
· A expansão exagerada pode produzir pressão sobre a polpa e sensibilidade pós-operatória. Uma restauração protraída também pode ser resultado de uma expansão excessiva.
· Contração
· Quando a liga e o mercúrio são misturados, surge a contração, pois as partículas começam a se dissolver (e, por isso, tornam-se menores), e há crescimento da fase Y1.Os cálculos mostram que o volume final da fase y1 é menor do que a soma dos volumes iniciais da prata dissolvida e do mercúrio líquido que são usados para produzir a fase y1. Portanto, a contração prosseguirá enquanto ocorrer o crescimento da fase y1. À medida que os cristais y1 crescem, eles passam a colidir uns contra os outros. Se as condições estiverem apropriadas, essa colisão dos cristais de y1 pode produzir uma pressão para o exterior, que tende a se opor à contração.
· Menor quantidade de Hg (menor proporção Hg/liga) => não consome em excesso => menor contração
· Tamanho menor de partícula favorece a contração, pois são consumidas mais rapidamente (esférica é menor que usinada). Partículas pequenas aceleram o consumo do mercúrio, pois elas possuem maior área de superfície por unidade de massa que as partículas maiores. Como uma maior área de superfície será dissolvida, a prata entra mais rapidamente em solução, a fase Y1 cresce mais rapidamente e o consumo de mercúrio é acelerado.
· Procedimentos clínicos: tempo de trituração mais prolongado => maior trituração = maior contato com o Hg com a partícula mãe Y. 
Maior pressão de condensação=> menos Hg =>força o mercúrio para fora da massa do amálgama, reduzindo a relação mercúrio/liga e reduz a contração.
· Expansão:
· Se houver mercúrio líquido suficiente para formar uma matriz plástica, ocorrerá expansão quando os cristais y1 colidirem.
· Umidade da liga de Zn:
· Liga de Zn não pode entrar em contato com a água O hidrogênio é produzido pela ação eletrolítica que envolve zinco e a água. Esse hidrogênio não se combina com o amálgama; em vez disso, acumula-se no interior da restauração, ocasionando um aumento da pressão interna que causa o creep do amálgama, produzindo, assim, a expansão observada.
· Expansão tardia: início de 3-5 dias e pode continuar por meses
· Contaminação durante a trituração ou condensação ou por um isolamento absoluto inadequado
· Resistência:
· Um requisito básico para qualquer material restaurador é uma resistência suficiente para resistir à fratura. A fratura, ainda que de uma pequena área, especialmente nas margens, aumenta o risco à corrosão e à recidiva da cárie com subsequente fracasso clínico. Uma falta de resistência adequada para suportar as forças mastigatórias e a subsequente fratura foi reconhecida como uma das limitações inerentes à restauração de amálgama.
· Função do volume das frações de partículas não consumidas da liga e das fases que contém mercúrio
Maior Y => Mais resistente
· Composição :
· Ligas pobres em Cu => menos resistente que ligas ricas em Cu (eta e eliminação de Y2 - mais resistente)
· Forma da partícula:
· Usinadas: Maior resistência à compressão
· Atomizadas: maior resistência a tração
· Quantidade de Hg: menor Hg=> melhor propriedades, mais resistente. Uma quantidade de mercúrio suficiente deve ser misturada com a liga para banhar as suas partículas e permitir uma amalgamação completa. Cada partícula da liga deve ser molhada pelo mercúrio; caso contrário, será obtida uma mistura seca e granulosa. Uma mistura deste tipo produz uma superfície rugosa e porosa que estimula a corrosão. Qualquer excesso de mercúrio deixado na restauração pode produzir uma redução acentuada de resistência. Amálgamas com baixo conteúdo de mercúrio contêm mais partículas mais resistentes da liga e menos fases mais fracas mecanicamente da matriz.O aumento do conteúdo final do mercúrio aumenta a fração volumétrica das fases da matriz às custas das partículas da liga. Em consequência, os amálgamas que contêm quantidades finais mais elevadas de mercúrio são menos resistentes.
*Os amálgamas com alto teor de cobre são particularmente enfraquecidos pela presença de uma pequena quantidade da fase y2, pois é a fase mais fraca no interior da massa do amálgama dental. Esse problema pode ser minimizado pelo emprego de baixas proporções mercúrio/liga, pois o excesso de mercúrio promove a formação da fase y2 em um amálgama com alto teor de cobre.
