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05/02/2020 Educação inclusiva TA 4 – Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco Profa. Ma. Juliana Chueire Lyra • Unidade de Ensino: 04 • Competência da Unidade: Compreender o papel fundamental do professor na construção de uma escola inclusiva por meio da adoção de práticas pedagógicas intencionais e de relações cotidianas que considerem todos sem discriminação. • Resumo: Abordaremos a universalização do acesso ao currículo e a garantia de aprendizagem para todos, a função social da escola e o papel dos educadores na consolidação de uma cultura inclusiva; os conceitos de adaptação e flexibilização curricular, PPP e BNCC; gestão participativa e as estratégias pedagógicas como desenho universal e inteligências múltiplas para efetivação de uma escola inclusiva. • Palavras-chave: Flexibilização curricular. Gestão participativa. Estratégias pedagógicas. • Título da Teleaula: Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco. • Teleaula nº: 04 Contextualização • Universalização do acesso ao currículo e garantia de aprendizagem para todos. • Adaptação e flexibilização curricular. • BNCC e PPP. • Gestão participativa para uma escola inclusiva. • Estratégias pedagógicas: desenho universal. • Inteligências múltiplas e sua aplicação na educação inclusiva. Conceitos Universalização do acesso ao currículo e garantia de aprendizagem para todos Função social da escola e o papel dos educadores na educação inclusiva Uma escola que atenda a todos os alunos, sem exceções, é um princípio fundamental. Remete à universalização do ensino, ou seja, uma escola na qual 100% da população na faixa etária atendida, esteja regularmente matriculada, frequentando todas as atividades e obtendo sucesso na aprendizagem. Educação para alunos com deficiência na déc. 50 A noção de que todas as crianças devem estar na escola, em termos históricos, é recente. Em relação às pessoas com deficiência, as primeiras iniciativas foram marcadas pelo assistencialismo e por uma visão médica e clínica da deficiência. Escolas especiais Asilos Classes especiais 1 2 3 4 5 6 05/02/2020 • PAEE - nº matrículas na escola comum - superando as matrículas em escolas especiais desde 2008. • Se continuar no ritmo atual de crescimento, a universalização do acesso dessas crianças e adolescentes à escola até 2024, preconizada pela meta 4 do Plano Nacional de Educação, não será atingida (MENDES; CONCEIÇÃO; MICAS, 2017). Universalização do acesso até 2024 Conceitos Adaptação e flexibilização curricular: funções e aspectos diferenciais Adaptação e flexibilização curricular A ideia de flexibilização curricular se contrapõe à ideia de adaptação curricular, trazendo em si a concepção do currículo não como algo rígido, do qual se retiram partes, mas instrumento aberto e flexível, que se articula com a realidade dos estudantes em cada escola. Isso se reflete sobretudo nas formas de avaliação, que se tornam qualitativas e processuais, ao invés de classificatórias e excludentes. Adaptação e flexibilização curricular O currículo que permite que as atividades sejam planejadas e oferecidas de forma com que cada aluno possa abordá-las dentro das suas possibilidades e peculiaridades, sem que isso diminua a profundidade e impeça o acesso à temática apresentada. O tema é geral, o mesmo para todos os alunos; o que difere é como cada aluno vai desenvolvê-lo e apresentá-lo. Adaptação e flexibilização curricular A escola deve ser promotora da inclusão escolar, e não um dispositivo de segregação em que alunos são supostamente tomados como tendo deficiências se não reagem dentro do esperado em relação aos métodos tradicionais de ensino. Conceitos Base Nacional Comum Curricular e Projeto Político Pedagógico 7 8 9 10 11 12 05/02/2020 BNCC: implementação considerando o direito à aprendizagem de todos A BNCC indica o que os alunos devem aprender nos anos em que frequentam a escola, abrangendo desde a creche até o fim da educação básica, no ensino médio. Os sistemas educacionais estão discutindo como a BNCC será implantada, tendo o prazo até 2020 para efetivar as mudanças. Manifesto da Sociedade Civil em Relação à BNCC A expressão “diferenciação curricular” não deve ser adotada, por indicar que o alunado PAEE deveria ter um ensino diferenciado em razão de sua deficiência. Pela supressão de texto detalhado tratando do Atendimento Educacional Especializado. Críticas Fonte: Cavalcante (2018) Documento que serve como