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Nomenclatura e Classificação Dentária

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Dentística 
 
Dentística é a parte da odontologia restauradora que nos 
convém a restaurar diretamente sobre a boca, ou seja, 
utilizando um material restaurador direto. Atualmente o 
material mais utilizado para restauração direta é a resina 
composta. 
A nomenclatura dental indica de forma simples e precisa o 
elemento dental, suas partes constituintes e seu 
posicionamento na arcada. Existe dois tipos de 
nomenclatura: descritiva e numérica. 
• Nomenclatura descritiva: é definida por característica de 
classe, tipo, conjunto, arcada e posição em relação ao plano 
sagital mediano. As características de classe dividem os 
dentes em quatro grandes grupos: molares, pré-molares, 
caninos e incisivos. As características de tipo, por sua vez, 
diferenciam os dentes dentro de cada uma das classes: 
incisivo central ou lateral; 1º, 2º ou 3º molar; 1º ou 2º pré-
molar. As características de conjunto dividem os dentes em 
permanentes e decíduos. Para uma descrição precisa do 
dente em questão, ainda devem ser consideradas a arcada 
(superior ou inferior) e a posição do dente em relação ao 
plano sagital mediano (direito ou esquerdo. 
 
• Nomenclatura numérica: indica de maneira simples, rápida 
e prática, os elementos dentários, utilizando números. 
Nomenclatura das partes constituintes das 
cavidades 
Em linhas gerais, as cavidades são constituídas de paredes 
circundantes, paredes de fundo, ângulos internos diedros, 
ângulos internos triedros e ângulos cavossuperficiais. 
Paredes circundantes: são as paredes que chegam até a 
superfície externa das cavidades, definindo seu contorno. 
Paredes de fundo: são paredes internas que nunca atingem 
a superfície. 
 
Ângulos diedros: localizados na região de transição entre 
duas paredes. 
Ângulos triedros: são os ângulos localizados na junção de 
três paredes. 
Ângulos cavossuperficiais: localizados na margem entre a 
superfície externa do dente e o preparo. 
Nomenclatura e classificação 
 de lesões e das cavidades 
Classificação das cavidades quanto à 
complexidade 
De acordo com o número das faces envolvidas, as cavidades 
podem ser denominadas simples (1 face), composta (2 
faces) ou complexas (3 ou mais faces). 
Quanto à face envolvida 
 
 
 
Quanto à forma e extensão 
Intracoronárias (inlay): cavidades confinadas no interior da 
coroa dentária. 
Extracoronárias parciais (onlay): cavidades que apresentam 
cobertura de cúspide e/ou de outras faces dos dentes. 
Extracoronárias totais: cavidades que apresentam 
cobertura de todas as faces (axial e oclusal ou incisal). 
Quanto à finalidade 
Terapêuticas: nos casos em que a estrutura dentária 
coronária foi acometida parcial ou totalmente por lesão 
cariosa, abrasão, erosão, abfração, fratura ou outras 
lesões. 
Protéticas: cavidades preparadas para servir como 
retentores ou apoio para prótese fixa ou removível. 
Classificação das cavidades 
Essa classificação complementa a classificação de black. 
• Classe I do tipo ponto: pré-molares 
e molares, quando apenas um ponto do sulco 
principal foi atingido pela cárie. 
 
• Classe I do tipo risco: em pré-
molares e molares, quando apenas o sulco 
principal foi atingido pela cárie. 
 
• Classe I do tipo shot gun: molares 
inferiores com minicavidades na superfície 
oclusal. 
 
• Classe II do tipo slot vertical: pré-molares e 
molares, quando apenas a face proximal 
cariada foi incluída na preparação, com 
acesso pela crista marginal. 
 
• Classe II do tipo slot horizontal: pré-molares 
e molares, quando apenas a face proximal 
cariada foi incluída na preparação, com 
acesso pelas superfícies vestibular ou 
lingual/palatina. 
 
• Classe VI: proposta por Howard e Simon, 
inclui as cavidades atípicas preparadas nas bordas 
incisais e nas pontas de cúspides. 
 
 
O preparo cavitário é o tratamento biomecânico da estrutura 
dental que objetiva proporcionar melhor desempenho para o 
conjunto dente-material restaurador. 
Sequência Lógica de Black 
Forma de contorno: é a área da superfície do dente que 
deve ser incluída no preparo cavitário uma restauração. Quando 
realizado para amálgama em classe I todo o sulco principal era 
desgastado mesmo que a cárie não abrangesse toda a área, isso 
era chamado de extensão preventiva. 
Forma de resistência: são as características da cavidade 
para que as estruturas remanescentes e a restauração sejam 
capazes de resistir às forças mastigatórias. Dois pontos 
importantes a serem destacados: 
 Existem estruturas nos dentes formadas por uma 
quantidade de esmalte muito grande que fazem parte 
da resistência do elemento dental. Por exemplo: cristas 
marginais e pontes de esmalte são áreas de grande 
concentração de esmalte. 
 Sabe-se que o esmalte tem vantagem de fornecer 
resistência, porém, todo material que possui grande 
resistência também se torna friável. Ou seja, é a 
capacidade do material de se modificar sem distorção. 
No esmalte a cárie apresenta progressão lenta devido à alta 
mineralização, crescendo de forma maior na dentina por 
apresentar material orgânico. 
Forma de retenção: é a forma dada à cavidade para 
torna-la capaz de reter a restauração e evitar seu 
deslocamento. Essa forma não é mais utilizada, pois atualmente 
se têm adesão. Esse método foi utilizado apenas para 
restauração em amálgama visto a incapacidade de aderência na 
cavidade oral. 
Forma de conveniência: é a etapa do preparo cavitário 
que visa proporcionar acesso adequado à cavidade, possibilitando 
uma boa instrumentação e inserção do material restaurador. 
A face distal de dentes posteriores, por exemplo, são de difícil 
acesso, uma forma de conveniência seria tornar a forma do 
preparo cavitário conveniente de certa maneira que facilite a 
inserção do material restaurador. 
 
 
Remoção de dentina cariada: é a fase que visa 
remover toda a dentina cariada que houver permanecido após as 
fases prévias de preparo. 
Cárie em dentina é retirada com cureta ou com brocas multi-
laminadas em baixa rotação. Se for utilizada uma ponta 
diamantada em alta rotação na dentina cariada, a broca gira em 
alta rotação derrapando na cárie e a carie não irá sair. Quando é 
colocada uma broca multi-laminada em baixa rotação na dentina a 
cárie vai descamando, ou seja, saindo em formato de “cascas”, 
não desgastando a dentina e preservando tecido saudável. 
Observação: tratamento que visa a remoção da cárie com 
curetas e utiliza um material restaurado intermediário (como o 
ionômero de vidro, pois libera flúor) para interromper o 
crescimento da cárie é denominado tratamento restaurador 
atraumático (TRA). 
Acabamento das paredes de esmalte: visa a 
remoção das irregularidades e dos primas de esmalte sem 
suporte deixados pela instrumentação inicial, mediante o 
alisamento das paredes do preparo. O acabamento mais 
apropriado para alisar as paredes dos dentes são os de alta 
rotação, com mão leve para não gerar desgaste em excesso. 
Limpeza da cavidade: é a remoção de partículas 
remanescentes do preparo cavitário, o que possibilita a inserção 
do material restaurador sobre uma superfície limpa. 
Antigamente quando era feito restaurações com amálgama as 
cavidades eram limpas com soluções detergentes. Hoje em dia 
quando se faz restaurações com resina composta é feito o 
condicionamento ácido onde irá remover as impurezas do esmalte 
e da dentina. Utilizando adesivos alto condicionantes é dispensada 
a utilização de ácido. 
Em tese a clorhexidina mata as bactérias evitando uma infiltração 
da cárie. Alguns artigos contrariam o uso de clorhexidina 
afirmando que ela não faz diferença ou que podem atrapalhar no 
processo de adesão. 
CASOS Específicos 
 
Princípios gerais do preparo cavitário 
Na imagem acima é possível observar um tipo de lesão abfração 
(não cariosa) gerada por vários fatores. É uma lesão clássica de 
estresse mastigatório, trauma oclusal e excesso de força 
durante a mastigação. O esmalte sem suporte deve ser retirado 
e a limpeza da cavidade precisa ser feita.Não é possível verificar 
a olho nu se ouve extensão ou não da lesão, portanto é 
importante o preparo antes de inserir o material restaurador. 
 
Na imagem acima é possível observar que o elemento 21 sofreu 
uma lesão cervical não cariosa classificada de um trauma, 
podendo ter acometimento endodôntico ou não. Nesse caso o 
clareamento não será tão eficaz, sendo que a opção mais 
adequada para o paciente ter um sorriso mais harmônico é 
desgastando o dente e colocando um material restaurador. O 
desgaste de tecido sadio só se justifica em casos específicos. Por 
exemplo: estética, casos de abfração e forma de conveniência. 
 
Na imagem acima é possível observar sem analises radiográficas 
uma lesão cariosa, porém, sem saber a profundidade dessa cárie. 
Na primeira imagem tem-se a impressão que a cárie é pequena, 
apesar do manchamento escurecido na face oclusal indicando que 
a lesão é muito maior em dentina do que em esmalte. Na segunda 
imagem foi removida a ponte de esmalte. Na terceira imagem é 
possível observar que a extensão da cárie é muito maior, 
precisando ser removido com cureta ou com brocas multi-
laminadas em baixa rotação. 
Os princípios atuais de preparo cavitário 
O conhecimento dos fatores etiológicos da doença cárie e o 
abandono da filosofia de extensão preventiva, por si só, resultam 
em cavidades mais conservadoras. Entretanto, só com o 
desenvolvimento dos materiais adesivos, capazes de reforçar a 
estrutura dental debilitada, tornou-se possível a manutenção do 
esmalte sem suporte dentinário, peça chave para colocar os 
princípios clássicos propostos por Black. Em uma análise simplista, 
as cavidades atuais devem ser preparadas com base em dois 
preceitos básicos: máxima conservação de estrutura dental sadia 
e bom senso. 
Cada lesão e cada dente apresentam características únicas e 
devem, portanto, ser tratados de maneira individualizada. A 
máxima conservação da estrutura dental é a filosofia 
restauradora moderna. 
 
