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GABARITO EXERCICIOS AULA 1

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11/11/2020 UNINTER - GENÉTICA
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GENÉTICA
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Fernanda Eliza Toscani Burigo
11/11/2020 UNINTER - GENÉTICA
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CONVERSA INICIAL
AS BASES DA HEREDITARIEDADE E OS TRABALHOS DE GREGOR MENDEL
A Genética é o ramo da Biologia que estuda a hereditariedade, ou seja, relaciona-se à transmissão
de caracteres ao longo das gerações. É fundamental para a compreensão de diversos fenômenos e está
intrinsecamente relacionada aos estudos da Evolução e da Biologia Molecular, permitindo as correlações
entre as áreas e ampliando a possibilidade de resoluções e explicações para elas. Além disso, está
presente no nosso cotidiano, pois, além de abordar os caracteres hereditários – permitindo a
compreensão das nossas origens –, possibilita-nos entender e identificar diversas doenças, buscando o
tratamento e/ou a cura para elas.
O estudo da Genética também está intimamente ligado aos trabalhos do monge Gregor Mendel,
que conseguiu, a partir de estudos com ervilhas, evidenciar a hereditariedade de algumas características
da planta, comprovando-as por meio de análises estatísticas. A partir de seus estudos, Mendel postulou
a 1ª e a 2ª Lei de Mendel, em 1866, as quais traduziam suas conclusões. No entanto, Mendel morreu no
anonimato, sem obter o reconhecimento de seus trabalhos.
A partir de 1900, os trabalhos de Mendel são redescobertos e iniciam uma nova perspectiva na
Genética. Thomas Morgan, em conjunto com outros geneticistas e alunos, demonstram que os genes
ocupam posições específicas no cromossomo, desenvolvendo o primeiro mapa cromossômico em
moscas de fruta (Drosophila melanogaster).
Entretanto, ainda não havia o conhecimento da composição dos genes, fato que foi elucidado por
Watson e Crick, em 1953, ao descreverem a estrutura da molécula de DNA. A partir desse fato, inicia-se
uma nova era: a Genética Molecular.
Nesta aula, destacaremos a história da Genética, a 1ª Lei de Mendel e as variações no modelo
mendeliano, além de abordar conceitos importantes para a compreensão dessa ciência. Trabalharemos
ainda as heranças dos grupos sanguíneos e suas aplicações cotidianas.
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São objetivos desta aula:
Reconhecer a história da Genética e dos trabalhos de Gregor Mendel no pioneirismo do
desenvolvimento desse ramo da Biologia, bem como os conceitos básicos aplicados à Genética.
Reconhecer a importância dos trabalhos de Gregor Mendel na construção das bases da genética
clássica;
Conceituar cromossomos homólogos, genes alelos, genes dominantes e recessivos, geração
parental e filial, segregação de cromossomos e a formação de gametas na meiose, dentre outros
conceitos importantes.
Descrever os principais experimentos de Gregor Mendel com as ervilhas, conceituando a 1ª Lei.
Identificar as variações no padrão de herança mendeliana.
Compreender a herança dos alelos múltiplos, exemplificada principalmente pela herança do
sistema ABO.
Contemplar a herança do fator Rh, abordando a eritroblastose fetal.
Resolver problemas da 1ª Lei de Mendel, herança do grupo sanguíneo ABO e fator Rh, utilizando o
quadro de Punnet e heredogramas.
TEMA 1 – A HISTÓRIA DA GENÉTICA
1.1 MENDEL, O PAI DA GENÉTICA
É impossível falar em Genética sem abordar a história de Gregor Mendel, conhecido como o pai da
Genética (Figura 1). Johann Mendel – seu nome de batismo – nasceu em julho de 1822 em um pequeno
povoado na Áustria. Após ingressar para a ordem dos agostinianos, em 1843, e ser nomeado sacerdote
em 1847, mudou seu nome para Gregor. Entre 1951 e 1953, estudou História Natural pela Universidade
de Viena, adquirindo importantes conhecimentos para a execução de seus projetos. Desenvolvendo seus
experimentos com as ervilhas, com técnicas de polinização aprendidas durante seus estudos, fez
descobertas fantásticas sobre a hereditariedade, respondendo a várias questões sobre o tema. A escolha
correta da planta e uma ponderada seleção de critérios foram fundamentais para o sucesso de Mendel.
Suas ideias, muito avançadas para a época, não eram bem compreendidas, e suas pesquisas possuíam
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um nível estatístico elevado e com tanta exatidão que só poderiam ser atestadas com o advento de
tecnologias modernas.
Figura 1 – Gregor Mendel, o pai da Genética
Fonte: ROMANVS Roman Mojzis/Shutterstock.
Mendel dedicou 10 anos de sua vida realizando cruzamentos entre dezenas de variedades de
ervilhas, analisando sete diferentes características de cada uma, chegando a conclusões sobre os
padrões de herança, traduzidos na 1ª e na 2ª Leis de Mendel. Na 1ª Lei, ou monoibridismo, analisou
somente uma característica por vez, concluindo que cada caráter é condicionado por um par de fatores
(genes) que se separam na formação dos gametas. Já na 2ª Lei, ou Lei da Segregação Independente,
observou dois ou mais caracteres, chegando à conclusão de que os fatores que determinam cada um
deles se separam de forma independente durante a formação dos gametas e se recombinam ao acaso.
Os trabalhos de Mendel sobre hereditariedade, importantíssimos nas percepções da Genética, não
tiveram repercussão no meio científico da época. Sem estímulo para continuar e sobrecarregado com
seus deveres administrativos no mosteiro, em 1868, ele abandonou por completo o trabalho científico.
Sua obra permaneceu ignorada até o século XX, quando alguns botânicos, em pesquisas independentes,
chegaram a resultados semelhantes e resgataram as Leis de Mendel.
Johann Gregor Mendel faleceu em 1884, vítima de doença renal, na República Tcheca.
1.2 A ERA PÓS-MENDEL
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O biólogo inglês William Bateson, influenciado pelos trabalhos de Mendel, foi o responsável por
propor o nome Genética, abordando-a como ciência da hereditariedade e da variação, durante uma
conferência internacional de hibridização de plantas, em 1906.