*Quanto maior for a pressão de condensação, mais elevada será a resistência à compressão, particularmente a resistência inicial (p. ex., em l h). Boas técnicas de condensação eliminam o mercúrio e resultam em uma menor fração volumétrica das fases da matriz. Requer-se maior pressão de condensação para minimizar a porosidade e eliminar o mercúrio dos amálgamas com partículas usinadas (limalhas). Por outro lado, os amálgamas de partículas esféricas condensadas com pressão mais suave produzem resistência adequada.
· Porosidade:
· Espaços e porosidades são fatores capazes de influenciar a resistência à compressão do amálgama cristalizado.
· Menor resistência
· Ligas usinadas sobra espaços vazios, poros, sendo mais frágeis, diferentemente de ligas esféricas que possuem maior compactação
· O aumento da pressão de condensação melhora uniformemente a adaptação das margens e reduz o número de espaços vazios em partículas usinada
· Amálgama demora 1 semana para ganhar resistência (não pode mastigar em cima)
· Velocidade de cristalização do amálgama:
· Como o paciente pode ser liberado da cadeira após 20 min do início da trituração do amálgama, uma questão vital é saber se ele ganhou resistência suficiente para sua função.Por exemplo, no final de 20 min, a resistência à compressão pode representar apenas 6% da resistência obtida após uma semana.
· A resistência à compressão em l h de amálgamas com alto teor de cobre e composição única é relativamente alta quando comparada com amálgamas de fase dispersa (Tabela 17-2). Essa resistência pode apresentar clinicamente algumas vantagens. A fratura, por exemplo, é menos provável de ocorrer quando o paciente morde acidentalmente sobre a restauração logo após deixar o consultório dentário.
 Os pacientes devem ser aconselhados a não submeter a restauração a grandes pressões mastigatórias, pelo menos até 8 h após sua inserção.
· Manchamento:
· Perda do brilho ou cor (aspecto opaco cinza) pela formação de oxidação e sulfetos
· Fatores que promovem: fase Y2, alimentos, água, placa, oxigênio e cloreto
· Consequências: Corrosão superficial e alteração estética
· Repolimento
· Corrosão:
· Caso o manchamento continue, com o tempo ocorrerá a corrosão. É a deterioração de uma liga metálica por reação com seu meio ambiente. A corrosão faz com que haja uma perda de fases dos cristais da superfície dessa liga. A corrosão do amálgama fará com que os óxidos e cloretos de cobre e estanhosejam depositados no espaço entre dente e restauração, originando uma restauração autoselante. O surgimento da restauração autoselante justifica a alta duração que a restauração de amálgama possui (cerca de 15 anos).
· A corrosão por sulcos ou corrosão genérica, independentemente das causas, reduz definitivamente a resistência da restauração de amálgama. Se esse processo permanecer por muito tempo, o amálgama poderá tornar-se tão degradado, que sofrerá fratura sob tensão.
· O espaço entre a liga e o dente permite a microinfiltração de eletrólitos e resulta em um processo clássico de formação de célula de concentração (corrosão em fenda). A formação de produtos de corrosão selam gradualmente esse espaço, o que torna o amálgama dental um material auto-selante.
· O papel exato da corrosão no processo da deterioração marginal ainda não foi estabelecido. Todavia, surgiram várias teorias relacionando os dois fenómenos. Há evidências indiretas de que a fase y2 conduz a ocorrência de falha marginal e corrosão ativa nas ligas tradicionais, porém tal correlação não é possível para as ligas com alto teor de cobre.
· Os produtos de corrosão mais comuns encontrados nas ligas tradicionais de amálgama são os óxidos e os cloretos de estanho.
· Escoamento:
· Deslocamento ou deformação por tensão
· Relação liga Hg/liga: menor relação menor escoamento
· Tempo e pressão na condensação devem ser adequados
· Contaminação por umidade deve ser evitada
· Consequência: degradação marginal, fratura marginal, alteração da forma da restauração
· Deve-se trocar o amálgama
· As vantagens da restauração de amálgama são: longevidade clínica entre 12 e 15 anos, técnica operatória simples e não muito crítica, baixo custo (muitos anos no mercado) e restauração auto selante. 
· Já as desvantagens são: cor diferente do dente (restauração cinza), não adere à superfície dentária, manchamento, corrosão, deterioração marginal e toxicidade do mercúrio (elemento químico tóxico para a saúde humana).
MANIPULAÇÃO CLÍNICA DO AMÁLGAMA
· Montagem da mesa clínica: sequência de materiais na bancada
1. Seleção dos materiais: 
· Composição da liga (teor de cobre e presença de zinco): ligas com alto teor de cobre tem melhores propriedades mecânicas, ligas com zinco tem melhor desempenho clínico, maior resistência, reduzindo o número de fraturas nas margens.
