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Resumo Clinica medica de Pequenos- Bruna N Rigueira

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1 DOENÇAS DERMATOLÓGICAS .................................................................................... 3 
1.1 DERMATOSES BACTERIANAS ................................................................................ 3 
1.2 DERMATOFITOSES ................................................................................................ 4 
1.3 MALASSEZIOSE ..................................................................................................... 4 
1.4 OTITES .................................................................................................................. 5 
1.5 SARNA NOTOÉDRICA E SARCOPTICA .................................................................... 6 
1.6 SARNA DEMODÉCICA ........................................................................................... 6 
1.7 SARNA OTODÉCICA .............................................................................................. 7 
2 FLUIDOTERAPIA ......................................................................................................... 8 
3 TRANSFUSÃO SANGUINEA ....................................................................................... 12 
4 DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO.................................................................... 15 
4.1 COMPLEXO RESPIRATÓRIO FELINO .................................................................... 15 
4.2 ASPERGILOSE ...................................................................................................... 17 
4.3 ESPOROTRICOSE ................................................................................................. 17 
4.4 CRIPTOCOCOSE ................................................................................................... 18 
4.5 TUMORES NASAIS ............................................................................................... 18 
4.6 ESPIRRO REVERSO .............................................................................................. 19 
4.7 PARALISIA DE LARINGE ....................................................................................... 19 
4.8 PÓLIPOS NASOFARINGEOS ................................................................................. 19 
4.9 COLAPSO DE TRAQUEIA ..................................................................................... 20 
4.10 TOSSE DOS CANIS .................................................................................. 22 
4.11 PNEUMONIA .......................................................................................... 23 
4.12 DOENÇA BRONQUIAL ............................................................................ 23 
5 SISTEMA CIRCULATÓRIO ......................................................................................... 25 
5.1 ENDOCARDIOSE DE VALVULA MITRAL .............................................................. 26 
5.2 CARDIOMIOPATIA DILATADA ............................................................................ 27 
5.3 CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA .................................................................... 29 
5.4 TERAPIA DO PACIENTE CARDIOPATA ................................................................ 31 
6 DOENÇAS DO TRATRO GASTROINTESTINAL .......................................................... 34 
6.1 DOENÇA PERIODONTAL .................................................................................... 34 
6.2 MEGAESÔFAGO ................................................................................................ 36 
6.3 GASTRITES ......................................................................................................... 37 
6.4 DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL ............................................................... 38 
6.5 MEGACÓLON ..................................................................................................... 40 
6.6 HEPATOPATIAS .................................................................................................. 40 
6.7 LIPIDOSE HEPÁTICA ........................................................................................... 44 
6.8 SHUNT PORTOSSISTEMICO ................................................................................ 45 
6.9 INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA EXÓCRINA .......................................................... 46 
6.10 PANCREATITE ........................................................................................ 47 
7 TIREOIDE .................................................................................................................. 49 
7.1 HIPOTIREOIDISMO ............................................................................................. 50 
7.2 CRETINISMO ....................................................................................................... 50 
7.3 SINDROME DO EUTIREÓDEO DOENTE ............................................................... 51 
7.4 HIPERTIREOIDISMO ............................................................................................ 52 
 
 
 
 
 
8 ADRENAL ............................................................................................................... 54 
8.1 HIPERADRENOCORTICISMO ............................................................................ 54 
8.2 HIPOADRENOCORTICISMO ............................................................................. 58 
8.3 CRISE ADDISONIANA ....................................................................................... 59 
9 DIABETES ............................................................................................................... 61 
9.1 DIABETES MELLITUS ........................................................................................ 61 
9.2 CETOACIDOSE DIABÉTICA ................................................................................ 66 
9.3 HIPOGLICEMIA ................................................................................................. 67 
10 DOENÇA RENAL CRÔNICA ..................................................................................... 68 
11 INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA .............................................................................. 74 
12 QUESTÕES ..............................................................................................................79 
12.1 GABARITO ...................................................................................................... 82 
 
 
Dermatologia 
 
 
INTRODUÇÃO 
Na barreira cutânea encontram-se: 
Bactérias residentes→ Nunca são totalmente eliminadas 
e a assepsia não esteriliza. Gram + (Staphylococcus sp, 
Streptococcus sp, Micrococcus sp) 
Bactérias transitórias→ adquiridas no ambiente, não se 
multiplicam e sobrevivem por poucas horas. (GRAM – E. 
coli, Proteus sp, pseudomonas sp 
Fungos→ Geralmente encontram-se a Malassezia 
pachydermatis 
Apesar do folículo piloso estar na derme, ele faz parte da 
epiderme 
Dermatoses Bacterianas 
PIODERMITE 
Lesão superficial na pele 
Padrão lesional: folículo piloso sadio , 
descamação, eritema, pápulas, pústulas e 
crosta melicérica 
Tratamento tópico 
FOLICULITE 
Lesão superficial. A bactéria além de estar 
na superfície, ela entre no folículo 
piloso (ocorre quando não se 
trata a piodermite) 
Padrão lesional: sinais de piodermite, alopecia, 
comedos 
tratamento tópico e sistêmico 
FURUNCULOSE 
quando a bactéria entra e se multiplica 
no folículo piloso, rompendo-o e 
entrando na derme. Se não tratada, 
vira Celulite (inflamação na hipoderme) 
padrão lesional: sinaisde piodermite 
e foliculite, exsudato sanguinolento e 
dor local. 
 
 
 
Tratamento tópico e sistêmico (com anti-inflamatório) 
CELULITE BACTERIANA 
Quando a bactéria ultrapassa a derme e atinge o tecido 
subcutâneo (quando não se trata a furunculose) 
Padrão lesional: sinais de furunculose, dor, 
linfadenomegalia, febre, letargia... 
 
DIAGNÓSTICO 
Anamnese, padrão lesional 
Exames de triagem dermatológica: citologia (cotonete, 
imprint, punção com agulha), tricograma, pesquisa de 
ácaros, pesquisa de ectoparasitas, wood, dermatoscopia.. 
Exames complementares: cultura, antibiograma (se for 
entrar com terapia sistêmica) e Histopatologia 
 
TRATAMENTO 
Piodermite e Foliculite: só tópico (7 a 28 dias) 
Adstringentes, antissépticos, antimicrobianos 
Veículo tópico: xampu, solução aquosa, creme, pomada... 
Antimicrobianos exemplos: Nebacetin, Crema 6A, 
Quadriderm, Panalog, Bactroban (cuidado com a 
multirresistência) 
Furunculose e Celulite: Tópico e Sistêmico (> 40 dias) o 
tratamento tópico pode ser ate quando a pele melhorar o 
aspecto (continuando com o sistêmico) 
Antibiótico geralmente de 40-60 dias 
 Amoxicilina (10-20mg/kg PO, SC, IV BID/TID) 
 Cefalexina (22mg/Kg PO, BID ou 30mg/kg PO, 
SID) 
 Cefovecina, Enrofloxacina, clindamicina, 
azitromicina, doxiciclina.. 
Adjuvantes: anti-inflamatórios e analgésicos 
Anti-inflamatorios: prednisolona (3 a 7d- SID) e 
meloxicam (até 3 d- SID) 
Analgésicos: dipirona e tramadol (melhor pra gatos) 
 
IMPETIGO 
Piodermite superficial de animais jovens (2 meses até a 
puberdade) 
Padrão lesional: pústulas no ventre 
Fatores predisponentes:(não cutâneos) viroses, 
parasitismo, desnutrição, má-higiene... 
 
Dermatofitoses 
São Infecções fúngicas 
Dermatófitos são queratinofílicos (ficam na queratina do 
pelo) podendo ocasionar uma dermatose superficial. Ela 
passa a ser profunda quando a pele do animal sofre micro 
traumas (ex: picada de pulga) 
espécies patogênicas: Microsporum canis (pele e pelos de 
cães e gatos), Microsporum gypseum (terá rica em 
matéria orgânica), Trychophyton mentagrophytes (pelo 
e pele de roedores) 
TRANSMISSÃO 
Pelos e debris celulares contaminados 
Contato direto→ portador 
Contato indireto→ fômites (jaleco também transmite) 
Esporos sobrevivem anos no ambiente! 
PATOGENIA 
Ultrapassa as barreias da pele, o esporo se adere aos 
queratinócitos, germina em 6 horas (preferência por 
bulbos anagênicos pois tem mais queratina) 
CLÍNICA 
Espécies: 53% em gatos 
Idade:65% menos de 1 ano. Ou muito mais velhos 
Raças principais: persa e Yorkshire 
Padrão lesionaç: descamação, leve eritrema, alopecia, 
crosta melicérica, ausência de prurido (exceção: gatos 
alérgicos) 
Se acometer em voltas das unhas causa paroníquia 
(inflamação), onicogrifose (maior crescimento das 
garras), onicomadese (garra se solta) 
 
lesões principalmente nas 
extremidades, cabeça e dorso 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Animal precisa ficar pelo menos 7 dias sem banho e sem 
tratar para realização de exames 
➔ Wood, tricograma (pode ser corado ou não), 
cultura fúngica, histopatologia (se tiver lesão 
nodular) 
 
TRATAMENTO 
Tratar o animal, animais que convivem juntos e o 
ambiente! 
Animal positivo tratar de forma sistêmica e tópica, 
animal negativo, tratar só tópico (banho) 
Tratamento tópico: xampu e rinses (1-2 X na semana por 
4 semanas ou 1 X/semana nos contactantes com cultura 
negativa) 
➔ Cetoconazol, miconazol, clorexidine, cetrimida... 
Tratamento sistêmico: associado ao tratamento tópico e 
tricotomia 
 Cetoconazol 5-10mg/kg, PO, SID (pouco 
tolerado por gatos) 
 Fluconazol 10mg/kg, PO, SID 
 Itraconazol 5-10mg/kg, PO, SID (forte ligação 
com a queratina) 
* Animal só possui alta quando apresenta 3 culturas 
negativas num intervalo de 30 dias 
 
Malasseziose 
É uma dermatose patogênica oportunista (se aproveita 
de uma doença de base) 
Faz parte da microbiota da pele, sensível ao pH ácido e 
lipofílica 
pH normal da pele→ 5,5- 7,2 
pH da pele untuosa→8,2-9,0 
quanto + alcalina ou untuosa a pele maior a multiplicação 
padrão lesional→ 
geralmente se localizam em 
partes do corpo onde tem 
mais glândula sebácea. 
Maior concentração de Gl. 
Sebácea: interdigital, condutos auditivos, perioral, 
periocular, axilar, perianal... 
ETIOLOGIA 
Malassezia pachydermatis (pode acometer humanos), 
Malassezia furfur, Malassezia ovale... 
 
FATORES PREDISPONENTES 
Qualquer doença que diminua a imunidade diminua a 
imunidade do animal, pode ocasionar essa infecção. 
Gatos: doenças sistêmicas, metabólicas, endócrinas, FIV, 
FELV, neoplasias... 
Cães: piodermite, alergia, seborreia... 
 