O ano de 1900 marcou a redescoberta da Genética por diversos cientistas, os quais se apropriaram
das descobertas de Mendel e as utilizaram para o desenvolvimento de novos estudos, incluindo a
Genética de Populações, a Evolução e o mapeamento cromossômico, que possui Thomas Morgan como
um de seus idealizadores, mapeando os genes da mosca Drosophila melanogaster, a mosca da fruta, um
dos organismos mais utilizados nas análises genéticas. Morgan conseguiu comprovar que os genes se
localizam em diferentes cromossomos e neles ocupam posições específicas.   
Até 1953, vários pesquisadores dedicaram a vida a explicarem as propriedades dos genes,
demonstrando que alterações nesses genes (mutações) produziam mudanças nas vias metabólicas,
concluindo que cada gene tinha informação para a síntese de uma proteína específica, propondo a
teoria Um gene, uma enzima. Posteriormente, detectou-se que o DNA continha a informação do gene.
Em 1953, James D. Watson e Francis Crick (Figura 3), com as contribuições de Rosalind Franklin (Figura
2), descreveram a estrutura do DNA – ácido desoxirribonucleico –, etapa fundamental para a
compreensão do funcionamento dos genes. A partir de tal feito, estabelece-se o Dogma Central da
Biologia, o qual indica que o DNA, capaz de se autoduplicar, é transcrito em uma molécula mais simples,
o RNA, e traduzido em uma proteína.
Apesar do conhecimento da dupla-hélice de DNA, ainda não era compreendido como as sequências
de nucleotídeos codificavam proteínas; tal descoberta foi alcançada na da década de 1960, por Marshall
Nirenberg, que marcou o início da Biologia Molecular. Com essa nova fase, novas pesquisas se
encaminharam para a descriçãodos genes e das proteínas que poderiam formar, iniciando a era da
Engenharia Genética. Em 1998, foi codificada aprimeira sequência do genoma de um eucariota
multicelular, o Caenorhabditis elegans (espécie de nematódeo). Antes disso, em 1990, teve início o
Projeto Genoma Humano, em cujas metas se incluem identificar todos os genes humanos e determinar a
sequência dos cerca de 3,2 bilhões de pares de bases que compõem o genoma humano. Em 2003, a
sequência foi completa, com muito entusiasmo, embora só marcasse o início de novos trabalhos, como
o Projeto Proteoma. Esse assunto será abordado com detalhes em aulas posteriores.
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Compreendendo o DNA como um “livro de receitas”, cujas informações funcionam como “receitas”
para a produção de proteínas específicas, a Genética teve um avanço exponencial, permitindo o
surgimento de áreas na Biologia como a Biotecnologia e a Bioinformática. O desenvolvimento da
tecnologia do DNA recombinante permitiu a manipulação dos genes, possibilitando a criação dos
organismos geneticamente modificados (OGMs), importantes no tratamento e na prevenção de
doenças, produção de novos medicamentos, plantas mais produtivas e microrganismos mais eficazes.
Hoje, a manipulação genética é tamanha que se podem não só prever as características dos
descendentes, como também selecioná-las e controlá-las. As técnicas de análise são cada vez mais
eficientes e precisas, embora nos coloquem em dilemas éticos. Assim, associada ao desenvolvimento da
Genética, outra ciência, a Bioética, também possui ascendência. Afinal, pode-se brincar de Deus?
Figura 2 – Rosalind Franklin
Fonte: Marusya Chaika/Shutterstock.
Figura 3 – Watson e Crick
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Fonte: Marusya Chaika/Shutterstock.
TEMA 2 – CONCEITOS BÁSICOS DA GENÉTICA
A Genética possui inúmeros conceitos relevantes para a sua compreensão. A seguir são listados
alguns desses conceitos, em ordem alfabética, os quais serão de extrema importância para nossos
estudos.
Alelos: genes que ocupam o mesmo lócus (posição), em cromossomos homólogos (do mesmo par),
e que determinam o mesmo caráter; apresentam de diferente a origem, pois um foi herdado da mãe e
outro do pai. São variações de um mesmo gene. Cada caráter é determinado pelo menos por um par de
genes, e cada par de genes vai determinar um caráter, podendo ser homozigoto (letras iguais – AA ou
aa) ou heterozigoto (letras diferentes – Aa).
Alelo dominante: aquele alelo que em heterozigose (Aa) expressa a sua característica e se
sobrepõe à expressão do outro alelo. Basta um alelo dominante para que a característica seja expressa.
Alelo recessivo: aquele alelo que em heterozigose (Aa) não manifesta a sua característica. Para se
manifestar, precisa estar em dose dupla (aa).
Autossomos: todos os cromossomos de um organismo que não estão diretamente relacionados à
determinação do sexo. Na espécie humana são 22 pares, não incluindo o XX feminino ou o XY
masculino.
Cromatina (Figura 4): quando a célula não está se dividindo, o DNA encontra-se na forma de
filamentos, agregado a proteínas específicas (histonas).
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Cromossomos: alta compactação da cromatina, a fim de permitir a divisão celular, e máxima
compactação na metáfase – melhor fase para a visualização dos cromossomos. Podem ser autossômicos
ou sexuais.
Crédito: Designua/Shutterstock.
Cromossomos homólogos (Figura 5): são considerados homólogos (homo = mesmo) entre si os
cromossomos que, juntos, formam um mesmo par. São cromossomos que ocorrem aos pares (em
células e organismos diploides), cada um deles herdado de um dos pais. Geralmente (excetuando-se os
cromossomos sexuais) apresentam morfologia semelhante, forma e tamanho e carregam os mesmos
loci. Num par, os dois homólogos possuem genes para os mesmos caracteres. Na célula-ovo ou zigoto,
um cromossomo é herdado do pai e outro da mãe e ficam emparelhados. Existem, no ser humano, 46
cromossomos nas células somáticas, sendo 23 pares de homólogos. Tais cromossomos são nomeados
por números do 1 ao 22 e, para os cromossomos sexuais, letras X e Y.
Figura 5 – Ideograma demonstrando os pares de cromossomos homólogos na espécie humana
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Crédito: Robusta/Shutterstock.
Cromossomos sexuais ou alossomos ou heterocromossomos: cromossomos envolvidos na
determinação dos sexos; na espécie humana, o X e o Y.
Crossing over ou permutação ou recombinação (Figura 6): durante a fase prófase I da meiose,
ocorre troca de fragmentos entre cromátides-não irmãs de cromossomos homólogos. Aumenta a
variabilidade genética.
Figura 6 – Ilustração do crossing over
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Fonte: Fancy Tapis/Shutterstock.
Cruzamento parental (P): cruzamento dos progenitores iniciais. Geralmente escolhemos dois
homozigóticos, um dominante e outro recessivo, e os descendentes são todos heterozigóticos.
