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AFECÇÕES SISTEMA CARDIOVASCULAR E HEMATOPOIÉTICO EM RUMINANTES Profa. Dra. Vanessa Storillo veterinariavanessa@yahoo.com.br ANEMIA Deficiência de eritrócitos, da conc. de hemoglobina e/ou do hematócrito => SINAL CLÍNICO!!! Causas / Classificação: Anemia Hemorrágica Anemia Hemolítica = Aumento da destruição Anemia por insuficiência de produção de eritrócitos => Regenerativa ou não regenerativa 2 MIRANDA et al . Síndrome cardiorrenal: fisiopatologia e tratamento.2009 . https://doi.org/10.1590/S0104-42302009000100022 Edema periférico Alto trabalho cardíaco e pouco oxigênio H. Antidiurético Liberação do estoque no baço e fígado Edema periférico Alto trabalho cardíaco e pouco oxigênio ANEMIA HEMORRÁGICA Parasitismo Haemonchus contortus Fasciola hepatica Úlcera de abomaso 4 ANEMIA HEMOLÍTICA Ruptura das hemácias CAUSAS DE ANEMIA HEMOLÍTICA Leptospirose Hemoglobinúria bacilar Babesiose Anaplasmose 5 CAUSA DA MORTE Diminuição da contratilidade do coração Diminuição da função cerebral Parada cardíaca aguda Manejo de rebanho, pequena febre... 6 SINAIS CLÍNICOS Anemia mediana em animais sem muita atividade física (animais em confinamento): baixo ganho de peso Anemia grave e/ou animais com alta atividade física: (animais a pasto) Intolerância ao exercício Apatia Redução de ingesta ou mamada 7 SINAIS CLÍNICOS Palidez de mucosas Aumento da frequência cardíaca / taquicardia moderada Sons cardíacos aumentados Terminal: Taquicardia severa Diminuição dos sons cardíacos Pulso fraco Sopro anêmico = sangue com baixa viscosidade e alta velocidade de ejeção cardíaca 8 ANEMIA POR INSUFICIÊNCIA DE PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS – ANEMIA NÃO REGENERATIVA Deficiência nutricional Cobre, cobalto Ferro – animais jovens – solo, leite é pobre Esgotamento medular 9 TRANSFUSÃO DE SANGUE - QUANTIDADE Bovino 450 kg com Ht de 12% = 22,5L de reposição 6 a 8 litros de reposição em um adulto = Único doador 10 a 15ml de sangue por kg de peso do doador Eleva o Ht em 3 a 4% do receptor Bezerros: 1 a 2 litros Temporário = hemácias serão removidas em 2-3 dias bovino Custos 10 TRANSFUSÃO – Decidindo animais de anemia aguda > crônica animais jovens toleram menos a anemia que adultos Clínica: importante Animais com profunda letargia, intolerância ao exercício mínimo, decúbito Taquicardia (30-50% acima do normal) Extremidades frias Atonia ruminal, timpanismo Anuria Hematócrito < 20 = atenção < 12 (caindo) transfusão Lactato 2-4 mmol/L = atenção > 4mmol/L transfusão11 TRANSFUSÃO Primeira transfusão raro ter alteração Segunda ou mais: teste de compatibilidade Velocidade: 0,1ml/kg 10 a 15 min depois 20ml/kg/hora Reação: leve flunixin, moderada corticoide, severa epinefrina Reação anafilática 15-20 min – dispneia severa, urticaria, tremor, piloereção, elevação da temperatura 12 ANEMIA HEMOLÍTICA Anaplasma marginale - rickettsia Parasita que fica dentro da hemácia Anemia progressiva Autoimune, baço Transmissão: Carrapatos Moscas hematófagas Fômites 13 ANAPLASMOSE – ACHADOS CLÍNICOS Doença aguda e severa até infecção subclínica Exposição quando bezerro = imunidade Letargia Anorexia Febre Mucosas pálidas até ictéricas Urina muito amarela Diagnóstico: Esfregaço de sangue periférico 14 ANAPLASMOSE – TRATAMENTO Oxitetraciclina IM SID 3 a 5 dias Oxitetraciclina LA 2 doses – 1 dose a cada 3 dias Suporte ANAPLASMOSE – PREVENÇÃO e CONTROLE Permitir o contágio quando bezerro 15 ANEMIA HEMOLÍTICA Babesia bigemina e B. bovis - protozoário Babesia bigemina grande B. bovis menor, pleimórfica, virulenta Parasita que