PADRÃO LESIDUAL 
Eritrema; Prurido; descamação; untuosidade; odor forte 
de queijo ou ranço; otite externa; hiperqueratose; 
linquenificação; formação de nódulos de fibrina 
 
DIAGNÓSTICO 
Cotonete/ Swab; imprint, fita adesiva... → corar e por no 
microscópio. (ela cora no corante azul devido sua 
alcalinidade) 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL→ doenças alérgicas e 
parasitarias, distúrbios seborreicos, doenças enodcrino-
metabolicas, dermatopatias carenciais 
 
TRATAMENTO 
Identificar e controlar a causa base 
Controle da disbiose da pele (anti-inflamatorio), controle 
dos simbiontes (ex: piodermite) 
Terapia tópica→ banhos com xampus (2x/sem por 4-
8sem); loções e sprays (BID por 30d) associar corticoide 
tópico; pododermatite (lavar todo dia c/ xampu); lenços 
(SD, 30d) 
Terapia otológica→ para casos leves iniciais: lavagem 
ótica BID por 3-5 dias; remoção do excesso de cerúmen e 
correção do PH; formulações com antifúngicos BID 15-
30 dias (clotrimazol, miconazol, cetoconazol, clorexidine 
etc..) 
Geralmente não necessita de antifúngico oral pois a 
Malassezia é bem superficial na pele (só quando o caso 
esta grave) 
Otites 
Terceira dermatopatia mais frequente 
Dentro da orelha é pele (não mucosa) 
Dentro da orelha tem mais gl. sebácea = maior 
probabilidade Malassezia 
Cerúmen= sebo + célula (função de imobilizar e lubrificar 
a orelha por dentro. Além de ser eliminado com os pelos 
Se o tímpano estiver rompido, tomar cuidado com 
produtos comerciais pois são ototóxicos 
Limpeza antes, não durante 
Não arrancar pelo 
Não utilizar algodão no banho (só algodão hidrofóbicos) 
Para otite média e interna utilizar produtos tópicos 
manipulados e terapia sistêmica 
Gato tem septo ósseo na bula timpânica (com isso, gatos 
com problemas respiratórios, quando muito 
congestionados, podem adquirir otite interna/media 
quando não possuem o tímpano rompido 
Quando o animal tem otites recorrentes, eles podem não 
apresentar cera, pois eles podem ter cicatrizes (tecido 
fibroso) e com isso não possuem Gl. Sebáceas. O ideal é 
fazer citologia (coletar material, corar e olhar no 
microscópio) 
 
 
 
DERMATOSES 
PARASITÁRIAS 
Sarna notoédrica e 
Sarna sarcóptica 
Sarnas causadas por ácaros escavadores 
Notoedres cati (parasitas gatos; grande produção de 
ovos/dia) 
Sarcoptes scabiei (parasita gatos, caes, homem, etc.. 
pequena produção de ovos/dia) 
CONTÁGIO 
Direto→ contato 
Indireto→ fômites, ambiente... 
FISIOPATOGENIA: Formam tuneis na epiderme (são 
superficiais), não deicam cicatriz, facilitaa o contagio 
PADRÃO LESIONAL 
Face, cabeça, dorso, laterais do corpo e ventre 
Eritrema, papula, erosão, prurido, crostas, úlceras 
DIAGNOSTICO 
Pesquisa de ácaros (pode ser com fita adesiva) 
TRATAMENTO 
Tópico 
 Selamectina (mensal) 
 Moxidectina (mensal) 
 Amitraz também é eficaz,mas é 
muito perigoso (pode ate 
levar ao óbito) 
Sistêmico 
 Ivermectina (0,2-0,4mg/Kg PO q 7d) 
 Sarolaner (2ª4 mg/Kg PO q 30d) 
Fluralaner, Afoxolaner (uso extrabula) 
Também tratar animais que convivem juntos dos 
contactantes e o ambiente 
Sarna Demodécica 
Parasitam o folículo piloso ou Gls (piloso ou sebácea) 
Demodex canis= folicular do cão 
Demodex cati= folicular do gato 
 
PADRÃO LESIONAL 
ácaros não escavadores (no geral não causam prurido) 
Gatos: são raros. Geralmente devido a imunossupressão 
(identificar a causa base) 
Causam alopecia, comedos e 
prurido dependendo do ácaro 
 
Cães: ” transmissão vertical”→ transmitem 
geneticamente a debilidade imunologia contra este 
acaro que vive na pele (indicado castrar) 
Forma juvenil: início de 4 meses a 1 ano de idade 
Recidiva após tratamento se não for controlada a causa 
base 
PADRÃO LESIONAL 
Queda de pelo, rarefação pilosa e alopecia 
Eritema, alopecia e comedos (sem erosão e prurido) 
Se romper o folículo piloso pode ocorrer inflamação, 
edema, eritema, crosta melicérica (animal com prurido 
pode causar erosão) 
DIAGNÓSTICO 
Pesquisa de ácaros/ parasitológico cutâneo 
 Fita adesiva com beliscamento 
 Raspado profundo com lamina de bisturi a 45° 
 Tricograma 
 Histopatologia 
TRATAMENTO 
 Forma localizada (ate 5 lesões) pode haver remissão 
espontânea (Aa) 
 Forma generalizada (cabeça, extremidade, 
dorsolombar...) remissão somente com tratamento 
 Parar de medicar somente após 2 exames negativos 
em intervalo de 30d entre eles 
 Acompanhar com exames q 3-4 meses 
 Alta após 1 ano sem medicar 
Acaricida Sistêmico 
Ivermectina (0,3-0,6mg/kg PO sid) 
✓ Não para portadores do gene ABCB1 
✓ Sempre começar com dose menores 
✓ 90% eficácia 
Sarolaner (2-4mg/kg PO q 30ds) 
✓ Indicação em bula 
✓ Seguro em portadores do gene ABCB1 
Afoxolaner (2,5mg/kg PO q 30ds) 
✓ Uso extrabula 
Fluralaner (25mg/kg PO q 90ds) 
✓ Uso extrabula 
✓ Seguro em portadores do gene ABCB1 
outros: doramectina (não pode ABCB1); moxidectina (o 
pour on tem eficácia controversa) 
Quando o animal tiver cura clinica, tem que repetir o 
teste. Dando + tem que tratar e testar pós 30 dias. Dando 
negativo, retestar em + 15 dias, dando negativo, retestar 
em 15 dias. (3 negativos = alta) 
Cão curado sempre será portador, pode haver uma 
Recidiva. (tratar doença de base) 
 
Sarna Otodécica 
Sinonímias: Otocaríase 
Agente etiológico: Otodectes cynotis 
MUITO CONTAGIOSA→ transmissão direta 
Afeta principalmente filhotes e gatos jovens (25% das 
dermatopatias felinas) 
Cães e humanos também são acometidos 
Habitat: canal auditivo externo, se alimentam de 
cerúmen, ficam na superfície da epiderme, não escavam 
galerias. Formas jovens pode ser encontrada fora dos 
condutos auditivos 
 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
Causam irritação mecânica e química/ hipersensibilidade 
em alérgicos 
 Otite bilateral eritemato-ceruminosa 
 Cerumen excessivo e escuro 
 Prurido intenso 
 Otohematomas 
 Escoriações/erosões retro- auriculares 
 Dermatite miliar 
DIAGNÓSTICO 
Otoscopia 
Parasitológico do cerúmen/cutâneo 
Gatos podem ser assintomáticos! 
Diagnostico diferencial: Outras causas de otite externa 
(alergopatias, otite levedúrica/ bacteriana, outros 
ectoparasitas) 
TRATAMENTO 
Ceruminolítico (se estiver com muito cerúmen) Ex: 
phisioantiodor ou Limp&Trat Preencher os 
condutos auditivos e massagear a face lateral 
No domicílio: 2X ao dia por 3-7dias 
No consultório 3 a 4 vexes e conferir com otoscopia 
Considerar: a colaboração do animal, quantidade de 
cerúmen existente 
Outros: Acaricidas otológicos (tiabendaz, não associar no 
mesmo dia com o ceruminolítico) 
Tiabendazol, diazinon, fipronil solução otológica... 
Acaricida pour on 
Selamectina (uso tópico mensal) Fipronil 
(uso tópico mensal Moxidectina (uso 
tópico mensal) 
Acaricida sistêmico 
Ivermectina (0,2-0,4mg/Kg q 7d x 2-4 semanas) 
Sarolaner (2-4mg/Kg PO 1 30-35d) 
Afoxolaner, fluranlaner... 
 
 
Fluidoterapia 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Volume sanguíneo normal: 
 cão: 77 a 78 mL/kg (8 a 9% do peso) 
 gato: 62 a 66 mL/kg (6 a 7% do peso) 
Hipovolemia é diferente de desidratação!! 
Elas podem ocorrer simultaneamente, mas primeiro 
deve-se repor o volume e depois corrigir a desidratação 
 
HIPOVOLEMIA 
É a diminuição do volume vascular circulante. 
(secundaria a vasodilatação ou perda de volume do 
espaço vascular) 
Sinais clínicos 
 Aumento da FC 
 Pulso fraco 
 Mucosas pálidas 
 Baixa pressão sistêmica 
 Aumento TPC 
 Baixa temperatura das extremidades 
Deve ser corrigida imediatamente para aumentar a 
pressão e depois reidratar. Pode-se administrar 1⁄4 do 
volume e reavaliar 
Gatos→ bolus 40-50 ml/kg em 1 ou 2 horas 
Cães→ 90ml/kg em 1 e 2 horas 
 
DESIDRATAÇÃO 
Perda de fluido corporal que excede a ingestão (perda de 
líquido intracelular, intersticial, intravascular..) 
Causas: Consumo insuficiente de água, perda excessiva 
de fluidos (vômito, diarreia, sudorese excessiva, poliúria 
sem polidipsia compensatória, hiperventilação, 
hemorragias..) 
Sinais clínicos: Aumento turgor cutâneo, mucosas e 
córnea secas, enoftalmia, diminuição borborigmas, 
depressão, fezes secas... 
 
 
 
 
Perdas de água corporal 
Perdas imperceptíveis: ocorrem pelo trato respiratório 
durante a respiração, ou perdas pelo suor. (são perdas 
hipotônicas, ou seja, próxima a água pura) 
O que aumentam as perdas imperceptíveis? O 
aumento da temperatura corporal, 
hiperventilação, febre e atividades físicas 
Perdas perceptíveis: são de fácil detecção e mensuração 
(são perdas isotônicas, ou seja, perdem de eletrólitos) 
ocorrem através do trato urinário e gastrointestinal. 
(Vômito, diarreia, hemorragia e poliúria) 
 
➔ Uma perda hipotônica resulta em desidratação 
hipertônica 
➔ Uma perda isotônica resulta em desidratação 
hipotônica. 
 