Compreende o conjunto de procedimentos que viabiliza a eliminação 
ou a diminuição da umidade na região a ser trabalhada. 
Um adequado controle da umidade inclui evitar a presença de saliva, 
de fluidos ou de sangue. O acesso ao campo operatório envolve a 
manutenção da boca do paciente aberta, a retração da língua, dos 
lábios e do tecido gengival. 
O isolamento pode ser absoluto ou relativo. O isolamento executado 
com o dique de borracha é chamado de isolamento absoluto, 
enquanto o que não envolve o uso de dique é chamada de isolamento 
relativo. 
 
 
 
 
 
Algumas das situações mais comuns em que o uso do dique de 
borracha é recomendado: 
→ Durante a remoção do tecido cariado, em especial em 
cavidades profundas; 
→ Durante a remoção de restauração insatisfatórias; 
→ Em todos os procedimentos que envolvam amálgama, para 
reduzir a aspiração e/ou deglutição de mercúrio pelo paciente; 
→ Durante todo os procedimentos adesivos, sejam eles, diretos 
ou indiretos, uma vez que a ausência de contaminação e o 
controle da umidade são aspectos críticos para o sucesso da 
adesão; 
→ Em situação em que o acesso à lesão ou cavidade depende do 
afastamento gengival promovido por grampos retratores; 
→ Em pacientes com necessidades especiais e/ou dificuldades 
motoras para reduzir a possibilidade de aspiração ou 
deglutição de instrumentos e objetos; 
As vantagens desse isolamento são: campo limpo e seco, boa 
visualização e proteção do paciente. Já as desvantagens são: 
dificuldade técnica, desconforto e intolerância. 
Materiais e instrumentos 
Lençol ou dique de borracha: é a 
folha (dique) de borracha 
responsável por separar o campo 
operatório da cavidade bucal. É 
impermeável, disponibilizado em 
espessuras e cores variadas. O ideal é que sejam utilizados diques 
que apresentem bom contraste com a cor dos elementos dentais. 
Arco de Young: é um dispositivo metálico em formato de U, utilizado 
para esticar e apreender o lençol de borracha. Também pode se 
utilizar o arco de Ostby. 
 
 
 
 
Perfurador de borracha: é utilizado para perfurar o lençol de 
borracha na área correspondente ao dente que será isolado. Os 
furos devem ser de acordo com o tamanho dos dentes que vão 
ser isolados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pinça porta-grampos: tem as funções de aprender e abrir o 
grampo, a fim de permitir seu posicionamento no dente. Ao final 
do procedimento, também é empregada na apreensão e remoção 
do grampo. 
Sugadores: responsáveis pela sucção da saliva e da água presente 
na cavidade bucal. 
Grampos: é utilizado para estabilizar o lençol de borracha em torno 
do dente. O último dente, ou seja, o dente mais distal, sempre vai 
levar o grampo, pois é ele que vai fazer a estabilização e segurar 
todo o sistema de isolamento dentro da boca o paciente. 
Arco de Young Arco de Ostby. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica de isolamento 
Existe várias técnicas na ordem de colocação dos dispositivos. A 
escolha da técnica depende do caso e da preferencia de cada 
profissional. 
1) Colocação do grampo (com asa) na borracha perfurada, seguida 
da instalação do arco e leva a boca do paciente. 
 
2) Colocação do grampo (sem asa) e em seguida o lençol preso ao 
arco. 
 
3) Colocação do lençol e arco e depois o grampo (com ou sem asa). 
 
Passo a passo 
1) Procedimentos prévios: realizar a profilaxia dos dentes, pois a 
presença de biofilme atrapalha o isolamento. Em seguida passar o 
fio dental para verificar o espaço interdental. Caso o fio dental não 
passe entre os dentes, é preciso utilizar uma tira de lixa de aço e 
passar entre os dentes para abrir espaço. 
2) Seleção do grampo: de 
acordo com o dente e 
com a técnica de 
colocação do lençol. É 
preciso testar o grampo 
antes, para isso vai 
colocar uma amarilha de fio dental para impedir a deglutição do 
grampo e em seguida vai testar a adaptação cervical do grampo. 
3) Seleção e preparo do lençol de borracha: deve se observar 
tamanho, cor e espessura. Para fazer o preparo do lençol é 
preciso fazer os seguintes passos: 
• Divisão em quadrantes: traçar duas linhas, uma horizontal 
e outra vertical, dividindo em 4 quadrantes; 
• Em seguida, por cima do lençol vai posicionar o arco e 
prender o lençol nas garras desse arco; 
• Fazer a marcação dos orifícios e perfuração do lençol; 
• Por último, é bom fazer uma lubrificação do lençol, com 
um gel a base de água ou a base de glicerina. 
 
 
 
 
 
4) Colocação do isolamento: uma vez que o último elemento está 
com grampo, o isolamento está estabilizado, em seguida faz o 
isolamento dos outros elementos. É preciso fazer a passagem da 
borracha nas interproximais dos dentes. 
5) Invaginação da borracha na gengiva: utilizando fio dental, 
espátula supra fio ou espátula para inserção de fio retrator 
número 1. 
6)Amarrias: devem sem 
realizados quando o lençol não 
permanecer estável na região 
cervical dos dentes isolados. 
Remoção 
1) Corta as amarrias uma por uma. 
2) Esticar o lençol para vestibular e vai cortando as áreas 
proximais. 
3) Remove todo o isolamento. 
Fatores que determinam o espaço e a relação 
entre os orifícios a serem perfurados 
Tamanho e contorno dos dentes; Altura da gengiva interdental; 
Espaço entre os dentes ou ausência de dentes; Má posição dos 
dentes no arco dental; Posição da cavidade no dente. 
É utilizado em procedimentos de curta duração. Sua utilização 
restringe-se aos casos de impossibilidade de uso do isolamento. Ex.: 
clareamento dental, restaurações temporárias. 
Materiais e instrumentais 
Rolos de algodão, gaze, sugador, afastador, pinça, sonda e espelho. 
Dispositivos auxiliares 
Fios retratores: além de retrair 
a gengiva, colaboram no controle 
da umidade. 
Afastador bucal: são capazes de retrair os lábios e as bochechas, 
mantendo-os afastados durante todo o procedimento. 
Barreira gengival: utilizado para proteger a gengiva. 
Absorvente salivar: colocado na região sublingual. Tem o poder de 
absorção melhor doque o rolo de algodão. 
Substancias químicas: indicadas em casos muito específicos, em 
que o paciente apresente fluxo salivar intenso e impossibilidade de 
controle salivar pelos métodos convencionais. 
Técnica 
Consiste basicamente na colocação de rolos de algodão nas regiões 
que existe uma grande quantidade de salivação e de sugador de 
saliva. Os rolos de algodão devem ser colocados no sulco vestibular 
e nas faces linguais dos dentes. 
 
O fluxo salivar existente na cavidade bucal é proveniente das 
glândulas parótidas, sublingual e submandibular. 
Isolamento rasgado 
 
Os sistemas adesivos são substâncias capazes de unir o material 
restaurador à estrutura dentária, possibilitando restaurações mais 
estéticas e conservadoras. 
O sistema adesivo é utilizado em: restaurações em lesões cariosas 
e em lesões não cariosas; restaurações indiretas em resina 
composta ou cerâmica; selamento preventivo de defeitos 
estruturais; colagem de bráquetes e bandas ortodônticas; reparo 
de RC, cerâmica ou amálgama; reconstrução de núcleos para 
coroas; colagem de fragmentos em dentes fraturados; 
desensibilizar raízes expostas. 
 
Em esmalte 
 
É um tecido altamente mineralizado,capaz de sofrer 
condicionamento ácido. O condicionamento tem como principais 
funções o aumento do molhamento e da energia de superfície. 
O mecanismo de união do adesivo ao esmalte é explicado pelo 
aumento de energia superficial do esmalte. A superfície do esmalte 
é bem lisa, tem baixa energia de superfície, o sistema adesivo não 
consegue penetrar. Com isso, é preciso aumentar a energia de 
superfície, passando o ácido fosfórico 37%, que vai desmineralizar 
essa superfície, criando micro retenções, e, consequentemente, 
aumenta a área de contato. 
 
Em dentina 
Na dentina o percentual inorgânico cai. Comparado ao esmalte, na 
dentina terá muito mais água, material orgânico. Portanto, como a 
composição da dentina é diferente do esmalte, consequentemente, 
a adesão na dentina vai ser diferente da adesão no esmalte. 
 
A maneira de realizar a adesão na dentina é através da formação 
de uma zona de interdifusão, chamada camada híbrida, nessa 
camada tem: água, fibras colágenas, adesivo. 
Na dentina tem muita água, os sistemas de adesivos são 
hidrofóbicos, com isso criou um componente de adesão hidrofílico, 
chamado de primer. 
 
Existem dois tipos de dentina: 
→ Dentina intertubular: está localizada entre os túbulos 
dentinários. É mais mineralizada e possui uma melhor 
qualidade de adesão. 
→ Dentina peritubular: está localizada em volta dos túbulos 
dentinários. É pouco mineralizada e não possui muita 
adesão. 
Próximo do esmalte tem uma quantidade grande de dentina 
intertubular, já em direção a polpa é encontrado mais a dentina 
peritubular. Ao passar ácido na dentina, ela fica extremamente 
porosa, com pouca quantidade de dentina intertubular. 
Na dentina, embora tenha muita micro retenção é uma superfície 
com uma baixa energia, então ao aplicar o sistema adesivo 
(hidrofóbico), ele não vai conseguir penetrar nessas micro 
retenções. Para solucionar esse problema, foi desenvolvido um 
componente adesivo hidrofílico, chamado de primer. 
O primer aumenta a energia de superfície, e tem afinidade a água. 
Ao passar o primer na dentina, ele consegue aumentar a energia 
de superfície, penetrando nessas micro retenções, e molhando 
toda a superfície. Esse primer também é compatível com o adesivo 
(hidrofóbico-bond). 
Cuidados: 
→ Ao fazer a adesão a dentina, não se deve secar a dentina, 
caso seque a dentina e ocorra a evaporação de toda a água 
presente ali, vai sobrar então apenas fibras colágenas. Essas 
fibras colágenas vão colabar (colar), impedindo a adesão da 
dentina. 
→ Ao remover cárie, misturado as fibras colágenas, a água, 
encontra-se muita bactéria, restos de dentina, e isso forma 
uma lama que tampa os túbulos dentinários, chamado de 
smear layer. Dentro dos túbulos dentinários também fica um 
pouco dessa lama camada, chamada smear plug. O 
condicionamento ácido serve para limpar essas camadas de 
lama, expondo as fibras colágenas e os túbulos dentinárias. 
Realizando isso, é possível aplicar uma camada do componente 
hidrofílico, e depois uma camada do componente hidrofóbico, 
por difusão isso entre nas micro retenções, formando a 
camada hibrida. 
Composição dos adesivos 
Basicamente é composto por uma matriz resinosa orgânica, sendo 
a mais comum o bisfenol glicidil dimetacrilato (bis-GMA). Outros tipos 
de monômeros são: 
→ Hidroxietil metacrilato (HEMA); 
→ Dipentaeritritol pentacrilato éster fosfato (PENTA); 
→ Uretano etileno glicol dimetacrilato (EG-DMA); 
→ Bisfenil dimetacrilato (BPDM); 
→ Uretano dimetacrilato (UDMA); 
→ Trietileno glicol dimetacrilato (TEGDMA). 
Os monômeros são misturados em solventes (etanol e a acetona). 
Após infiltrar o sistema adesivo na dentina, esse solvente vai se 
misturar a água, com isso o solvente vai evaporar e levar com sigo 
o excesso de água. Fazendo isso, a camada hibrida fica basicamente 
com fibras colágenas e sistema adesivo, permitindo uma boa 
adesão. 
Classificação 
Podemos classificar os adesivos dentais: quanto ao 
condicionamento ácido prévio; quanto a afinidade aos fluidos 
dentinários, quanto a forma de polimerização e quanto ao número 
de passos. 
Quanto ao condicionamento ácido prévio: 
(condicionamento ácido convencional) 
Apresenta duas formas: 
→ Convencionais: usa o ácido fosfórico para fazer o 
condicionamento acido prévio. 
→ Autocondicionantes: elimina a necessidade de condicionamento 
ácido, pelo uso do primer ácido. 
 
