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Apostila Ambima -CEA

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proeducacional.com
CEA
Curso Preparatório
RESUMÃO
Esta apostila é parte do Curso Preparatório da Pro Educacional. 
Este é um material complementar para seus estudos.
Versão 2022
 
 
 
 
 
 
A Pro Educacional é uma plataforma de educação financeira, especializada em 
certificações. Criada em 2016, oferece cursos preparatórios de alta qualidade e 
com baixo custo para atender a demanda crescente por profissionais no mercado 
financeiro. À frente dos nossos cursos estão professores certificados e com 
vivência no mercado. 
 
Em busca de uma experiência mais completa e eficiente, enviamos esta apostila 
impressa (além da versão on-line) como material de apoio. Todos os cursos passam 
por atualizações constantes a fim de acompanhar o conteúdo exigido nos 
exames. Além disso, temos um canal aberto de suporte com especialistas para 
auxiliar você em seus estudos em todos os momentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta apostila é parte integrante do Curso CEA da Pro 
Educacional. Este é um material complementar para seus 
estudos. Você pode conferir os exercícios de fixação, simulados 
e videoaulas na sua biblioteca acessando 
 
proeducacional.com 
 
 
 
 
 
 
2 
© 2022 Pro Educacional – proeducacional.com 
CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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© 2022 Pro Educacional – proeducacional.com 
CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
 
Sumário 
1 Resumo CEA: Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado ................................................ 5 
2 Resumo CEA: Princípios Básicos de Economia e Finanças .................................................................. 17 
3 Resumo CEA: Instrumentos de Renda Fixa, Renda Variável e Derivativos ........................................... 30 
4 Resumo CEA: Fundos de Investimento .................................................................................................. 51 
5 Resumo CEA: Gestão de Carteiras e Riscos ......................................................................................... 60 
6 Resumo CEA: Planejamento de Investimento ........................................................................................ 70 
7 Resumo CEA: Produtos de Previdência Complementar ........................................................................ 77 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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© 2022 Pro Educacional – proeducacional.com 
CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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© 2022 Pro Educacional – proeducacional.com 
CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
1 Resumo CEA: Sistema Financeiro 
Nacional e Participantes do Mercado 
• Órgão normativos: determinam regras gerais para o bom funcionamento do 
SFN. São eles: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de 
Seguros Privados (CNSP) e Conselho Nacional de Previdência Complementar 
(CNPC). 
• Entidades supervisoras: Estão subordinadas aos órgãos normativos e atuam 
de modo que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro sigam as regras 
definidas pelos órgãos normativos. São elas: Banco Central do Brasil (BACEN), 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados 
(Susep) e Superintendência de Previdência Complementar (Previc). 
• Operadores: Estão subordinados às entidades supervisoras e lidam com o 
público no papel de intermediário financeiro. São eles: Bancos e caixas 
econômicas, cooperativas de crédito, instituições de pagamento, 
administradoras de consórcios, corretoras e distribuidoras, bolsa de valores, 
bolsa de mercadorias e futuros, seguradoras e resseguradoras, entidades 
abertas de previdência, sociedades de capitalização e entidades fechadas de 
previdência complementar (fundos de pensão). 
• O agente superavitário é aquele cuja renda excede suas despesas, isso quer 
dizer que ele tem dinheiro para suprir todas as suas necessidades, e ainda fica 
com capital sobrando. 
• O agente deficitário é aquele cuja renda não cobre suas despesas. Eles têm 
necessidades que não permitem que sobre dinheiro. Por isso a necessidade de 
buscar recursos junto a uma Instituição Financeira. 
• CMN: formula a política de controle da moeda no SFN e incentiva (ou não) 
mecanismos de incentivo ao consumo de bens e serviços, prática também 
conhecida como política de crédito ou financiamento. Objetiva gerar um 
ambiente de estabilidade monetária que permita o desenvolvimento do país. 
• CNSP: acompanha a evolução do mercado segurador nacional, não só 
estabelecendo as normas, mas também observando a evolução dos indicadores 
de risco e a ocorrência de incidentes cobertos pelos contratos de seguros, 
permitindo a modernização deste serviço. 
• CNPC: Além de ser um órgão normativo, se atenta sobre a influência dos 
reflexos econômicos e movimentos da gestão dos planos de previdência 
complementar no montante de recursos acumulados pelos clientes para assim 
modernizar a legislação e resguardar os planos futuros de aposentadoria. 
• Os bancos múltiplos são instituições privadas ou públicas que captam recursos 
e os repassam as empresas, famílias e governos e prestam serviços. Podem 
operar as seguintes carteiras: comerciais, de investimento, de desenvolvimento, 
de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil, financiamento e investimentos. 
 
 
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© 2022 Pro Educacional – proeducacional.com 
CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
• Os bancos comerciais, que também podem ser privados ou públicos, oferecem 
recursos para financiar, em curto e médio prazo, para indústria, comércio, 
serviços e pessoas físicas e podem captar depósitos à vista e a prazo. 
• Os bancos de investimento, que são instituições privadas especializadas em 
operações de participação societária, financiamento de atividade produtiva para 
suprimento de capital fixo e de giro e administração de recursos de terceiros. 
• Os bancos de desenvolvimento são controlados pelos governos estaduais e 
têm o objetivo de proporcionar recursos necessários para financiamento de 
programas e projetos que promovam o desenvolvimento econômico e social dos 
estados. 
• As cooperativas de crédito são um tipo de instituição que pode surgir da 
associação de funcionários de uma empresa, de profissionais de um segmento, 
de empresários ou da admissão livre e espontânea de outros tipos de 
associados. Os lucros das operações de empréstimos são repartidos entre os 
associados. 
• Seguros, previdência e capitalização são consideradas parte do sistema 
financeiro porque promovem a formação de poupança por parte dos agentes 
econômicos. Os recursos captados por esses intermediadores são aplicados em 
investimentos específicos, dado que muitas vezes é necessário fazer frente ao 
compromisso de seus clientes. 
• As bolsas de valores, mercadorias e futuros atuam na intermediação de 
recursos do mercado de capitais (ações, opções, direitos, títulos, debêntures, 
notas promissórias) e contratos de derivativos. 
• As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são instituições 
autorizadas a negociar valores mobiliários e derivativos no mercado de 
negociações (pregão). 
• Em 2009, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central 
permitiram que as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários 
atuassem no mercado de negociações (pregão). 
• O Banco Central é o principal órgão executor do SFN, e compete a ele cumprir e 
fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as 
normas expedidas pelo CMN. 
• O Banco Central do Brasil (BACEN) é uma entidade supervisora do Sistema 
Financeiro Nacional (SFN).Ele deve obedecer às diretrizes estabelecidas pelo 
Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo responsável pela supervisão das 
entidades financeiras, bancos de câmbio e outras instituições financeiras 
intermediárias. 
• Compete ao BACEN cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são 
atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho 
Monetário Nacional. 
• Principais atribuições do BACEN: 
 
 
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© 2022 Pro Educacional – proeducacional.com 
CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
o autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras, punindo-
as se for o caso; 
o emitir moeda-papel e moeda metálica; 
o controlar o crédito e o fluxo de capitais estrangeiros; e 
o executar a política monetária e cambial. 
• A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de 
seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Trata-se de 
uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia. 
• A SUSEP é uma entidade supervisora, devendo sempre respeitar as diretrizes 
do órgão normativo CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados). 
• A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma 
entidade governamental autônoma estabelecida na forma de autarquia especial 
ligada ao Ministério da Economia. Objetiva fiscalizar as entidades fechadas de 
previdência complementar e realizar políticas para o regime de previdência 
complementar. 
• Os bancos comerciais (BC) são sociedades anônimas que possuem como 
objetivo promover o encontro entre os agentes superavitários e deficitários, além 
de realizar operações financeiras de curto prazo e criar moeda através de 
débitos e empréstimos. 
• Entre as atividades realizadas pelos BC destacam-se as concessões de 
empréstimos, operações de crédito, pagamento de cheques, transferência de 
recursos e ordens de pagamento, aluguel de cofres e custódia de valores, 
pagamento de tarifas públicas, entre outros. 
• Os bancos comerciais são constituídos em forma de sociedade anônima e sua 
principal fonte de recursos são os depósitos à vista, utilizados para conceder 
crédito para consumidores e empresas. 
• Os BC são intermediários financeiros que captam recursos de credores e os 
distribuem através do crédito para devedores. O objetivo principal é proporcionar 
suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médios prazos: o 
comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e 
terceiros em geral. 
• Os bancos múltiplos são IF privadas ou públicas que realizam as operações 
ativas, passivas e assessórias das diversas IF, por intermédio das seguintes 
carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito 
imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e 
investimento. 
• As operações realizadas pelos bancos múltiplos estão sujeitas às mesmas 
normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares 
correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente 
poderá ser operada por banco público. 
 