 
Fluidoterapia 
É um tratamento de suporte, deve-se diagnosticar e 
tratar a causa base 
 
INDICAÇÕES 
Repor déficit de volume intravascular; Repor o volume 
de fluído intersticial (desidratação) 
Manter volume de fluídos e eletrólitos em pacientes que 
não estão consumindo quantidades suficientes de fluídos 
Repor perdas devido a vômitos, diarreias, pneumonias, 
queimaduras, feridas extensas e acúmulo de fluído em 
“terceiro espaço” (ascite, efusão plural) 
 
 
Como diferenciar desidratação de hipovolemia 
Indicam desidratação (avaliar conteúdo líquido 
intersticial) 
 Elasticidade cutânea 
 Posição globo ocular (enoftalmia) 
 Umidade das membranas mucosas 
 
Indicam hipovolemia (avaliar perfusão tecidual) 
 + TPC 
 + FC 
 - temperatura 
 - pressão arterial (PA sist. < 80mmHg) 
 Coloração das mucosas 
 Estado mental 
 
 
 
Exames Laboratoriais (obter valores antes e depois para 
acompanhar a evolução do quadro clínico) 
 Hematócrito: 
 Proteínas totais 
 Densidade urinária 
 Ureia e creatinina 
 
 
Pesagem seriada 
 Excelente avaliação 
 Depende de peso anterior 
 Exceção: efusões (torácicas, abdominal) 
 
TIPOS DE FLUIDOS E CLASSIFICAÇÕES 
FUNÇÃO PRETENDIDA 
 Fluido de reposição→(mais usados) semelhante 
ao plasma, porém com menos K e sem proteína; 
substitui eletrólitos e minerais perdido; 
Normalmente são soluções isotônicas 
 Fluidos de manutenção→ Metade da 
composição de sódio e cloreto e o dobro da 
concentração de potássio + 5% de glicose 
 
OSMOLARIDADE OU TONICIDADE 
 Hipotônicas→ menor osmolaridade 
que o plasma; fluidos de manutenção 
 Isotônicas→ Osmolaridade igualao plasma; Fluidos de reposição 
 Hipertônicas→ Maior osmolaridade 
que o plasma - NaCl 7,5% 
 
TAMANHO MOLECULAR E PERMEABILIDADE 
 Coloides→ alto peso molecular; custo elevado; 
Mais eficazes na emergência (hipovolemia, 
hipotensão, choque) e hipoproteinemia severa; 
Devem ser administrados com cristaloides 
 Cristaloides→ (mais usados, mais baratos) 
Primeira escolha; Solução à base de água (Ringer 
Lactato, Ringer Simples, NaCl 0,9%, etc..) 
 
Ringer Lactato→ exceções 
1. Problemas com potássio 
(Hipoadrenocorticismo; Obstrução uretral; 
Doença renal aguda; Doença renal crônica 
terminal) 
2. Problemas com lactato (algumas Neoplasias; 
Hepatopatias graves) 
3. Problemas com pH (Vômito de conteúdo 
estomacal -quantidade grande de vômito- ver se 
a alcalose é significativa) 
4. Transfusões sanguíneas e hemoderivados 
(Precipitação do cálcio com o anticoagulante 
CPDA. Formação de coágulos) 
% DESIDRATAÇÃO SINAIS 
< 5 % Não detectável 
5 a 6 % Ligeira perda da elasticidade 
da pele 
 6 a 8 % Demora definida no retorno 
da pele; Ligeiro aumento da 
TPC; Olhos podem estar 
fundos na órbita; 
Membranas mucosas podem 
estar ressecadas 
8 a 10 % Agravamento dos sinais 
anteriores 
10 a 12 % Pele distendida permanece, 
mucosas secas 
TPC 
Olhos fundos nas órbitas 
Possíveis sinais de choque 
ex: Hipotensão, taquicardia 
> 12% Sinais de choque , alteração 
do estado mental; Morte 
iminente 
 
Ringer Simples 
 Acidificante leve 
 Ideal nas alcaloses metabólicas 
 
NaCl 0,9% 
 Utilizado quando o RL ou RS não forem a 
primeira escolha. Não possui nenhuma 
vantagem para o RS 
 Não é uma solução balanceada 
 Indicações: É acidificadora (indicada para 
pacientes com alcalose); Hipoadrenocorticismo 
(aumentar reposição de sódio) Insuficiência 
renal oligúrica ou anúrica (pois evita retenção de 
potássio); Hipercalcemia (pois não contém 
cálcio) 
 
Glicofisiológica 
• Solução de glicose 5% em NaCl 0,9% 
• Semelhante à fisiológica, porém com maior 
osmolalidade e pH 4,0. 
• Para administração de medicamentos 
 
Hipertônica NaCl 7,5% 
• Expansor plasmático 
• Indicação: hipovolemia, choque 
• Contraindicação: desidratação severa com 
hipernatremia e/ou hiperosmolalidade 
• Efeitos: Aumento da FC; Vasodilatação pulmonar 
e sistêmica; Manutenção do fluxo sanguíneo nos 
órgãos vitais. 
 
 
ADITIVOS 
Glicose 
 Para Hipoglicemia: Glicose 50 % : 1 mL/kg IV 
 Para estímulo da diurese: Glicose 20 %: 22 a 66 
ml/kg (ou 0,5-1 g/kg) em 20 min 
 
Cloreto de potássio (KCl 19,1%) 
 Não usar em pacientes: Hipercalêmicos; Choque 
(Hipocalemia é comum); Fraqueza muscular, 
ventroflexão cabeça, arritmias 
 
Potássio 
 Indicação: Vômitos, Diarréia, Anorexia 
 Usar sempre que possível - Todo paciente em 
fuidoterapia que não apresentem hipercalemia 
devem ser suplementados com K. 
KCl: manutenção fisiológica: 15 - 30 mEq por LITRO 
 
 
 
CÁLCULO FLUIDOTERAPIA 
 
Dividida em 3 etapas, que somadas indicam a fluido em 
24 horas, ou seja 
 
 
Etapa 1) Reidratação 
 
Quantidade (mL)= % desidratação x 10 x peso (kg) 
 
Definir tempo de reposição: de 4h a 24h 
Perda aguda→ reposição rápida com atenção!! 
Perda crônica→ reposição lenta 
➢ 12-24h para cães 
➢ Até 36 horas para gatos 
 
 
 
 
 
1- Reidratação 1 + 2 + 3 = 
2- Manutenção fluidoterapia 
3- Perdas atuais para 24 horas 
Etapa 2) Manutenção 
Balanço de fluido no organismo 
 
 Quantidade (mL) x peso (definido em 24h) 
 
 
 → 40-50 ml/kg/dia ou 2-6ml/kg/h 
 
 → 50-60 ml/kg/dia ou 1-2ml/kg/h 
 
Neonatos= 90mL/Kg/dia 
 
Etapa 3) Perdas atuais 
Quantidade (mL) = reposição estimada das perdas na 
internação 
Vômito adicionar 2,5mL/Kg/episodio 
Diarreia adicionar 5mL/Kg/episodio 
Para casos de vômito + diarréia graves (ex.: parvovirose) 
pode-se estimar um volume de perda DE ATÉ 5 % do 
peso (50mL/Kg/24h) ou 2ml mL/Kg/hora 
 
 
CÁLCULO VELOCIDADE 
 
 
 
 
 
 
 Macrogotas Microgotas 
 (20 gotas/mL) (60 gotas/mL) 
 
 
Vias de administração 
 Oral/enteral 
 Intravenosa 
 Intraóssea 
 Subcutânea (Grandes quantidades de fluido (10-
20ml/kg/local) pode ser de uso domiciliar 
✓ Não utilizar em casos de hipovolemia 
✓ Não utilizar soluções hipertônicas/irritantes 
✓ Não usar glicose com concentração maior 
que 5% 
 Intraperitoneal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gotas/min = Volume em mL X gotas/ml 
 Tempo (em min) 
 
Transfusão Sanguínea 
 
Volume de sangue total Pode doar 
 Cães: 80ml/kg 13-20ml/kg 
 Gatos; 70ml/kg 10-15ml/kg 
 
 
 
 
Definição: procedimento pelo qual realiza a 
transferência do sangue total ou dos produtos 
sanguíneos de um indivíduo doador para um indivíduo 
receptor. (é um tratamento suporte) 
Objetivo: Aumentar a capacidade do sangue em 
transportar oxigênio, restauração de volume 
sanguíneo, reposição de proteínas plasmáticas 
(albumina), correção de distúrbios da coagulação. 
A anemia geralmente é sempre secundária a alguma 
doença, com isso, deve-se sempre diagnosticar e tratar 
a causa base que levou a necessidade da transfusão 
Sempre avaliar os riscos e benefícios para cada 
paciente (Pode ocorrer: Sobrecarga de volume, 
distúrbios eletrolíticos e transmissão de infecções com 
fluidos contaminados 
Doador 
Animal pode doar: 
 
 
 
 
 25kg (doa 450ml de sangue) = 1 bolsa de sangue 
 
 4kg (doa 50ml de sangue) 
 
COMO ESCOLHER UM DOADOR? 
 
 
 Idade: 1 a 8 anos Idade 1 a 8 anos 
 Peso: > 25kg Peso: > 4kg 
 Ht: > 40% Ht: > 30% 
 Frequência→ a cada 4 a 6 semanas 
 
 
 
 
 
COMO COLETAR NO CÃO 
 Deve ser feito com um sistema fechado 
 Local: Jugular ou veia periférica em cães de 
grande porte 
 Antes: Realizar Tricotomia, antissepsia, 
garroteamento 
 Retirada do sangue leva aproximadamente 7 a 
10 min 
 Deve-se realizar a movimentação da bolsa 
 Compressão local após a colheita 
 
COMO COLETAR NO GATO 
 Deve-se ser feito com um sistema aberto 
 Local: jugular ou vaso periférico (femoral 
interna) 
 Coleta em seringas com anticoagulante 
✓ 1mL anti-coagulante (heparina ou CPDA) / 
4mL sangue 
 Antes: realizar a tricotomia, antissepsia e 
garroteamento 
 Compressão local após a coleta 
 Sedação se necessário 
✓ butorfanol (0,1 a 0,2 mg/kg) ou associar 
cetamina (2 a 4 mg/kg) e diazepam (0,1 a 0,2 
mg/kg) 
Receptor 
Quando receber? 
 Animais anêmicos com sintomatologia 
(fraqueza, ataxia, dispneia) 
 Ht < 20% no cão e <15% no gato (queda 
rápida/hemorragias) + Sinais clínicos 
 Coagulopatia 
 Trombocitopenia 
 Hipoproteinemia 
 Hipovolemia 
 
mL sangue= peso receptor x 90(cães)/70(gatos) x (Ht desejado – Ht receptor) 
 Ht doador 
Cálculo Volume 
Objetivo: (estabelecer mínimo de) 
 
 
 
 
Exercício: Cão , macho , 8kg, HT = 12 / HT doador = 45 
Resposta: Vt= 8kg x 90 x (30 – 12) = 288ml de sangue 
 45 
 
COMO TRANSFUNDIR SANGUE TOTAL 
Velocidade 
 30 minutos iniciais: 0,25-0,5 mL/kg/h 
 Em seguida: 10-20 mL/kg/h 
 2 - 4 mL/kg/h – nefropatas e cardiopatas 
 
Checar parâmetros vitais a cada 5-10 minutos 
 
Grupos Sanguíneos 
CÃES (sistema DEA) 
 Ausência de aloanticorpos naturais (Exceto para os 
tipos 3, 5 e 7) 
 Não se espera reação hemolítica aguda na primeiratransfusão. Já a chance durante a segunda 
transfusão é alta 
DEA 1→ podem apresentar quatro fenótipos diferentes 
(DEA 1.1, DEA 1.2, DEA 1.3 ou DEA nulo) sendo 
positivos (+) ou negativos (-), positividade para o 
fenótipo indica presença do antígeno em questão, 
negatividade indica ausência do antígeno. As chances de 
reações na 1ª transfusão são baixas e na 2ª são grandes. 
Em geral, os cães das raças Rotweiller, Labrador e 
Golden Retrievers tendem a ser positivos para o grupo 
DEA 1 
Cães das raças Pastor-alemão e Greyhound são, na 
maioria, DEA1-negativos. 
GATOS 
existem 3 grupos sanguíneos→ A, B e AB. 
Mais prevalente = tipo A (principalmente em SRD) 
Todos apresentam algum dos antígenos e 
todos eles induzem reações transfusionais. Os 
anticorpos estão presentes naturalmente nos 
gatos a partir dos dois meses de vida ( eles não 
necessitam de uma exposição prévia a 
antígenos para se formarem, diferentemente 
do cão) 
 
