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M Universidade Federal do Rio de Janeiro INSTITUTO DE MATEMÁTICA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA Cálculo 2 – 2022-2: Gabarito da Lista 13 É altamente recomendável que a solução de exerćıcios seja conferida somente após o aluno ter tentado resolvê-los; o aprendizado se consolida com a tentativa exaustiva da resolução dos exerćıcios. Exerćıcio 1. Sabemos que se f(x, y) é diferenciável em (x0, y0), a derivada direcional em (x0, y0) na direção de um dado vetor unitário u pode ser calculada por ∇f(x0, y0) · u . (a) A função f(x, y) = √ 4− x2 − y2 é cont́ınua em D := { (x, y) ; x2 + y2 ≤ 4 } e diferenciável no interior de D, i.e., em { (x, y) ; x2 + y2 < 4 } . O vetor unitário na direção de v = (2, 2) é u = ( 1/ √ 2, 1/ √ 2 ) e ∇f(x, y) = ( − x√ 4− x2 − y2 , − y√ 4− x2 − y2 ) ⇒ ∇f(0, 1) = ( 0, −1/ √ 3 ) . Logo, ∂f ∂u (0, 1) = ( 0, −1/ √ 3 ) · ( 1/ √ 2, 1/ √ 2 ) = −1/ √ 6. (b) A função f(x, y) = e(x 2 −y 2) é diferenciável em todos os pontos de R2 e o vetor unitário na direção de v = (1, 3) é u = ( 1/ √ 10, 3/ √ 10 ) . Além disso, ∇f(x, y) = e(x2−y2) ( 2x, −2y ) ⇒ ∇f(1, 1) = ( 2,−2 ) . Portanto, ∂f ∂u (1, 1) = ( 2,−2 ) · ( 1/ √ 10, 3/ √ 10 ) = −4/ √ 10. (c) A função f(x, y, z) = ln ( x2 + y2 + z2 ) é diferenciável em todos os pontos de R3 \ { (0, 0, 0) } e o vetor unitário na direção de v = (1,−1,−1) é u = ( 1/ √ 3, −1/ √ 3, −1/ √ 3 ) . Além disso, ∇f(x, y, z) = 1 x2 + y2 + z2 ( 2x, 2y, 2z ) ⇒ ∇f(1, 2, 3) = 1 14 ( 2, 4, 6 ) = ( 1/7, 2/7, 3/7 ) . Portanto, ∂f ∂u (1, 2, 3) = ( 1/7, 2/7, 3/7 ) · ( 1/ √ 3, −1/ √ 3, −1/ √ 3 ) = −4/7 √ 3. (d) A função f(x, y, z) = sen(xy) + cos(xz) é diferenciável em todos os pontos de R3 e o vetor unitário na direção de v = (−1, 2,−2) é u = ( −1/3, 2/3, −2/3 ) . Além disso, ∇f(x, y, z) = ( y cos(xy) − z sen(xz), x cos(xy), −x sen(xz) ) ⇒ ∇f(1, 0,−1) = ( − sen(1), 1, sen(1) ) . Portanto, ∂f ∂u (1, 0,−1) = ( − sen(1), 1, sen(1) ) · ( −1/3, 2/3, −2/3 ) = 2− sen(1) 3 . Exerćıcio 2. Temos f(x, y) = x2 + y2 − 2y, que é diferenciável em todos os pontos de R2, P = (2, 2) e v = (1, 1). (a) A taxa de variação de f em P na direção de v é dada pela derivada direcional ∂f ∂u (P ), onde u = ( 1/ √ 2, 1/ √ 2 ) . Além disso, temos ∇f(x, y) = ( 2x, 2y − 2) ) ⇒ ∇f(2, 2) = ( 4, 2 ) . Logo, ∂f ∂u (2, 2) = ∇f(2, 2) · u = ( 4, 2 ) · ( 1/ √ 2, 1/ √ 2 ) = 3 √ 2. 1 (b) A curva ~σ(t) = (t, t2 − t) passa pelo ponto P = (3, 6) se, e somente se, t = 3. O vetor tangente à curva num ponto qualquer ~σ(t0) é d~σ dt (t0) = (1, 2t0 − 1). Logo, v = d~σ dt (3) = (1, 5) e a taxa de variação de f em P0 = (2, 2) na direção de v é ∇f(2, 2) · u = ( 4, 2 ) · ( 1/ √ 26, 5/ √ 26 ) = 14/ √ 26. (c) A direção e sentido em que a taxa de variação é máxima ocorre na direção e sentido do vetor gradiente de f . Em P0 = (2, 2) isso ocorre na direção de ∇f(2, 2) = (4, 2). O vetor unitário u correspondente é: u = 1 ‖∇f(2, 2)‖∇f(2, 2) = ( 4√ 20 , 2√ 20 ) = ( 2√ 5 , 1√ 5 ) . Exerćıcio 3. Temos f(x, y) = 36− 2x2 − 4y2 e A = (2, 1, 24). (b) Sabemos que a direção mais ı́ngreme (maior inclinação) é aquela de