 
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© 2022 Pro Educacional – proeducacional.com 
CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
• O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo 
uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado 
sob a forma de S.A. As instituições com carteira comercial podem captar 
depósitos à vista. 
• Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que 
realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições 
financeiras. 
• As operações dos bancos múltiplos incluem as seguintes carteiras: comercial, 
investimento e/ou de desenvolvimento, crédito imobiliário, arrendamento 
mercantil e de crédito (leasing), financiamento e investimento (financeiras). 
• Os bancos de investimentos são IF privadas especializadas em operações de 
participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade 
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de 
recursos de terceiros. 
• Os bancos de investimentos devem ser constituídos sob a forma de S.A. Não 
possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de 
recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles 
administrados. 
• As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital 
fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos 
interfinanceiros e repasses de empréstimos externos. Isto ocorre, dado que os 
bancos de investimentos são instituições criadas para conceder créditos de 
médio e longo prazo para as empresas. 
• Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos 
governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento de 
recursos necessários ao financiamento de médio e a longo prazos, atendendo 
projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do 
respectivo Estado. 
• O BNDES é o principal instrumento de execução da política de investimento do 
Governo Federal e tem por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras 
e serviços que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do 
País. 
• O BNDES está sujeito fica sujeito à supervisão do Ministro de Estado do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e exercita suas atividades, 
visando a estimular a iniciativa privada, sem prejuízo de apoio a 
empreendimentos de interesse nacional a cargo do setor público. 
• A Bolsa de valores é o local onde se negociam títulos e valores mobiliários. 
Exemplo: Ações, que é a menor parcela do capital de uma empresa. A 
BM&FBovespa/B3 opera um elenco completo de negócios com ações, 
derivativos, commodities, balcão e operações estruturadas. 
 
 
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CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
• As negociações se dão em pregão eletrônico e via internet, com facilidades de 
homebroker (sistema oferecido por diversas companhias para conectar seus 
usuários ao pregão eletrônico no mercado de capitais). 
• A BM&FBovespa – Câmara de Ações tem por objeto compensar, liquidar e 
controlar o risco das obrigações decorrentes de operações à vista e de 
liquidação futura com qualquer espécie de valores mobiliários, títulos, direitos e 
ativos realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo S.A. (BM&FBOVESPA), em 
outras bolsas ou outros mercados. É uma clearing house. 
• É negociado na BM&FBovespa: ações, derivativos (opções, futuro e termo), 
CRI, CRA, debentures, letras financeiras, fundo imobiliário, fundo de 
participações, fundo de direitos creditórios, ETF. 
• Originada pela fusão entre a BM&FBOVESPA e a Cetip, a B3 é a companhia de 
infraestrutura de mercado financeiro. Antes da fusão ela era a bolsa de valores e 
responsável pela provisão de sistemas para a negociação de ações, derivativos 
de ações, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros, 
moedas à vista e commodities agropecuárias. 
• As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e as distribuidoras de 
títulos e valores mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiros e de 
capitais, e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores 
mobiliários entre investidores e tomadores de recursos. 
• As corretoras e as distribuidoras devem ser constituídas sob a forma de 
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Objetivam dar 
maior liquidez e segurança ao mercado acionário. 
• As Sociedades Distribuidoras de títulos e valores mobiliários são 
constituídas sob a forma de S.A. ou por quotas de responsabilidade limitada e 
são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil. 
• As CTVM oferecem os serviços de: consultoria financeira, financiamento para 
compra de ações (conta margem),plataformas de investimento pela internet 
(homebroker), clubes de investimentos, administração e custódia de títulos e 
valores mobiliários dos clientes, intermediação de operações de Câmbio, 
administração de fundos e clubes de Investimento. 
• No Brasil a CBLC é responsável pela guarda, compensação e liquidação das 
operações que ocorrem na BM&FBovespa, seja no mercado à vista ou nos 
mercados de derivativos. A CBLC executa o controle de risco dos negociantes, 
evitando possíveis desequilíbrios no mercado. 
• A função básica de um sistema de pagamentos é transferir recursos, bem 
como processar e liquidar pagamentos para pessoas, empresas, governo, 
Banco Central e instituições financeiras. 
• Clearing House ou câmara de compensação, identifica a parte de uma bolsa de 
valores na qual as transações dos clientes são processadas e registradas. Ela é 
 
 
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ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
responsável por assegurar que todas as transações sejam realizadas, 
eliminando o risco de crédito. 
• Uma Clearing é uma prestadora de serviços de compensação e liquidação de 
ordens eletrônicas, de transferências de fundos e de outros ativos financeiros, e 
principalmente de compensação e de liquidação de operações realizadas em 
bolsas de mercadorias e de futuros e de compensação envolvendo operações 
com derivativos. 
• O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do Banco Central 
do Brasil, é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos 
escriturais de emissão do Tesouro Nacional, bem como ao registro e à 
liquidação de operações com esses títulos. 
• Investidores qualificados: a Instrução nº 554/2014 da CVM define como 
investidores qualificados as pessoas físicas e jurídicas com aplicações 
financeiras superiores a um milhão de reais e que se identificam por escrito 
como possuindo essa função. 
• São designados como investidores qualificados: investidores profissionais; 
agentes autônomos de investimento, analistas e consultores de valores 
mobiliários; administradores de carteira, e clubes de investimento com carteira 
gerida por cotistas que são investidores qualificados. 
• investidores profissionais: são aqueles com somas elevadas de investimentos 
(mais de 10 milhões) e considerável conhecimento técnico e experiência na 
operação com valores mobiliários. Este tipo de profissional pode realizar 
negócios mais arriscados por seu maior conhecimento. 
• investidores não-residentes: são pessoas físicas e jurídicas, que não moram 
em território nacional e que investem no Brasil. Essa categoria inclui os fundos e 
outras entidades de investimento coletivo. 
 
 Informação privilegiada 
• Informação privilegiada: engloba todas as informações que não são de 
conhecimento do público geral, obtidas durante a execução da função de um 
profissional. 
• Essas informações, muitas vezes, são estratégicas e, se utilizadas de forma 
imoral, podem beneficiar/prejudicar outras pessoas, sendo possível se identificar 
dois casos em que o seu uso foge aos padrões éticos: o Insider Trader e Front 
Runner. 
• Insider Trader: Quando um indivíduo utiliza as informações privilegiadas que 
tem acesso em benefício próprio ou de terceiros. 
o EXEMPLO: A delação premiada dos irmãos Batista. Ela resultou em uma 
queda elevada das ações da JBS. Os irmãos prevendo a queda do preço 
das ações as venderam para a JBS por R$ 328 milhões. Assim, eles se 
 
 
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CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
aproveitaram das informações privilegiadas que possuíam para lucrar em 
cima dos demais acionistas da empresa. 
• Front Runner: Quando determinada instituição utiliza as informações 
privilegiadas que tem acesso em benefício próprio. 
o EXEMPLO: ocorre quando um cliente de referência do mercado, 
conhecido por possuir grande perícia em investimentos, ordena que um 
fundo de investimento compre determinada ação. Porém, o gestor do 
fundo, tendo conhecimento da elevada perícia do cliente, compra aquela 
ação para o fundo e apenas em um segundo momento para o cliente. 
Nesse caso, ele utilizou indevidamente a informação privilegiada que 
tinha, ferindo as boas normas éticas. 
• Confidencialidade: é um princípio que determina que os profissionais que 
possuem acesso a informações privilegiadas devem as manter em sigilo, salvo 
se a publicação da informação for determinada por lei. 
• Conflitos de interesses: é observado quando um profissional possui 
motivações e interesses pessoais que o levam a influenciar nos objetivos e nas 
atividades realizadas pela organização em que trabalha; assim, é dever do 
profissional informar a sua ocorrência e tomar as medidas cabíveis para que ele 
não ocorra. 
• Ética nas vendas: a venda casada ocorre quando dois ou mais 
produtos/serviços são vendidos como se fossem um pacote. Ou seja, que a 
venda de um esteja subordinada a venda do outro. 
 