· Formato (limalha, esférica ou fase dispersa): usinadas/limalha necessitam de maior pressão de condensação, esféricas menor pressão de condensação. A usinada tem maior relação de área/volume para reagir com o Hg o que requer maior quantidade de Hg para formar a plasticidade adequada, as esféricas necessitam de menos.
· Tamanho das partículas
· Apresentação comercial: frascos separados de liga e de mercúrio (que deveriam ser proporcionados no momento da trituração); cápsulas (pré-dosadas)
· Mercúrio: pureza do material (brilho que tem), pureza satisfatória sem contaminação e menos de 0,02% de resíduos não voláteis
2. Proporcionamento: número de partes de mercúrio e de liga a serem utilizados para uma técnica
· Fatores que influenciam:
· Composição da liga
· Tamanho e forma da partícula
· Tipo de tratamento térmico da partícula
· Tipo de trituração (mecânica ou manual)
· Proporcionamento convencional/normal:
· Relação Hg/liga - 1,4:1 volume; 7:5 em peso (manual)
· Quantidade de Hg excede o nível final aceitável, necessita de remoção de excesso de Hg antes (torcia o amálgama com pano de linho ou lençol de camurça) e durante a condensação (Hg sobe)
· Maior chance de erro (crítico)
· Técnica do Mercúrio mínimo (Eames 19959)
· Relação de Hg/liga de 1:1 (50% de Hg em peso)
· Menor relação original de Hg
· Remoção de excesso do Hg apenas durante a condensação (torna desnecessária a remoção antes)
· Meios de proporcionamento:
Peso- 7:5 (balança)
Volume- 1:1 (trituração mecânica)
Cápsulas pré-dosadas: 1:1 (contém compartimentos para o Hg e a liga separados por uma membrana, relação de Hg/liga confiável, elimina a possibilidade de extravasamento de Hg -tóxico- e exposição ao vapor de Hg durante o proporcionamento)
3. Trituração:
· Método de mistura das partículas de liga com Hg para obtenção da massa plástica trabalhável
· Remoção por abrasão da película de óxido que reveste a liga possibilitando a mistura com Hg (amalgamação apropriado)
· Tipos: 
· Manual: Gral e pistilo, maior proporção Hg/liga, aumento da variável humana, maior risco de contaminação por Hg
· Mecânica (amalgamador): menor proporção Hg/liga, variável humana diminuída, menor risco de contaminação por Hg
· Tempo de trituração:
· Depende da velocidade do amalgamador, tipo da liga (ligas esféricas necessitam de menor tempo), tamanho das porções do amálgama (maior porção, maior tempo de trituração, e menor tempo de trabalho e presa, ex: 1 porção:8 segundo 2 porções: 16 segundos)
· Quanto maior o tempo e maior velocidade de trituração = menor tempo de trabalho e menor tempo de presa
· Momentos da trituração:
· Mistura sub triturada: aspecto granuloso, fosco, superfície rugosa após a escultura, (maior chance de manchamento) tempo de trabalho prolongado. Quando o amálgama é triturado por tempo menor que o normal o Hg não umedece totalmente a superfície externa das partículas, a massa permanece plástica por mais tempo, produzindo um amálgama com maior porosidade, menores valores de resistência à compressão, tração e maior susceptibilidade a corrosão. e degradação marginal Ao término da amalgamação a liga apresenta secas e esfareladas. Discreta expansão
· Mistura adequada: aspecto brilhante sem excesso, propriedades melhores
· Mistura super triturada: brilhante excessivamente, maior plasticidade, tempo de trabalho diminuído, discreta contração, maior escoamento, aparência molhada
4. Condensação:
· Após a condensação de um incremento o amálgama deve ter aparência brilhante: indicativo de Hg suficiente para se difundir no incremento seguinte e proporcionar a união das camadas, se não a restauração fica laminada, possível de fraturas prematuras, falta de homogeneidade, levando a corrosão pela falta de adesão
· 1° condensador é o maior que exerce menor pressão: condensador n°2
· Pressão varia de acordo com a ponta ativa do condensador (maior o diâmetro menor a pressão) e pela força do operador
· Princípios:
-Isolamento absoluto (porta matriz no dente a ser restaurado)
Carregar a porção do amálgama com o porta amálgama e inserir
Iniciar pelos ângulos do preparo
Remoção do excesso de Hg a cada incremento (condensador n° 2 e depois n° 1 a cada incremento)