maior taxa de variação de f , isto é, a do vetor gradiente de f no ponto P = (2, 1). Assim, ∇f(x, y) = (−4x, −8y) ⇒ ∇f(2, 1) = (−8, −8), cujo vetor unitário correspondente é u = ( −1/ √ 2, −1/ √ 2 ) . A taxa de variação da altura nessa direção é: ∂f ∂u (2, 1) = ‖∇f(2, 1)‖ = 8 √ 2. (c) Na direção v = (−3, 4) a taxa de variação é ∂f ∂u (2, 1) = ∇f(2, 1) · u = (−8, −8) · ( −3/5, 4/5 ) = −8/5. Logo, o alpinista está descendo com taxa de −8/5. (d) É numa trilha horizontal (paralela ao plano xy) que a taxa de variação de f é nula. Isso só ocorre nas direções dadas por u tais que ∇f(2, 1) · u = 0. Os vetores unitários ortogonais a ∇f(2, 1) = (−8,−8) são ( 1/ √ 2, −1/ √ 2 ) ou ( −1/ √ 2, 1/ √ 2 ) . Exerćıcio 4. Temos T (x, y) = 16 1 + x2 + 2y2 e P = (1, 1). (a) Uma isoterma de T é um conjunto de ńıvel Nc = { (x, y) ; T (x, y) = c } . Se o ponto P pertence a Nc, então T (1, 1) = 16/4 = c, isto é, c = 4. Portanto a equação da isoterma é x2 + 2y2 = 3. Além disso, temos ∇T (x, y) = − 16 (1 + x2 + 2y2)2 ( −2x, −4y ) ⇒ ∇T (1, 1) = ( −2, −4 ) . (b) A menor taxa de variação em P é aquela na direção e sentido de −∇T (1, 1), com taxa −‖∇T (1, 1)‖, isto é, na direção e sentido do vetor unitário u = ( 1/ √ 5, 2/ √ 5 ) , com taxa − √ 20 = −2 √ 5. Observe que ∇T (1, 1) · u = (−2,−4) · ( 1/ √ 5, 2/ √ 5 ) = − 10√ 5 = −2 √ 5. (c) A taxa de variação de T em (1, 1) na direção de v = (−3, 4) é ∂T ∂u (1, 1) = ∇T (1, 1) · u , onde u = ( −3/5, 4/5 ) que é o unitário na direção e sentido de v . Logo, está esfriando com a taxa ∂T ∂u (1, 1) = (−2, −4) · ( −3/5, 4/5 ) = −2. 2 (d) Seja φ(t) a temperatura sentida pela formiga em cada instante t ≥ 0. Então, φ(t) = T ( r(t) ) . Podemos calcular a taxa de variação da temperatura de duas maneiras: (1) Pela regra da cadeia. Neste caso, φ′(t) = d dt ( T ( r(t) ) ) = ∇T ( r(t) ) · dr dt (t). (∗) Primeiramente, observemos que se t0 = 3, obtemos r(3) = (2, 7) e ∇T (2, 7) = 16 (103)2 ( −4,−28 ) . (∗∗) Além disso, dr dt (t) = ( 1 2 √ 1 + t , 2 ) ⇒ dr dt (3) = ( 1 4 , 2 ) . (∗ ∗ ∗) Aplicando (∗∗) e (∗ ∗ ∗) em (∗), obtemos φ′(3) = ∇T (2, 7) · dr dt (3) = − 16 (103)2 ( 4, 28 ) · ( 1 4 , 2 ) = − 912 (103)2 . (2) Como a trajetória e a temperatura são dadas explicitamente, podemos proceder por substituição direta. Neste caso, φ(t) = T (√ 1 + t, 1 + 2t ) = 16 1 + (1 + t) + 2(1 + 2t)2 = 16 4 + 9t+ 8t2 ⇓ φ′(t) = − 16 (4 + 9t+ 8t2)2 ( 9 + 16t ) . Para t0 = 3, temos φ′(3) = − 16 (103)2 ( 9 + 48 ) = − 912 (103)2 . Exerćıcio 5. Temos T (x, y) = α √ x2 + y2 e P0 = (2, 2). (a) O vetor unitário que indica a direção nordeste é u1 = (1/ √ 2, 1/ √ 2) e o que indica a direção sudeste é u2 = (1/ √ 2, −1/ √ 2). Como T (3, 4) = 100, podemos determinar a constante de proporcionalidade α. De fato, T (3, 4) = α/ √ 25 = 100 ⇐⇒ α = 500. Se o objeto se desloca para nordeste (respecti- vamente sudeste), a taxa de variação da temperatura num dado ponto (x, y) 6= (0, 0) é ∇T (x, y) · u1 (respectivamente ∇T (x, y) · u2.) Calculando o gradiente de T no ponto P0: ∇T (x, y) = 500 x2 + y2 ( −x √ x2 + y2 , −x √ x2 + y2 ) ⇒ T (2, 2) = 500 8 (−2√ 8 , −2√ 8 ) = 500 8 √ 2 ( −1, −1 ) . Logo, para o nordeste: ∇T (2, 2) · u1 = 500 8 √ 2 ( −1, −1 ) · (1/ √ 2, 1/ √ 2) = −125/2 (esfriando) e para o sudeste: ∇T (2, 2) · u2 = 500 8 √ 2 ( −1, −1 ) · (1/ √ 2, −1/ √ 2) = 0 (sem variação de temperatura). 