 O papel da ANBIMA e as atividades desenvolvidas 
• Representação: a ANBIMA Promove o diálogo para construir propostas de 
aprimoramento do mercado, que são apresentadas e discutidas com o governo 
e com outras entidades do setor privado. Propõe boas práticas de negócios, que 
os associados seguem de forma voluntária. 
• Autorregulação: é baseada em regras criadas pelo mercado, para o mercado e 
em favor dele. Essas regras estão nos Códigos de Autorregulação e Melhores 
Práticas, que são de adesão voluntária. O cumprimento das normas é 
acompanhado de perto pela equipe técnica, que supervisiona as instituições e 
dá orientações de caráter educativo. 
• Informação: a ANBIMA é provedora de informações sobre os segmentos de 
mercado que representam. A construção de uma base de dados consistente é 
parte dos esforços para dar mais transparência e segurança aos mercados. 
Divulgam desde referências de preços e índices que refletem o comportamento 
de carteiras de ativos até estudos específicos, que auxiliam no 
acompanhamento dos temas de interesse dos associados. 
• Educação: a ANBIMA acredita que o mercado forte se faz com profissionais 
qualificados e com investidores conscientes. As ações de educação se dividem 
 
 
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© 2022 Pro Educacional – proeducacional.com 
CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
em três vertentes: capacitação dos profissionais por meio de certificações; 
qualificação dos profissionais certificados por meio de educação continuada e 
disseminação de conteúdo sobre educação financeira. 
 
ANBIMA: Princípios 
• O código de ética da ANBIMA irá ressaltar que a atuação das Associadas e a 
interpretação de todas as normas a elas aplicáveis deverão ser regidas pelos 
seguintes princípios que vemos a seguir. 
o estrita observância do sistema de leis, das normas, dos costumes e das 
normas de regulação e melhores práticas da ANBIMA que regem sua 
atividade; 
o a observância dos princípios da probidade e da boa-fé; 
o a observância dos interesses de investidores, dos emissores e dos 
demais usuários de seus serviços; 
o o compromisso com o aprimoramento e valorização dos mercados 
financeiro e de capitais; 
o a transparência sobre os procedimentos envolvidos em suas atividades; 
o a preservação do dever fiduciário com relação a seus clientes; 
o a preservação do sistema de liberdade de iniciativa e de livre 
concorrência; 
o a responsabilidade social e espírito público; e 
o a manutenção do estrito sigilo sobre as informações confidenciais que 
lhes forem confiadas em razão da condição de prestador de serviços 
financeiros. 
 
Princípios éticos fundamentais 
• A atuação das instituições associadas e a interpretação de todas as normas a 
elas aplicáveis deverão se regidas pelos princípios gerais, sendo eles: 
o a estrita observância do sistema de leis, das normas, dos costumes e das 
normas de regulaçãoe melhores práticas da ANBIMA que regem a 
atividade; 
o a observância dos princípios da probidade e da boa-fé; 
o a observância dos interesses dos investidores, dos emissores, e dos 
demais usuários de seus produtos e serviços; 
o o compromisso constante com o aprimoramento e a valorização dos 
mercados financeiro e de capitais; 
o a transparência sobre os procedimentos envolvidos em todas as suas 
atividades; 
 
 
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CNPJ: 27.052.736/0001-60 
ISBN: 978-65-993836-9-4 | 978-65-993836-8-7 
o a preservação do dever fiduciário com relação a seus clientes; 
o a preservação do sistema de liberdade de iniciativa e de livre 
concorrência; 
o a responsabilidade social e o espírito público; e 
o a manutenção do estrito sigilo sobre as informações confidenciais que 
forem confiadas ao profissional em razão de sua condição de prestador 
de serviços. 
 
ANBIMA: Padrões de conduta 
• Acrescentando ao que vimos a pouco, também são responsabilidades 
fundamentais das instituições associadas: 
o ter conhecimento e observar todas as leis e normas aplicáveis a suas 
atividades, inclusive os Códigos de Regulação e Melhores Práticas da 
ANBIMA, e realizar o esforço de disseminá-las internamente aos seus 
funcionários; 
o nunca violar ou aconselhar a violação dessas normas. Ainda, deve-se se 
opor à violação de tais leis e normas que são aplicáveis às suas 
atividades, incluindo todas aquelas dispostas nos Códigos de Regulação 
e Melhores Práticas da ANBIMA; 
o é preciso contribuir para o aprimoramento do ordenamento jurídico que 
seja aplicável aos mercados financeiro e de capitais; e 
o é dever exercer a intermediação financeira e as atividades 
correlacionadas com a negociação de valores mobiliários nos termos das 
prerrogativas legais que lhes forem comprometidas pelo Poder Público. 
o Quanto ao relacionamento entre as Associadas com os agentes e 
entidades do mercado financeiro e de capitais, os padrões de conduta 
abaixo precisam ser seguidos: 
o sempre contribuir para a manutenção de um ambiente de negociação que 
seja capaz de proporcionar a formação adequada dos preços, de liquidez 
e uma concorrência leal. 
o é preciso contribuir para a análise, a avaliação, o aprimoramento e o bom 
encaminhamento de sugestões ou propostas para o desenvolvimento dos 
mercados financeiro e de capitais; 
o deve-se observar, durante a divulgação de sua publicidade, todas as leis 
e as normas que são aplicáveis à sua atividade, bem como os padrões 
éticos de conduta estabelecidos pela ANBIMA em seus Códigos de 
Regulação e Melhores Práticas. Sempre compatibilizando o direito de 
informação do mercado, o dever de informar e o dever de manter sigilo 
sobre as informações sensíveis; 
 
 
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o não se deve utilizar de informação privilegiada na realização de seus 
negócios, em violação a qualquer norma ética ou jurídica, e manter o 
dever de sigilo; 
o não realizar operações que coloquem em risco sua capacidade de 
liquidação física ou financeira; e 
o manter-se independente nos procedimentos de auditoria, de análise e 
avaliação de quaisquer ativos ou empresas. 
• Restando-nos, agora, ver o compromisso que as associadas precisam observar 
durante seu relacionamento com os clientes: 
o a associada deve praticar a remuneração adequada na prestação dos 
seus serviços que lhes forem autorizados em decorrência de sua 
participação nos mercados financeiro e de capitais; 
o a associada deve adotar as providências no sentido de evitar a realização 
de operações em situação que envolvam conflito de interesses, visando, 
assim, a assegurar tratamento equitativo a seus clientes; 
o a associada deve utilizar de especial cuidado no momento da 
identificação e no cumprimento de seus deveres fiduciários para com 
seus clientes; 
o a associada precisa zelar para que seu corpo de funcionários mantenha o 
conhecimento e as qualificações técnicas necessárias ao atendimento de 
seu público; 
o é dever da associada manter sigilo sobre as informações e dados 
confiados por seus clientes em razão da relação profissional que com 
eles possuem; 
o a associada precisa oferecer a seus clientes todas as informações e a 
documentação a respeito de seus investimentos efetivos ou potenciais, de 
forma a permitir aos clientes uma adequada decisão de investimento; 
o a associada não pode manifestar opinião que venha a denegrir, ou 
prejudicar, a imagem de qualquer outra associada ou, ainda, de qualquer 
outro integrante do Sistema Financeiro Nacional; e 
o a associada deve recusar a intermediação de investimentos que 
considera ilegais, imorais ou antiéticos. 
o Nos resta estudar a relação entre as associadas e a ANBIMA. As 
associadas precisam observar, no seu relacionamento com a ANBIMA, a 
seguinte conduta: 
o a associada deve sempre agir com prudência, com diligência, com 
integridade, com responsabilidade e com transparência na condução das 
suas atividades desenvolvidas junto à ANBIMA; 
 
 
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o a associada deve abster-se de emitir manifestações em nome da 
ANBIMA, salvo as situações em que ela estiver expressamente 
autorizada para tanto; 
o a associada precisa comunicar à ANBIMA o seu envolvimento em 
processos administrativos, ou judiciais, relevantes que, de alguma forma, 
possam envolver ou denegrir a imagem da ANBIMA; 
o a associada deve manter sigilo sobre as informações e os dados 
confiados pela ANBIMA à associada em função do exercício de suas 
funções junto à Associação; 
o a associada precisa manter suas informações cadastrais devidamente 
atualizadas, especialmente em relação ao representante da Associada 
junto à ANBIMA; e 
o a associada deve sempre cumprir com as disposições do Estatuto Social 
da ANBIMA. 
 