TESTES DE COMPATIBILIDADE 
Obrigatório a partir da 2ª transfusão nos cães e na 1ª em 
gatos 
Incompatibilidade leva a aglutinação ou hemólise 
Tipagem sanguínea→ identifica os antígenos presentes 
nas hemácias do paciente, Porém não detecta os 
anticorpos presentes entre o paciente e o doador, o que 
será determinado pelo teste de compatibilidade. 
Teste de compatibilidade→ detecta anticorpos. 
Resultado compatível não significa que o doador e o 
receptor possuem o mesmo tipo sanguíneo. Indica que 
não foram detectados anticorpos no soro do receptor 
contra as hemácias do doador 
Reações transfusionais 
Imunológicas e não-imunológicas, podem ser agudas ou 
tardias 
Hemolitica imediata 
 Incompatibilidade receptor x doador 
 Destruição hemácias: 12h 
 Raro em cães na primeira transfusão 
 Sinais: inquietação, tremores, febre, vômito, 
salivação, taquipnéia, taqui/bradicardia, convulsão, 
hipotensão, falência renal (Hemoglobinúria). 
 Tratamento: interromper a transfusão, 
glicocorticóides e fluidoterapia. 
 
 
 
Hemolítica tardia 
 Produção de Acs→ Após 3 a 5 dias 
 Sinais: febre, anorexia, icterícia, hemorragias , 
petéquias. 
 Tratamento: sintomático – “retratar” a anemia 
Hipersensibiladade aguda 
 Surgem nos primeiros minutos e até 24h após 
 Sinais: Urticária, angioedema, prurido, eritema, 
êmese, dispneia, broncoconstrição e choque 
 Tratamento: reduzir a velocidade da infusão e 
administrar anti-histamínicos e/ou 
dexametasona. Casos graves, suspender a 
transfusão e medicar. 
 Pode retornar a transfusão após controle dos 
sinais se forem leves 
Não-imunológicas 
Contaminação bacteriana 
 Sinais: tremores, inquietação, febre, dispneia, 
prostração, hipotensão, choque 
 Tratamento: Parar transfusão, Fluido + atb 
amplo espectro, Cultura e antibiograma 
Sobrecarga vascular 
 Sinais: tosse, dispneia (edema pulmonar). 
 Tratamento: interromper transfusão e 
administrar diuréticos 
Toxicidade pelo citrato 
 
 
PRODUTOS DO SANGUE/ QUAIS 
INDICAÇÕES? 
 
SANGUE FRESCO TOTAL 
 Anemia, Hipovolemia, anemia com alterações 
hemostáticas 
 
SANGUE TOTAL ESTOCADO 
 Anemia e hipovolemia 
 
CONCENTRADO DE HEMACIAS (PAPA DE 
HEMACIAS) 
 Para pacientes anêmicos, normovolêmicos 
 Bom para cardiopatas, nefropatas 
 Anemia crônica 
 
PLASMA CONGELADO 
 obtido pela centrifugação do sangue total 
 Indicado para pacientes com hipoproteinemia e 
hipoglobulinemia 
 
CONCENTRADO DE PLAQUETAS 
 Centrifugação do plasma 
 Sobrenadante (plasma rico em 
plaquetas) 
 Seu uso deve ser imediato 
 Pacientes com trombocitopenia 
 Menor risco de reação, menor volume 
 
CRIOPRECIPITADO 
 obtido pelo descongelamento lento do plasma 
fresco congelado 
 indicado para pacientes com hemofilia ou 
doença de Von Willebrand 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doenças do Sistema Respiratório 
 
 
 
 
 
 
Vias Aéreas Anteriores (Porção condutora) 
 Cavidade nasal, laringe, faringe, traqueia 
 Vias Aéreas Posteriores (Porção respiratória) 
 Brônquios 
 Pulmão (bronquíolos, alvéolos) 
 Sacos pleurais 
Doenças do trato respiratório anterior 
Cavidades e seios nasais 
 Complexo respiratório felino 
 Aspergilose 
 Esporotricose 
 Criptococose 
Faringe e laringe 
 Espirro reverso 
 Paralisia de laringe pólipos nasofaringeos 
Tarqueia e brônquios 
 Colapso de traqueia 
 Tosse dos canis 
Doenças de vias aéreas posteriores 
 Pneumonia 
Doenças bronquiais 
 Doença bronquial 
 
 
 
Complexo Respiratório 
Felino 
Doença que envolve múltiplos agentes etiológicos. (na 
maioria dos casos, esta ligada a 1 ou mais agentes) 
✓ Herpesvírus I- Rinotraqueíte viral Felina 
✓ Calicivírus - Calicivirose 
✓ Chamydophila felis 
✓ Bordetella bronchiseptica 
✓ Mycoplasma sp. 
Causa uma doença respiratória e ocular 
Transmissão→ aglomeração; abrigos; resgate 
Herpesvírus I- Rinotraqueíte Felina 
O herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1) é um DNA vírus (fita 
dupla) envelopado 
Causa infecção aguda principalmente no epitélio nasal, 
traqueal e conjuntiva 
Predisposição 
 Filhotes e animais jovens que vivem aglomerados 
 Stress/imunossupressão (FIV/FELV) 
Transmissão 
 Secreções nasais, orofaríngeas e oculares 
 Contaminação ambiental: gatis e abrigos= fômites 
 Transmissão horizontal: contato entre gatos 
 Filhotes: contato materno, lactação e parto 
 
Aproximadamente 90% dos animais que sofreram 
infecção herpética tornam-se carreadores do vírus por 
toda a vida. Quando ocorre a reativação viral, o animal vai 
apresentar manifestação clinica 
✓ Pode ser induzida por estresse, 
prenhez/lactação, mudança de hábitos/rotina, 
introdução de um novo gato ou uso de 
corticóides. 
 
Calicivírus Felino 
O calicivírus felino (FCV) é um RNA vírus (fita simples), 
não envelopado (com predisposição a mutação) que 
causa a Calicevirose Felina que é extremamente 
contagiosa 
Transmissão→ Através de secreções orofaríngeas 
Resistência no ambiente: sensível ao hipoclorito de sódio 
Chlamydia felis- Clamidiose 
é uma bactéria gram-negativa, parasita intracelular 
obrigatório, com predileção por epitélio conjuntival 
➢ Principal causadora de conjuntivite em gatos 
Bordetella bronchiseptica 
Bactéria com potencial zoonótico 
Pode causar pneumonia em animais muito jovens 
Mycoplasma felis- Micoplasmose 
Bactérias do gênero Mycoplasma Participação como 
patógenos secundários, oportunistas. 
 A Mycoplasma felis foi correlacionada com conjuntivite 
e rinite em felinos. 
 
SINAIS CLINICOS DO COMPLEXO RESP. 
FELINO 
 Febre 
 Espirros 
 Secreção nasal e ocular (serosa e/ou purulenta) 
 Anorexia 
 Desidratação 
 Herpesvirus: úlcera de córnea, aborto, morte 
neonatal 
 Clamidia: secreção ocular 
 Bordetella: tosse, pneumonia 
 
DIAGNOSTICO 
 (Anamnese/ Exame Físico) 
 PCR (exame de eleição/possui maior 
sensibilidade) 
 Secreção nasal ou orofaríngea (nos casos de 
herpesvirose, Bordetella ou micoplasmose) 
 Secreção conjuntival e membrana conjuntival 
(no caso de clamidiose), cavidade oral (no caso 
da calicivirose). 
 Resultados positivos em um animal 
assintomático não o classifica como doente, e 
sim como portador/carreador. 
 
TRATAMENTO 
Suspeita de bacteriana secundária por B. bronchiseptica 
e Mycoplasma spp, Chlamydia felis 
 Doxiciclina→ antibiótico de eleição 
o 5mg/kg Bid ou 10mg/kg SID 
o Oferecer agua ou alimento após administração 
para evitar esofagite 
 Antiviral famciclovir (em casos de infecção herpética 
aguda) 
o dose de 62,5 – 125 mg/gato SID a TID 
Em animais com muita secreção nasal realizar a limpeza 
das secreções e nebulização – Solução fisiológica 
 Mucolíticos, como a N-acetilcisteína ou a bromexina 
também podem ser utilizados 
o Não usar acetilcisteína nebulização→ causa 
broncoespasmo 
 Imunomoduladores 
o Interferon 30 U/gato vo sid 
o Lisina 250mg/gato vo bid Tratamento oftálmico –Tetraciclina 1% - quid 
o Clorafenicol 
o Tobramicina 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
Evitar saídas 
Aglomeração 
Vacinação 
o Não previne estado portador 
o Diminui sinais clínicos 
o Não previne infecção 
TRÍPLICE→ Panleucopenia, Herpesvirose, Calicivirose 
 QUÁDRUPLA→ Panleucopenia, Herpesvirose, 
Calicivirose, Clamidiose 
QUÍNTUPLA→ Panleucopenia, Rinotraqueíte, 
Calicivirose, Clamidiose e Leucemia 
 
Aspergilose 
Infecção Fúngica atinge cavidade nasal e seios frontais 
Comum em cães Mesatilo e dolicocefálicos. Raro em 
gatos 
 
Animal com aspergilose animal sadio 
 
SINAIS CLINICOS 
 Secreção nasal mucopurulenta (uni ou bilateral) 
 Espirros 
 Dor 
 Epistaxe 
 Hiporexia 
 Letargia 
 Despigmentação nasal 
 Ulceração nasal 
 Deformidade da face (em casos crônicos) 
 
DIAGNÓSTICO 
Histórico e exame físico (avaliar se o animal apresenta 
dor, assimetria...) 
Biópsia / citologia / Histopatologia 
 Cultura 
o Pouco recomendada 
o Aspergillus (flora endógena) 
o Pode ser mascarado pelo crescimento 
bacteriano secundário 
Imagem: raio-x (sugestivo) – aumento 
radiotransparência lise óssea 
TC, rinoscopia (observação de placas fúngicas) 
 
TRATAMENTO 
Antifúngico sistêmico 
 Itraconazol 5 mg/kg/BID/PO (~2 meses) 
o Melhor resposta (60-70%) 
o Hepatotóxico – monitorar 
o $$ 
Antifúngico tópico 
 Clotrimazol 
o Melhor resposta 
o infusão nasal com animal anestesiado 
o Repetir se não melhorar em 2 semanas 
 
Esporotricose 
Mais frequente em gatos 
Cães – Somente manifestação cutânea 
Endêmico RJ 
HABITAT 
 Presentes em: 
 Solo 
 Água 
 Material orgânico 
 Matéria em Decomposição 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 Sem predisposição racial 
 Adultos jovens 
 Machos inteiros (por conta de brigas) 
 Livres ou semi-confinados 
 