Diploide (2n): ser vivo que contém duas cópias de cada gene, um herdado no cromossomo de
origem paterna, presente no espermatozoide que o originou, e o outro herdado no cromossomo
homólogo materno, presente no óvulo.
DNA (Figura 7): contém informações vitais que passam de uma geração a outra.O DNA coordena a
sua fabricação, assim como a de outros componentes das células, como as proteínas. Pequenas
alterações do DNA podem ter consequências graves, e a sua destruição leva à morte celular. É um dos
ácidos nucleicos, moléculas que contêm informações na célula (o ácido ribonucleico, ou RNA, é o outro
ácido nucleico). É constituído por uma sequência de nucleotídeos. Cada nucleotídeo consiste em um
açúcar (desoxirribose) ligado a um lado para um grupo de fosfato e ao outro lado para uma base
nitrogenada (A, T, C, G). Os nucleotídeos unem-se, formando dois longos filamentos, os quais são
complementares. Por isso dizemos que o DNA tem fita dupla. Mas as fitas não são lineares, adquirem
forma de hélice (espiral).
Figura 7 – Estrutura do DNA
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Fonte: Ody_Stocker; Zvitaliy/Shutterstock.
Dominante versus recessivo: dominante refere-se à habilidade de um alelo em determinar o
fenótipo de um indivíduo, independentemente do alelo que com ele parear-se-á (AA ou Aa). Recessivo
indica a tendência de um alelo a não expressar fenótipo, a não ser que pareie com um do mesmo tipo
(aa).
F1 (primeira geração filial): descendência obtida do cruzamento parental. Se os pais forem
homozigóticos, será formada por 100% de indivíduos heterozigóticos.
F2 (segunda geração filial): netos do cruzamento parental, descendência obtida do cruzamento
dos indivíduos da F1 entre si.
Fenótipo: é a expressão da atividade do genótipo, mostrando-se como a manifestação visível ou
detectável do caráter considerado. É o conjunto de características morfológicas, fisiológicas e
comportamentais de um indivíduo. Como exemplo, temos a cor dos olhos, o tipo de sangue, a textura
do cabelo. Importante ressaltar que a expressão do fenótipo depende do que está contido nos genes
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(genótipo) somado à ação do ambiente, ou seja, os fatores ambientais aos quais os genes são
submetidos podem influenciar sua expressão.
Genótipo: é a constituição genética de um indivíduo, a soma dos fatores hereditários (genes) que o
indivíduo recebe dos pais, e que transmitirá aos seus próprios filhos. Não é visível, mas pode ser
deduzido pela análise dos ascendentese descendentes desse indivíduo. É representado por duas letras
para cada caráter.
A Figura 8 demonstra as relações entre genótipo, fenótipo e ambiente.
Figura 8 – Relações entre genótipo, fenótipo e ambiente
Figura 9 – Genes localizados em cromossomos
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Fonte: Designua/Shutterstock.
Gene (Figura 9): é a unidade hereditária presente nos cromossomos e que, agindo no ambiente, é
responsável por determinados caracteres do indivíduo. É um segmento do DNA responsável pela síntese
de um RNA mensageiro (RNAm) e, através deste, de uma proteína; assim, gene é uma região do DNA
que controla uma característica hereditária especifica, como cor do cabelo, altura, forma de nariz e
milhares de outros detalhes. Devemos entender claramente que é um segmento de DNA que, quando
transcrito, gera uma molécula de RNAm. Esse RNAm, quando traduzido, forma uma molécula de
proteína capaz de manifestar uma característica, detalhe capaz de identificar um organismo. Cada gene
é representado por uma ou mais letras. Exemplos: A, a, cch, IA etc.
Genoma: o conjunto dos genes contidos em todos os cromossomos do indivíduo. O número de
cromossomos varia de espécie para espécie, mas neles se localizam todos os genes. Esse conjunto de
genes, típico de cada espécie, constitui o genoma.
Heterozigoto (Figura 10): também chamado de híbrido (Aa), aquele indivíduo que tem dois alelos
com informação contrastante, ou seja, diferentes.
Homozigoto: ou puro (AA ou aa), o mesmo que linhagem pura, aquele que contém dois alelos
iguais: ambos dominantes ou ambos recessivos, conforme demonstra a Figura 10.
Figura 10 – Homozigotos dominantes, homozigotos recessivos e heterozigotos
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Fonte: Aldona Griskeviciene/Shutterstock.
Lócus ou loco (Figura 11): local, ou posição constante, no cromossomo, onde se localiza um
determinado gene em todos os indivíduos de uma mesma espécie. Loci é o plural de lócus. O
posicionamento de um gene fora do seu lócus normal em um determinado cromossomo implica, quase
sempre, uma mutação.
Figura 11 – Loci gênicos para homozigotos e heterozigotos
TEMA 3 – 1ª LEI DE MENDEL E VARIAÇÕES NO MODELO
MENDELIANO
Antes de Mendel, vários pesquisadores tentaram decifrar as questões da hereditariedade, sem
sucesso. Mendel o obteve em seus trabalhos devido a três fatores principais:
A escolha do material: ervilhas de cheiro (Pisum sativa); possuíam características que favoreciam
sua análise e a interpretação dos resultados, tais como fácil cultivo, ciclo de vida curto,
características bem definidas (facilmente perceptíveis), capacidade de autofecundação – flores
hermafroditas e produção de grande quantidade de sementes.
Escolha de características constantes, analisando-as uma por vez.
Aplicação da estatística, estimando de forma matemática os resultados.
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3.1 A 1ª LEI DE MENDEL: LEI DA SEGREGAÇÃO DOS FATORES OU
MONOIBRIDISMO
Mendel iniciou seus trabalhos utilizando somente plantas puras, ou seja, plantas cujos descendentes
fossem sempre iguais (o que hoje chamamos de homozigotos). Para ter certeza disso, Mendel as
analisava por cerca de dois anos; caso gerassem sementes distintas das parentais, não eram puras. Uma
vez verificado que eram puras, ele selecionava uma característica a ser analisada, como a cor da
semente, que pode ser verde ou amarela. Então, realizou o cruzamento entre plantas puras de semente
verde e puras com semente amarela, constituindo o que denominou de geração parental (P). O resultado
obtido nesse cruzamento, denominado de primeira geração filial, ou F1, foi de todas as sementes serem
amarelas. Como tinham sido geradas a partir da fusão de plantas de semente verde e plantas cuja
semente era amarela (ou seja, pais diferentes), Mendel as chamou de híbridas. Então, promoveu a
autofecundação entre indivíduos de F1, gerando a segunda geração filial, F2, obtendo como resultado
três sementes amarelas para uma semente verde, na proporção fenotípica de 3:1. Vale considerar que a
proporção genotípica obtida foi de 1:2:1, isto é, uma homozigota dominante para duas heterozigotas
para uma homozigota recessiva. Analisando os resultados, Mendel concluiu que a cor verde era
determinada por um fator recessivo, uma vez que não aparecia em F1, mas voltava a aparecer em F2, e a
cor amarela era determinada por um fator dominante, pois aparecia em ambas as gerações e em
maiores proporções.