Penalidades 
• A não observância dos princípios e das normas estabelecidos neste código 
sujeita as associadas a penalidades. A lista de penalidades é a que se segue: 
o carta de advertência reservada; 
o multa; 
o advertência pública; 
o suspensão da associada do quadro de associados e da utilização das 
marcas da ANBIMA, por um prazo determinado, ou vinculado ao término 
de procedimento administrativo, ou procedimento disciplinar, investigativo 
ou judicial; e 
o proposta, à Assembleia Geral, de exclusão da Associada do quadro de 
associados da ANBIMA. 
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Serviços 
Qualificados ao Mercado de Capitais: esse código define os critérios que 
precisam ser seguidos pelas instituições participantes nas atividades de 
prestação de serviços, de custódia qualificada e controladoria. 
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de 
Certificação Continuada: esse código define princípios e regras que precisam 
ser seguidos pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que atuam nos 
mercados financeiros e de capitais, com o objetivo de aumentar a sua 
capacitação técnica. Ele também define os padrões de conduta que devem ser 
seguidos em suas atividades. 
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de 
Private Banking no Mercado Doméstico: esse código estabelece as 
 
 
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condições que precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes nas 
atividades de Private Banking no mercado doméstico. 
• Código ANBIMA para o Novo Mercado de Renda Fixa: define regras que 
devem ser aplicadas na emissão pública primária de títulos e valores mobiliários 
de renda fixa e regras e mecanismos próprios para a negociação secundária 
desses ativos (“Ofertas Públicas”). 
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticasde Negociação de 
Instrumentos Financeiros: esse código define princípios e regras que precisam 
ser seguidos pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que atuam nos 
mercados financeiros e de capitais, com o objetivo de garantir a adoção das 
melhores Práticas de Negociação de Instrumentos Financeiros. 
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Gestão de 
Patrimônio Financeiro no Mercado Doméstico: esse Código estabelece as 
condições que precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes para 
garantir a qualidade da Gestão do Patrimônio Financeiro. 
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de 
Produtos de Investimento no Varejo: esse Código estabelece as condições 
que precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes para garantir a 
qualidade na Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo. 
• O Selo ANBIMA objetiva demonstrar o compromisso das Instituições 
Participantes em seguir às disposições do Código, não podendo a ANBIMA ser 
responsabilizada pelas informações presentes nas publicações referentes à 
oferta pública e prospectos e pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, 
Instituições Participantes e/ou valores mobiliários objeto da Oferta Pública. 
• As Instituições Participantes têm responsabilidade não delegável e integral pela 
aplicação do processo de suitability, que consiste em procedimentos formais, 
que possibilitem verificar a adequação da recomendação de investimento feita, 
ao perfil do investidor. 
• Princípio “Conheça seu cliente”: esse princípio foi criado pelo Acordo de 
Basileia de 1988 e estabelece um conjunto de regras e normas que as 
instituições financeiras devem seguir para identificar a origem dos recursos e da 
constituição do patrimônio do cliente. Ele define um mínimo de informações, 
nomeadas qualificações, que precisam ser mantidas atualizadas pelas 
instituições financeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 Resumo CEA: Princípios Básicos de 
Economia e Finanças 
• O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma, em valores monetários, dos bens e 
serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado 
período. Esse indicador mensura a atividade econômica de uma região. O PIB 
pode ser obtido por três óticas diferentes: 
• A ótica da despesa considera a seguinte equação: PIB= C + I + G+ (X – M); 
onde C é o consumo das famílias; I é o investimento das empresas; G são os 
gastos do governo; X são as exportações e M as importações. 
• A ótica da oferta considera a seguinte equação: PIB = ∑VAB+(I-S); VAB é o 
valor adicionado bruto; I são os impostos, S são os subsídios. 
• A ótica do rendimento se baseia nos rendimentos dos fatores produtivos 
utilizados pelas empresas. Sendo assim, considera a seguinte equação: PIB = 
salários + lucros + aluguéis + juros + dividendos 
• A política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada 
receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização 
macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos. 
o A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento 
econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços; 
o A função redistributiva visa a assegurar a distribuição equitativa da 
renda; 
o A função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços 
públicos, compensando as falhas de mercado. 
• Política fiscal expansionista: aumento dos gastos do governo ou redução dos 
impostos. Possui como objetivo estimular a demanda privada e promover o 
crescimento econômico; 
• Política fiscal contracionista: redução dos gastos do governo ou aumento dos 
impostos. Objetiva desestimular a produção e reduz a renda e os preços. 
• A política fiscal é definida formalmente como: Dg = T – G. Onde Dg é o déficit 
público; T é a tributação e G é o gasto do governo. 
 
A política monetária reflete o conjunto de medidas de atuação do governo sobre os 
meios de pagamento, oferta de títulos públicos federais e das taxas de juros o que 
afetam tanto o custo como a oferta de crédito com objetivo de atingir e incentivar o 
emprego, distribuição de riquezas, estabilidade de preços e crescimento econômico 
(ASSAF NETO, 2008). 
 
 
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Instrumentos de política monetária: o Banco Central conduz a política monetária 
através de instrumentos que visam basicamente aumento ou redução da circulação de 
moeda na economia. Vejamos os principais instrumentos: 
• Recolhimentos compulsórios: representa o valor que deverá ficar retido no 
BACEN sobre os depósitos captados pelos bancos. Quanto maior o valor desse 
recolhimento, menor a disponibilidade dos bancos para realizar empréstimos. Se 
o compulsório reduzir, os bancos terão maior disponibilidade de recursos para 
realizar empréstimos estimulando o crédito e o consumo. 
• Operações de mercado aberto: O governo interfere no dia a dia do mercado 
financeiro com objetivo de influenciar a liquidez, ou seja, o volume de recursos 
disponíveis. 
• Operações de redesconto: trata-se da atuação do Banco Central no sistema 
financeiro emprestando recursos aos bancos redescontando títulos de crédito 
com o objetivo de socorrer os bancos em dificuldades de equilibrar seu saldo em 
situações nas quais saques versus depósitos realizados pelos clientes apresente 
saldo negativo. 
• Controle Seletivo de crédito: São intervenções diretas do Banco Central no 
controle monetário através do mercado de crédito, “constituindo um instrumento 
que impõe restrições ao livre funcionamento das forças do mercado, pois 
estabelece controles diretos sobre o volume e o preço do crédito” FORTUNA 
(2015). 
• Política Monetária Restritiva: representa os mecanismos que o governo utiliza 
para retirar dinheiro de circulação, de modo que haja uma queda da demanda 
agregada, fazendo com que se diminua o poder de compra e consumo. 
Exemplo: venda de títulos públicos pelo BACEN. 
• Política Monetária Expansiva: são medidas de aumentam de estoque de 
moeda ou poder de compra, implicando em aumento da demanda agregada, as 
pessoas tendo maior poder de compra tendem a aumentar o seu consumo. 
Exemplo: uma redução de impostos também é uma política monetária 
expansiva. 
• O dinheiro é a soma de papel-moeda em circulação e a soma dos depósitos à 
vista. Todo o dinheiro que temos a nossa disposição, no bolso, carteira, etc. e o 
dinheiro que temos disponível para saque nos bancos. 
• Segundo CARVALHO (2015), as relações fundamentais são: O papel moeda 
emitido menos caixa do BACEN é igual a papel moeda em circulação; o papel 
moeda em circulação menos caixa dos bancos igual a papel moeda em poder 
do público. 
• Os agregados monetários são as medidas quantitativas da oferta de moeda. 
Cada país classifica seus agregados monetários, geralmente por ordem de 
liquidez. No Brasil e em Portugal consideram-se cinco agregados monetários: 
M0, M1, M2, M3 e M4: 
 
 
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o M0 = Base Monetária Restrita = moeda emitida (papel-moeda e moeda 
metálica) + reservas bancárias (moeda em poder das entidades 
financeiras e seus depósitos no Banco Central); 
o M1 = moeda em poder do público (papel-moeda e moeda metálica) + 
depósitos à vista nos bancos comerciais. M1 é o total de moeda que não 
rende juros e é de liquidez imediata. sendo que Moeda em poder do 
público é a quantidade de moeda emitida pela autoridade monetária 
menos as reservas bancárias 
o M2 = M1 + depósitos a prazo (depósitos para investimentos, depósitos de 
poupança, fundos de aplicação financeira e de renda fixa de curto prazo) 
+ títulos do governo em poder do público.o M3 = M2 + depósitos de poupança 
o M4 = M3 + títulos privados (depósitos a prazo e letras de câmbio) 
• Os novos conceitos de meios de pagamento ampliados representam mudança 
de critério de ordenamento de seus componentes, que deixaram de seguir o 
grau de liquidez, passando a definir os agregados por seus sistemas emissores. 
• Meios de Pagamento Restritos: 
o M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista. O M1 é 
gerado pelas instituições emissoras de haveres estritamente monetários. 
o Meios de Pagamento Ampliados: 
o M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + 
títulos emitidos por instituições depositárias. O M2 corresponde ao M1 e 
às demais emissões de alta liquidez realizadas primariamente no 
mercado interno por instituições depositárias, as que realizam 
multiplicação de crédito. 
o M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas 
registradas no Selic. O M3 é composto pelo M2 e as captações internas 
dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos registrados no Sistema 
Especial de Liquidação e Custódia. 
• Poupança financeira: 
o 4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez. 
• Metas de Inflação: é uma política econômica onde principal objetivo dos países 
que adotam é diminuir e manter a inflação em níveis baixos. Para isto eles 
fazem um anúncio prévio de uma meta numérica para a inflação em prazo 
predeterminado e se comprometem explicitamente de que o Banco Central irá 
buscar o cumprimento desta meta fixada. 
• O COPOM determina a Meta da taxa de Juros e a CMN determina a Meta de 
inflação. 
• Os principais títulos públicos federais são: 
 