 
 
Em esmalte: usar o ácido fosfórico 37% de 30 a 60 segundos. 
Na dentina usar o ácido fosfórico no máximo 15 segundos. 
Quanto a afinidade aos fluidos dentinários: 
→ Hidrofóbico: adesivo propriamente dito (bond). 
→ Hidrofílico: primer utilizado em dentina. 
Quanto a forma de polimerização: 
Apresenta diferentes tipos e polimerização: 
→ Polimerização química (auto polimerizáveis): mistura o adesivo 
com o catalizador e por reação química, esse material vai se 
polimerizar. 
→ Polimerização física (foto polimerizáveis): ocorre através de 
onda de luz. 
→ Polimerização dual: mistura as duas polimerizações, inicia-se a 
auto polimerização, porém se jogar luz ao mesmo tempo, 
acelera a polimerização. 
Para polimerizar tem que aplicar o primer, depois o bond e depois 
polimerizar. Quando o primer e bond são juntas, deve usar um 
ativador de primer bond. 
Obs.: Na dentística, se utiliza a polimerização física. 
Quanto ao número de passos: 
Só observar quantos componentes estão sendo utilizados. 
 
N° de 
passos 
Convencionais 
3 (ácido+primer+bond) 
 
2(ácido+primer/bond) 
Autocondicionantes 
2(ácido/primer+bond) 
 
1(ácido, primer e bon) 
 
Convencional Auto condicionante 
Tem o sistema hibrido: vai fazer um condicionamento convencional 
com o ácido no esmalte, e aplicar o sistema auto condicionante na 
dentina. 
Fatores clínicos que interferem na 
adesão 
→ Tempo de condicionamento ácido. 
→ A dentina deve ser mantida levemente umedecida. 
→ Evaporação do solvente. 
 
 
Podemos descrever as resinas compostas atuais como uma matriz 
orgânica que contêm inibidores e ativadores de polimerização, 
saturada com partículas de carga previamente sinalizadas. 
As propriedades favoráveis são: adesão ao esmalte e dentina, 
preparos conservadores, e promove estética (cor, textura, 
opacidade e translucidez). 
As propriedades desfavoráveis são: contração de polimerização, 
sorção de água e pigmentos (capacidade que o material tem de 
aderir água e pigmento na superfície), envelhecimento da matriz 
orgânica, degradação em meio ácido e álcool, manchamento 
(instabilidade de cor por conta do envelhecimento da matriz 
orgânica). 
São indicadas para: restaurações estéticas, selamento de fissuras 
e fóssulas, reparo em restaurações diretas e indiretas, núcleo de 
preenchimento 
Como o próprio nome indica, as resinas compostas têm sua 
estruturaformada por vários componentes. Há quatro 
componentes principais, sendo as características e os percentuais 
de cada um deles variáveis de um material para o outro. 
Matriz orgânica: geralmente um dimetacrilato com o Bis-GMA ou o 
UDMA, associado a outros monômeros de menor peso molecular, 
como o TEGD-MA – necessários para regular a viscosidade. 
Carga inorgânica: são partículas microscópicas de natureza 
inorgânica que melhoram as propriedades físico-químicas da matriz. 
É formada por partículas de vidro, quartzo e/ou sílica, presentes 
em diferentes tamanhos, formas e quantidades. 
Agente de união: exemplo o silano, uma molécula bifuncional, capaz 
de se unir tanto à carga inorgânica como à matriz polimérica. 
Sistema acelerador-iniciador: envolve os componentes 
responsáveis pela reação de polimerização. Além disso, também 
tem os inibidores de polimerização, para que não ocorra 
espontaneamente. 
Ex..: Canforoquinona, ela é sensível a luz, quando a luz bate nela ela 
consegue iniciar o processo de polimerização da resina. O problema 
dela, é a cor amarela. Outros exemplos são: bafo e TPO. 
A canforoquinona é muito utilizada pela capacidade de iniciação da 
polimerização. Os outros se mostram com um déficit grande de 
polimerização. O bapo e TPO não conseguem um grau de conversão 
de monômeros em polímero grande como a canforoquinona. 
Além da sua composição, podem variar de forma e tamanho, 
alterando características como: resistência a fratura, fadiga, 
desgaste, consistência de fluidez e lisura de superfície. 
Limitações 
→ Extensão da cavidade (mais de 3 parades, normalmente tem 
que fazer restauração indireta). Se a extensão da cavidade 
for no sentindo vestíbulo lingual for mais que 1/3 dessa 
distância é considerada grande. 
→ Alto índice de cárie à má higienização. 
→ Dificuldade técnica (isolamento). 
Histórico 
Na década de 40/50 os materiais restauradores eram metálicos, 
como o amálgama. O problema principal desses materiais eram a 
estética. 
Os primeiros materiais restauradores diretos estéticos foram o 
cimento de silicato (baixa resistência, com desgaste muito grande) 
e resinas acrílicas – PMMA (ainda se usa bastante em prótese, 
apresenta uma contração elevada). 
Em 1953: invés de se ter só matéria orgânica começaram a 
adicionar carga. A carga é uma estrutura mineral. Perceberam que 
essa resina falhava muito, isso era porque existia uma incapacidade 
dessa matriz orgânica se aderir a essa carga mineral. Essas 
resinas eram chamadas de resina pseudo-composta. 
Em 1962: foi desenvolvida a matriz resinosa de BISGMA, com a 
utilização de um agente de ligação chamado de silano orgânico, unido 
as partículas de carga e a matriz resinosa. 
Vantagens da BISGMA 
Apresenta baixa contração de polimerização; resistência mecânica; 
menor volatilidade; estabilidade dimensional e de cor, sendo um 
material que manchava e desgastava menos. 
Porém esse material não era moldável, por isso foi acrescentado 
alguns diluentes: Bisma (bisfenol dimetacrilato), DEGMA (dieleno do 
ester do glicidil dimetacrilato), TEGDMA (trietileno do ester do glicidil 
dimetacrilato) e Te-EGMA (tetraetileno do ester de glicidil 
dimetacrilato). 
O mais utilizado atualmente é o TEGDMA. Os diluentes apresentam 
a função de tornar o material mais moldável, diluindo o BISGMA, 
levando a formação de uma pasta moldável. 
Classificação 
As resinas compostas podem ser classificadas de acordo com o 
tamanho da partícula, de acordo com a fluidez e de acordo com o 
sistema de polimerização. 
De acordo com o tamanho das partículas 
A quantidade de carga de uma resina composta é o principal fator 
determinante de suas propriedades físico-mecânicas. Quanto 
maior o percentual de carga inorgânica, maior a resistência, maior 
o modulo de estabilidade e menor a contração de polimerização. 
Macropartículas: consideradas grandes, com até 40 micrometros, 
podendo variar entre 1 e 100 micrometros. Apresentam como 
grandes desvantagens a dificuldade de obtenção de um bom 
polimento e, principalmente, a dificuldade de manutenção da lisura 
superficial ao longo do tempo, 
Era um material duro e extremamente resistente, só sirva para 
fazer restaurações de dentes posteriores. Caiu em desuso. 
Micropartículas: apresentam partículas com tamanho médio de 
0,04 micrometros o que resulta em superfícies que, além de 
extremamente fáceis de polir, mantêm o brilho e a lisura 
superficiais por mais tempo. Não apresenta resistência mecânica 
do material. E tem a função de restaurações de áreas estéticas 
que não requer esforço oclusal (face vestibular de dentes 
anteriores). 
São indicadas para as restaurações em áreas que necessitam de 
alto polimento sem a necessidade de alta resistência – facetas, 
restaurações classe III e V, facetas estritamente vestibulares ou 
somente para a camada mais vestibular de restaurações 
anteriores. 
Apresenta pequena incorporação de carga, sendo contraindicadas 
em restaurações submetidas a grandes esforços. 
Nanopartículas: partículas que variam de 0,02 a 0,075 
micrometros. A maior vantagem vantagem desses compósitos, 
especialmente em comparação às resinas de micropartículas, é 
que o método de fabricação permite agregar um maior volume de 
carga à matriz, permitindo combinar boas propriedades físico-
mecânicas, em virtude da alta quantidade de carga, e um bom 
polimento, uma vez que as partículas são extremamente pequenas. 
São obtidas por processo químico sintético. Associam excelentes 
propriedades mecânicas (resistência) com elevado polimento. 
Utilizadas para todos os casos. 
Híbridas: mistura de micropartículas com partículas maiores. Tem o 
objetivo de melhorar as propriedades mecânicas sem perder o 
polimento e o brilho superficial. Essas resinas hibridas, podem ser 
divididas em: 
• Micro-híbridas: partículas inorgânicas que variam de 0,2 
e 1 micrometro. Mais indicada para dentes anteriores. 
• Nano-híbridas: mistura de nanopartículas com partículas 
de tamanho variados. 
As resinas micro-híbridas e nano-híbridas têm uso universal e 
podem ser utilizadas em restaurações de dentes anteriores e 
posteriores. 
De acordo com a com a fluidez (viscosidade) 
Regulares ou convencionais: para restaurações direta. 
De baixa viscosidade (flow): bem fluida. São utilizadas para 
selamento de cicatrículas e fossas, preenchimento de 
irregularidades de cavidade, e como cimento resino de faceta. 
Alta viscosidade: apresentam características de menor 
escoamento, devido ao aumento de proporção carga-matriz. 
Facilidade de inserção, porém apresentam difícil adaptação e 
entraram em desuso. 
 De acordo com o sistema de polimerização 
A polimerização transforma a resina composta, inicialmente 
plástica, manipulável e facilmente esculpível, em um material rígido, 
devolvendo estética e função aos elementos dentais. 
O processo de polimerização ocorre em três fases: Iniciação ou 
indução, propagação e terminação: 
Grau de conversão de polimerização 
Grau de conversão dos monômeros presentes nos cimentos 
resinosos é a capacidade que o material tem de sintetizar a partir 
de tais monômeros, cadeias complexas de oligômeros, também 
chamados de polímeros. 
Nenhum material resinoso tem capacidade de grau de conversão 
de 100%. O grau de conversão de polimerização está diretamente 
ligado as propriedades físicas do material. Quanto pior o grau de 
polimerização das resinas, pior as características biomecânicas da 
resina. 
Ativação: fisicamente ativadas ou fotoativas; quimicamente 
ativas ou auto polimerizáveis, e química e fisicamente ativadas 
(dual). A polimerização dual assim como as auto polimerizáveis, são 
acondicionadas em diferentes recipientes, e embora foto 
polimerizáveis, contam também com a polimerização química (locais 
onde a luz não é suficiente). 
Contração de polimerização 
Normalmente é onde a resina falha. 
O fator C é o fator de configuração cavitário, é relacionado com 
a geometria do preparo cavitário e representado pelarelação 
entra as áreas de superfície aderidas e não-aderidas. 
É importante pois quanto maior o número de superfície aderidas 
na resina composta maior a possibilidade de falha. Quanto maior o 
número de paredes maior o fator C. 
Para diminuir os problemas causados pelo fato C alto utiliza-se a 
técnica restauradora incremental, que precisa colocar quantidades 
reduzidas de resina composta que não devem ultrapassar 2mm, 
na menor quantidade de paredes possíveis, de preferência uma ou 
duas paredes. 
Resinas de incrementação única (bulk 
fill) 
os fabricantes modificaram a matriz orgânica para que contração 
de polimerização seja tão pequena ao ponto de ser desconsiderada. 
Ela se contrai tão pouco que permite a colocação de camadas de 
4 a 5mm sem que haja descolamento nas paredes. Essa resina 
apresenta alguns problemas como: sofre desgaste acentuado, 
adaptação menor do que é dita por aí, e é uma resina muito 
translúcida. 
 