O experimento de Mendel pode ser resumido na Figura 12:
Figura 12 – Resumo do experimento de Mendel
Fonte: N.Vinoth Narasingam/Shutterstock.
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Mendel fez os mesmos experimentos com outras seis características das ervilhas, como textura da
semente, cor da vagem, forma da vagem, altura da planta, cor da flor e posição da flor (Figura 13). Em
todos eles, observou que uma das variações para cada característica sobressaía à outra (dominante x
recessiva), além de obter sempre a mesma proporção fenotípica de 3:1, ou seja, três dominantes para
uma recessiva.
Figura 13 – Sete características analisadas por Mendel
Fonte: Emre Terim/Shutterstock.
A partir dessas observações, Mendel chegou a algumas conclusões: os seres vivos são únicos, e cada
par de fatores condiciona uma característica; pai e mãe contribuem, cada um, com a metade das
características hereditárias; os fatores são transmitidos através dos gametas. Mendel não fazia ideia da
constituição dos fatores nem de sua localização.
Assim sendo, a 1ª Lei de Mendel, também chamada de lei da segregação dos fatores, pode ser
enunciada da seguinte forma: “cada característica é determinada por dois fatores que se separam na
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formação dos gametas, onde ocorrem em dose simples”, ou seja, para cada gameta, masculino ou
feminino, encaminha-se apenas um fator.
O termo monoibridismo refere-se à análise isolada de uma única característica, que apresenta
dominância completa, isto é, um gene ou fator predomina (domina) sobre o outro. No próximo tópico,
abordaremos situações que fogem à dominância incompleta, ou seja, são variações para a 1ª Lei de
Mendel.
3.2 VARIAÇÕES NA 1ª LEI DE MENDEL
A abordagem de um par de genes envolvidos na determinação de uma característica pode sofrer
alterações, ou seja, não seguir os padrões observados por Mendel. Na dominância completa, o alelo
dominante predomina sobre o recessivo, fazendo com que o alelo recessivo só se expresse em
homozigose. Algumas dessas variações são: codominância, semidominância ou dominância incompleta;
alelos múltiplos ou polialelia; pleiotropia e alelos letais. A maioria delas será abordada nesta aula; no
caso da pleiotropia, será enfatizado em aulas posteriores.
a) Semidominância ou dominância incompleta: nesse caso, os dois alelos são expressos
simultaneamente, embora um deles não produza a proteína, sem predominância do alelo dominante,
produzindo um fenótipo intermediário; nenhuma das características pode ser bem delimitada – ambas
se sobrepõem. Nesse caso, não se usa letra maiúscula para representar o alelo dominante nem letra
minúscula para representar o alelo recessivo. O exemplo mais conhecido é o da flor maravilha (Mirabilis
jalapa). Nessa flor, podem-se observar três fenótipos: vermelha, determinada pelo genótipo CVCV;
branca, determinada pelo par de alelos CBCB (que não produzem pigmentação); rosa, oriunda da
expressão simultânea do alelo CV e do CB, que refletem em um fenótipo intermediário. Nesse caso, o
heterozigoto sempre terá um fenótipo diferente dos homozigotos; por isso, semidominância.Fazendo-
se os cruzamentos conforme Mendel, a geração parental (P) seria composta por plantas puras vermelhas
e puras brancas. Em F1, observou-se que todos os descendentes possuíam um genótipo diferente do
parental, ou seja, eram da cor rosa. Realizando-se o autocruzamento entre F1, analisou-se o seguinte
resultado: a cada quatro flores, uma era vermelha (CVCV), duas eram rosa (CVCB) e uma era branca
(CBCB). Desse modo, a proporção genotípica permaneceu a mesma – 1:2:1; houve alteração na
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proporção fenotípica, que, de acordo com os experimentos de Mendel, era 3:1, mas, nesse caso, como
não há dominância, permaneceu 1:2:1, ou seja, uma vermelha, duas rosa e uma branca. A Figura 14
resume o experimento e as observações:
Figura 14 – Semidominância ou dominância incompleta
Fonte: Emre Terim/Shutterstock.
b) Codominância: nesse caso, também não há relação de dominância entre os alelos envolvidos.
Ambos se expressam simultaneamente, e, diferentemente da semidominância, pode-se observar a
contribuição de cada alelo para o genótipo. Em heterozigose, ambos são expressos, produzindo um
fenótipo intermediário. Um exemplo clássico dessa herança é a cor da pelagem de bovinos da raça
Shorthorn. Indivíduos cuja pelagem é avermelhada possuem o genótipo CVCV, ao passo que os brancos
possuem genótipo CBCB. O cruzamento entre seres avermelhados e brancos produz um terceiro tipo de
pelagem: o malhado, no qual os seres são heterozigotos (CVCB) e expressam simultaneamente os dois
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alelos, o que pode ser percebido através das manchas de coloração distintas, como demonstra a Figura
15.
Figura 15 – Padrões de coloração dos gados da raça Shorthorn
Fonte: Ballygally View Images/Shutterstock.
Caso seja feito o cruzamento entre os heterozigotos, observar-se-á a seguinte proporção fenotípica:
um avermelhado para dois malhados para um branco (1:2:1), que é igual à proporção genotípica.
Novamente, há diferença na proporção fenotípica descrita por Mendel. O quadro ao lado resume os
cruzamentos dos gados Shorthorn.
Figura 16 – Cruzamentos dos gados Shorthorn
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Fonte: SunshineVector/Shutterstock.