 
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• Letras do Tesouro Nacional (LTN) – juros pré-fixados; 
• Letras Financeiras do Tesouro (LFT) – juros pós-fixados; 
• Nota do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) – variação IPCA (índice de preços 
ao consumidor amplo) + juros; 
• Nota do Tesouro Nacional – Série C (NTN-C) – variação IGPM (índice geral de 
preços do mercado) + juros; 
• Nota do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) – rentabilidade pré-fixada + juros; 
• Nota do Tesouro Nacional – Série D (NTN-D) – variação cambial (dólar) + juros. 
• Os títulos privados se destinam à captação de recursos, em especial pelas 
empresas privadas e pelos bancos. Os principais são: 
• Certificado de depósito bancário (CDB) – juros pré ou pós-fixados (emissão 
pelas instituições financeiras para captação de recursos dos clientes); 
• Certificado de depósito interfinanceiro (CDI) – juros pré ou pós-fixados 
(emissão pelas instituições financeiras para captação de recursos de outros 
bancos); 
• Letras Financeiras (LF) – juros pré ou-pós-fixados (recursos aplicados 
direcionados para financiamento das instituições financeiras); 
• Letra de Crédito Imobiliário (LCI) – juros pré ou pós-fixados (recursos 
aplicados direcionados para financiamento habitacionais); 
• Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) – juros pré ou pós-fixados (recursos 
aplicados vinculados a direitos creditórios dos produtores rurais); 
• Debêntures – juros pré-fixados (recursos aplicados, representativos de dívida 
de médio e longo prazos de uma empresa); 
• Commercial Paper ou Nota Comercial – juros pré-fixados (recursos aplicados, 
representativos a dívidas de curto prazo, utilizado por empresas que buscam 
recursos para financiar capital de giro). 
• A operação compromissada é aquela em que o vendedor assume o 
compromisso de recomprar os títulos que alienou em data futura predefinida e 
com o pagamento de remuneração preestabelecida. 
• IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é calculado pelo IBGE desde 
1980, esse índice leva em conta o custo de vida para famílias de 1 a 40 salários-
mínimos em regiões metropolitanas brasileiras a partir de uma cesta com 
diversos itens – tais como alimentação, bebidas, habitação, transporte etc. É o 
índice utilizado pelo Banco Central para definir a meta de inflação. 
• INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, é muito semelhante ao IPCA, 
porém tem como população-objetivo famílias de 1 a 5 salários-mínimos, isto é, 
ele é mais sensível aos produtos consumidos pela população com menor renda. 
Também é calculado pelo IBGE. 
 
 
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• IPC-FGV: Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas, ele 
considera as despesas habituais de famílias com nível de renda entre 1 e 33 
salários-mínimos em 7 das principais capitais do país. 
• INCC: Índice Nacional de Custos da Construção, é calculado desde 1944, 
atualmente publicado pela Fundação Getúlio Vargas, o índice acompanha a 
evolução dos custos no setor da construção que incluem preços de materiais, 
equipamentos, serviços e mão de obra. 
• IPA: Índice de Preços por Atacado, também chamado de “Índice de Preços ao 
Produtor Amplo”, mede a variação dos preços no mercado atacadista, 
principalmente nos produtos agropecuários e industriais antes do consumo final. 
É publicado pela FGV. 
• IGP: Índice Geral de Preços, é um dos índices mais utilizados, ele não possui 
uma cesta de produtos, e sim formado por uma composição de outros índices, 
sendo: 60% IPA (Índice de Preços por Atacado) + 30% IPC (Índice de Preços ao 
Consumidor) + 10% INCC (Índice Nacional do Custo da Construção). 
• Em Economia, balanço de pagamentos é um instrumento da contabilidade 
nacional referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto 
do mundo. 
• O objetivo do balanço de pagamentos é registrar o total de recursos que entra 
e sai de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, 
capital financeiro, bem como transferências comerciais. 
• A seguir as contas que formam o balanço de pagamentos de um país: 
• Conta corrente: engloba os registros de três outras contas: a balança 
comercial, a conta de serviços e rendas e as transferências unilaterais. 
• Balança comercial: Registra o comércio de bens, na forma de exportações e 
importações. Quando as exportações são maiores que as importações temos 
um superávit na Balança Comercial. Um déficit ocorre quando as importações 
são maiores que as exportações. 
• Conta de serviços e rendas: inclui os pagamentos/recebimentos relacionados 
com o comércio de bens, como fretes e seguros, as receitas/despesas com 
viagens internacionais, o aluguel de equipamentos, os serviços governamentais, 
a exportação e importação de serviços e o pagamento/recebimento de juros e de 
lucros e dividendos. 
• Transferências unilaterais: contabilizam o saldo líquido das remessas de 
recursos ou doações feitos entre residentes no Brasil e residentes em outros 
países. 
• Conta de capitais: registra o saldo líquido entre as compras de ativos 
estrangeiros por residentes no Brasil e a venda de ativos brasileiros a 
estrangeiros. 
 
 
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• Conta financeira: representa o somatório dos valores líquidos dos 
investimentos diretos, investimentos em carteira, derivativos e outros 
investimentos. 
• O lucro dos bancos vem das tarifas de prestação de serviços e do spread 
bancário que é justamente a diferença entre os juros que cobra quando 
empresta um recurso a um tomador e o juros que remunera os investidores. 
• O papel das taxas de juros é não só o de equilibrar o mercado financeiro 
monetário, mas também personalizar cada oferta de crédito ou investimento a 
situação e as características da operação realizada, ou seja, temos dois papéis 
atrelados à taxa de juros: 
• O governo estabelece a taxa de juros Selic, que serve de parâmetro para os 
agentes financeiros definirem suas taxas de captação e empréstimo. 
• As Instituições Financeiras utilizam a taxa Selic como parâmetro,porém existem 
outros critérios para estabelecer as taxas de juros para o consumidor final, 
sendo as principais: riscos envolvidos nos empréstimos, spread praticado, 
custos administrativos crescentes, incidência de depósitos compulsórios ao 
BACEN etc. 
• A taxa Selic é uma taxa de juros determinada pelo Copom (Comitê de política 
monetária, vinculado ao BACEN). O BACEN, por excelência, é o Órgão 
responsável pelo controle da inflação no País. A taxa de juros e a base 
monetária tem papel preponderante no controle da inflação. 
• Uma das principais funções do Copom é definir as diretrizes da política 
monetária e a taxa Selic, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias para decidir 
sobre a manutenção, elevação ou redução da taxa. 
• As medidas do Copom consistem em um elemento de política monetária e 
levam em consideração aspectos como: o processo inflacionário; o desempenho 
econômico do país; as taxas de câmbio; as decisões em relação as taxas de 
juros de outros países. 
• A taxa DI, ou CDI, é a média das taxas de juros praticadas nos depósitos 
interbancários com período de um dia. Ou seja, é a remuneração média paga 
pelas instituições financeiras para captar recursos via empréstimos de outras 
instituições financeiras. 
• A função dos CDI (Certificado de Depósito Interbancário) são títulos emitidos 
por instituições financeiras com o objetivo de transferir recursos entre elas, isto, 
trata-se de uma negociação restrita ao mercado interbancário. Na prática, uma 
instituição financeira com dinheiro sobrando usa o CDI para emprestar para 
outra instituição financeira que não tem. 
• Segundo definição apresentada pelo próprio Banco Central do Brasil: “Define-se 
Taxa Selic como a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no 
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais.” 
 
 
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• A taxa Selic Over é a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa 
média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, 
lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido Sistema na forma 
de operações compromissadas. 
• A taxa Selic Meta é Definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a 
Selic – Meta que regula a taxa Selic Over assim como todas as outras taxas do 
Brasil. 
• A base de dados para a formação da Taxa Básica Financeira (TBF) é 
composta das taxas de juros das Letras do Tesouro Nacional (LTN) praticada 
nas operações definitivas no âmbito do mercado secundário e registrada no 
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). 
• A taxa referencial é obtida através do parâmetro R, definida como: R = a + b x 
TBF. Sendo R o redutor, a possui valor fixo, 1,005, e b depende do valor da 
TBF, sendo divulgado pelo BACEN. 
• A TJLP significa Taxa de Juros de Longo Prazo e é calculada com base em 
dois parâmetros: uma meta de inflação calculada pro rata para os doze meses 
seguintes ao primeiro mês de vigência da taxa, inclusive, baseada nas metas 
anuais fixadas pelo Conselho Monetário Nacional; e um prêmio de risco. 
• A Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em 
unidades monetárias de outra moeda. PTAX é a taxa que expressa à média das 
taxas de câmbio prática no mercado interbancário e é divulgada pelo BACEN. 
Por Dólar Spot entende-se taxa à vista e Dólar Foward é a taxa negociada no 
mercado futuro. 
• Ressalta-se que TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no 
SISBACEN pelas instituições autorizadas por ele a atuar. 
• Efeitos de uma desvalorização cambial: a renda nacional diminui em termos 
internacionais; o preço dos bens domésticos no exterior diminui – exportações 
aumentam; o preço dos bens importados aumenta – importações recuam. 
• Efeitos de uma valorização cambial: a renda nacional aumenta em termos 
internacionais; o preço dos bens domésticos no exterior aumenta – exportações 
diminuem; o preço dos bens importados diminui – importações aumentam. 
 