 
 
 
 
 
 
Instrumentos Operatórios
Instrumentos rotatórios 
São utilizados rotineiramente no consultório odontológico para 
diagnóstico, visualização e acesso. O jogo clínico básico é 
composto por uma sonda n° 5, pinça e espelho. Atualmente 
recomenda-se que seja acrescentada uma sonda milimetrada 
periodontal, pois faz parte do jogo cínico em uma abordagem 
periodontal inicial seja para qualquer especialidade. 
Espelho clínico: pode ser de 
vários tipos (simples ou 
aumentado), e apresenta 
função de visão indireta 
oferecendo uma visualização do 
campo operatório, iluminação e afastamento dos tecidos. 
 
Pinça clínica: utilizada para 
preensão e deslocamento de 
objetos pequenos, como 
gazes, roletes e bolinhas de 
algodão, além de diversos resíduos. 
Sonda exploratória: 
apresenta função tátil, 
permitindo diagnosticar 
irregularidades nas 
superfícies, aonde há algum tipo de fenda de Gap, amolecimento 
da estrutura dentária e desadaptação de restaurações, além de 
função restauradora. 
Antigamente utilizava a sonda exploradora para detectar cárie, 
porém, atualmente não se opta pela sonda para detecção de 
cárie, visto que há possibilidade de desmineralização de tecido 
saudável, além de contaminar a ponta da sonda que pode passar 
por outra região posteriormente. 
Sonda milimetrada: mais 
utilizada na periodontia 
para avaliar e sondar a 
bolsa periodontal. Na 
odontologia restauradora serve para mensurar aspectos 
dentários, como, largura de dentes, espaços interdentários e 
dimensões de preparo. 
Dentro do kit básico de dentística têm-se as escovas e taças de 
borracha para remoção de biofilme. É utilizado na limpeza da 
estrutura dentária, o que auxilia na prevenção de lesões e 
permitem melhor visualização e diagnóstico de imperfeições e 
lesões na estrutura dental. 
 
Fio dental: útil na limpeza e diagnóstico de lesões, cálculos, 
irregularidades e desadaptação de restaurações nas superfícies 
proximais, além de amarrilhos. 
Obs: todos os materiais anteriores devem estar na mesa clínica 
durante a consulta 
 Instrumentos rotatórios 
Turbina de alta rotação ou caneta de alta rotação possuem dois 
tipos de motores, sendo eles: 
 
As canetas de saca broca necessitam de 
um aparato que possui funcionalidade de 
colocar a broca e remover a broca. 
 
As canetas de pus button são mais versáteis, porém de custo 
mais elevado. Não necessitando de aparatos para colocar e 
retirar broca. 
A alta rotação gira em alta velocidade, sendo necessário destacar 
que esse material vem acompanhado de calor quando realizado os 
procedimentos, por este motivo a caneta apresenta furos que 
liberam água para amenizar o calor criado pela alta rotação, 
evitando assim que haja necrose pulpar por um aumento 
excessivo da temperatura do dente. A alta rotação aplica-se em 
esmalte, dentina saudável e em materiais restauradores. 
Micromotores: os micromotores podem ser encaixados em alguns 
tipos de acessórios, como contra-ângulo, peça reta e contra 
ângulos redutores. Ao contrário da alta rotação, o micromotor 
não necessita de utilizar água. Para remoção de cárie se utiliza 
micromotor acoplado ao contra-ângulo e para desgastar dente 
usa-se ponta diamantada em alta rotação. 
 
Corte e desgaste 
Brocas ou fresas: instrumentos de corte constituído de um único 
material, normalmente o aço (liga ferro-carbono) ou o carboneto 
de tungstênio (carbide). As brocas apresentam: ponta ativa, 
parte intermediária, e haste. 
Em alta rotação se opta pelas brocas carbide, pois é resistente a 
altas temperaturas sem perder o corte da lâmina, em baixa 
rotação podem-se usar brocas de aço, pois são mais baratas e 
não apresentam problemas com o aquecimento. 
As brocas são divididas em três partes que são: haste, 
intermediário e ponta ativa. 
 
As brocas são diferentes para turbina de alta rotação (mais 
finas e lisas) e para contra-ângulo (mais larga e encaixe em 
forma de T no final). Além disso, podem apresentar diferentes 
formatos de ponta-ativa (cilíndricas, cônicas e entre outras). 
 
 
 
As brocas podem apresentar diferentes números de lâmina na 
ponta ativa, variando de 8 a 12 lâminas. As brocas que 
apresentam 12 lâminas são utilizadas para acabamento da 
cavidade e não para corte, apresentam haste dourada. 
 
Pontas diamantadas: apresentam função de desgaste e por esse 
motivo possuem diferentes tipos de formatos, pois dependendo 
da forma em que a cavidade será produzida necessitará de uma 
específica ponta diamantada. 
 
As pontas diamantadas podem apresentar diferentes tipos de 
granulação, variando desde granulações extra-grossas e grossas 
para confecção de desgaste (haste preta, azul ou verde) 
granulação normal (haste prateada) e as que são utilizadas pra 
acabamento sendo as granulações finas (haste vermelha) e 
extra-finas (haste amarelas). 
Pedras montadas: é uma pedra abrasiva que realiza desgaste, 
mas servem basicamente para acabamento de restaurações 
apresentando granulação finas. São de óxido de alumínio, mas 
podem ser de outros tipos. 
 
Borrachas montadas: podem ser siliconadas ou impregnadas por 
diamante e servem para fazer polimento de qualquer material 
restaurador, não se faz acabamento. 
 
Mandris: não apresentam ponta ativa, são formadas por haste e 
porção intermediária. Nela podem ser acoplados discos, pontas de 
feltro, rodas de algodão e entre outros. 
 
Cada fabricante produz os mandris de um jeito diferente 
apresentando especificidade de encaixe. 
Cortantes manuais 
São instrumentos empregados para cortar, clivar, e planificar a 
estrutura dentária ou complementar a ação dos rotatórios 
durante o preparo cavitário. 
 
Apresentam numerações que indica o comprimento da haste, 
largura da haste e comprimento da ponta ativa. Esses materiais 
durante o uso devem estar sempre afiados, deve-se afiar com, 
por exemplo, discos/pedras. 
 
Instrumentos restauradores 
Condensadores: inicialmente utilizado para adaptar e condensar o 
amálgama a cavidade. Atualmente, é utilizado para inserção e 
adaptação de diversos materiais. 
 
Brunidores: utilizados para brunidura em restaurações de 
amálgama e para inserção, acomodação e escultura em 
restaurações de resina composta. 
 
Esculpidores: são utilizados para inserção e acomodação de 
diversos materiais. 
 
Porta amálgama: utilizado para a preensão do amálgama após a 
trituração, além de servir para inserir materiais como hidróxido 
de cálcio PA e o MTA. 
 
Espátula de manipulação: utilizada para manipulação de diversos 
materiais, tanto convencionas como resinosos. 
 
Normalmente as mais utilizadas são as de número 7, 70, 24, 36. 
Matrizes 
São utilizados para restabelecer os contornos proximais das 
restaurações. Quando de poliéster, são mais indicadas em dentes 
anteriores, e quando metálicas, para restaurações de dentes 
posteriores. Na imagem abaixo se tem a unimatrix: 
 
Utilizadas em caso de perda do ponto de contato ou quando a 
cavidade entrar na face proximal. 
Matriz e porta matriz: algumas matrizes se associam com porta-matrizes. O mais comum deles é o porta-matriz que é utilizado 
principalmente em restaurações de AAG. (amálgama). Servem 
para proteger dente vizinho durante o desgaste. 
 