fica dentro da hemácia Anemia progressiva = ruptura pelo Parasita + autoimune Transmissão: Carrapatos Fômites 16 17 BABESIOSE – ACHADOS CLÍNICOS Doença aguda e severa até infecção subclínica Exposição quando bezerro = imunidade Letargia Anorexia Febre Mucosas pálidas até ictéricas Hemoglobinúria (prognóstico ruim) Diagnóstico: Esfregaço de sangue periférico 18 BABESIOSE – TRATAMENTO Diminazeno / diaceturato de diminazene ou Imidocarb Ambos é dose única BABESIOSE – PREVENÇÃO e CONTROLE Permitir o contágio quando bezerro 19 20 Tristeza Parasitária Bovina Piroplasmose https://www.youtube.com/watch?v=tIpxNpAjUkw 2:14 e 5:42 RETICULO PERITONITE TRAUMÁTICA Comum em bovino, rara em pequenos ruminantes Ingestão de um corpo estranho que se aloja em retículo Sinal de pica, deficiência de fósforo A- Entrar na parede do retículo causando uma inflamação local B- Perfurar a parede do retículo, penetrar a cavidade peritoneal e causar peritonite localizada C- Migrar para o tórax – diafragma, pericárdio, coração (estão cranial ao retículo) 21 22 ACHADOS CLÍNICOS Anorexia Febre Atonia ou diminuição dos movimentos rumenais timpanismo Evidência de dor abdominal -> cranial Prova da cernelha = + Percussão dolorosa na região xifoide = + Costas arqueadas Taquicardia Relutância em se mover ou deitar 23 PROVAS DE DOR Testes de dor: https://www.youtube.com/watch?v=1g6o_zxkcCU 2:55 Semiologia veterinária : a arte do diagnóstico - Feitosa - 3ª. Ed. ACHADOS CLÍNICOS - Com pericardite: Sons cardíacos abafados Estase venosa: Distensão da jugular Edema (submandibular, peito e abdômen ventral) Pulso venoso positivo Prova da estase venosa: Jugular pressionada no meio do pescoço Normal: Cheia acima do ponto de pressão e baixo do ponto = esvazia POSITIVA = jugular ingurgitada acima e abaixo da compressão 25 ESTASE VENOSA https://www.youtube.com/watch?v=gpL NJcftewU Objeto em fígado e baço – abscessos https://www.youtube.com/watch?v=sjuE kvWgK-A DIAGNÓSTICO Anamnese - Exame físico – Exames complementares Hemograma: agudo = neutrofilia com desvio a esquerda Crônico = leucopenia Proteína total Líquido peritonial = cél nucleadas e proteína total Fibrinogênio US de retículo = contrações do retículo mais lentas e em menor número. Depósitos de fibrina. Detector de metal 27 TRATAMENTO Antibioticoterapia sistêmica RUMINOTOMIA https://www.youtube.com/watch?v=bcPUoFleFH8 28 PREVENÇÃO E CONTROLE Eliminar objetos na alimentação Instalar ímãs nos equipamentos de alimentação Administrar ímã aos animais entre 6-8 meses. 29 METODOLOGIA ATIVA – CASOS CLÍNICOS 1. Você está atendendo um lote de bezerros, de diversas idades, todos com carrapatos, sendo que muitos estão normais, mas alguns animais estão apáticos, com febre e mucosas hipocoradas, variando de levemente pálidas a até severamente brancas. Quais os procedimentos que você irá adotar para realizar o diagnóstico, tratamento e prevenção e controle deste quadro? 31 METODOLOGIA ATIVA – CASOS CLÍNICOS 2. Um Veterinário está atendendo um garrote com hiporexia, febre, diminuição dos movimentos ruminais, reativo nas provas de pinçamento da cernelha e palpação dolorosa na região xifoide, com arqueamento da linha de dorso, taquicardia, com sons cardíacos abafados, distensão da veia jugular e edema generalizado. Qual seria sua suspeita diagnóstica? 32 LINKS Transfusão de sangue e seus derivados em grandes animais http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/semagraria s/article/view/2056/16676 Vídeo sobre a tristeza parasitária https://www.youtube.com/watch?v=tIpxNpAjUkw 33
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