Outro exemplo importante de codominância é a herança do sistema ABO (Figura 17) e do sistema
MN, heranças dos grupos sanguíneos. A possibilidade do fenótipo sangue AB se deve ao fato de os
alelos IA e IB serem codominantes, ou seja, ambos são expressos e produzem suas proteínas na
membrana plasmática das hemácias. Da mesma forma, a herança do sistema MN, pouco abordada
devido ao fato de não provocar rejeições, pode gerar três fenótipos, M, N ou MN, pois a combinação de
alelos M e N, devido à codominância, produz um fenótipo intermediário. A herança dos grupos será
abordada com detalhes no Tema 4.
Figura 17 – Codominância e sistema ABO
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Fonte: Designua/Shutterstock.
c) Alelos múltiplos ou polialelia: Mendel descreveu somente dois alelos (duas variações de um
mesmo gene) para determinar cada característica; no entanto, observou-se que algumas características
podem ter mais variações de alelos, determinando-as, o que se chama polialelia. Ao longo dos
processos evolutivos, alguns genes sofrem mutações, gerando novas variedades. São vantagens da
polialelia o maior número de fenótipos e o aumento da variabilidade genética. Um caso de alelos
múltiplos é a pelagem de coelhos, para a qual há quatro alelos determinando-a: C, cch, ch e c. A
combinação desses alelos aleatoriamente permite a formação de quatro fenótipos possíveis: selvagem
ou aguti, chinchila, himalaio e albino. Cada variedade é determinada por um alelo diferente. Existe uma
relação de dominância decrescente entre os alelos: C ˃ cch ˃ ch ˃ c. A Tabela 1 resume os possíveis
fenótipos e genótipos para a cor de pelagem em coelhos:
Tabela 1 – Cor de pelagem em coelhos
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Fonte: Fernanda Eliza Toscani Burigo.
Outro exemplo importante de polialelia é a determinação dos grupos sanguíneos, que será
influenciada por três alelos: IA, IB e i; as combinações entre esses alelos produz quatro fenótipos
possíveis, como veremos no Tema 4.
d) Alelos letais: alguns alelos, quando em homozigose, podem levar à morte do organismo. Por
exemplo, em camundongos, a cor de seus pelos é determinada pelos alelos A e AY, que determinam as
pelagens cinza e amarelada, respectivamente. No entanto, em homozigose, o alelo AY leva à morte do
ser. Assim, o genótipo AYAY sempre será eliminado e não fará parte da proporção fenotípica; dessa
forma, a proporção para alelos letais será sempre 2:1, ou seja, dois amarelos para um cinza. A Figura 18
resume essas informações.
Figura 18 – Representação da ação dos alelos letais
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Fonte: A7880/Shutterstock.
e) Pleiotropia: ocorre quando um único par de genes determina várias características. Por exemplo,
em cebolas, o gene que codifica a cor vermelha também determina a produção de um fungicida natural.
3.3 HEREDOGRAMAS
Os heredogramas, também denominados de genealogias ou árvores genealógicas, são formas de
representação gráfica dos mecanismos de transmissão de caracteres ao longo das gerações, dentro de
uma família. Permitem identificar as relações de parentesco, bem como as características hereditárias de
uma família, permitindo o cálculo da probabilidade de determinado indivíduo apresentar uma
característica ou doença genética.
Para essa representação, alguns símbolos-padrão são utilizados, conforme demonstra a Figura 19:
Figura 19 – Símbolos utilizados para a construção dos heredogramas
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A partir da análise do heredograma, pode-se identificar o padrão de herança de algumas
características, podendo-se prever as probabilidades de transmissão de determinado caractere,
classificando-a como recessiva, dominante ou ligada ao sexo.
Nas heranças recessivas, as características geralmente aparecem em poucas gerações e indivíduos e
não têm relação com o sexo do indivíduo. Pode ser identificada utilizando-se a seguinte dica: se houver
pais normais com algum dos filhos afetados, tem-se que a herança é recessiva. Isso se deve ao fato de
que os pais, sendo heterozigotos, podem transmitir – através de seus gametas – um alelo recessivo ao
filho, que, em dose dupla, manifesta a característica. Analise o heredograma a seguir:
Os indivíduos II.3 e II.4, normais para a característica analisada, possuem um filho, III.7, portador da
anomalia. Assim, conclui-se que, se a anomalia é recessiva, todos os indivíduos pintados de preto
possuem a homozigose recessiva, por exemplo, aa. Com essa informação, é possível determinar o
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genótipo de todos os indivíduos, uma vez que os que não estão pintados devem possuir ao menos um
alelo dominante, com os seguintes genótipos AA, Aa ou A_, quando não se tem certeza do genótipo,
como é o caso do indivíduo III.6, que pode ser AA ou Aa; como não se tem certeza, deixa-se A_. Já o
indivíduo que é filho de algum afetado ou possui descendente afetado, mas não possui a característica,
necessariamente será heterozigoto, pois transmitiu ou recebeu o alelo recessivo.
A Figura 20 retrata um padrão de herança recessiva:
Figura 20 – Ilustração de um heredograma com característicarecessiva
Fonte: bbuilder/Shutterstock.
No caso da herança dominante, a característica geralmente aparece com maior frequência, mas
também não tem relação com o sexo do indivíduo. Nesse caso, pode-se detectar a herança dominante
analisando-se o seguinte fato: pais afetados, com filhos normais, caracterizam a herança como
dominante, conforme pode ser observado no heredograma a seguir, no qual o indivíduo 14, normal, é
filhos de pais afetados 12 e 13:
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Um exemplo clássico de herança dominante é a polidactilia, anomalia genética, na qual os
portadores apresentam dedos a mais nas mãos e/ou nos pés. O polidáctilo tem um alelo dominante P,
podendo possuir o genótipo PP ou Pp. Indivíduos normais são homozigotos recessivos, pp. Assim, para
que o indivíduo 14 seja normal, pp, seus pais, polidáctilos, precisam ser Pp. Assim, todos os indivíduos
não pintados são recessivos, e os pintados são PP ou Pp. Sempre que tiverem filhos normais,
necessariamente serão heterozigotos.
A herança ligada ao sexo apresenta outros padrões e será abordada com detalhes em aulas
posteriores.
3.4 NOÇÕES DE PROBABILIDADE
A aplicação de análises estatísticas possibilitou o sucesso nos trabalhos de Mendel. Dentre alguns
conceitos importantes, o de probabilidade foi fundamental para a análise e as estimativas dos resultados
obtidos em seus experimentos.