 Câmbio fixo 
• O câmbio fixo é aquele em que o valor da moeda estrangeira (geralmente o 
dólar) é fixado pelo governo. Desta forma, a moeda nacional passa a ter um 
valor fixo em relação a essa moeda-lastro. 
• Dentre as vantagens: possibilita um melhor controle sobre a inflação. 
• Desvantagem: pode ocasionar a valorização excessiva da moeda nacional, 
provocando a diminuição das exportações e aumento de importações (no caso 
da moeda estrangeira mantida desvalorizada). 
 
 
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Câmbio flutuante 
• O sistema de câmbio flutuante é aquele em que o mercado estabelece os 
valores das taxas de câmbio. Este processo ocorre através da lei de oferta e 
procura. Neste sistema podem ocorrer grande variações das taxas de câmbio 
em intervalos curtos de tempo. 
• Vantagens deste sistema: o próprio mercado regula as taxas de câmbio, não 
ocasionando distorções cambiais na economia. Desvantagens deste sistema: 
a valorização excessiva de moedas estrangeiras pode ocasionar inflação, 
enquanto a desvalorização destas moedas pode ocasionar diminuição das 
exportações. 
 
 Banda cambial 
• Neste sistema cambial, a autoridade monetária do país (no Brasil é o Banco 
Central) permite a variação das taxas de câmbio dentro de um determinado 
limite (valor máximo e valor mínimo). Esse intervalo é chamado de banda 
cambial. 
• Quando as taxas de câmbio saem do intervalo estabelecido, ocorre a 
intervenção do Banco Central, que atua comprando ou vendendo moeda 
estrangeira. Com isso, ele consegue fazer com que a taxa passe a operar dentro 
daquele intervalo estabelecido. 
• A vantagem deste sistema é que possibilita uma variação cambial, porém sem 
grandes valorizações ou desvalorizações, permitindo maior previsibilidade ao 
mercado financeiro. 
• Outra vantagem é que a banda pode ser mudada de tempos em tempos, de 
acordo com a situação econômica interna ou externa, acompanhando assim as 
necessidades do mercado cambial. 
• A desvantagem é que em muitos casos este sistema pode gerar certo 
artificialismo cambial, prejudicando os agentes econômicos nacionais. 
• A dívida interna é a parte da dívida pública que representa o somatório dos 
débitos, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos por um 
governo, com entidades financeiras e indivíduos (no Brasil, por exemplo, através 
do Tesouro Direto) de seu próprio país. 
• A dívida externa é o somatório dos débitos de um país, resultantes de 
empréstimos e financiamentos contraídos no exterior pelo próprio governo, por 
empresas estatais ou privadas. Esses recursos podem ser provenientes de 
governos, entidades financeiras internacionais (FMI, Banco Mundial etc.), 
bancos ou empresas privadas. 
• Superávits primário: é o resultado da subtração da receita (valor ganho) com a 
despesa, sendo que essa conta não inclui os juros de dívidas públicas. Essa 
receita não se configura apenas como dinheiro, mas também patrimônios de 
 
 
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posse governamental e outros valores. Sendo positivo o valor do balanço, os 
lucros são usados para aplicar no pagamento das dívidas internas. 
• Superávits nominal: caso o valor obtido no superávit seja mais que o suficiente 
para o pagamento dos juros, ele será empregado no valor total da dívida, 
quitando-a, assim, e diminuindo a dívida pública. Ou seja, o superávit nominal é 
aquele usado para a quitação de dívidas públicas. 
• Dólar comercial: é a cotação que acompanhamos nos meios de comunicação e 
mídias em geral. Esse dólar representa a cotação que está disponível apenas 
para as empresas que têm compromissos e negócios no exterior. 
• Dólar turismo: é o valor que os viajantespagam quando precisam de recursos 
para uma viagem ao exterior. 
• A curva da taxa de juros é a relação entre a taxa de juros e o tempo de 
maturação do investimento, sendo utilizada para precificar fluxos de caixa 
futuros. Ela mostra o modo como o mercado precifica o risco para períodos 
futuros. 
• Via de regra, quanto maior for a projeção da curva de juros para o futuro maior 
é a taxa de juros exigida, de modo que a curva de juros tende a indicar um 
aumento nos juros conforme eles são projetados para períodos mais distantes 
no futuro. 
• A rentabilidade é o ganho obtido sobre o capital investido. A rentabilidade 
costuma ser apresenta em termos percentuais, sendo obtida através da 
aplicação da seguinte equação: 
• Liquidez é a capacidade de transformar um ativo (bens ou investimentos) em 
dinheiro. Quanto mais rápida for essa conversão, mais líquido esse bem será. À 
Exemplo: Investimentos em CDB possuem maior liquidez que o investimento em 
imóveis. 
• O risco pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa 
decisão de investimento. Ou seja, é o grau de incerteza do retorno de um 
investimento. Normalmente, o risco tem relação direta com o nível de renda do 
investimento: quanto maior o risco, maior o potencial de renda do investimento. 
• Risco de mercado: é o risco de perdas resultantes de variação dos preços de 
mercado dos ativos. Ex.: risco de títulos de dívida, ações, câmbio e mercadorias. 
• Risco de liquidez: é o risco de não se conseguir mobilizar recursos monetários 
para honrar obrigações quando apresentadas para liquidação. Também pode 
ocorrer por falta de demanda no mercado. Ex.: imóveis tem mais alto risco de 
liquidez do que título público. 
• Risco de crédito: pode ocorrer por quatro tipos de eventos: 
o A incapacidade final do tomador em honrar o contrato da dívida. 
o O atraso no pagamento dos valores contratados. 
 
 
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o Migração do crédito, isto é, a mudança de avaliação da probabilidade de 
pagamento do contrato por parte de avaliadores de crédito, como as 
agências de rating. 
o A renegociação do contrato forçada, sob estresse, impondo perdas ao 
credor. 
• Risco operacional: é a possibilidade do não retorno de um investimento em 
razão de problemas operacionais da instituição emitente do papel no qual os 
recursos foram investidos. Ex.: falha nos equipamentos, pessoas pouco 
qualificadas etc. 
• Risco legal: é o risco de perdas pela falta de cumprimento das leis, normas e 
regulamentos. 
• Risco de imagem: pode ser definido como o risco de perdas em decorrência de 
alterações da reputação junto a clientes, concorrentes, órgãos governamentais 
etc. 
• Risco sistemático: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem em 
fatores comuns a todos os ativos do mercado. Por exemplo, determinado 
resultado das eleições presidenciais afeta, em maior ou menor grau, todos os 
ativos do mercado. 
• Risco não sistemático ou específico: é a parte da volatilidade do ativo que 
tem sua origem em características específicas do ativo. 
Por exemplo, se uma plataforma da Petrobrás sofre um acidente, a princípio 
somente as ações desta empresa recebem um impacto negativo; 
• O termo risco-país, permite condições mensuráveis de avaliação da 
capacidade de um país quebrar. A taxa é medida em pontos e calculada a partir 
de uma cesta de títulos negociados no mercado. Cada ponto significa 0,01 ponto 
percentual de prêmio acima do rendimento dos papeis da dívida dos EUA, 
considerada de risco zero de calote. 
• Objetivo do investidor: considere que o investidor quer fazer uma reserva 
financeira para emergência, a melhor alternativa é investimentos menos 
arriscados e com maior liquidez. Se o objetivo é de aposentadoria, investimentos 
de longo prazo são mais interessantes. 
• Horizonte de investimento: quanto maior o horizonte de investimento, maior 
poderá ser o risco de mercado (volatilidade) do investimento. 
• Risco versus retorno: Considerando que os investidores são racionais, 
concluímos que eles só estarão dispostos a correrem maior risco em uma 
aplicação financeira para ir em busca de maiores retornos. 
• Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo 
retorno, o investidor prefere o de menor risco e entre dois investimentos de 
mesmo risco, o investidor prefere o de maior rentabilidade. 
 