3 (b) Na direção v = (−1,−1) (sudoeste), o vetor unitário correspondente é u3 = (−1/ √ 2, −1/ √ 2) e a derivada direcional é positiva (aquecimento), pois: ∇T (2, 2) · u3 = 500 8 √ 2 ( −1, −1 ) · (−1/ √ 2, −1/ √ 2) = 125/2 (c) Seja r(t) = ( x(t), y(t) ) a parametrização do movimento do objeto, supondo que no instante t0 ele está no ponto P0 e se desloca com velocidade escalar v = 1/5 m/s na direção do vetor (−1,−1). Então, a temperatura do objeto em cada instante é φ(t) = T ( r(t) ) . Assim, a taxa de variação da temperatura do objeto no instante t0 é ∇T ( r(t0) ) · dr dt (t0) com dr dt (t0) = 1 5 u3. Portanto, a taxa de variação da tempertura em questão é: ∇T ( r(t0) ) · dr dt (t0) = 1 5 ∇T ( 2, 2) · u3 = 1 5 · 125 2 = 25 2 . (d) De acordo com o item (a), há dois vetores para os quais a taxa de variação é nula: u2 e −u2, isto é, (1/ √ 2, −1/ √ 2) e (−1/ √ 2, 1/ √ 2). Exerćıcio 6. Temos os seguintes dados: f é diferenciável em (1, 2) e u = ( 1/ √ 2, 1/ √ 2 ) , v = ( 1/ √ 2, −1/ √ 2 ) , D u (1, 2) = 1, D v (1, 2) = 3. (a) Sendo f diferenciável e u unitário, temos 1 = D u (1, 2) = ∇f(1, 2) · u = fx(1, 2) 1√ 2 + fy(1, 2) 1√ 2 ⇒ fx(1, 2) + fy(1, 2) = √2. (b) Sabemos que a equação do plano tangente no ponto (1, 2) é z − f(1, 2) = fx(1, 2)(x− 1) + fy(1, 2)(y − 2). (∗) Sendo f diferenciável em (1, 2) e lembrando que os vetores u e v são unitários, temos: Du(1, 2) = ∇f(1, 2) · u e Du(1, 2) = ∇f(1, 2) · v . Logo fx(1, 2) 1√ 2 + fy(1, 2) 1√ 2 = 1, fx(1, 2) 1√ 2 − fy(1, 2) 1√ 2 = 3 , de onde se conclui que fx(1, 2) = 2 √ 2 e fy(1, 2) = − √ 2. Como f(1, 2) = 3, obtemos de (∗), z − 3 = 2 √ 2(x− 1)− √ 2(y − 2) ou 2 √ 2x− √ 2y − z = −3. (c) Temos r(t) = ( x(t), y(t) ) , com y(t) = 2 + t + t2 e x(0) = 1, de modo que r(0) = (1, 2). Sendo z(t) = f ( x(t), y(t) ) , temos da Regra da Cadeia z′(t) = ∇f ( r(t) ) · r ′(t). Em particular, √ 2/2 = z′(0) = ∇f ( r(0) ) · r ′(0) = fx(1, 2)x′(0) + fy(1, 2)y′(0) = 2 √ 2x′(0)− √ 2 ⇒ x′(0) = 3/4. 4 Exerćıcio 7. São dados: C = { (x, y) ; f(x, y) = 2 } , que é a curva de ńıvel 2 de f , P = (x0, y0) ∈ C, D u f(x0, y0) = 5, onde u = (3/5, 4/5) e v = (−4/5, 3/5). Sabemos que o vetor ∇f(x0, y0) é ortogonal à curva C no ponto P . Como os vetores u e v são ortogonais (pois u ·v = 0) e v é tangente à C, conclui-se que ∇f(x0, y0) é paralelo a u , isto é, ∇f(x0, y0) = λu , λ ∈ R. Por outro lado, temos 5 = D u f(x0, y0) = ∇f(x0, y0) · u = λ‖u‖2 = λ ⇒ λ = 5. Portanto, ∇f(x0, y0) = 5u = (3, 4) ⇒ fx(x0, y0) + fy(x0, y0) = 7. Exerćıcio 8. Sendo f(x, y) = x4 − 2y2 e lembrando que os vetores paralelos ao gradiente de f são os que indicam a direção de maior crescimento, segue que ∇f(x, y) = λ(1/ √ 2, 1/ √ 2), ou mais precisamente, 4x3 = λ/ √ 2 = −4y ⇐⇒ y = −x3. Como o domı́nio de f é R2, os pontos em questão são os da curva y = −x3, isto é, os pontos da forma (x, −x3), para todo x ∈ R. 5
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