· Demora na condensação:
· Não é possível a remoção efetiva do excesso de Hg
· Menor plasticidade
· Menor adaptação às paredes cavitárias
· Maior escoamento
· Menor resistência à compressão
*Preenchimento de amálgama em excesso para permitir a remoção da camada superficial e minimizar a quantidade de Hg nas margens
5. Brunidura:
· Alisamento superficial da restauração pelos brunidores
· Antes da escultura: adapta as paredes do dente, remoção do excesso de amálgama (brunidor 29 ou 33)
· Pós escultura: proporciona superfícies mais lisa e homogêneas, adapta as paredes do dente (brunidor n° 6)
6. Escultura:
· Objetiva refazer a anatomia dentária
· Não há necessidade de reprodução de detalhes mínimos já que a rugosidade de sulcos secundários realizados tornam-se de difícil de higienização
· Deve permitir função adequada durante a mastigação
· Esculpidores: sonda exploradora e Hollenback 3S
· A escultura deve ser realizada no momento que o material tiver resistência ao instrumento (fazer os sons ao passar o instrumento)
· Alertar ao paciente para não mastigar no lado da restauração por 8h
7. Acabamento e Polimento:
· Esperar a presa final (24h após a restauração) para realizar
· Diminui a rugosidade superficial
· Aumenta a resistência a corrosão e ao manchamento (a área menor de contato, devido a diminuição da rugosidade superficial, com o oxigênio)
· Diminuição da retenção de placa bacteriana
· Regulariza margens da restauração
· Abrasivos em ordem decrescente de abrasividade, pois oporo inicial é grande, e depois vai diminuindo (ordem: marrom, verde e azul)
· Evitar a produção de calor (pela abrasividade): polimento de preferência úmido
· Uso de pressão intermitente (pressão suave e intermitente - tipo pisca-pisca)
· Sucesso: Dente brilhando (reflexão de luz em um plano) 
*Opaco/porosidades: reflexão de luz difusa
1° Brocas multilaminadas ou 12 lâminas (com formatos diferentes)
2° Borrachas abrasivas na ordem: marrom, verde e azul (formato de taça ou chama)
3° Pó de óxido de zinco com álcool e escova de Robson
PRÁTICA: AMÁLGAMA
· Esse material é indicado para restaurações diretas em dentes posteriores e núcleo de preenchimento, reconstruções coronárias e obturação retrógrada.
· O amálgama dental pode ser comercializado em dois frascos - contendo a liga (pó) e o mercúrio (líquido) que são triturados manualmente - ou em Cápsulas apresentam a liga e o mercúrio separados em seu interior e são triturados mecanicamente no amalgamador 
· Etapas: proporção, trituração, inserção, condensação, brunidura pré-escultura, escultura, brunidura pós-escultura, acabamento e polimento.
· Proporção: de acordo com fabricante (1:1)
· Trituração no amalgamador
· Tempo de trabalho: 8 min
· Tempo de presa final: 24h
*Paciente é liberado após 20 min do início da trituração (apenas 6% da resistência)
Pelo menos 8h após não mastigar do lado
· Materiais utilizados 
• arco de Young
• borrachas abrasivas: marrom, verde e azul
• brocas multilaminadas para polimento
• brunidores para amálgama no 29 e no 33
• condensador no 6 de Hollenback
• condensadores para amálgama no 1 e no 2
• cunhas de madeira
• esculpidor de Hollenback no 3S
• espátula no 1
• espelho clínico plano
• fio dental
• grampos para molares e pré-molares
• lençol de borracha
• manequim com dentes (16, 25, 35, 46) com cavidades preparadas
• micromotor e contra-ângulo
• perfurador para dique de borracha
• pinça clínica
• pinça porta-grampo
• porta-amálgama
• pote Dappen
• porta-matriz (Tofflemire ou circular da Ivory)
• sonda exploradora no 5
• taça de borracha
• tesoura
• tiras para matriz de 5 mm
· ETAPAS
· Isolamento absoluto
· Carregamento do porta-amálgama com amálgama triturado
· Inserção do amálgama na cavidade
1. Condensação:
· Condensador n°2 (maior, usado 1°)
· Condensador n° 1
*Classe II: Inserção do amálgama na caixa proximal e condensação de cada, depois na caixa oclusal e condensação
*Inserir amálgama até um pouco em cima do ângulo cavo superficial
2. Brunidura pré-escultura
· Brunidores 29 ou 33
3. Escultura
· Hollenback 3S
· Sonda exploradora
4. Brunidura pós-escultura
· Brunidor n° 6
5. Acabamento e polimento

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