 
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• A diversificação é como o investidor divide sua carteira de investimentos, 
exemplo: colocar 10% de seu dinheiro em debêntures, 30% em fundos de 
ações, 20% em fundo imobiliário e 40% na poupança; o que ajuda a os riscos de 
perdas, pois quando um investimento não vai bem, os outros podem compensar, 
de forma que na média não tenha perdas mais expressivas. 
• Entende-se como receita o valor arrecadado (ganho). Já as despesas são os 
gastos de uma maneira geral. O Fluxo de Caixa é o instrumento de gestão 
financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de 
recursos financeiros, indicando o saldo final para cada período. 
• Dentre os tipos de retornos, figuram: o Retorno esperado, que é a 
remuneração solicitada para que as aplicações sejam mantidas; o Retorno 
exigido, que é trata-se do retorno esperado só no caso de um mercado eficiente 
e; o Retorno real, que é o retorno efetivo obtido com o investimento. 
• Na metodologia de juros simples, considere as seguintes equações para o 
cálculo dos juros: J = C x i x t. Para o cálculo do montante, considere M = C x 
(1 + i x t) 
• Na metodologia de juros composto, considere as seguintes equações para o 
cálculo de juros: J = M – C. Para o cálculo do montante: M = C x (1 + i) t. 
• A taxa proporcional quando calculada em regime de capitalização simples: 
resolve-se apenas multiplicando ou dividindo a taxa de juros. Já a taxa 
equivalente é definida pela equação (1 + ia) = (1 + ip) n 
• A taxa nominal de juro é definida como nominal cujo prazo difere da 
capitalização. Dessa forma, é possível notar que se trata de um valor aparente. 
Já a taxa efetiva é a taxa de juro calculada sobre o valor efetivamente 
emprestado ou aplicado. 
• A taxa real é a taxa de juros já com a inflação descontada e pode ser obtida 
através da fórmula: ir = (1 + ie) / (1 + if) – 1 
• A fórmula para a capitalização simples é a seguinte: FV = PV * i * n. Em que 
FV é o valor futuro; PV é o valor presente, i é a taxa de juros e n é o prazo da 
aplicação. Já o regime de capitalização composta pode ser calculado a partir 
as seguinte equação: FV = PV (1 + i ) n. 
• Equivalência de taxas: em regime de capitalização composta, como a 
capitalização ocorre em todos os períodos, as taxas não são iguais. Para 
determinar a taxa anual de uma aplicação mensal: iα= ( 1 + im)12 -1. Para 
determinar a taxa mensal de uma aplicação anual: iα= ( 1 + im) -1. 
• O valor presente pode ser definido pela seguinte equação: . Já o Valor 
futuro pode ser definido pela seguinte equação: PV = FV (1+ i)n. 
• O Desconto Bancário e Comercial (ou por fora) é obtido através da seguinte 
fórmula: D = FV * i * n. O valor presente com desconto simples pode ser obtido 
conforme segue: PV = FV (1 – in). 
 
 
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• O Regime de Capitalização Contínuo ocorre de forma contínua e pode ser 
obtido através da fórmula: FV= PVeit 
• A Fórmula de Fisher é definida por . 
 
Série uniforme de pagamentos 
• Considere as seguintes fórmulas para a definição de: 
Aplicação mensal: Perpetuidade: 
 
 
 
Uniformes Antecipadas: 
 
 
 
 
SequênciaUniforme de Termos Antecipados: 
 
 
• O payback simples é encontrado dividindo o valor do investimento inicial 
(exemplo: R$100.000) pelos fluxos de caixa (exemplo: R$35.000 a.a), da 
seguinte forma: 
 
 
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• O valor do Retorno é obtido através da seguinte fórmula: 
.Considerando Valor Futuro igual a VF e Valor Presente igual a 
VP: . Portanto, 
 
 
• O Valor Presente Líquido do fluxo de caixa pode ser representado para esse 
caso da seguinte maneira: 
• Sobre TIR e TMA, considere os seguintes princípios: 
• se a TIR _gt_ TMA, o investimento é viável economicamente, pois o retorno 
gerado é maior que a taxa mínima de atratividade. 
• se a TIR _lt_ TMA, o investimento não é viável economicamente, porque seu 
retorno é menor que o mínimo desejado; 
• se a TIR = TMA, o investimento está em uma zona de indiferença de retorno, 
mas ainda é viável, pois gera o mínimo desejado, que é a taxa mínima de 
atratividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 Resumo CEA: Instrumentos de Renda 
Fixa, Renda Variável e Derivativos 
• Os títulos de renda fixa são aqueles em que a forma de remuneração ou o 
indicador ao qual está atrelado o investimento é fixado no momento da 
contratação da operação. 
• Podemos enquadrar na modalidade de renda fixa as operações da caderneta 
de poupança, os títulos públicos, as debêntures, os fundos de investimentos, os 
CDBs, entre outros. 
• Os títulos de renda variável são aqueles em que a forma de remuneração ou o 
indicador ao qual está atrelado o investimento não é conhecido no momento da 
aplicação. Nesse tipo de investimento, o devedor não garante o retorno do 
capital investido. Podemos enquadrar nessa modalidade as ações, as moedas 
estrangeiras etc. 
• O Crédito Direto Bancário (CDB) é um título privado para a captação de 
recursos de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos. 
• Prefixado: uma taxa fixa é negociada entre o investidor e o banco e durante a 
vigência daquele título. O investidor terá seu recurso corrigido diariamente de 
acordo com a taxa estabelecida. Por exemplo, um CDB pré-fixado com taxa de 
1% ao mês. 
• Pós-fixado: nesse produto, a remuneração varia de acordo com outro índice 
preestabelecido a ou de acordo com a variação do Certificado de Depósito 
Interbancário (CDI). Nessa modalidade, o investidor também terá seu recurso 
corrigido diariamente segundo a variação diária da taxa. 
• São três os tipos de rentabilidade: prefixada; pós-Fixada e flutuante (CDI e 
Taxa Selic). 
• Prazos mínimos e indexadores: 1 dia: CDBs prefixados ou com taxa flutuante 
(taxa DI e taxa Selic); 1 mês: indexados a TR ou TJLP; 2 meses: indexado a 
TBF; 1 ano: indexado à índice de preços (IGPM e IPCA); 
• Os CDBs não podem ser indexados à variação cambial. Para atrelar a 
rentabilidade de um CDB à variação cambial é, necessário fazer um swap. 
• Liquidez: O CDB pode ser negociado no mercado secundário e pode ser 
resgatado antes do prazo final, caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. 
No caso de resgate antes do prazo final, devem ser respeitados os prazos 
mínimos. 
• Garantias: Os CDBS estão cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito até o 
limite de R$ 250.000,00 por CPF e conglomerado financeiro. 
• Letra de Câmbio (LC): A letra de câmbio é uma espécie de título de crédito, ou 
seja, também representa uma obrigação pecuniária, sendo desta autônoma. 
 
 
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• Letra de Crédito Imobiliário (LCI): é lastreado por créditos imobiliários 
garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel, conferindo 
aos seus tomadores direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, 
atualização monetária nelas estipulados. 
• Letra de Créditos do Agronegócio (LCA): Parecido com LCI, o que muda é o 
lastro do papel. As Letras de Créditos do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos 
por bancos garantidos por empréstimos concedidos ao setor de agronegócio. 
Outra diferença é que só podem ser emitidos por bancos e cooperativas de 
crédito. 
• Letras Hipotecárias (LH): as Letras Hipotecárias são instrumentos de captação 
de recursos emitidos por Instituições Financeiras autorizadas a conceder 
créditos hipotecários, ou seja, Caixa Econômica Federal, Sociedade de Crédito 
Imobiliário, Sociedade de Poupança e Empréstimo, entre outros. 
• A Marcação a mercado (MaM) consiste em registrar todos os ativos, para efeito 
de valorização e cálculo de cotas dos fundos de investimento, títulos e demais 
ativos; pelos respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos 
líquidos ou, quando este preço não é observável, por uma estimativa adequada 
de preço que o ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado. 
• Debêntures e Notas Promissórias: captação de recursos de médio e longo 
prazo para sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto. Não 
existe padronização das características desse título. 
 
Tipos de Debêntures (quanto à garantia): 
• Garantia real: fornecida pela emissora pressupõe a obrigação de não alienar ou 
onerar o bem registrado em garantia, tem preferência sobre outros credores, 
desde que averbada no registro. É uma garantia forte; 
• Garantia flutuante: assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da 
companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo. 
Ela marca lugar na fila dos credores, e está na preferência, após as garantias 
reais, dos encargos trabalhistas e dos impostos. 
• Garantia quirografária: ou sem preferência, não oferece privilégio algum sobre 
o ativo da emissora, concorrendo em igualdade de condições com os demais 
credores quirografários (sem preferência), em caso de falência da companhia; 
• Garantia subordinada: na hipótese de liquidação da companhia, oferece 
preferência de pagamento tão somente sobre o crédito de seus acionistas. 
• Tipos de Debêntures (quanto ao registro): 
• Debênture Nominativa: é aquela onde há a emissão de certificado onde consta 
o nome do titular, e há registro em livro próprio, sendo facultado à emissora 
contratar a escrituração e guarda dos livros de registros da emissão e 
transferências. 
 