TRANSMISSÃO 
 Traumas – Arranhão, mordedura – Inoculação do 
conidióforo 
 Gatos machos mais acometidos 
 Alto potencial zoonótico 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
 Lesões na cabeça, membros e cauda 
 Podem ser encontradas no corpo todo 
 Sistêmico (pode afetar os órgãos internos dos 
animais e desenvolver como por ex: pneumonia 
fúngica) 
 Inespecífico (nem sempre o quadro vai ser o 
esperado, ex: o gato pode iniciar os sintomas 
 
Sinais clínicos 
 Lesões nodulares crostosas – Todo o corpo 
 Espirros 
 Secreção nasal (serosa – mucopurulenta) 
 Anorexia 
 Perda de peso 
 Deformidade facial 
 Ulceração mucosa 
 
DIAGNÓSTICO 
Gatos (mais fácil o diagnóstico) 
 Citologia – Lesões em grande quantidade de 
microrganismos – Macrófagos neutrófilos 
 Cultura – Eleição (exsudato lesão, secreção nasal) 
 Biópsia 
 Histopatologia 
TRATAMENTO 
 Itraconazol- 100mg/ gato sid – 1 a 6 meses 
 Iodeto de potássio - 2 – 20 mg/kg sid 
Manter 1 mês após cura clínica 
Acompanhar enzimas hepáticas 
 
Criptococose 
Maior prevalência em gatos que cães 
Causada pelo Cryptococcus neoformans 
Cavidade nasal / Seios paranasais 
Na pele, observação de lesões únicas ou múltiplas 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL 
 Rinite bacteriana/viral/linfoplasmocítica 
 Neoplasia 
 Doença dental 
 Pólipo nasofaríngeo 
 Corpo estranho 
 Micoses nasais 
TRANSMISSAO 
 Inalação da levedura no ambiente 
 C. Neoformans encontrado em fezes de pombos e 
transmitida por aerossol 
 Imunodepressão? 
 FIV/FELV 
SINAIS CLINICOS 
 Espirros 
 Secreção nasal (serosa/mucopurulenta) 
 Anorexia 
 Perda de peso 
 Deformidade facial 
 Ulceração mucosa 
DIAGNÓSTICO 
 Identificação do microrganismo– Citologia (swab 
nasal, exsudato pele, exsudato sub retinal) 
 Biópsia 
 Cultura? Flora endógena assintomáticos 
 Histopatologia - (Suspeita clinica – Diag neg ) 
 Punção LCR – Sintomatologia Neurológica 
TRATAMENTO 
Antifúngico sistêmico 
 Fluconazol - 50 mg/gato BID (2-6 meses) 
o Efeitos colaterais: aumento da ALT, anorexia 
 Itraconazol - 50 – 100 mg/gato SID (2-8 meses) 
o Efeitos colaterais: aumento de ALT, anorexia, 
perda de peso 
 
Tumores Nasais 
Malignos 
✓ Adenocarcinoma 
✓ Carcinoma de células escamosas 
✓ Carcinoma indiferenciado 
✓ Fibrossarcoma 
✓ Linfoma 
Benignos 
✓ Adenomas 
✓ Fibromas 
✓ Papilomas 
✓ TVT (Cães) 
Carcinoma de células escamosas 
 Alta prevalência em cães e gatos (pelos brancos) 
 Induzida por exposição solar (raios ultravioleta) 
 Cavidade nasal e oral – agressivos e metastáticos 
Diagnóstico 
 Predisposição: idade 
 Ex físico – massa, deformidade 
 Radiografia/Tomografia 
 Aspirado agulha fina 
 Rinoscopia + biópsia 
Tratamento 
Benignos 
 excisão cirúrgica 
Malignos 
 excisão cirúrgica + 
 radioterapia/ quimioterapia / terapia/ 
fotodinâmica 
 
Espirro Reverso 
 Inspiração forçada paroxística, sonora 
 Irritação nasofaríngea → idiopático 
➢ Acomete principalmente raças de pequeno porte 
 Auto-limitante 
 
 
Paralisia de Laringe 
É a falha na abdução das cartilagens aritenoides durante 
a inspiração 
ETIOLOGIA 
 Idiopática: (Cães de porte médio a grande, cães 
idosos de grande porte e cães braquicefálicos) 
 Trauma, neoplasia (inervação) 
 Congênita (Husky, Bullterrier, Bouvier, Labrador.. 
Todas as raças) 
SINAIS CLÍNICOS 
 Mudança no tom ou volume do latido 
 Dispneia inspiratória obstrutiva 
 Respiração ruidosa 
 Cianose 
 Edema pulmonar agudo 
 Disfagia 
 Pneumonia 
DIAGNOSTICO 
 Laringoscopia (eleição) para avaliar o movimento 
das aritenódes 
o Realizado com anestesia (agente de curta 
duração sem perda do tônus) 
o Propofol 
o Para estimulação- pode-se utilizar Dopram 
1mg/kg IV 
Início 15 a 20” 
Duração 2 minutos 
Abdução→ ocorre durante a inspiração 
Adução→ocorre durante a expiração 
A paralisia de laringe pode levar a um colapso de laringe!!! 
 
TRATAMENTO 
 Se o animal estiver em angústia respiratória→ 
emergência 
 Cirurgia→ técnica de lateralização aritenoide 
unilateral 
 Tratamento Paliativo→ Prednisona dose 
antinflamatoria 
 
 
Pólipos Nasofaríngeos 
 
 
 
 
 
 
É uma massa benigna fibrosa polipoide 
Tem Origem na Tuba auditiva (Eustáquio) 
Acomete filhotes de gatos e gatos adultos jovens 
Origem ➔ ainda desconhecida 
Diferencial→ neoplasia 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 Dispneia inspiratória obstrutiva (devido a obstrução 
das vias aeras superiores) 
 Corrimento nasal seroso/mucopurulento 
 Sinais de otite externa ou média/interna 
 
DIAGNÓSTICO 
 RX→ observar opacificação acima do palato 
mole/otite 
o Visualização da massa- nasofaringe/ cavidade 
nasal/ canal auricular externo 
 Rinoscopia/otoscopia 
 Diagnostico definitivo→ através da histologia (biópsia) 
 
TRATAMENTO 
 excisão cirúrgica 
Prognóstico→ Excelente 
 
 
Colapso de traqueia 
É uma doença degenerativa e progressiva com etiologia 
pouco esclarecida (pode ser hereditária/devido a 
doenças respiratórias crônicas/ obesidade) 
 
PREDISPOSIÇÃO 
cães de raças “toy” e miniatura (atualmente, 
principalmente spitz alemão) 
todas as idades, principalmente cães de meia idade 
 
LOCALIZAÇÃO DO COLAPSO 
 O colapso pode ter localização extratorácica 
(vermelho) ou intratorácica (verde) 
 
 
 
COMO DIFERENCIAR? 
Colapso de traqueia- Extratorácica 
Durante a inspiração, o fluxo e a pressão do ar vão ser 
maior na traqueia extratorácica (fora do tórax), com isso, 
a inspiração leva ao colapso cervical. 
Colapso de traqueia- intratorácica 
Durante a expiração, o fluxo e a pressão do ar vão ser 
maior na traqueia intratorácica (dentro do tórax), com 
isso, a expiração leva ao colapso intratorácico. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 
SINAIS CLINICOS 
Inicialmente o animal é assintomático--> progressiva e 
degenerativa 
 Intolerância ao exercício 
 Cianose 
 Dispneia inspiratória/expiratória 
 Tosse alta seca- culminando no engasgo 
 
DIAGNÓSTICO 
Anamnese + sinais clínicos + exame físico 
 Raça predisposta 
 Tosse progressiva Intolerância ao exercício 
 Dispneia 
 Ausculta traqueal→ estridor insp/expiratório 
 Reflexo de tosse → sensibilidade traqueal 
 
Diagnostico→ RX 
 Exame de triagem 
 Feito sem anestesia 
 Pode ser ou não conclusivo 
 Diminuição traqueal sentido dorso-ventral 
Cervical → momento da inspiração 
Torácica→ expiração 
 Realizar radiografias laterais inspiratórias e expiratórias 
➔ Posição tangencial: boa visualização da traqueia 
e melhor para tentar classificar o grau do colapso 
 
 
 
 
Diagnostico→ Traqueoscopia/ Traqueobroncoscopia 
 Exame de eleição 
 Há visualização direta por vídeo (avalia-se o aspecto, 
diâmetro e a movimentação da membrana) 
 Feito com o paciente anestesiado 
 
Visualização da 
traqueia normal 
 
 
 
Visualização da 
traqueia com colapso 
 
 
 
TRATAMENTO 
Pode ser clínico (dependendo do grau) ou cirúrgico 
 Clínico: em animais com sintomatologia leve; 
colapso traqueal de grau 1 e 2 (redução de menos de 
50% do lúmem traqueal) 
 Cirúrgico: em animais com sintomatologia moderada 
a grave e colapso traqueal de grau 3 e 4; e que não 
respondem ao tratamento medicamentoso (redução 
de mais de 50% do lumem traqueal) 
 
Tratamento→ clínico 
Sintomático e paliativo (Não curativo!) através de 
associação de medicamentos 
 Glicocorticóides –AIE 
o Redução da inflamação e edema de traqueia 
o Prednisona / Prednisolona – 0,5 – 1mg/kg 
 Supressores da tosse 
o Apenas quando houver ausência de secreção 
o Codeína 1-2 mg/kg cd 8-12h 
o Butorfanol 0,05 – 0,3 mg/kg cd 8-12h (cuidado! 
Pode fazer com que o animal entre em um 
quadro de sedação! Administrar com o animal 
internado) 
o Condroprotetores: não há evidências de que há 
efeito mas pode-se administrar já que não vai 
fazer mal ao animal (condroitina, 
glicosaminoglicano, colágenos...) 
 Controle de doenças associadas 
o Antibióticos infecção secundária – Doxicilina 
o Bronquite 
 Manejo (importante) 
o Animais obesos, realizar o controle de peso 
o Peitoral em vez de coleira (enforcador) 
o Evitar calor excessivo 
o Evitar agitação 
Tratamento→ cirúrgico 
 Há bastante complicação no pós-operatório 
 Indicado para pacientes refratários ao tratamento 
medicamentoso com colapso de grau II a IV. 
 Atualmente abordagem cirúrgica mais comum inclui 
a colocação de implantes extraluminais ou de stents 
intraluminais 
 Se o animal já tosse muito antes da cirurgia, ele vai 
tossir ainda mais após (avaliar necessidade de 
cirurgia) 
 Implantes extraluminais 
o Anéis ou espirais traqueais 
protéticos, recomendadas 
apenas para colapso 
traqueal cervical 
o Complicações: Paralisia 
laríngea iatrogênica; paralisia tardia; migração do 
anel traqueal protético e a perfuração da 
traqueia 
 Stents intraluminais (mais utilizado) 
o Endoprótese colocada no espaço intra-luminal 
traqueal, caracterizada pela sua grande 
elasticidade e a sua adaptabilidade. 
o Indicação: cães com um longo segmento 
traqueal colapsado, envolvendo a traqueia 
torácica 
o Menor tempo cirúrgico e melhora clínica 
imediata 
 
 
 