Cunha: são pequenos dispositivos de formato piramidal, 
geralmente constituído de madeira ou plástico, são utilizadas para 
adaptar bem a matriz na região interproximal. 
 
Coloca-se em região interproximal entre o dente a ser 
restaurado e o dente vizinho, permitindo que a matriz fique bem 
adaptada no contorno próximal, estabilizando para que a matriz 
não solte durante a restauração. 
Espátulas de resina 
Apresentam-se com diferentes angulações, tamanhos, 
espessura e flexibilidade, para o uso em diferentes situações. 
 
Pincéis: auxiliam as espátulas na acomodação de resina composta, 
definição de forma, lisura de superfícies e pigmentação de resina 
composta. 
 
Aplicadores descartáveis (microbrush): possuem diversos 
tamanhos e são utilizados para aplicação e acomodação dos 
materiais. 
 
Pinça de miller: permite a preensão de papel articular ou de 
carbono durante os ajustes oclusais. 
 
 
Materiais para acabamento 
Lâmina de bisturi: em odontologia restauradora, têm a função de 
remover pequenos excessos de adesivo ou material restaurador. 
As lâminas do tipo 11, 12 e 15 são excelentes para remover 
pequenos excessos tanto de resina composta quanto de adesivos 
sem a preocupação de desgastar o dente. 
 
 
Tiras de lixa: são para acabamento da região interproximal, 
podem ser tanto em metal (para acabamento grosseiro) como 
em poliéster para polimento (podem ser finas ou extrafinas). 
 
 
Discos abrasivos apresentam função principal de acabamento e 
polimento (dependendo da granulação) de restaurações em faces 
lisas. 
 
Escovas, taças e feltros: servem para o polimento de 
restaurações juntamente com pastas para esse fim. 
 
Instrumentos alternativos 
Instrumentação ultrassônica, laser de alta potência, microabrasão 
a ar e soluções químicas são alternativas aos instrumentos 
rotatórios convencionais e têm como principal objetivo diminuir a 
sintomatologia dolorosa e diminuir o desconforto sonoro 
proveniente dos instrumentos rotatórios convencionais. O 
problema desses materiais é o seu alto custo, não sendo muito 
acessíveis financeiramente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As resinas compostas apresentam uma matriz orgânica formada 
por moléculas muito pequenas, conhecidas como monômeros. Os 
monômeros são as unidades estruturais básicas da matriz. Ao se 
unirem quimicamente em longas cadeias, por meio de um processo 
conhecido como polimerização (reação química que dá origem aos 
polímeros), os monômeros formam macromoléculas conhecidas 
como polímeros. 
A matriz orgânica das resinas compostas é a parte quimicamente 
ativa do material, responsável por sua transformação de uma 
massa plástica em um sólido rígido. Essa reação química ocorre por 
meio da ativação de um sistema acelerador-iniciador que, em uma 
análise simplista, gera radicais livre, que quebram as duplas ligações 
(C-C), dos monômeros e, em seguida, geram novos radicais livres, 
que promovem a união dos monômeros em polímeros. 
Dentre as matrizes orgânicas, as mais utilizadas são o UDMA e, 
em especial, o Bis-GMA. 
Existem 3 tipos de polimerização: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismo de fotopolimerização 
Indução 
R-C-O-O-R + ATIVADOR R-C-O* 
 
Inicia com a quebra das moléculas de iniciador por ação do ativador, 
gerando radicais livres. 
Propagação 
 
R-C-O* + C=C R-C-O-C-C* 
 
 
 
R-C-O-C-C-C-C* + C=C R-C-O-C-C-C-C-C-C* 
 
A presença dos radicais livres dá início à propagação, uma reação 
em cadeia caracterizada pela quebra das ligações duplas presentes 
nos monômeros. A liberação de radicais livres, faz com que as 
duplas ligações sejam quebradas, liberando mais radicais livres, que 
proporcionam a propagação do processo de polimerização. 
Formando cadeias maiores de carbono. 
Terminação 
R-C-O-C-C* + *0-C-R R-C-0-C-C-0-C-R 
 
R-C-0-C-C* + *C-C-0-C-R R-C-0-C-C-C-C-O-C-R 
 
No momento em que a ligação dupla é quebrada, o monômero é 
ativado e passa a agir como um radical livre, fazendo com que a 
reação prossiga até duas moléculas ativas se unam, trocando 
energia e fechando a cadeia de polímero. Ou seja, à medida que o 
material vai se tornando mais rígido, dificulta a ocorrência de 
reações químicas responsáveis pela polimerização e a terminação 
acaba por finalizar este processo. 
Polimerização química 
• Base + Catalisador; 
• Iniciador: peróxido de benzoíla; 
• Ativador: amina terciária; 
 
 
• Pasta única; 
• Sistema iniciador: fotoativador + amina ativadora 
• Ativados por luz 
 
 Polimerização dual 
• Dois sistemas de ativação: químico + 
físico 
 
Polimerização física 
Iniciador Radical livre 
Dupla 
ligação 
Radical 
livre 
Radical livre 
Radical 
livre 
Dupla 
ligação 
Radical livre 
Radical 
livre 
Radical 
livre 
Polímero 
Radical 
livre 
Radical 
livre 
Polímero 
Quanto mais polimerizar a resina melhor é a resina, em vários 
fatores: dureza, rugosidade de superfície, estabilidade cromática, 
resistência a fratura, resistência ao desgaste. 
Fotoiniciador 
O mais utilizado é a canforquinona, encontrada na maioria dos 
compósitos contemporâneos. Ela é excitada pela luz visível de cor 
azul, entre 400nm e 550nm, com o pico de absorção em torno 
de 470nm. Uma desvantagem importante é sua coloração 
excessivamente amarelada, que faz com que alguns fabricantes 
evitem empregá-la em compósitos de cor clara, como os 
desenvolvimentos para restauração de dentes clareados. Uma 
alternativa é utilizar os fotoiniciadores alternativos, como o bafo e 
CPO. Esses não apresentam a coloração amarela, porém seu pico 
de absorção de luz situa-se em uma faixa do espectro inferior à 
da canforquinona – em geral entre 400 e 450 nm – exigindo 
alguns cuidados na seleção da unidade de fotoativação. 
Unidades de fotoativação 
Existem diversos tipos de unidades, que emitem luz com diferentes 
características e comprimentos de onda. Exemplo: 
• Lâmpadas halógenas de quartzo e tungstênio; 
• Diodos emissores de luz (LED); 
• Arco de plasma; 
• Laser de argônio. 
Atualmente se usa basicamente só os diodos emissores de luz 
(LED). 
 Lâmpadas halógenas: 
apresentava um espectro amplo de 
onda 350 e 700nm, então consegui 
polimerizar bastante a resina composta. 
Operam em uma faixa de 400 a 500 
mW/cm2, sendo que alguns podem chegar a 1.100 mW/cm2. 
Vantagens: boa efetividade e baixo custo. 
Desvantagens: altas temperaturas e alto nível de ruído – sistema 
de ventilação; vida útil pequena (50h a 10h) – queimava muito; 
espectro contínuo e largo – necessidades de filtros. 
Diodos emissores de luz (LED): 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 1ª geração consegue sensibilizar a canforquinona, porém com 
uma potência muito baixa, e não apresenta uma boa efetividade 
para polimerizar o material. 
A 2ª geração, chamado Mono whey, são os LEDs mais vendidos, 
pois apresentam um preço acessível. São bons para polimerização 
de compósitos que tem como iniciador a canforquinona, porém se 
tiver um iniciador que exige um espectro de onde diferente, ele 
não vai conseguir. 
A 3ª geração chamada Poly whey, tem 
mais de um comprimento de onda no 
seu espectro de luz, ou seja, além de 
excitar a canforquinona, consegue 
excitar também os fotoiniciadores 
alternativos. O problema é que esses LEDs são extremamente 
caros 
Vantagens: vida útil maior (10.000h); não provoca aquecimento; 
baixo consumo de energia; equipamentos compactos (sem filtros 
ou sistema de ventilação). 
Desvantagens: estreito intervalo de emissão espectral (440 a 490 
nm), só tem essa desvantagem nos LEDs de segunda geração. 
Intensidade de luz ou densidade de potência 
Para que os compósitos fotoativados sejam polimerizados de 
forma adequada e, consequentemente, desfrutem de suas 
melhores propriedadesfísico-mecânicas, é essencial contar com 
uma unidade de fotoativação que ofereça intensidade de luz 
suficiente. 
A intensidade de luz é medida em quantidade de energia por área 
de superfície - mW/cm2. 
 
 
 
 
 
