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Medicina Laboratorial | UC XXI | SP 4 Lab�atório das doenças desmielinizantes e neurodegenerativas Lembrando A bainha de mielina recobre as fibras nervosas no sistema nervoso central (SNC) e do sistema nervoso periférico (SNP), acelerando a transmissão axônica dos impulsos nervosos SNC: Oligodendrócitos SNP: Células de schwann - Desmielinização costuma ser secundária a doenças Primária – principalmente autoimune (Guillan Barret, outra doenças inflamatórias, etc, formam anticorpos que atacam a bainha de mielina ESCLEROSE MÚLTIPLA - Danifica a parte de condução dos neurônios por afetar os oligodendrócitos que formam a bainha de mielina que auxilia na condução nervosa - Forma mais frequente: períodos de exacerbação intercalados com períodos de melhora completa ou parcial dos sintomas - A etiologia mais comum é após uma infecção por Epstein-Barr - Doença crônica autoimune que acomete adultos jovens - Caracteriza-se por: múltiplas áreas de inflamação, desmielinização e esclerose na substância branca do SNC - Surtos e acúmulo de incapacidades por lesões na substância branca, que é onde estão os axônios; pode ter um surto e voltar ao normal, ou também pode ter um surto e com isso ir acumulando “lesões” - Não tem cura Áreas localizadas de desmielinização (placas) Destruição dos oligodendrócitos (SNC) e inflamação perivascular Placas ficam localizadas principalmente substância branca, atingindo na medula as colunas laterais e posteriores e também nervos ópticos • Sintomas Causados por neurotransmissão deficiente - Déficits motores (piramidais, como fraqueza em um hemicorpo, sinal de Babinski e reflexos profundos exaltados) - Déficits sensitivos (hipoestesia superficial ou profunda, parestesias) - Déficits cerebelares (ataxia, desequilíbrio), visuais (diminuição da acuidade visual, diplopia) e de tronco encefálico (oftalmoplegia internuclear – paresia do olho adutor no olhar conjugado lateral com nistagmo horizontal do olho abdutor) - Neurovegetativos (principalmente urgência urinária, com ou sem incontinência) - após algum tempo de doença Gabriela de Oliveira | T3 | 7º período 1 Medicina Laboratorial | UC XXI | SP 4 → Sintomas bastantes sugestivos EM - Neurite óptica - Sinal de Lhermitte e (flexão do pescoço leva à sensação de eletricidade percorrendo a coluna) - Oftalmoplegia internuclear - Piora dos sintomas com elevação da temperatura corpórea - Fenômeno de Uhthoff; principalmente após exposição ao sol, após tomar um banho quente, ficar em frente a um forno aceso ou em ambientes fechados muito aquecidos • Fisiopatologia - Ataca mielina ou os oligodendrócitos (sintetiza mielina) → interrompe condução nervosa - Vitamina D faz controle de homeostase do sistema imune → baixa quantidade de vitamina D → maior chance de esclerose múltipla - LyT autorreativos - Primariamente na periferia e SNC - LyB ativados APA atravessam a BHE - Ativação inflamatória, imunoglobulinas que atacam oligodendrócitos, bainha de mielina - Fase mais precoce região perimedular ocorrem lesões com resp. inflamatória, prod de citocinas, quimiocinas, lesão celular (CD4) – FASE INFLAMATÓRIA – MUITOS SURTOS ; tenho muita inflamação, mas não tenho destruição - Mais tardia: menos inflamação, mais agregados linfóides secundários e terciário, resp. Inflamatória menos exacerbada, porém mais contínua e que faz destruição (CD8) - ***Componente degenerativo – radicais livres, disfunção mitocondrial e energética, acúmulo de glutamato - Correspondência ocorre em relação ao volume e incapacidade - As concentrações das lesões estão relacionadas à liberação de mediadores inflamatórios e proteínas plasmáticas - Com a participação de linfócitos T: CD4 (nas lesões recentes) e CD8 (nas lesões avançadas) - As citocinas podem ser produzidas pelas células neurais e gliais do SNC ou podem passar a vir da circulação periférica Características inflamatórias - Presença de infiltrado de linfócitos e plasmócitos no tecido cerebral de distribuição perivenular e pericapilar; no início é só na substância branca, com o tempo pode acometer todo o neurônio - No início, a reação ocorre na substância branca - Na evolução, ocorre desmielinização na substância branca periventricular • Fase mais precoce: região perimedular - lesões com resposta Inflamatória (citocinas, quimiocinas, lesão celular) • Mais tardia: menos inflamação, mais agregados linfóides secundários e terciários - Resposta inflamatória menos exacerbada, porém mais continua - Componente degenerativo – radicais livres, disfunção mitocondrial e energética, acúmulo de glutamato - Ocorre uma correspondência em relação ao volume e incapacidade: Fenótipos clínicos → QUANTO MAIS SURTO EU TENHO, MAIS EU TENHO INCAPACIDADE!!! Então o pior de todos é o primário progressivo - paciente tem característica neurológica o tempo todo - Forma mais comum: remitente recorrente- sem sintomas e de repente um surto → isso vai acumulando perdas - Síndrome clínica: paciente chega com todos sinais e sintomas de EM, mas só teve surto 1 vez; e aí é necessário fazer acompanhamento para ver se ele vai desenvolver ou não a doença Gabriela de Oliveira | T3 | 7º período 2 Medicina Laboratorial | UC XXI | SP 4 - Remitente recorrente, 80% evolui para secundária progressiva (não tem mais surto, a todo momento tenho algum episódio acontecendo) - Primário progressivo: 10% - mais grave Critérios de Mc Donald → RM - Dedos de dawson - Lesões ovaladas – perpendiculares ao corpo caloso - Lesões justa corticais - Em volta de regiões ventriculares É uma doença progressiva, preciso de critérios para saber se ele está piorando ou não → “Black-holes” → seta vermelha: Astrócitos, oligodendrócitos substituíram bainha de mielina → Exame de LCR • Auxílio diagnóstico e acompanhamento ; NÃO É OBRIGATÓRIO PARA OS CRITÉRIOS DE MC DONALD • Pleocitose linfomonocitária - leucocitose às custas de linfócitos • Hiperproteinorraquia discretas, até 30 células/mm3 e até 100 mg/dL • Bandas oligoclonais (mais de 90% dos casos) • Produção intratecal de IgG (elevada entre 70 e 90% dos casos) → Eletroforese de proteínas - bandas oligoclonais • Determinação das frações proteicas • Importância no diagnóstico e no seguimento de processos inflamatórios do sistema nervoso central (SNC) • Imunoglobulinas sintetizadas por um ou poucos clones de plasmócitos, derivados de linfócitos B, em resposta à presença contínua de um antígeno único e altamente específico • Mais de 90% dos pacientes com esclerose múltipla DISSEMINAÇÃO DE ESPAÇO - EXAME DE IMAGEM Espaço do SNCP- locais diferentes do SN - topografia DISSEMINAÇÃO DO TEMPO Ao longo do tempo ocorreu mais um surto? Se eu tenho só 1 surto, eu não tive disseminação no tempo Gabriela de Oliveira | T3 | 7º período 3 Medicina Laboratorial | UC XXI | SP 4 Acaba se usando mais: 2 disseminações no tempo e 2 disseminação no espaço; ou seja: 2 surtos e 2 lesões características → para diagnóstico de EM Exame adicionais na investigação FAN é utilizado para saber etiologia autoimune Se tiver suspeita de EM, precisamos saber quando começou, e qual foi a sequência de acontecimentos dos déficits RM é obrigatória para diagnóstico; tem que ser feita com e sem contraste, porque algumas lesões mais antigas não aparecem sem contraste LCR procuramos proteínas e anticorpos Vit B12: para produzir bainha de mielina, precisa de B12 Gabriela de Oliveira | T3 | 7º período 4 Medicina Laboratorial | UC XXI | SP 4 R: A R: C R: pegadinha! imagem de anel em realce - neurotóxico; opção de tratamento: sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico Gabriela de Oliveira | T3 | 7º período 5 Medicina Laboratorial | UC XXI | SP 4 DOENÇA DE ALZHEIMER - Déficit cognitivo e comprometimento (degeneração que afeta o cognitivo) - Descartado outros tipos de demência - Não deve ser diagnosticada a DA caso os sintomas ocorrer apenas durante o delirium - RM: aumento de ventrículos - Atrofia cerebral - Dilatação ventricular - Proteína TAU - Placasamiloides - Os emaranhados neurofibrilares são agregados intracitoplasmáticos de filamentos helicoidais pareados, compostos pela proteína Tau hiperfosforilada - A proteína Tau é responsável pela estabilidade e o funcionamento adequado do sistema microtubular intraneuronal → aumentada nas proteínas TAU - A-beta 42 no LCR - As placas senis são depósitos extracelulares esféricos de agregados insolúveis da proteína beta-amiloide, localizadas, inicialmente, no sistema límbico (hipocampo, córtex entorrinal, amígdala e em algumas áreas corticais e subcorticais) – MENOR LIMPEZA E DRENAGEM - DEPÓSITO • Os pequenos agrupamentos podem bloquear a sinalização entre as células nas sinapses. - Aumento da proteína Tau associado à diminuição de beta-amiloide (Ab 42) tem um alto valor preditivo para a doença de Alzheimer Gabriela de Oliveira | T3 | 7º período 6
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