Resumidamente, a probabilidade de determinado evento ocorrer é calculada a partir da divisão do
número de eventos desejados pelo número total de eventos. Por exemplo, qual é a probabilidade de
obter a face 3 no lançamento de um dado? A face 3 só pode ocorrer uma vez em um dado, sendo
possíveis seis faces. Dessa forma, o número de eventos desejados é 1 (face 3), em um número de seis
eventos possíveis, ou seja, 1/6.
Importante ressaltar que a probabilidade retrata os resultados esperados, ou seja, a possibilidade de
ocorrer determinado evento, mas não se refere exatamente aos dados obtidos na prática. Assim sendo,
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não se pode tratar de certezas absolutas quando se trata de probabilidade, em especial, na abordagem
da Genética.
A seguir, algumas aplicações da probabilidade na Genética.
a) Probabilidade de ocorrer um e outro evento (regra do e)
Nesse caso, deseja-se saber a possibilidade de dois eventos ocorrerem simultaneamente, ou seja, de
ocorrer um e outro evento, ao mesmo tempo. É a regra mais aplicada na Genética. Seguem dois
exemplos:
Qual a probabilidade de, no lançamento de dois dados simultaneamente, sair a face 3 em ambos
(ou seja, em um e no outro)?
A probabilidade de sair a face 3 em um dos dados é de 1/6; no outro, também. Assim, nesse caso,
multiplicam-se as probabilidades. Portanto, 1/6 x 1/6 é igual a 1/36.
Na Genética, é muito comum o questionamento: qual a probabilidade de um casal heterozigoto ter
um filho homozigoto recessivo e menina? Como sabemos, de acordo com os cruzamentos propostos
por Mendel, o cruzamento entre heterozigotos gera 1/4 de indivíduos homozigotos recessivos. Já a
probabilidade de ser menina será de 1/2, uma vez que só pode ser menino ou menina e há 50% de
chance de ser menina. Assim, multiplicando-se as duas probabilidades tem-se: 1/4 x 1/2 = 1/8.
b) Probabilidade de ocorrer um ou outro evento (regra do ou)
Nesse caso, deseja-se saber a probabilidade de ocorrer um evento ou outro, que não ocorrem
juntos. Assim, o cálculo dessa probabilidade se dá pela soma das probabilidades de cada evento. Por
exemplo, qual é a probabilidade de sair o número 3 ou o número 6 em um lançamento de dado?
Devem-se considerar os dois eventos: ou o número 3, ou o número 6. Como a probabilidade de
ocorrência de cada evento é de 1/6, somando-se ambas 1/6 + 1/6, obtêm-se 2/6, que é igual a 1/3. Na
Genética, o cálculo das proporções fenotípicas é feito pela regra do ou. Por exemplo, qual é a
probabilidade de ocorrer semente lisa? O fenótipo liso é determinado pelo genótipo homozigoto
dominante, na proporção de 1/4 e pelo genótipo heterozigoto, 1/2. Assim, pode ser o indivíduo liso,
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pode ser homozigoto dominante ou heterozigoto – somando-se as duas probabilidades, 1/4 + 1/2,
obtém-se o resultado de 3/4.
TEMA 4 – HERANÇA DOS GRUPOS SANGUÍNEOS
A herança dos grupos sanguíneos envolve três sistemas: sistema ABO, fator Rh e sistema MN. Cada
um deles segue um padrão diferente, peculiar de herança, descrito a seguir.
4.1 SISTEMA ABO
O tipo sanguíneo é determinado pela presença de proteínas específicas presentes na membrana
plasmática das hemácias; tais proteínas recebem o nome de antígenos ou aglutinogênios. A
determinação proteica é promovida por origem genética, estando três alelos envolvidos na produção
dessas proteínas (caso de polialelia): IA, IB e i.
Os dois primeiros são codominantes entre si, mas dominam i. Assim, caso IA ou IB estejam
presentes, expressam suas proteínas, gerando o fenótipo sangue tipo A ou tipo B, respectivamente. Caso
IA e IB estejam presentes simultaneamente, produzem o fenótipo sangue tipo AB, conforme abordado
anteriormente na codominância. E, se somente houver a presença do alelo i, em homozigose recessiva,
tem-se o sangue tipo O, ou seja, não há a produção de aglutinogênios.
Paralelamente à presença das proteínas nas hemácias, estão presentes no plasma os anticorpos,
específicos para cada tipo sanguíneo, também denominados de aglutininas. Essas substâncias, ao entrar
em contato com os aglutinogênios para os quais são produzidos, fazem com que as hemácias se
grudem umas nas outras, aglutinando-as. Essa capacidade de aglutinação impede a circulação do
sangue, criando coágulos dentro dos vasos sanguíneos.
A Tabela 2 resume as informações sobre o sistema ABO:
Tabela 2 – Sistema ABO
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A Figura 21 permite observar os possíveis tipos sanguíneos de um bebê, de acordo com os
fenótipos de seus pais:
Figura 21 – Possíveis fenótipos de um bebê para o tipo sanguíneo
Fonte: Designua/Shutterstock.
4.2 TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
Para que as transfusões sanguíneas sejam realizadas, é necessário que haja compatibilidade entre o
aglutinogênio presente na hemácia do doador e a aglutinina do plasma do receptor. Caso não haja tal
compatibilidade, o anticorpo do receptor se ligará ao antígeno do doador, provocando a aglutinação do
sangue, caracterizada pela formação de grumos, os quais promovem a obstrução dos vasos sanguíneos,
podendo levar à morte.
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Indivíduos do sangue tipo O, por não terem aglutinogênios em suas hemácias, são considerados
doadores universais, uma vez que podem doar para todos os demais tipos sanguíneos. Já o sangue do
tipo AB, por possuir ambos os antígenos, pode receber sangue de qualquer outro grupo, sendo
denominados receptores universais. O Quadro 1 resume as possibilidades de transfusão de sangue,
considerando-se somente o sistema ABO.
Quadro 1 – Possibilidades de transfusão de sangue
Para a transfusão, também se deve considerar o fator Rh. Indivíduos Rh negativos devem receber
sangue somente de indivíduos também negativos, uma vez que, por não possuírem a proteína, caso
recebam sangue do tipo positivo, poderão rejeitá-lo, levando à aglutinação. Portanto, o verdadeiro
doador universal é o sangue tipo O negativo, e o verdadeiro receptor universal é o AB positivo.
4.3 FATOR RH
O fator Rh é um antígeno presente nas hemácias, descoberto a partir do sangue do macaco Rhesus.