Quanto maior for a intensidade de luz, melhor a polimerização. 
No exemplo 1) apresenta um fotopolimerizador com 1.000 
mW/cm2, ou seja, a cada cm2 de área ele consegue lançar uma 
densidade de energia de 1.000 mW. 
1ª 
geração 
• Densidade de potência entre 100 e 
150 mW/cm2 
• Espectro: entre 450 a 490 nm; 
2ª 
geração 
• Densidade de potência entre 300 
a 1.100 mW/cm2 
• Espectro: entre 450 a 490 nm; 
3ª 
geração 
• Densidade de potência a partir de 
1.100 mW/cm2 
• Espectro: entre 375 a 510nm. 
Fonte de luz – 1.000 mW/cm2 – 470nm 
Fonte de luz – 100 mW/cm2 – 470nm 
Fótons com a 
mesma energia 
No exemplo 2) apresenta um fotopolimerizador com 100 
mW/cm2, ou seja, a cada cm2 de área ele consegue lançar uma 
densidade de energia de 100 mW. 
Densidade de energia (J/CM2) 
É a intensidade de luz (ou densidade de potência – mW/cm2) X 
tempo de exposição (segundos). É a energia total resultante da 
exposição. 
Não basta ter só a potência do aparelho, deve se também calcular 
o tempo de exposição, ou seja, a quantidade de tempo que deixa 
aquela luz atingindo, com isso você obtém a energia total de 
aplicação na sua exposição. 
Energia ideal para polimerização adequada 
Se uma resina necessita de 8J/cm2 (8.000 mJ/cm2) como 
energia para sua ativação, podem ser feitas várias combinações 
como: 
Aparelhos com 
400mW/cm2 
Polimerização de 
20s 
8.000 mJ/cm2 
Aparelhos com 
200mW/cm2 
Polimerização de 
40s 
8.000 mJ/cm2 
Aparelhos com 
800mW/cm2 
Polimerização de 
10s 
8.000 mJ/cm2 
Aparelhos com 
1000mW/cm2 
Polimerização de 
8s 
8.000 mJ/cm2 
Obs.: vai ser sempre energia/tempo. 
A cada centímetro que se afasta a lâmpada polimerizadora da 
resina composta, perda cerca de 40% da potência. Então se seu 
polimerizador for de 1000mJ e você o afasta 1 centímetro do 
dente você perde cerca de 40% da sua potência, ou seja, o seu 
fotopolimerizador que é de 1000mJ só vai entregar 600mJ. Então 
quando mais longe do dente, mais tempo você tem que deixar a luz 
polimerizando. 
Grau de conversão 
O grau de conversão pode variar: 50% a 90%. Baixo grau de 
conversão resulta em falhas. 
Quanto maior for a intensidade de luz, maior vai ser o grau de 
conversão. 
Contração de polimerização 
A reação de polimerização é caracterizada pela aproximação das 
moléculas de monômeros e, consequentemente, por uma redução 
no volume do material. Tem relação direta com a quantidade de 
matriz orgânica do compósito: quanto maior o volume de matriz, 
maior a contração e vice-versa. 
Algumas estratégias utilizadas são: 
• Redução do volume de cada incremento de resina: quando tem 
uma cavidade no dente e precisa restaurar, é preciso colocar 
um incremento de no máximo 2mm, se passar dos 2mm a 
resina vai polimerizar tanto, podendo descolar do dente. 
• Modulação da polimerização nas fases pré-gel e pós-gel: 
durante a fase pré-gel da resina composta existe pouco ou 
nenhum incidência de tensões que levam a ruptura dessa 
polimerização, então quanto mais a resina ficar na fase pré-
gel maior vai ser o grau de conversão de polimerização e 
menor a chance de se ter uma tensão de contração de 
polimerização gerado na interface resina e dente. Para deixar 
a resina na fase pré-gel por mais tempo é preciso colocar 
uma baixa densidade de potência de luz, ou seja, no início da 
polimerização se coloca uma baixa densidade de potência, 
deixando a resina no estado pré-gel e depois aplicar uma alta 
densidade de potência. 
Se logo de início for aplicada uma alta densidade de potência 
a resina vai sair do estado pré-gel para estado pós-gel muto 
rápido, prejudicando o grau de conversão dos monômeros em 
polímeros, menos resina vai se polimerizar, e além disso a 
contração de polimerização vai ser tão acelerada que pode 
gerar algum tipo de ruptura na interface resina e dente. 
• Colocar uma luz indireta. 
Se o seu 
fotopolimeriazdor 
não apresenta uma 
regulagem de 
potência, deve se 
pegar um incremento menor, colocar em menor quantidade de 
paredes para evitar o problema do fato C e colocar a luz de forma 
indireta. 
Se o fotopolimerizador apresenta a regulagem de potência, pode 
colocar a luz de maneira direta na resina, desde que jogue com 
poca potência. Quando a restaurações tiver pronta, aumenta a 
potência (coloca em potência máxima) e chega o mais próximo 
possível, fazendo isso a resina sai do estado pré-gel para pós-gel. 
Sabe se que nenhuma resina composta é capaz de se polimerizar 
na presença de O2, então quando acaba a polimerização a camada 
superficial da resina não vai polimerizar, com isso a resina pode 
sofrer desgaste, pigmentação, infiltração entre outros. Para 
evitar esse problema, elimina o O2 da superfície aplicando um gel 
a base de glicerina e 
fotopolimeriza 
novamente, com isso 
a última camada da 
resina composta 
também se polimeriza. 
 
A luz nada mais é que uma forma de energia ou radiação. O que 
diferencia a luz de outros tipos de radiação, permitindo que seja 
captada por nossos olhos, é o comprimento de onda – a luz visível 
ocupa uma faixa de espectro eletromagnético conhecida como 
espectro visível, com comprimento de onda entre 400nm e 700 
nm – e o fato do olho humano contar com estruturas 
especializadas, sensíveis a estes comprimentos de onda. 
 
De acordo com o comprimento de onda captado, diferentes cores 
são interpretadas pelo cérebro. Ondas curtas são interpretadas 
como azul, ondas médias como verde e ondas longas com vermelho, 
todas as demais cores resultam da combinação dessas três cores 
primárias. 
As ondas propriamente ditas não têm cor, na realidade, a cor nada 
mais é do que uma resposta cerebral aos estímulos luminosos. A 
cor só existe na presença dos seguintes elementos: luz, objeto ou 
corpo submetido à ação da luz, observador, capaz de captar (na 
retina) e interpretar (no cérebro) os estímulos luminosos recebidos 
após a interação da luz com o objeto observado. 
Para a percepção da cor é necessário que a luz encontre um 
objeto, ou matéria, interaja com ele e chegue até a retina, para 
que as informações sejam captadas e enviadas ao cérebro. 
A diferença de uma cor de um dente para outra cor de outro 
dente é chamada de DELTA E. Se tiver uma variação desse DELTA 
E até 3,5, o olho humano tem dificuldade de identificar essa 
diferença. 
 
Outro aspecto crucial para uma adequada percepção das cores é 
a qualidade da fonte de luz. A literatura indica que a iluminação ideal 
é proveniente da luz solar natural. Entretanto, não pode só contar 
com a luz natural, com isso existem lâmpadas que emitem luz com 
características ideais, próprias para uso em ambientes em que há 
necessidade de alta fidelidade de cor. 
 
A cor branca: é a soma de todos os comprimentos e onda. 
A cor preta (ausência de luz): elimina todos os comprimentos de 
onda. 
Interação da luz com a matéria 
Reflexão: é quando uma fonte de luz primária joga uma onda 
eletromagnética, essa onda vai incidir sobre uma superfície e vai 
voltar para o olho humano e possibilitar que o humano enxergue. 
Observa-se reflexão quando um raio de luz incide sobre a 
superfície de um objeto e é refletido, podendo ou não ter sua 
direção alterada dependendo da regularidade da superfície. 
No dente a reflexão é muito importante, pois quanto mais luz bate 
no dente e reflete em direção ao olho, mais visível, mais brilho, 
mais sensação de plano é aquele dente. Porém sabemos que um 
dente natural, principalmente um dente muito jovem, tem 
irregularidades, que é chamado de textura do dente. Então, muita 
daquela luz que incide sobre o dente, reflete em direção ao seu 
olho, porém muitas dessas ondas trocam de direção, ela bate e 
reflete em outras direções, e isso cria um efeito de textura no 
dente. 
Absorção: é a incapacidadeque o objeto tem da onda bate nele 
e ele refletir. Ocorre absorção quando parte da luz é absorvida. A 
superfície preta absorve todos os comprimentos de onda do 
espectro luminoso. As demais cores promovem uma absorção 
seletiva. 
Transmissão: é a capacidade de alguns materiais tem de deixar 
a luz passar por eles. Trata-se de um efeito no qual a luz atravessa 
um corpo transparente e/ou translúcido. Se toda a porção da luz 
atravessa o objeto, dizemos que ele é transparente. Se apenas 
parte da luz atravessa o objeto e parte é refletida, dizemos que 
o objeto é translúcido. Se um objeto é incapaz de transmitir luz 
através dele, dizemos que o objeto é opaco. 
Refração: observada quando os raios luminosos passam de um 
meio para outro, alterando sua direção. 
Dimensões da cor 
Tridimensionalidade da cor: matiz, croma e valor. 
Matiz: é a dimensão que distingue uma família de cor de outra. 
Assim, pode se dizer que matiz é o nome da cor. É a primeira 
dimensão de cor, cada matiz é determinado por um comprimento 
de onda específico dentro do espectro de luz visível. 
Na odontologia existem 4 tipos de matiz: 
 
Croma ou saturação: magnitude do matiz, é a quantidade de 
pigmento que uma certa cor pode ser. Nos dentes naturais, podem 
ser observadas variações de croma entre dentes de um mesmo 
individuo e até mesmo entre regiões distintas de um mesmo dente. 
Dentro da dentição humano, é encontrado 5 escalas de saturação: 
 
Existem uma escala para dentes clareados: 
 
 
Valor ou luminosidade: características que distingue cores 
claras de cores escuras. É acromático e diz respeito à quantidade 
de luz que cor é capaz de refletir. Vai desde o preto até o branco, 
passando por várias gradações de cinza. Independe da cor do 
dente, é a capacidade de transmitir luz branca. 
 