Tosse dos Canis 
 Doença respiratória infecciosa 
 Aguda 
 Altamente contagiosa 
 1 das infecções + prevalentes em Cães 
 Animais em grupo/canis 
 Período de incubação: 3 a 10 dias 
 
ETIOLOGIA 
 Um ou mais agentes infecciosos 
 Bactérias 
o Bordetella bronchiseptica, Mycoplasma spp, 
o Streptococcus equi subesp zooepidemicus 
 Vírus 
o Adenovírus canino tipo 2 
o Parainfluenza canino 
o Influenza 
o Coronavirus respiratório 
o Pneumovirus 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 Sem predisposição racial, sexual e etária 
 + jovens = + graves 
 Endêmica em canis de alta rotatividade 
 
TRANSMISSÃO 
 Contato direto 
 Via aerógena (atraves de secreções respiratórias, 
principalmente expelidas pela tosse) 
 
SINAIS CLINICOS 
 Tosse 
 Tosse com expectoração (“vômito”) 
 Animal ativo/ saudável 
 Pneumonia (complicação) em filhotes 
 Apatia, hiporexia, febre, dispneia 
 Animal também pode apresentar descarga nasal, 
ocular e oral 
 
DIAGNÓSTICO 
 Histórico 
 Exame clínico 
 Terapêutico 
 Excluir complicação – raio-x, hemograma 
 Exames laboratoriais → podem estar normais ou 
com alterações inespecíficos, por isso não fecham 
um diagnóstico 
 Pode-se fazer a Cultura p/ B. bronchiseptiva 
 
TRATAMENTO 
 Autolimitante 
 Antibiótico por 2-4 semanas 
o Evidências de complicação ou prevenção 
o Doxiciclina 5-10mg/kg SID 
o Amoxicilina + clavulanato 15-25 mg/kg BID-TID 
o Enrofloxacina 5 mg/kg SID 
 Antiinflamatorios- Glicocorticoides 
o Prednisona 0,25-0,5 mg/kg SID-BID 5d 
 Antitussígenos (Tosse seca) 
o Codeína 
o Hidrocodona 
o Butorfanol oral 
Prevenção→ vacinação 
 Não protege totalmente (não 
previne contágio, mas diminui os 
sinais clínicos da doença) 
 Tempo de imunidade variável 
 Não obrigatória 
Bronchi-Shield (IN)** 
o 1a dose: 8 sem 
o Reforço: 1 ano e a cada 1 ano 
Pneumodog ou Bronchiguard (SC) * 
o 1a dose: 4-6 sem 
o 2 doses a cada 3-4 semanas 
o Reforço: 1 ano e a cada 1 ano 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Cinomose 
 Erlichiose 
 Cardiopatias 
 Dirofilariose 
 Pneumopatias 
 
 
 
Pneumonia 
Alteração no parênquima pulmonar 
Inflamação acompanhada de um agente infeccioso 
 
ETIOLOGIA 
 Aspiração 
 Trauma torácico 
 Decúbito prolongado 
 Condições debilitantes 
 Alergias 
 Infecções bacterianas ou fúngicas 
Bacteriana 
Infecção primária→ B. bronchiseptica, Mycoplasma spp., 
Streptococcus equi zooepidemicus, Streptococcus canis 
Oportunistas→ Escherichia coli, Pasteurella spp., 
Streptococcus spp., B. bronchiseptica, Enterococcus spp., 
Mycoplasma spp., S. Pseudintermedius, Staphylococcus 
spp., Pseudomonas spp. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 Intolerância ao exercício, depressão, perda de peso, 
letargia, anorexia, febre 
 Tosse 
 Corrimento nasal 
 Dispneia - padrão restritivo 
 Cianose 
 
DIAGNÓSTICO 
 Sinais /Exame físico 
 Ausculta 
o Ruídos contínuos (sibilos) 
o Ruídos descontínuos (crepitantes) ásperos e 
finos 
 Radiográfico 
 Laboratorial 
 Lavado brônquico 
 Broncoscopia com Cultura 
 
 
TERAPÊUTICA 
 Hidratação das vias aéreas 
 Eliminação do exsudato 
 Fluidoterapia 
 Umidificação 
 Nebulização com agua destilada 
 Mucolíticos 
 Fisioterapia; Tapotagem, trocar decúbito a cada 2 
horas 
 Broncodilatador - se necessário (Metilxantinas) 
 Antibioticoterapia 
 Oxigenoterapia 
Pode-se trocar o antibiótico ate 2 vezes se não resolvido, 
pedir uma broncoscopia com lavado brônquico, cultura e 
antibiograma 
 
Doença Bronquial 
Inflamação dos brônquios e da arvore brônquica 
Inflamação das vias aéreas - reação de hipersensibilidade 
o Tipo III = Bronquite 
o Tipo I = Asma 
• Hiperreatividade da musculatura, Broncoespasmo e 
Hipertrofia dos m. brônquicos 
Células inflamatórias predominantes 
 Aumento Neutrófilos = Bronquite 
 Aumento Eosinófilos = Asma 
• Hipersecreção de muco 
• Broncoconstrição 
• Remodelação 
✓ Gatos→ asma felina 
✓ Cães→ bronquite crônica 
É uma Síndrome, causada por estímulo não infeccioso 
 
ETIOLOGIA 
 Influência genética e ambiental 
 Fumaça 
 Granulado higiênico 
 Desodorizantes 
 Filtro de ar 
 Outros 
SINTOMATOLOGIA 
 Tosse (sinal mais frequente) 
 Dispneia expiratória 
 Cianose 
 Proprietários relatam ouvir sibilos nos episódios de 
crise 
 Agudos ou crônico (Episódicos ou persistentes) 
 
ASMA EM FELINOS 
 Episódiode dificuldade respiratória progressiva e 
grave 
 Inicio repentino 
 Classificado como emergência 
 Durante a crise respiratória pode-se utilizar aerolin 
BRONQUITE EM CÃO 
 Tosse seca/ dispneia 
 Se o animal nunca tossiu, a probabilidade de ser 
bronquite é baixa 
 
DIAGNÓSTICO 
 Sinais: geralmente inespecíficos e tosse 
 Ausculta: Ruídos contínuos (sibilos) 
Ruídos descontínuos ásperos 
 Radiográfico 
o Padrão bronquial com marcações intersticiais 
aumentadas 
o Broncograma aéreo 
o Bronquiectasias em alguns pacientes 
o Mesmo sem sinais radiográficos não se deve 
descartar a asma! 
 Lavado brônquico 
 Broncoscopia 
 Tomografia 
 Laboratorial (Exame de fezes; hemograma, ELISA) 
 
TERAPÊUTICA 
 Manejo 
 Se o tutor for fumante, pedi-lo para parar de fumar 
perto do animal 
 Fármacos 
o Para reverter o broncoespasmo→ utilizar 
broncodilatadores 
o Para reduzir inflamação→utilizar AIE 
o Sistêmicos 
o Inalatórios (espaçadores, nebulização) 
 AIEs 
o Efeito anti-inflamatório 
o Inibição de mediadores químicos 
o Potencializa o relaxamento da musculatura lisa 
bronquial 
AIE emergenciais 
✓ Succinato sód metilpredinisolona 
✓ Dexametasona 
AIE manutenção 
✓ Predinisona 
✓ Predinisolona 
✓ Budesonida 
✓ Fluticasona 
✓ Dipropianato de beclometasona 
Broncodilatadores 
Efeitos: taquicardia, excitação e hipertensão 
Injetáveis 
✓ Terbutalina 
Inalatório 
✓ Albuterol 
✓ Salmeterol 
Mucolíticos 
✓ Ambroxol 
✓ Acetilcisteina 
Antitussígenos narcóticos 
✓ Codeína 
✓ Hidrocodona 
✓ Butorfanol 
✓ Tramadol 
✓ Dropropizina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Circulatório 
 
 
 
 
 
Sístole (contração do ventrículo) 
Diástole (relaxamento do ventrículo) 
Função do sistema cardiovascular: manter o débito 
cardíaco e a pressão arterial 
Débito cardíaco: É a quantidade de sangue lançada pelo 
ventrículo esquerdo na aorta em um determinado 
tempo, mantendo a homeostase circulatória do 
organismo. 
Pré-carga: Grau de distensão da fibra do miocárdio, (há 
uma sobrecarga de volume). Ocorre quando o débito 
cardíaco está diminuído, os mecanismos compensatórios 
são ativados e o organismo vai reter mais líquido com o 
objetivo de aumentar o volume de sangue que está 
chegando ao coração para normalizar o débito cardíaco. 
É positivo até que tenha uma sobrecarga de volume de 
sangue, onde pode acumular no coração, pulmão ou 
membros (depende do local que foi acometido) 
ocasionando o edema. 
Pós carga: é o estresse sistólico na parede do miocárdio 
(força que o miocárdio vai fazer para jogar o sangue na 
aorta. Isso depende da resistência vascular periférica, 
quanto + a resistência, maior vai ser a pós carga) é 
positivo pois quando há diminuição do débito cardíaco, o 
corpo vai fazer vasoconstrição para “acomodar” melhor o 
sangue dentro do vaso (aumentando a resistência 
vascular periférica) é positivo até que há um grande 
aumento dessa vasoconstrição onde vai gerar 
hipertensão. 
Mecanismos compensatórios, como ocorre? 
Diminuiu o volume ejetado de sangue, débito cardíaco e 
consequentemente a pressão arterial, vai ocasionar: 
1. Ativação do sistema nervoso simpático (que 
libera adrenalina) aumentando a frequência 
cardíaca e ativação do sistema renina-
angiotensina aldosterona 
2. Aumentar a frequência cardíaca, força de 
contração e reter mais líquido para aumentar a 
pré-carga 
3. Na ativação do sistema Renina-Angiotensina 
Aldosterona, a Angiotensina II vai fazer 
vasoconstrição e ativação do hormônio 
antidiurético (retendo então mais líquido e 
aumentando o debito cardíaco) 
 
 
 
Os mecanismos compensatórios podem se tornar 
negativos quando há a ativação de forma exacerbada 
deles. O SNA simpático quando exacerbado, leva a 
arritmias, taquipneia... já o sistema Renina-Angiotensina 
Aldosterona que quando faz uma vasoconstrição 
exacerbada, vai ocasionar hipertensão e a retenção de 
líquido vai ser aumentada pode levar a edema. 
Doença cardíaca= doença de base que afeta o coração. 
doenças valvares, (endocardiose de mitral, doença 
degenerativa da válvula) doenças miocárdicas 
(cardiomiopatia dilatada, cardiomiopatia hipertrófica) 
essas doenças podem levar a um quadro de insuficiência 
cardíaca. 
Insuficiência cardíaca= incapacidade do coração de 
bombear sangue. Quando o coração não consegue 
manter o débito cardíaco adequado. 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA= É o 
momento em que se tem a ativação dos mecanismos 
compensatórios resultando na maior resistência vascular 
e acúmulo de liquido. 
• Insuficiência cardíaca sistólica→ Incapacidade 
do coração em ejetar sangue adequadamente 
Sinais de baixo Débito Cardíaco: depressão, 
letargia, hipotensão 
• Insuficiência cardíaca diastólica→Enchimento 
ventricular inadequado 
Sinais de congestão: ascite, edema pulmonar 
Localização 
• Direita: sinais de congestão sistêmica: ascite, 
• edema periférico (tricúspide) 
• Esquerda: sinais de congestão circulação 
pulmonar (mitral) 
• Bilateral: sistêmica + pulmonar – efusão pleural 
Principais cardiopatia em cães e gatos 
1. Endocardiose de mitral e tricúspide- cães de 
pequeno porte, principalmente poodle 
2. Cardiomiopatia dilatada- cães de grande porte 
3. Cardiomiopatia hipertrófica- gatos, 
principalmente persa 
 