Ele indica se o sangue é positivo ou negativo, de acordo com a presença ou ausência da proteína,
respectivamente.Esse fator foi descoberto em 1940, pelos cientistas Landsteiner e Wiener, através de experimentos
envolvendo coelhos e macacos do gênero Rhesus, daí a origem do nome do fator Rh. Eles descobriram
que, ao injetar o sangue do macaco nos coelhos, começava a produção de anticorpos para combater as
hemácias introduzidas. Esses anticorpos foram denominados de anti-Rh e eram os responsáveis por
aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. Em testes com o sangue humano, as pesquisas mostraram que
https://www.todamateria.com.br/anticorpos/
https://www.todamateria.com.br/hemacias/
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determinados tipos de sangue possuem ausência do fator Rh, uma vez que os indivíduos apresentaram
as hemácias aglutinadas pelo anticorpo Rh. Assim, surgiu a classificação como Rh positivas (Rh+) para as
hemácias que aglutinaram, enquanto as hemácias que não se aglutinaram foram classificadas como Rh
negativas (Rh-).
A genética do fator Rh segue os padrões de dominância completa determinados por Mendel, sendo
que um par de alelos determina se o sangue será positivo ou negativo. O alelo dominante R determina a
produção da proteína, caracterizando o sangue como positivo, nos genótipos RR ou Rr, ao passo que a
ausência da proteína é determinada pela homozigose recessiva do alelo r, ou seja, genótipo rr. É preciso
reconhecer o fator Rh no momento de transfusões sanguíneas, uma vez que uma pessoa com Rh- não
deve entrar em contato com o sangue Rh+, pois o organismo produzirá anticorpos para destruir a
proteína desconhecida.
Existe também o risco de problemas de incompatibilidade sanguínea durante a gravidez: uma
mulher com Rh- grávida de uma bebê com Rh+ perceberá as hemácias do feto como um agente
estranho, que poderão ser destruídas pelo sistema imunológico materno. Essa condição é conhecida por
eritroblastose fetalou doença hemolítica do recém-nascido. Na primeira gestação, anticorpos não são
suficientes para causar danos ao feto. Mas, na segunda e nas próximas gestações, os anticorpos
maternos destroem as hemácias fetais, provocando anemia, icterícia, insuficiência de órgãos e até morte.
Assim, o ideal é aplicar na mãe, após o nascimento do primeiro filho, uma dose de anticorpos anti-Rh
(destrói as hemácias fetais que invadiram o corpo materno, o qual não produzirá anticorpos).
4.4 SISTEMA MN
Além do sistema ABO e do fator Rh, outros dois aglutinogênios podem ser observados na
membrana plasmática das hemácias: aglutinogênio M e aglutinogênio N. Esse sistema é menos
destacado por não levar à aglutinação, uma vez que os anticorpos para esses antígenos não ocorrem
naturalmente no plasma, só sendo produzidos quando há um estímulo. Nesse caso, há três fenótipos
possíveis e três genótipos, já que os alelos M e N são codominantes. O Quadro 2 resume os genótipos e
fenótipos para o sistema MN:
https://www.todamateria.com.br/eritroblastose-fetal/
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Quadro 2 – Genótipos e fenótipos para o sistema MN
TEMA 5 – RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS: 1ª LEI, VARIAÇÕES E GRUPOS
SANGUÍNEOS
Após a abordagem teórica, agora é hora de praticar. A seguir são listados vários exercícios, os quais
contemplam os conteúdos abordados nesta aula. Alguns deles estão resolvidos na sua videoaula; para
os demais, será disponibilizado o gabarito completo na sua sala. Vamos tentar resolver?
1. (UEPG/adaptada) Utilizando conhecimentos básicos da Genética, assinale o que for correto.
a) Sabe-se que a falta de melanina (albinismo) depende de um gene recessivo a. Se uma pessoa
normal, filha de pai albino, tiver filhos com uma pessoa albina, a probabilidade de terem filhos albinos é
de 75%.
b) Se em cruzamentos entre ratos negros e brancos apenas são produzidos descendentes negros,
não é possível afirmar que seus pais são homozigotos.
c) Na hipótese do cruzamento de dois indivíduos portadores de um caráter dominante e letal,
quando em dose dupla, a probabilidade para um descendente diferente dos pais é de 1/3.
d) Um animal de pelo arrepiado é cruzado diversas vezes com outro de pelo liso, produzindo
numerosas gerações, em que todos têm pelo arrepiado. Neste caso pode-se concluir que o pelo
arrepiado é o caráter dominante.
e) Se dois indivíduos normais têm um filho afetado por uma anomalia genética, pode-se concluir
que essa anomalia é recessiva.
Lara
Realce
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2. (UFPR) Em ação de paternidade, um homem de renome internacional responde por
alegação de ser pai de uma menina, fato que ele não admite. Exames de sangue solicitados pelo
juiz revelaram que a mãe era do grupo A, a menina do grupo B e o acusado do grupo O. Com base
nesses dados, é correto afirmar:
a) A criança não é filha do acusado de sangue O.
b) Para uma decisão conclusiva, o juiz precisa ser informado dos grupos sanguíneos dos avôs
e das avós da menina.
c) A combinação de grupos sanguíneos apresentada não oferece ao juiz a possibilidade de
chegar a qualquer conclusão.
d) A menina é filha de um homem de sangue A.
e) Com a combinação de grupos sanguíneos apresentada, o juiz só poderia chegar a uma
conclusão se a criança fosse menino.
3. Em determinado tipo de camundongo, a pelagem branca é condicionada pelo alelo
dominante “A”, letal quando em homozigose. Seu alelo recessivo “a” condiciona a pelagem preta.
Para os filhotes vivos de um cruzamento de um casal de heterozigotos, esperam-se quais
proporções de camundongos de pelagem branca e preta, respectivamente?
a) 2/3 e 1/3
b) 3/4 e 1/4
c) 1/2 e 1/2
d) 1/3 e 2/3
e) 1/4 e 3/4
4. (UFSC 2011/adaptada) O heredograma abaixo mostra uma família em que encontramos
indivíduos não afetados (quadrados e círculos brancos) e afetados por uma anomalia (quadrados
Lara
Realce
Lara
Realce
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e círculos pretos). Segundo a 1ª e a 2ª lei de Mendel, a análise do heredograma nos permite
concluir corretamente que:
a) O padrão de herança da anomalia é autossômico dominante.
b) O indivíduo III – 4 com certeza é heterozigoto.
c) A chance de o indivíduo II – 3 ser heterozigoto é de 50%.
d) Os indivíduos II – 1 e II – 2 são heterozigotos.
e) Trata-se de uma herança, ligada ao sexo, de padrão recessivo.