Efeitos ópticos nos dentes naturais 
Translucidez: propriedade apresentada por certas 
substâncias que permite que a luz seja absorvida, refletida e 
transmitida de forma simultânea. O grau de translucidez altera a 
percepção de cor. 
Em essência, a dentina é geralmente caracterizada por baixa 
translucidez e alta saturação, sendo a principal responsável pelo 
matiz e croma básicos dos dentes. O esmalte, por sua vez, é um 
tecido altamente translúcido e pouco saturado, que atua como um 
filtro que permite a visualização da cor dentinária – graças a esse 
comportamento, o esmalte é o principal responsável pelo valor dos 
dentes naturais. 
O grau de translucidez dos tecidos dentais modifica se ao longo da 
vida, levando a uma alteração na expressão cromática dos dentes. 
Via de regra, a translucidez do esmalte aumenta com o passar dos 
anos, em virtude, especialmente, da redução de sua espessura e 
da perda da textura superficial, efeitos decorrentes do desgaste 
fisiológicos. A dentina também sofre modificações cromáticas ao 
longa da vida – que resulta em maior saturação da cor – e do 
aumento da mineralização – que leva ao aumento da translucidez 
Fluorescência: capacidade de absorver luz de um determinado 
comprimento de onda e, em resposta, emitir luz com comprimento 
de onda diferente. 
Embora seja difícil identificar a fluorescência sob condições 
normais de iluminação – a desrespeito da luz solar ser 
extremamente rica em radiação ultravioleta – é possível 
evidenciar artificialmente seus efeitos, através da simples 
exposição dos dentes naturais a uma luz artificial rica em radiação 
ultravioleta, como a “luz negra” empregada na iluminação de casas 
noturnas, por exemplo. A ausência de fluorescência em uma 
restauração pode resultar em um aspecto bastante desagradável. 
Opalescência: relacionada à capacidade do esmalte de refletir 
as ondas curtas e, simultaneamente, transmitir as ondas longas do 
espectro visível. É no terço incisal que esses efeitos óptico é 
percebido com maior intensidade. 
Como exemplo o esmalte dental poderá mostrar se azul diante da 
luz refletida e alaranjada na luz transmitida. Quando o dente é 
observado sob luz refletida, as áreas mais translúcidas 
apresentam uma coloração azulada, enquanto sob luz transmitida 
as mesmas áreas assumem uma coloração alaranjada. 
A cor nas diferentes regiões do dente 
Terço cervical: apresenta grande espessura de dentina e 
esmalte delgado, normalmente nessa região se tem uma opacidade 
alta e saturação da cor também alta. A pequena influência do 
esmalte torna essa região com alta saturação, sendo ideal para a 
tomada de cor da dentina. 
Terço médio: existe um equilíbrio entre dentina e esmalte, nessa 
região a luminosidade é aumentada, com isso dá para escolher 
melhor a matiz. 
Terço incisal ou oclusal: existe pouca ou nenhuma quantidade de 
dentina, tornando essa região altamente translúcida. Nessa região 
precisa se determinar qual o grau de translucidez que vai ter nesse 
dente e selecionar a resina de acordo com a translucidez. 
Quando a luz atravessa o esmalte e não encontra a dentina ele 
perde-se e não retorna aos olhos do observador. Por isso, essa 
região pode apresentar baixa luminosidade. 
Métodos para avaliação e registro de cor 
Método instrumental: aparelhos que realizam 
eletronicamente o processo de avaliação das cores. Esses 
aparelhos (colorímetros e espectrofotômetros) agem emitindo luz 
e analisando o espectro refletido pelos dentes, de forma identificar 
as cores presentes. Vai determinar a matiz e croma. Apresenta 
um custo elevado, e o principal problema é a padronização da luz. 
Método da comparação visual: Vai pegar duas resinas de 
cores diferentes e vai colocar em cima do dente e vai fazer uma 
comparação, pode se fazer essa comparação nos diferentes 
terços do dente, porém normalmente se usa o terço médio para 
determinar a cor do dente. 
Pode se ainda comparar o dente natural com padrões previamente 
confeccionados em resina ou cerâmicas, ou ainda utilizar um padrão 
de cor indicado por determinado fabricante, ou seja, uma escala 
de cores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sequencia para preparação da restauração 
1) Checar os pontos de contato – pincipalmente dos dentes 
vizinhos. Quando terminar a restauração, vai checar os pontos 
de contato novamente, se a restauração tiver em excesso, 
vai remover esse excesso até o ponto onde se tenha os 
pontos de contato dos dentes vizinhos tocando novamente. 
Fazendo isso todos os dentes vão estar em oclusão. 
2) Profilaxia – deve ser feito por causa do biofilme. O biofilme 
dificulta o procedimento de isolamento absoluto e o sistema 
de adesão do sistema de adesivo. 
3) Preparar a mesa clínica. 
Princípios gerais do preparo cavitário 
O preparo cavitário é o tratamento biomecânico da estrutura 
dental que objetiva proporcionar melhor desempenho para o 
conjunto dente-material restaurador. 
1- Forma de contorno 
2- Forma de resistência 
3- Forma de retenção 
4- Forma de conveniência 
5- Remoção da dentina cariada 
6- Acabamento das paredes de esmalte 
7- Limpeza da cavidade 
Depois que o paciente estiver 
isolado e anestesiado, vai 
começar com a forma de 
contorno. Sempre em alta 
rotação com refrigeração a 
água, com isso vai fazendo a abertura inicial da cavidade. 
Uma vez feito a abertura inicial, 
começa a remover o excesso de 
tecido cariado. É um tecido bem 
amolecido que sai fácil com a cureta. 
Depois utiliza se a broca esférica em 
baixa rotação e vai removendo a 
cárie. Por ultimo faz o acabamento: 
removendo esmalte sem suporte e 
realizando o acabamento das paredes. 
Em seguida, realiza a limpeza da 
cavidade com clorexidina ou um 
detergente cavitário. Feito isso a 
cavidade esta pronta. 
Obs.: sempre que for trabalhar em tecido duro utiliza se alta 
rotação com água. Tecido duro utiliza se baixa rotação sem água. 
Depois que a cavidade estiver 
pronta, deve realizar o 
condicionamento ácido, o 
condicionamento ácido é feito com o 
ácido fosfórico 37%. Primeiro passa o ácido no esmalte por 15 
segundos, depois na dentina por 15 segundos, totalizando 30 
segundos em esmalte e 15 segundos em dentina.Após o tempo de condicionamento, a cavidade deve ser lavada por 
1 minuto. A seguir, os excessos de umidade devem ser 
cuidadosamente removidos, para que os componentes do sistema 
adesivo não sejam diluídos. É importante lembrar que não se deve 
secar a dentina totalmente, caso seque a dentina e ocorra a 
evaporação de toda a água presente ali, vai sobrar então apenas 
fibras colágenas. Essas fibras colágenas vão colabar (colar), 
impedindo a adesão da dentina. Portanto, em cavidades que 
envolvam esmalte e dentina, o ideal é que os excessos de água 
sejam removidos por meio de associações de jatos de ar no 
esmalte e bolinhas de algodão na dentina. 
Em seguida faz a aplicação do sistema adesivo, depois 
fotopolimeriza. O tempo de fotopolimerização deve ser de acordo 
com o fabricante. 
Feito a aplicação do sistema adesivo, é 
realizado a inserção incremental da 
resina, ou seja, colocando um pouco de 
resina de cada vez, sempre na posição 
da cúspide. Cada incremento deve ter no 
máximo 2mm, e a cada incremento deve realizar a 
fotopolimerização por 5 segundos. Utiliza se essa tecnica para 
reduzir estresse de contração de polimerização e reduzir os 
problemas causados pelo fator C. 
Quando a restaurações tiver pronta, aumenta a potência (coloca 
em potência máxima) e chega o mais próximo possível, fazendo 
isso a resina sai do estado pré-gel para pós-gel. 
Sabe se que nenhuma resina composta é capaz de se polimerizar 
na presença de O2, então quando acaba a polimerização a camada 
superficial da resina não vai polimerizar, com isso a resina pode 
sofrer desgaste, pigmentação, infiltração entre outros. Para 
evitar esse problema, elimina o O2 da superfície aplicando um gel 
a base de glicerina e fotopolimeriza novamente, com isso a última 
camada da resina composta também se polimeriza. 
Por fim, realiza o acabamento e o polimento. 
Restauração Classe I 
1) Faz o condicionamento ácido – 30 segundos em esmalte, 15 
segundos em dentina; 
2) Após o tempo de condicionamento, a cavidade deve ser lavada 
por 1 minuto; 
3) A seguir, os excessos de umidade devem ser cuidadosamente 
removidos. Na dentina seca cuidadosamente com bolinhas de 
algodão e no esmalte utiliza se jatos de ar. 
4) Em seguida faz a aplicação do sistema adesivo, depois 
fotopolimeriza. Normalmente o tempo de fotopolimerização é 20 
segundos; 
5) Depois faz a técnica incremental, ou seja, colocando um pouco 
de resina de cada vez, sempre na posição da cúspide, e cada 
incremento deve ter no máximo 2mm. A cada incremento deve 
realizar a fotopolimerização por 5 segundos. 
6) Aplicar a resina Flow – para selar possíveis fissuras que 
tenham ficado da resina composta. Faz a fotopolimerização por 
20 segundos. 
6) A última fotopolimerização precisa aplicar um gel a base de 
glicerina e fotopolimeriza novamente por 20 segundos, com isso a 
última camada da resina composta também se polimeriza. 
7) Lavar; 
8) Checar ponto de contato, fazer o acabamento e polimento. 
Restauração classe II 
Nessa restauração utiliza se uma matriz de aço. Vai colocar a 
matriz entre o dente no lado que vai reconstruir a crista marginal. 
Para estabilizar essa matriz, utiliza se uma cunha de madeira. 
1) Recontruir a crista marginal. A última fotopolimerização da crista 
marginal deve ser de 20 segundos. 
2) Após a rescontrução da crista marginal vira uma classe I, então 
vai repetir todos os pasos da classe 1. 
3) Remover a matriz de aço, Depois remover os excessos 
interproximais com lixa de aço. 
Restauração classe III 
 
A matriz é transparente. Quando dobrar a matriz por cima do 
dente, vai ter a anatomização daquela resina composta. Aí depois 
é só fotopolimerizar. 
1) Proteção do dente vizinho – Teflon; 
2) Condicionamento ácido – 30 segundos em esmalte; 
3) Lavar; 
4) Secar totalmente o esmalte; 
5) Fazer a aplicação do sistema de adesivo; 
6) Colocar a matriz de poliéster, e vai colocando e adaptando a 
resina. Após dobrar a matriz por cima da restauração, 
fotopolimeriza por 20 segundos. 
7) Acabamento – tiras de lixa. E polimento. 
Restauração classe IV 
Existe várias formar de fazer. Uma delas é uma base a partir de 
enceramento e diagnóstico – técnica da barreira. 
Molda o paciente com alginato, vaza com gesso e aí coloca uma 
resina no local sem ataque ácido, só para o paciente ir para casa. 
No outro dia, realiza o enceramento e diagnóstico, reconstruir no 
modelo de gesso a cera, e vai moldar a face lingual – técnica da 
barreira. 
1) Protege o dente vizinho; 
2) Faz o condicionamento ácido. 
3) Lava e seca; 
4) Aplicação do sistema de adesivo. Fotopolimeriza por 20 
segundos. 
5) Pega uma resina bem translucida e adapta na barreira. 
6) Quando tirar a barreira, vai ter um gabarito do formato do 
dente. Em seguida, vai preencher as camadas. As camadas mais 
internas do dente utiliza se resina mais opaca, nas camadas mais 
superficiais utiliza se resinas mais translucidas. 
7) Aplicar o gel bloqueador de oxigênio. Fotopolimeriza. 
 
Restauração classe V 
Pode fazer com um ou dois incrementos no máximo. 
Obs.: buscar o condicionamento ácido e adesão no terço médio 
oclusal, para que parte da resina fique aderida no esmalte. 
 
Acabamento e polimento 
Toda restauração precisa receber acabamento e polimento. 
Acabamento: redução grosseira da restauração. É feito para da 
forma a restauração trabalhar a forma do dente de forma 
grosseira, utilizando ponta diamantadas, brocas multilaminadas, 
lâmina de bisturi, lixas de aço. 
Polimento: é a redução das ranhuras causadas pelo acabamento. 
Nesse processo ganha brilho, pode ser feito com pontas de silicone 
abrasivas entre outros. 
 