 
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• Debênture Escritural: é também nominativa, mas neste caso não há a emissão 
de certificado e há a obrigação de contratação de instituição financeira 
responsável (instituição depositária). As debêntures são mantidas em contas de 
depósito, em nome de seus titulares. 
 
Tipos de Debêntures (quanto ao recebimento pelo investidor): 
• Simples: O resgate, ou amortização, se dá em moeda corrente. E não são 
conversíveis ou permutável em ações. 
• Conversível: Podem ser convertidas em ações da empresa emissora de acordo 
com regras previstas na escritura da emissão. 
• Permutável: podem ser convertidas em ações de outra empresa, que não a 
companhia emissora, de acordo com as regras definidas na escritura de 
emissão. 
 
Notas promissórias (commercial paper): 
• Notas promissórias podem ser emitidas por S.A Aberta e S.A Fechada. 
Ademais, são vedadas as ofertas públicas de notas promissórias por instituições 
financeiras, sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários e sociedades de arrendamento mercantil. 
• A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um instrumento 
para empresas com bom conceito de crédito. 
• Sobre os prazos: o prazo mínimo é de 30 dias; o prazo máximo é de 180 dias 
para S.A. de capital fechado e 360 dias para S.A. de capital aberto; possui uma 
data certade vencimento. A Rentabilidade pode ser Prefixada ou Pós-Fixada. 
• Agente fiduciário: A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos 
debenturistas exercendo uma fiscalização permanente e atenta, verificando se 
as condições estabelecidas na escritura da debênture estão sendo cumpridas. 
• Os títulos públicos federais são instrumentos financeiros de renda fixa 
emitidos pelo Governo Federal para obtenção de recursos junto à sociedade, 
com o objetivo primordial de: Financiar o déficit orçamentário, nele incluído o 
refinanciamento da dívida pública e realizar operações para fins específicos, 
definidos na Lei Orçamentária, ou em seus créditos adicionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela – Títulos públicos federais. 
Nome Atual Nome Anterior Rentabilidade CUPOM 
Tesouro Prefixado LTN Juros Prefixado Não 
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais NTN-F Juros Prefixado Sim 
Tesouro Selic LFT Selic Não 
Tesouro IPCA + Juros Semestrais NTN-B Juros + IPCA Sim 
Tesouro IPCA NTN-B Principal Juros + IPCA Não 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
• Sem cupom: São títulos em que os juros são pagos apenas no vencimento do 
título, junto com o seu principal. 
• Com cupom: São títulos que possuem pagamentos semestrais de juros. 
 
Tesouro Direto 
• O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em 
parceria com a BMF&FBovespa para venda de títulos públicos federais para 
pessoas físicas, por meio da internet. O objetivo é democratizar o acesso aos 
títulos públicos, ao permitir aplicações com apenas R$ 30,00. 
• O mercado primário é onde há a primeira negociação do título. Quando esse 
título é revendido a um terceiro, esse título passa a ser negociado no mercado 
secundário. 
• O mercado secundário é onde as ações são negociadas entre terceiros, ou 
seja, a empresa não participa do processo de venda da ação. É nesse mercado 
onde o primeiro comprador revende a ação para outro investidor e assim por 
diante. 
• Taxa de custódia: cobrada pela BM&FBOVESPA, equivalente a 0,25% ao ano 
sobre o valor do título. Esta taxa é cobrada para a manutenção dos serviços de 
guarda dos títulos, fornecimento de informações e movimentação do saldo. 
• Taxa cobrada pela instituição financeira: Essa taxa varia de instituição para 
instituição e pode ser cobrada anualmente ou por operação. Quando o valor das 
taxas de toda a carteira ultrapassar R$ 10,00. 
• Os impostos que incidem sobre as aplicações em tesouro direto são o IOF e o 
imposto de renda. A alíquota do Imposto de renda depende do prazo de 
aplicação: 
i. 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias; 
ii. 20% para aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias; 
iii. 17,5% para aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias; 
iv. 15% para aplicações com prazo acima de 720 dias. 
 
 
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• O ágio é definido como um valor adicional cobrado nas operações financeiras, 
pela instituição financeira para realizar as operações relacionadas a compra e 
venda de títulos. Por outro lado, o deságio é observado quando um título é 
vendido por valor inferior ao seu valor nominal 
• Cálculo do PU de um título Prefixado: o Preço Unitário (PU) é o resultado da 
multiplicação da cotação vezes o Valor de Face. Na maioria dos títulos públicos 
federais, o Valor de Face (Valor Nominal) é igual a R$ 1.000,00. 
• Cotação: é o valor presente do fluxo do título, descontado pela taxa de juros 
informada ou pelo prêmio de deságio. Para títulos sem cupom (zero cupom) 
como LTN e LFT, basta trazer a valor presente o valor do vencimento. 
• EXEMPLO: Qual é o P.U de um Tesouro Prefixado (LTN) (010107) que tem seu 
Valor de Face igual a R$ 1.000,00 que foi resgatada antecipadamente em 31-03-
05 a LTN há 440 dias úteis do vencimento e com 19,00% de taxa de juros ao 
ano? 
 
NA HP – 12 C 
 
Tabela – Cálculo. 
Pressionar Objetivo Visor 
F REG Limpar memória 0,00 
1000 FV Introduz o valor futuro 1.000,00 
440 Enter Introduz o prazo de 
liquidação 
1.746 
252 Divide 
Tecla “N” 
19 I Introduz a taxa 19,00 
PV Solicita o valor do 
montante 
-738,06 
Resultado Negativo representa saída 
de caixa 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
Caderneta de poupança 
• É a aplicação mais popular e possui altíssima liquidez, porém com perda de 
rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do período. Rentabilidade: 6% ao 
ano + TR: 
• Mensal (pessoas físicas): TR + 0,5%; 
• Trimestral (pessoas jurídicas): TR + 1,5%. 
 
 
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• A poupança passa a render 70% da Selic mais a TR, sempre que essa taxa 
básica de juros estiver em 8,5% ao ano ou menos. 
• Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de 
aniversário o dia 01 do mês subsequente. 
• Aplicações são realizadas através de depósito em cheque, tem como data de 
aniversário o dia do depósito e não o dia da compensação do mesmo. 
• Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00. 
• Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de 
aniversário o dia 01 do mês subsequente. 
• Existem dois tipos de sociedades anônimas: a companhia aberta e a fechada. 
• Nas Abertas há: negociação em bolsas de valores; divisão do capital entre 
muitos sócios (pulverização); cumprimento de várias normas exigidas pelo 
agente regulador (Bolsas de Valores e CVM). 
• Nas Fechadas há: negociação no balcão das empresas, sem garantia; 
concentração do capital na mão de poucos acionistas. 
• As formas mais comuns de classificar as ações segundo a sua forma de 
circulação são: 
o Ações nominativas: são ações que têm o nome do acionista registrado no 
Livro de Registro das Ações Nominativas. As transferências desse tipo de 
ação ocorrem através da averbação do nome referenciado no registro deste 
livro; 
o Ações nominativas endossáveis: são ações em que apenas o nome do 
primeiro endossante é registrado, sendo as transferências processadas por 
endosso na própria cautela; 
o Ações escriturais: são ações sem emissão física, e o controle é realizado 
por uma instituição depositária de títulos. 
• Segundo a forma de participação societária, podem ser destacadas as seguintes 
formas de circulação: 
• Ações ordinárias (também conhecidas como Ação ON): são ações que 
permitem o direito ao voto em assembleias gerais da companhia, além disso, o 
acionista tem participação nos resultados da companhia. Os acionistas ON 
geralmente têm prioridade na aquisição de novas ações emitidas pela empresa; 
• Ações preferenciais (também conhecidas como Ação PN): são ações que 
garantem prioridade na participação no resultado da empresa, como na 
distribuição de dividendo e no reembolso de capital, no entanto, essa ação não 
garante direito a voto. 
• É importante destacar que a empresa pode alterar a estrutura do capital social 
através de diferentes operações, sem impactar nos direitos dos acionistas. São 
exemplos: 
 
 
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• Agrupamentos: é uma operação na qual a empresa transforma um determinado 
grupo de ações em uma única ação, não alterando o patrimônio total dos 
acionistas; 
• Bonificações: é uma operação na qual as reservas e resultados da companhia 
são transformados em novas ações. Essa alteração não representa um ganho 
aos acionistas. 
• Desdobramentos: é uma operação que consiste na transformação de uma ação 
em uma quantidade de outra, ou seja, dividir a ação em ações menores. Esse 
procedimento não altera o patrimônio total dos acionistas. 
• Subscrições: é uma operação na qual a empresa aumenta

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