 
Endocardiose de 
Válvula Mitral 
Cardiomiopatia mais comum em cães 
Ocorre quando as válvulas sofrem um processo 
degenerativo ficando incapazes de fechar 
adequadamente 
Sinonímias: Doença valvular crônica; Doença valvular 
degenerativa crônica 
Mais recorrente em: 
 Cães de meia-idade a idosos 
 Raças de pequeno e médio porte 
 Cães da raça Cavalier King Charles spaniels 
 
 
 
 
 
 
ETIOLOGIA 
 Degeneração estrutural 
 Espessamento dos folhetos 
 Degeneração mixomatosa 
 Fibrose 
FISIOPATOGENIA 
Ocorre a diminuição débito cardíaco que leva a ativação 
dos mecanismos compensatórios causando uma 
insuficiência cardíaca congestiva 
SINTOMATOLOGIA 
 Assintomáticos →Sopro cardíaco 
 Tosse alta (devido a compressão Brônquio pulmonar 
esquerdo) 
 Edema 
 Cansaço 
 Intolerância ao exercício 
 Dispneia, taquipneia 
 Taquicardia 
 Cianose 
 
Endocardiose de Válvula tricúspide 
Há uma lesão inicial na válvula tricúspide levando a uma 
regurgitação valvular, ocorre a sobrecarga de volume do 
lado direito levando a sinais de insuficiência cardíaca 
congestiva direita (ascite, edema de membros...) 
 
CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA 
VALVAR 
Estágio A 
o Não há doença estrutural 
o Cães de raça pequena em elevado risco de 
desenvolver a doença (principalmente Cavalier king 
charles, Teckel) 
o Ausculta normal 
o Recomendações: realizar a ausculta anual, pressão 
arterial sistêmica, testes, educação do cliente 
o Não tratar, apenas acompanhar com exames anuais 
 
Estágio B1 
o Já tem uma degeneração da válvula, mas não há 
repercussão hemodinâmica, o animal não apresenta 
sinal clínico e não tem remodelamento cardíaco 
o Doença estrutural, animal já apresenta sopro 
o Sem aumento da pressão arterial 
o Recomendações: realizar a radiografia torácica, 
aferição da PAS, ecocardiograma, painel laboratorial 
o Não tratar, apenas acompanhar exames anuais 
 
Estágio B2 
o Doença estrutural, animal apresenta sopro 
o Com aumento da pressão arterial 
o Nunca desenvolveram sinais clínicos 
o Com evidências de remodelamento no coração 
o Recomendações: realização de radiografia torácica, 
aferição da PAS, ecocardiograma, Painel laboratorial 
o Tratamento: a partir de 2009 a recomendação para 
paciente com remodelamento cardíaco discreto é 
não tratar, mas se o animal apresentar 
remodelamento cardíaco considerável o tratamento 
mais indicado atualmente é com o pimobendan 
 
 
 coração com 
cardiomiopatia dilatada 
Estágio C 
o Doença estrutural, animal apresentasopro 
o Com sinais clínicos no passado ou presente de 
insuficiência cardíaca (congestão/ edema) 
o Com evidências de remodelamento 
o Tratamento: terapia tripla e outros 
(furosemida/espironolactona; pimobendan) 
o Tratamento emergência: sedação, oxigênio 
Pimobendan dose extra 
Furosemida infusão contínua – 0,66mg/kg/hora 
 
Estágio D 
o Cães em estágio final da insuficiência cardíaca 
o Insuficiência cardíaca congestiva refratária a terapia 
tradicional 
o Tratamento: Associação de vasodilatadores; 
Associação de diuréticos e Pimobendan 
OBS: em casos de emergência de um animal 
apresentando cianose, taquipneia, com dificuldade 
respiratória, pode-se realizar o SORC (sedação, oxigênio, 
resfriamento e corticoide) e fazer um bolus de 
furosemida 
 
DIAGNÓSTICO 
 Anamnese: raça predisposta, idade, sinais clínicos 
 Exame físico→ ausculta 
 Exame radiográfico 
✓ Silhueta cardíaca alterada (esquerda/global) 
✓ Pulmonar (traqueia/brônquios; 
congestão/vasos) 
 Ecocardiograma (eleição) →apresenta mitral 
espessada e prolapsando para o átrio durante a 
sístole 
 
 Eletrocardiograma→ Diagnóstico de arritmias 
cardíacas secundárias a endocardiose 
 Patologia clínica: avaliação da função Renal e 
hepática 
 Anormalidades eletrolíticas 
 Aferição da pressão arterial sistêmica 
 Biomarcadores: Substâncias utilizadas como 
indicadores de um estado biológico 
 
Cardiomiopatia 
Dilatada 
Doença miocárdica primária ou secundária 
Ocorre um aumento cardíaco e disfunção sistólica (a 
parede do coração fica mais fina) há uma diminuição da 
contratilidade cardíaca. 
 
 Coração normal 
 
 
 
 
 
Causa primaria ou idiopática 
Genética (raças predispostas) cães de grande 
porte/médio (Boxer; Doberman pinscher; Dogue alemão; 
Cocker spaniel americano; Buldogue Inglês...) 
Causa secundária 
Deficiências nutricionais 
 L-carnitina 
✓ Genética: Boxer, Doberman, Cocker 
✓ Suplementação inconsistente 
 Taurina 
✓ Cocker Spaniel 
FISIOPATOGENIA 
Há uma diminuição da contratilidade ventricular 
(Disfunção sistólica) levando a um aumento do volume 
diastólico final (resíduo sistólico) e sobrecarga de 
volume, ocorrendo insuficiência muscular; dilatação de 
câmeras e consequentemente diminuição do debito 
cardíaco (fraqueza, sincope, insuficiência cardíaca 
congestiva) resultando na parede do coração fina e fraca 
 
SINAIS CLINICOS 
 Podem ser assintomáticos 
 Sinais de degeneração cardíaca 
✓ Fraqueza / Letargia 
✓ Intolerância ao exercício 
✓ Síncope 
✓ Cianose 
✓ Anorexia 
✓ Caquexia cardíaca 
 Sinais de insuficiência cardíaca congestiva esquerda 
(ICCE) 
✓ Edema pulmonar 
✓ Tosse 
✓ Dispneia 
✓ Cianose 
 Sinais de insuficiência cardíaca congestiva direita 
(ICCD) 
✓ Ascite 
✓ Efusões 
✓ dispneia, abafamento 
✓ Edema periférico 
✓ Espleno/hepatomegalia 
✓ Pode causar Arritmias (taquiarritimias) 
 
DIAGNÓSTICO 
Exame físico 
 Taquicardia 
 Pulso fraco e rápido 
 Auscultação 
 Sopro sistólico mitral e/ou tricúspide 
 Crepitação pulmonar (edema) 
 Arritmias 
Anamnese 
 raça predisposta 
 idade, sinais clínicos 
Radiografia 
 Aumento AE e VE 
 Aumento AD e VA 
 Congestão venosa pulmonar 
 Edema 
 
Eletrocardiograma 
 Arritmias 
Ecocardiograma 
 Dilatação de VE, diminuição da Contratilidade 
 
Holter 
 Taquiarritmia ventricular 
Patologia clínica 
 Função renal 
 Função hepática 
 Anormalidades eletrolíticas 
 Aferição da PAS 
 Biomarcadores 
 
TRATAMENTO 
 Objetivos do tratamento→ Aumentar força de 
contração; controlar sinais da insuficiência cardíaca; 
melhorar débito cardíaco; tratar arritmias; melhorar 
qualidade de vida do animal. 
 Deve-se monitorar paciente antes e durante o 
tratamento (função renal antes e durante o 
tratamento; eletrólitos; pressão arterial; FC e FR) 
 Animais assintomáticos com sopro/arritmia→ Não 
tratar, realizar apenas acompanhamento, educação 
do tutor... 
 Animais assintomático com evidências de aumento 
cardíaco→ IECA – Vasodilatação – Benazepril 0,25-
0,5mg/kg sid 
Pimobendan: aumento da Força contração-0,25-
0,5mg/kg bid – retardou aparecimento da 
insuficiência cardíaca congestiva 
Diuréticos (Furosemida): insuficiência cardíaca 
congestiva - 2-3mg/kg sid-tid 
Espironolactona: (Diurético + remodelamento) 
2-3mg/kg sid-tid 
Antiarrítmicos (Digoxina): 0,005-0,01mg-kg sid-bid 
 Paciente com sinais refratários 
o Os mesmos do paciente sintomático 
o Pode-se fazer com o paciente Hospitalizado 
Furosemida IV/SC; IECA ou inodilatador 
(aumentar dose) e Inotrópico injetável 
(dobutamina) 
 Dieta→ alimento palatável de boa qualidade 
 
PROGNÓSTICO 
 Reservado a desfavorável 
 Edema pulmonar e efusão pleural: indicadores de 
pior prognóstico 
 Morte súbita principalmente em Dobermans e Boxer 
 
 
Cardiomiopatia 
Hipertrófica 
Doença em que miocárdio cresce para dentro do coração 
(Hipertrofia ventricular esquerda concêntrica, simétrica 
ou assimétrica) 
Muito comum em gatos 
Doença primária ou idiopática do miocárdio 
Etiologia→ primaria 
Animais de meia idade, principalmente machos 
Raças com alto risco: Maine Coon; Persa; doméstico pelo 
curto; Sphynx; Absinio; Siames 
Ventrículo Normal hipertrofia concêntrica 
 
 
 Normal Com cardiomiopatia 
 
 
 
 
 
Etiologia→ secundaria 
 Hipertireoidismo 
 Gatos > 6 anos 
 Hipertensão 
 Doença renal 
 Hipertrofia, aumento da contratilidade e FC 
 Estado hipermetabólico 
 DC, demanda O2, volume sanguíneo e FC 
➢ Hipertrofia miocárdica concêntrica (Parede VE e 
Septo interventricular) 
➢ Aumento na rigidez do miocárdio→ Diminuição 
na câmara ventricular→ Diminuição da 
distensibilidade 
Hipertrofia ventricular (ventrículo mais rígido e menos 
distensível) ocorre o aumento da pressão diastólica, 
dilatação e hipertrofia do átrio esquerdo. Há o aumento 
da pressão pulmonar (congestão nervosa) e 
consequentemente insuficiência cardíaca congestiva 
Tromboembolismo 
✓ Aorta e ramificações 
✓ Agudo 
✓ Dor 
✓ Paresia; paralisia 
✓ Pulso fraco ou não palpável 
✓ Extremidades frias e pálidas / escuras 
✓ Hiperglicemia – liberação de cortisol e epinefrina 
 
APRESENTAÇÃO CLINICA 
 Sinais são variáveis, alguns podem ser 
assintomáticos 
 Animal pode apresentar ausculta normal, sopro ou 
arritmia 
 Alterações no ECG, ECO e Radiografias 
 Episódio de fraqueza/sincope 
 Anorexia, vômitos, depressão 
 Intolerância a exercício 
 Dispneia/taquipneia/cianose 
 Sinais de tromboembolismo (dor, paresia/paralisia 
de membros pélvicos) 
 ICC moderada a grave 
 Hipotermia 
 Morte súbita 
 