referência para a atuação da escola. É imprescindível que o PPP explicite como a escola concretiza a implantação da educação inclusiva. Projeto Político-Pedagógico (PPP) • diretrizes filosóficas e legais fundamentais do trabalho • questões e atitudes em relação às acessibilidades Resolução da SP SP 1: Currículo escolar A coordenadora da escola Inclusão percebeu que os professores e a equipe escolar em geral, não sabem como trabalhar com o aluno PAEE em sala de aula. Se no AEE o aluno não deve aprender os conteúdos previstos para o ciclo escolar que frequenta, quem deve desenvolver com ele o currículo escolar? E como devemos avaliar esse aluno em sala de aula? Problematizando a situação problema 1 Como desenvolver o currículo escolar de forma que o aluno PAEE supere suas dificuldades, desenvolva-se e aprenda? • Todos os alunos devem ter acesso ao currículo escolar, porém, por meio de método e organização condizentes com sua necessidade, seja esse aluno PAEE ou não (LDBEN 9394/96). • Flexibilização curricular - oferecer ao aluno possibilidades de aprender respeitando suas especificidades e necessidades. Resolução da situação problema 1 • Ensino colaborativo – parceria entre professor da sala regular e professor do AEE, trocando informações, compartilhando objetivos sucessos obtidos com o aluno. 13 14 15 16 17 18 05/02/2020 Interação Cite exemplos de ensino colaborativo na educação inclusiva Conceitos Gestão participativa para uma escola inclusiva Gestão escolar democrática e participativa A legislação brasileira, Constituição Federal e LDBEN (Lei 9394/1996), coloca a democratização do ensino enquanto meta e diretriz de organização da gestão escolar. A gestão escolar se refere às diversas etapas de planejamento e desenvolvimento das atividades de direção de uma instituição de ensino, desde a construção coletiva do PPP, até a elaboração dos planos de ação. Gestão escolar democrática e participativa A legislação brasileira considera que a comunidade escolar deve participar da organização da escola. A qualidade da gestão é diretamente proporcional à participação da comunidade de forma democrática. democratização da escola + educação inclusiva participação de todos Gestão da sala de aula a partir de princípios inclusivos Duk (2006, p. 66) apresenta ideias para a gestão inclusiva na sala de aula: • As aulas atendem à diversidade de necessidades; • Os conteúdos/atividades acessíveis a todos; • Atividades que valorizem a aceitação das diferenças; • A participação ativa dos alunos; • Aprendizagem cooperativa entre os alunos; • O planejamento é colaborativo; • Todos os alunos participam das atividades fora da sala de aula. Ações que favorecem a inclusão de todos os alunos Considerar as características de cada aluno Profissional de apoio Ações colaborativas O educador pode fazer a diferença e potencializar saberes e práticas ao considerar a diversidade, pressuposto da condição humana, como valor que compõe e enriquece a singularidade de cada turma. 19 20 21 22 23 24 05/02/2020 Conceitos Estratégias pedagógicas da escola inclusiva: desenho universal Desenho Universal Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA A ideia é o desenvolvimento de projetos universais, isto é, que possam ser utilizados pela maior gama de pessoas possível. Visa aumentar a acessibilidade e criar produtos. Visa evitar a necessidade de ambientes e produtos especiais para pessoas com deficiências,.Desenho Universal A acessibilidade arquitetônica, comunicacional, informacional e atitudinal é a chave para uma escola inclusiva. Do prédio escolar ao planejamento das aulas, a organização de estratégias para viabilizar a participação plena de todos os estudantes é tarefa de toda a comunidade escolar. Aprender formas de viabilizar o acesso aos conteúdos curriculares, para além das já conhecidas, é um caminho de ampliação dos repertórios pedagógico e atitudinal (MENDES; CONCEIÇÃO; GALERY, 2013). Desenho Universal para a Aprendizagem - DUA O DUA representa uma ferramenta para que as equipes pedagógicas planejem suas aulas e deem conta da crescente diversidade presente nas escolas. Não se restringe ao aspecto arquitetônico: refere-se aos recursos e serviços disponíveis para favorecer o sucesso da aprendizagem. Desenho Universal para a Aprendizagem - DUA Fonte: https://diversa.org.br/artigos/o-que-e-desenho-universal-para- aprendizagem/ O DUA é um exemplo de uma abordagem educacional mais condizente com a convicção de que toda pessoa tem o