5. (ENEM/adaptada) Em um hospital havia cinco lotes de bolsas de sangue, rotulados com os
códigos I, II, III, IV e V. Cada lote continha apenas um tipo sanguíneo não identificado. Uma
funcionária resolveu fazer a identificação utilizando dois tipos de soro, anti-A e anti-B. Os
resultados obtidos estão descritos no quadro.
Quantos litros de sangue de cada tipo estavam disponíveis?
A = ________; B = _________; AB = ____________; O = ____________
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/06/heredograma.jpg
Lara
Realce
Lara
Nota
A = 25 L ; B = 55 L ; AB = 30 L ; O = 15 L
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6. Desenhe um heredograma representando os seguintes dados genéticos:
Um casal normal para visão em cores teve quatro filhos: três mulheres e um homem, todos
normais, nessa ordem de nascimento. A primeira filha casa-se com um homem normal e tem quatro
crianças, todas normais, sendo duas mulheres, um homem e uma mulher, nessa ordem. A segunda filha
casa-se com um homem normal e também tem quatro crianças: um casal de gêmeos – sendo só o
menino daltônico, um menino normal e o último daltônico. Os demais filhos do casal ainda não têm
descendentes.
7. (UFPI 2006) Mendel estabeleceu que os genes podem existir em formas alternativas e
identificou dois alelos, um dominante e outro recessivo. Entretanto, as pesquisas do início do
século XX demonstraram que isso era uma simplificação.Sobre as interações alélicas, é correto
afirmar:
a) Um alelo é dito codominante se tiver o mesmo efeito fenotípico em heterozigotos e
homozigotos, isto é, os genótipos Aa e AA são fenotipicamente indistinguíveis.
b) A cor das flores em boca-de-leão é um exemplo de interação alélica, do tipo codominância, pois,
quando cruzamos variedades homozigotas brancas e vermelhas, elas produzem heterozigotos rosa. O
alelo para a cor vermelha (V) é considerado parcialmente dominante, em 
relação ao alelo para a cor branca (v).
c) Uma exceção ao princípio da dominância simples surge quando um heterozigoto apresenta
características encontradas em cada um dos homozigotos associados, sendo chamada de dominância
incompleta.
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d) Um exemplo de interação alélica do tipo codominância é a herança dos grupos sanguíneos
(sistema ABO e sistema MN). Nos heterozigotos, os dois alelos contribuem igualmente para o fenótipo.
e) Conforme identificou Mendel, os genes podem existir em apenas duas formas alélicas, um
dominante e outro recessivo, sugerindo uma dicotomia funcional simples entre os alelos.
8. Nos coelhos, a cor preta dos pelos é dominante em relação à cor branca. Cruzaram-se
coelhos pretos heterozigotos entre si, e nasceram 420 filhotes. Destes, qual o número de
heterozigotos? (Demonstrar cruzamento)
9. (PUC-RJ) Analise o seguinte heredograma de uma característica transmitida geneticamente.
Com base nessa análise, indique a opção que apresenta a afirmativa correta sobre a herança da
característica referida no heredograma.
a) É do tipo recessiva e autossômica porque o genótipo pode estar presente na prole de ambos os
sexos sem estar presente nos pais.
b) É do tipo dominante e autossômica porque o genótipo pode estar presente na prole de ambos
os sexos sem estar presente nos pais.
c) É do tipo recessiva e autossômica porque o número de indivíduos afetados é menor do que o de
não afetados.
d) É do tipo recessiva, ligada ao sexo, porque todo progenitor masculino afetado transmite a
característica para as suas filhas.
Lara
Realce
Lara
Nota
210 filhotes (50% Aa)
	A	a
A	AA	Aa
a	Aa	aa
professor
Realce
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e) É do tipo dominante ligada ao sexo porque todos os filhos homens herdam a característica da
mãe.
10. (Med. Catanduva) Cruzando-se um galo branco com uma galinha preta, sendo ambos
homozigotos para seus respectivos caracteres e com ausência de dominância, obtêm-se em F1
100% de indivíduos azuis. Do cruzamento dos indivíduos de F1, obtém-se em F2 a seguinte
relação fenotípica:
a) 25% pretos, 50% azuis, 25% brancos
b) 25% pretos, 25% azuis, 50% brancos
c) 25% brancos, 25% azuis, 50% pretos
d) 25% brancos, 75% pretos
e) 25% brancos, 75% azuis
NA PRÁTICA
Assista ao documentário A Origem da Genética. Disponível em:
http://biologo.com.br/bio/documentario-a-origem-da-genetica/. Acesso em: 25 set. 2019).
Para concretizar um importante conceito da Genética, desenvolva um heredograma da sua família
com base em alguma característica peculiar dela, ou algum outro fator, como grupo sanguíneo,
albinismo ou polidactilia.
Desenvolva um material complementar (fôlder, cartaz, meme ou flyer digital), conscientizando sobre
a importância da doação de sangue, suas regras e seus impedimentos. Se possível, divulgue-o em
escolas ou postos de saúde de sua região.
Pesquise sobre a substância H e sua relação com o efeito Bombaim – falso O. Quais são as
implicações desse fenótipo?
Lara
Realce
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Desenvolva um mapa conceitual destacando os principais conceitos da genética. Faça desenhos
ilustrando-os ou pesquise imagens.
Genética requer prática. Resolva a lista de exercícios extras, disponível em sua sala.
FINALIZANDO
Nesta aula, abordamos alguns tópicos muito importantes para a compreensão da Genética:
História da genética clássica e molecular;
Conceitos básicos, a serem utilizados em toda a disciplina;
1ª Lei de Mendel e as variações nas proporções mendelianas;
Polialelia e a herança dos grupos sanguíneos;
Resolução de exercícios.
O infográfico a seguir resume os principais tópicos de nossa aula:
 
REFERÊNCIAS
BORGES-OSÓRIO, M. R.; ROBINSON, W. M. Genética humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
11/11/2020 UNINTER - GENÉTICA
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GRIFFITHS, A. J. F. et al. Introdução à genética. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia. Volume único. São Paulo: Saraiva, 2005.
PIERCE, B. A. Genética: um enfoque conceitual. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
SANDERS, M. Análise genética: uma abordagem integrada. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
2014.
SNUSTAD, P.; SIMMONS, M. J. Fundamentos de genética. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2008.

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