DIAGNÓSTICO 
 História clínica 
 Anamnese 
 Ausculta cardíaca 
 Palpação da tireoide 
 Ausculta cardiopulmonar 
➢ Sopro sistólico 
➢ Foco mitral (regurgitação) 
➢ Foco aórtico (obstrução via saída) 
➢ Ritmo de galope (S4) 
➢ Sons pulmonares exacerbados / estertor 
Radiografias 
 Avaliar formado do coração (aspecto de coração de 
são Valentino) 
 +Alterações pulmonares: congestão venosa, edema 
pulmonar e efusão pleural 
 
 
 
 
 
Ecocardiograma 
 
 
 
 
 
Ecodopplercardiografia- Principal exame 
 Após 6 anos→ anual 
 Nos predispostos realizar após 2 anos 
 Na presença de anormalidade→ sempre 
 Avalia tamanho do coração; cavidades; Fluxo 
Eletrocardiograma 
 Achados inespecíficos 
 Aumento de AE e VE 
 Taquiarritmias – CVP 
Exames, PAS e T4 
 Hipertensão 
 Tirotoxicose 
 Doença renal 
 
TRATAMENTO 
Disfunção diastólica→ controlar as taquiarritmias; 
melhorar a oxigenação do miocárdio; prevenir ou 
controlar o edema pulmonar (avaliar a pressão arterial) 
Estágio A 
 Gatos predispostos assintomáticos 
 Sem evidência de doença miocárdica 
 Baixo risco de insuficiência cardíaca congestiva outromboembolismo 
 Não tratar, apenas realizar a educação do cliente 
Estágio B1 
 Gatos predispostos assintomáticos 
 Com baixo risco de insuficiência cardíaca congestiva 
ou tromboembolismo 
 Não tratar, apenas realizar a educação do cliente 
 O Tamanho do AE é um importante marcador de 
prognóstico (diferenciar B1 de B2) 
Estágio B2 
 Gatos predispostos assintomáticos 
 Alto risco de insuficiência cardíaca congestiva ou 
tromboembolismo 
 Sem remodelamento→ Não tratar, apenas realizar a 
educação do cliente 
 Com remodelamento→ Antitrombótico 
(Clopidogrel) 18mg por gato sid 
Antiarrítimico (beta-bloqueador e/ou bloqueador 
dos canais de Cálcio) 
Pimobendam (sem estudos) 
Estágio C 
 Cardiomiopatia hipertrófica com sinais de 
insuficiência cardíaca congestiva e 
tromboembolismo 
 Antitrombótico (Clopridrogel) 
 beta-bloqueador (Atenolol) 
 IECA (Benazepril - 0,25-0,5mg-kg bid) 
 Diurético (Furosemida - 0,5mg-kg bid 
Inibidor de canal de cálcio (Diltiazen) 
 
Estágio D 
 Cardiomiopatia com sinais de insuficiência cardíaca 
congestiva e tromboembolismo refratário ao 
tratamento 
 Mantem medicação 
 Hospitalização 
 
 
Terapia do paciente 
cardiopata 
Individual para cada paciente 
Objetivo→ aumentar a sobrevida do paciente 
 Corrigir respostas neuro-hormonais 
 Diminuir o volume circulante 
 Corrigir a vasoconstrição 
 Corrigir o déficit na contratilidade 
 Corrigir complicações (ex: arritmias) 
Antes da terapia deve-se: 
 Aferir pressão arterial sistêmica 
 Avaliar função renal 
 Avaliar função hepática 
 Aferir eletrólitos 
 Importante monitorar o paciente 7 a 15 dias 
após início do tratamento 
Dieta 
 Deve ser balanceada 
 Conter níveis adequados de taurina 
 Não restringir sódio em pacientes 
assintomáticos 
 Dieta de baixa a moderada restrição de sódio 
para pacientes com ICC refratária (com cautela) 
 Retirar petiscos 
 Em sinais leves a moderados pode-se utilizar 
dieta Sênior 
 Casos refratários: dieta para terapêutica 
(cardiopata) 
 
Inibidores da ECA (IECA) 
 a eca é importante na ativação do SRAA. 
(angiotensina II que faz acumular líquido, faz vaso 
constrição) os fármacos vão inibir a ação do SRAA, 
inibindo a enzima conversora de angiotensina. 
diminuindo a pré carga e consequentemente 
diminuindo o volume circulante 
diminui também a pós carga que diminui a 
resistência vascular periférica 
 enalapril e benazepril são os mais comuns (sempre 
iniciar com doses menores e ir avaliando) 
 para animais nefropatas, o ideal é n usar enalapril 
pois ele tem excreção renal 
 para pacientes hepatopatas não é o ideal usar 
benazepril 
 outros fármacos→ Ramipril (Humanos) e Lisinopril 
benefícios terapêuticos 
 diminuição da progressão da insuficiência cardíaca 
congestiva 
 diminuição dos sintomas 
 maior tolerância ao exercício 
 melhora na qualidade de vida 
 diminuição da pressão intraglomerular 
 diminuição da proteinúria renal 
Enalapril 0,25-0,5mgkg bid / sid 
➢ Requer ajuste de dose em caso de insuficiência 
renal 
Benazepril 0,25mg/kg sid 
➢ Pré-droga – hidrolisado no fígado 
➢ Excretado na bile e urina 
➢ Não requer ajuste de dose em caso de 
insuficiência renal 
Complicações 
 Hipercalemia 
 Hipotensão 
 
Diureticos 
 Objetivos: Redução da Pré-carga, diminuição de 
congestão, edema e efusão 
 Tipos 
Diuréticos de Alça→ diminui reabsorção de Na, K e 
claoreto na porção ascendente da alça de Henle. Diminui 
reabsorção de NA e H2O 
➢ Furosemida (primeira escolha) 
• Indicações→ estabilização inicial; 
• Edema pulmonar grave dose 2-4 mg/kg 
• IV (efeito 5 min). Repique em 1h 
• IM (efeito 30 min) Repique em 2h 
• Infusão contínua de furosemida, (animal deve 
estar internado) bolus 4-6 mg/Kg/h) 
• Manutenção→ PO 1-2 mg/Kg q 24-48 horas. 
Menor dose possível capaz de eliminar os 
sintomas de congestão 
Gatos são mais sensíveis a furosemida 
Complicações→ desidratação, hipocalemia, 
hiponatremia 
 
Poupadores de potássio 
Espironolactona 
• Inibidor competitivo da Aldosterona; 
Cardioprotetor (Diminui remodelamento 
cardíaco e fibrose) aumento da eliminação de 
sódio e cloro, diminuição da excreção de 
potássio. 
• Metabolização hepática 
• Ação lenta em cães, pico de ação após 2-3 dias 
• 0,5-2mg/kg sid – dose cardioprotetora 
• 2-4mg/kg bid – dose diurética 
• Complicações→ Hipercaliemia; ele demora 
48/72 horas para agir; desidratação 
 
Venodilatadores 
Nitratos 
• Relaxamento direto da musculatura lisa vascular, 
principalmente venosa 
• Aumento do reservatório venoso 
• Diminuição da pré-carga 
• Indicações→ Edema pulmonar- manejo agudo 
de ICC, junto com furosemida e oxigênio 
• Complicações→ Hipotensão; depressão; letargia 
Nitroglicerina: 5mg/10 a 15kg /SID 
Nitroprussiato: 3μg/kg/min (altamente hipotensivo-
Monitoramento PA) 
 
Inotrópicos Positivos 
Melhoram a contratilidade (aumentando o debito 
cardíaco) 
Antiarritimogênicos→ diminuição da FC nas 
taquiarritmias supra-ventriculares 
 
Pimobendam (eleição) 
• Inotrópico positivo forte 
• Sensibilização de cálcio e inibição da 
fosfodiesterase III 
• Aumento da contratilidade miocárdica 
• Vasodilatação periférica e pulmonar 
(Inodilatador) 
• Sem aumento do gasto de energia 
• Efeito vasodilatador 
Cão - 0,2-0,3mg/Kg bid 
Gato -1,25 – 1,5 mg/gato bid 
• Efeitos adversos→ Vômitos e Piora de arritmias 
ventriculares 
Digitálicos – digoxina 
• Inotrópico positivo fraco 
• Efeitos antiarrítmicos 
• supraventriculares 
• Retarda a condução no NAV 
• Reduz Frequência Cardíaca 
• Indicações→ insuficiência cardíaca congestiva; 
Arritmias supraventriculares (Taquicardia atrial / 
Fibrilação atrial) 
• Digoxina 
0,005 – 0,008 mg/kg, 
PO, sid ou bid 
• Contraindicações→ Bloqueio AV; 
Pericardiopatias; Miocardiopatia hipertrófica; 
Estenose aórtica 
• Existe animais que apresentam toxicidade aos 
digitálicos cujo sinais clínicos são: Anorexia; 
Depressão; sinais do SNC; Vômito; Diarreia; 
Arritmias 
• Conduta→ Interromper medicação por 48 horas 
e iniciar com 1⁄2 dose 
Dobutamina / dopamina 
 
Bloqueadores dos receptores adrenérgicos 
beta1 
• Inibem a atividade simpática 
• Diminuição FC 
• Diminuição da força de contração 
• Diminuição da velocidade de condução 
• Indicações→ cardiomiopatia hipertrófica menor 
consumo de oxigênio, maior distensibilidade da 
fibra do miocárdio, Taquiarritmias, 
principalmente ventriculares 
 
Atelenol 
• Seletivo (beta1) 
• Evita: broncoconstrição, vasoconstrição 
periferica 
 
Bloqueador dos canais de cálcio 
• Inotrópico negativo leve 
• Efeito vasodilatador 
• Dilatadores arteriais coronarianos 
• Efeito antiarrítmico- arritmias 
supraventriculares, alentecem a condução AV 
Diltiazem 
• Cães – 0,5 a 1,5 mg/kg/PO/BID-TID 
• Gatos – 7,5 mg/gato/PO/BID-TID 
Anlodipina 
• Produz vasodilatação arteriolar 
• Mais utilizado no tratamento de hipertensão 
• Dose: cão - 0,05-0,2 mg/kg SID 
• gato – 0,625 mg/gato SID-BID 
 
tratamento Hipertensão Pulmonar- Inibidores seletivos 
das fosfodiesterases 
Sildenafil 
• Vasodilatação pulmonar 
• Melhora a ventilação e perfusão 
• Melhora da cianose, quadros de síncope e ascite 
associados a HP 
• Dose: 0,5-1 mg/kg BID-TID 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doenças do Trato Gastrointestinal 
 
 
 
 
 
Como diferenciar Vômito de Regurgitação? 
Regurgitação→ corresponde ao retorno passivo, sem 
esforço, do conteúdo do TGI para a boca, que não é 
precedido por náusea; O conteúdo não é digerido 
Vômito→ corresponde à expulsão violenta do conteúdo 
gástrico pela boca; O conteúdo é digerido 
 
Como diferenciar melena de hematoquezia? 
Hematoquezia→ Presença de sangue com cor vermelha 
viva (sangue não digerido) misturado

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