direito de estudar e buscar o seu melhor como ser humano. Conceitos Inteligências múltiplas e sua aplicação na educação inclusiva 25 26 27 28 29 30 05/02/2020 Teoria das Inteligências Múltiplas A inteligência é multifacetada e definida como “a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários; partindo do pressuposto de que os indivíduos possuem forças cognitivas diferenciadas e estilos cognitivos contrastantes” (GARDNER; WALTERS, 1995). Inteligências Múltiplas 1. lógico-matemática; 2. linguística; 3. corporal-cinestésica; 4. musical; 5. espacial; 6. interpessoal; 7. intrapessoal; 8. naturalista; 9. existencialista Inteligências Múltiplas Gardner sustenta que as inteligências não são objetos que possam ser quantificados, e sim, potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros. Avaliação para as múltiplas inteligências A teoria das inteligências múltiplas não tem a finalidade classificatória e hierarquizada; Não visa descobrir qual o tipo de inteligência de cada aluno, mas oferecer diferentes atividades e um ambiente educacional rico em possibilidades. Todos devem participar e se desenvolver sem preconceitos. A multiplicidade das inteligências precisa ser considerada para que a avaliação deixe de ser mero inventário. Resolução da SP SP 2: Altas habilidades/ superdotação Um professor recebeu uma aluna com AH/SD. Com uma semana de aula, um professor relatou que tem dúvidas se ela é superdotada, pois embora seja muito comunicativa e participativa em sala, ela tem dificuldade em matemática, termina as atividades depois de muitos alunos e, quase sempre, comete erros. O professor questiona “que tipo de superdotado é esse que erra contas de matemática?” Reflita sobre as características da superdotação, todo aluno tem bom rendimento escolar e é competente em matemática? Problematizando a situação problema 2 31 32 33 34 35 36 05/02/2020 • Alunos superdotados também precisam de atenção - focar nas possibilidades e nas potencialidades. • Tipos de inteligências da aluna: linguística e interpessoal. • O aluno com AH/SD requer enriquecimento curricular e práticas pedagógicas que explorem suas potencialidades, as quais devem ser desenvolvidas em um ambiente estimulador. • A teoria das inteligências múltiplas é útil para a educação inclusiva, pois valoriza diferentes formas de aprender. Resolução da situação problema 2 Interação Kahoot Conceitos Recapitulando... Recapitulando... • Universalização do acesso ao currículo e garantia de aprendizagem para todos. • Adaptação e flexibilização curricular: funções e aspectos diferenciais. • BNCC e PPP. • Gestão participativa para uma escola inclusiva. • Estratégias pedagógicas: desenho universal. • Inteligências múltiplas e sua aplicação na educação inclusiva. Referências GARDNER, H.; WALTERS, J. Uma versão aperfeiçoada. In: GARDNER, H. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed, 1995, p. 12-36. MENDES, R. H.; CONCEIÇÃO, L. H. de P.; GALERY, A. O caso de educação física inclusiva – Brasil. Diversa, São Paulo, 12 dez. 2013. Disponível em: https://diversa.org.br/estudos-de-caso/o-caso-de-educacao-fisica-inclusiva-brasil/. Acesso em: 10 jul. 2019. MENDES, R. H.; CONCEIÇÃO, L. H. de P.; MICAS, L. Três anos de PNE: desafios e perspectivas para a inclusão escolar. Diversa, São Paulo, 7 jun. 2017. Disponível em: https://diversa.org.br/ artigos/tres-anos-de-pne-desafios-perspectivas-para-inclusao-escolar/. Acesso em: 19 mar. 2019. ALMEIDA, R. da S. et al. A teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner e suas contribuições para a educação inclusiva: construindo uma educação para todos. Ciências Humanas e Sociais, [S.l.], v. 4, n. 2, p. 89-106, nov. 2017. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/index. php/fitshumanas/article/view/4218. Acesso em: 11 jul. 2019. BRASIL. Ministério da Educação; Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de 2008. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducesr pecial.pdf. Acesso em: 11 jul. 2019. CAVALCANTE, M. Manifesto da Sociedade Civil em Relação à Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Inclusão Já, [S.l.], 21 mar. 2018. Disponível em: https://inclusaoja.com.br/tag/bncc/. Acesso em: 19 mar. 2019. DUK, C. Educar na diversidade: material de formação docente. 3. ed. Brasília, DF: MEC, SEESP, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/educarnadiversidade2006.pdf. Acesso em: 20 mar. 2019. 37 38 39 40 41
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