Consiste na aplicação de um ou mais materiais de proteção à polpa, 
a fim de manter sua vitalidade. 
O elemento dental sadio possui proteção própria. Suas estruturas 
mineralizadas, esmalte e dentina, protegem-se mutuamente, ao 
mesmo tempo em que fornecem proteção à polpa. O esmalte é 
uma estrutura altamente mineralizada e, por ser duro, pouco 
permeável, resistente ao desgaste e bom isolante elétrico, protege 
a dentina, que é permeável e pouco resistente ao desgaste. Por 
outro lado, a dentina, graças a sua resiliência, protege o esmalte, 
que é friável. O conjunto mineralizado esmalte-dentina protege a 
polpa, que, por sua vez, forma dentina e mantém a vitalidade 
pulpar, proporcionando ao elemento dental nutrição, sensibilidade e 
defesa. 
Espera se que, quando houver perda de estrutura dental, o 
material ou o conjunto de materiais restauradores será capaz de 
manter vivo o órgão pulpar e de restabelecer a homeostasia do 
conjunto esmalte-dentina-polpa. 
A restauração dos elementos dentais pode ser feita com o objetivo 
puramente estético, para devolver harmonia a dentes que não 
foram acometidos por injúrias, como no caso de reanatomização 
de dentes conoides e fechamento de diastemas, ou ocorrer em 
dentes acometidos por cárie e fratura, entre outras lesões. No 
primeiro caso, o processo restaurador não demandaria cuidados 
extras no que tange à proteção do complexo dentinopulpar. 
Em dentes com perda de estrutura dentária, cuidados devem ser 
tomados para que o elemento dental em questão possa readquirir 
estética e função com o mínimo de dano ao sistema dentina-polpa, 
mantendo sua vitalidade, eliminando o processo infeccioso e/ou 
inflamatório e, ainda, em caso de exposição pulpar, promovendo a 
cura pela formação de dentina reparadora. Nesse contexto, 
quanto menor a quantidade de remanescente dentinário entre a 
polpa e a cavidade, maior deve ser a preocupação em relação aos 
procedimentos que visem à manutenção da vitalidade pulpar. 
Quando se tem um elemento dental com exposição pulpar é preciso 
realizar alguns tipos de avaliação para saber se vale a pena manter 
aquele dente vital ou se faz um tratamento endodôntico. É preciso 
avaliar: 
• Condição pulpar; 
• Quantidade e qualidade do remanescente dental; 
Condição pulpar: o primeiro fator a ser avaliadopara o 
sucesso do tratamento restaurador é a condição pulpar pré-
operatória do elemento dental. A avaliação deve ser feita levando-
se em consideração a dor espontânea ou de regressão lenta, 
lesões cariosas extensas, exposição pulpar e alterações 
periapicais. Dessa forma, a condição pulpar é fator determinante 
na escolha do tratamento restaurador. 
Qualidade e quantidade do remanescente 
dental: devido à grande diversidade morfológica das estruturas 
que compõem o dente, a profundidade da cavidade exerce papel 
preponderante na adoção do protocolo do tratamento restaurador. 
Por isso, é de suma importância entender as diferentes estruturas 
que compõem o dente. 
Esmalte: formado basicamente por mineral, não tem contato 
efetivo com a polpa. Assim, restaurações que estejam limitadas ao 
esmalte não requerem preocupação no que tange à proteção 
pulpar. 
Dentina: íntima relação com a polpa e, dependendo da qualidade e 
da quantidade de dentina remanescente entre o fundo da cavidade 
e a polpa, o material restaurador influenciará no estado de saúde 
pulpar. A dentina superficial localizada próximo à junção 
amelodentinária apresenta-se com poucos túbulos dentinários, 
menor permeabilidade e menor interação com o tecido pulpar. À 
medida que se aproxima da polpa, ocorre aumento do calibre e da 
quantidade de túbulos, com isso a dentina profunda apresenta 
maior permeabilidade e maior interação com a polpa. Pode ser 
observada, ainda, dentina com conteúdo mineral aumentado 
(dentina esclerótica), o que diminui a permeabilidade dela. Essa 
alteração pode ocorrer devido à idade, como defesa à lesão de 
cárie, trauma, preparos cavitários ou por exposição direta na 
cavidade bucal, como acontece nas lesões cervicais não cariosas. 
Isso tudo pode influenciar na escolha do protocolo de proteção 
pulpar. 
Polpa: é um tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e 
inervado, que se origina de células ectomesenquimais da papila 
dentária, e diferenciam-se em odontoblastos e começam a 
produzir dentina. Os odontoblastos dispõem-se perifericamente em 
íntimo contato com a matriz dentinária e conduzem os elementos 
nutritivos encontrados no líquido tecidual pulpar para toda a dentina. 
A função sensitiva da polpa gera estímulos quando algo está errado. 
A função defensiva dá-se toda a vez que a polpa é sujeita a 
agressões físicas, químicas ou bacterianas e desencadeia uma 
reação efetiva de defesa, cuja principal característica é a 
formação de dentina reparadora. Além disso, a polpa produz 
dentina secundária durante todo o tempo em que o dente 
permanece vital. Essa capacidade pode ser considerada o principal 
mecanismo de defesa da polpa, pois lhe confere a habilidade de 
compensação da perda de estrutura dental mineralizada ou de 
aumentar o volume de dentina. Dessa forma, a interação da polpa 
com a dentina é benéfica para ambas, e nada melhor para a polpa 
que estar em contato com a dentina e somente com dentina. Sendo 
assim, sempre que houver exposição de tecido pulpar, o ideal é que 
seja restabelecido o equilíbrio pulpar pela formação de uma nova 
dentina na área exposta. 
Agressores do tecido pulpar 
Podem ser de origem: física, química e microbiana. 
Origem física 
Fatores como trauma dental acidental ou trauma dental associado 
ao preparo cavitário e mudanças térmicas exageradas (frio e 
calor) podem provocar alterações pulpares reversíveis ou 
irreversíveis. 
O trauma dental pode romper o feixe vasculonervoso no ápice 
dental ou provocar trincas e fraturas no esmalte e na dentina, 
podendo chegar à polpa e provocar desde inflamações reversíveis 
a necrose pulpar. O esmalte e a dentina servem como isolantes 
térmicos, portanto, quando existir pouca espessura de dentina 
entre o fundo da cavidade e a polpa, um material que tenha 
propriedade de isolante térmico e elétrico deve ser utilizado para 
proteger a polpa de eletricidade e de temperaturas extremas. 
Origem química 
Os agentes tóxicos provenientes dos microrganismos e materiais 
restauradores podem agredir o tecido pulpar e causar reação 
inflamatória de intensidade variada. Essas toxinas podem chegar 
até a polpa, dependendo da quantidade e da qualidade de dentina 
que a recobre especialmente quando há exposições pulpares, o que 
causará danos à polpa. 
Origem microbiana 
A contaminação do tecido pulpar por micro-organismos é 
considerada o principal irritante pulpar. Eles podem chegar até a 
polpa por anacorese, isto é, penetrar na cavidade pulpar pelo 
forame apical, porém, na maioria das vezes, a contaminação pulpar 
dá-se por meio da doença cárie, por exposição pulpar, por trauma 
ou fendas (gaps) formadas entre o material restaurador e a 
parede da cavidade. 
A contaminação da polpa por micro-organismos pode levar a 
pulpites e necrose. Isso contribui para reafirmarmos a importância 
da obliteração dos túbulos dentinários sempre que eles forem 
expostos e, principalmente, da necessidade de formação de 
barreira dentinária em caso de exposição pulpar. 
Modalidades da proteção pulpar 
Existem dois grandes grupos: 
• Proteção piulpar direta: quando existe exposição da 
polpa; 
• Proteção pulpar indireta: quando não há exposição da 
polpa; 
Proteção pulpar direta: caracteriza-se pela aplicação de 
um agente protetor diretamente sobre o tecido pulpar exposto. 
Tem a finalidade de manter sua vitalidade e, consequentemente, 
de promover o restabelecimento da polpa, estimular o 
desenvolvimento de nova dentina e proteger a polpa de irritações 
adicionais posteriores. Esse material protetor tem que se capaz de 
estimular a polpa na formação de uma nova dentina, ou seja, esse 
material vai estimula os odontoblastos a formar uma nova dentina. 
Fazem parte dessa modalidade o capeamento pulpar, a curetagem 
pulpar e a pulpotomia. 
 
Proteção pulpar indireta: são utilizados materiais com 
o intuito de proteger a polpa dos diferentes tipos de agressões, 
manter a vitalidade pulpar, inibir o processo carioso, reduzir a 
microinfiltração e estimular a formação de dentina esclerosada, 
reacional e/ou reparadora. Caracteriza-se pela utilização de 
materiais restauradores, agentes seladores, forradores e/ou 
bases sobre a dentina. Esse material tem que estimular a 
remineralização do dente, ou pode ser um adesivo que não estimula 
a remineralização mas veda os túbulos dentinários. 
 
Materiais protetores 
O conjunto de materiais utilizados para restaurar o dente deve: 
• Proteger o complexo dentinopulpar de choques térmicos 
e elétricos; 
• Ter ação bactericida e bacteriostática; 
• Ter adesão às estruturas dentárias; 
• Remineralizar a dentina descalcificada e hipermineralizar 
a dentina sadia subjacente; 
• Estimular a formação de dentina terciária ou reparadora 
nas lesões profundas; 
Normalmente em casos de exposição pulpar os dois materiais 
utilizados com capacidade de estimular a formação de uma nova 
dentina terciária é o MTA (muito utilizado na endodontia, é muito 
acinzentado) e o hidróxido de cálcio PA (muito utilizado na 
dentística). Os sistemas adesivos, cimento de hidróxido de cálcio e 
o ionômero de vidro são utilizados apenas para forramento e 
preenchimento, pois não apresentam capacidade de formar 
dentina terciária. 
MTA: constituído principalmente de cálcio e íons de fósforo, seu 
pH inicial é de 10,2, o qual aumenta para 12,5 três horas após a 
mistura. É radiopaco, tem boa resistência à compressão e baixa 
solubilidade após a presa. De acordo com suas especificações 
técnicas, está indicado para retrobturação, apicificação radicular, 
reparação de perfuração radicular, reabsorções internas e como 
material capeador direto. Segundo alguns estudos, seu uso como 
protetor pulpar direto tem sido encorajador do ponto de vista 
biológico e tem mostrado grande potencial de indução para a 
formação de barreira dentinária. Um fator negativo é que o MTA 
ocasiona forte escurecimento nos elementos dentais com ele 
capeados. 
Hidróxido de cálcio pró-análise (PA): o hidróxido de 
cálcio

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