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Por Breno C. Vizzoni Anticoagulantes e Derivados! Antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, trombolíticos e antifibrinolíticos! INTRODUÇÃO Doenças cardiovasculares são as principais causas de morte antes dos 70 anos e passíveis de prevenção! Fatores de risco associados aos hábitos de vida pioram a expectativa de vida. HEMOSTASIA Sangue é o tecido responsável pelo transporte de gases, nutrientes, hormônios, componentes do sistema imune e excretas. A hemostasia é processo composto por mecanismos complexos de ajuste fino da fluidez do sangue. O equilíbrio entre fatores de coagulação permite que a hemostasia ocorra de maneira perfeita. Fibrólise ≠ fibrogenólise CASCATA DE COAGULAÇÃO É serie de reações em que a conversão de pró- enzimas associada a cofatores acelera as reações das proteases que aplicam o sinal de coagulação. <3 Evento chave da coagulação: conversão de fibrinogênio solúvel em fibras insulúveis de fibrina! Via extrínseca – lesão Exposição de fatores teciduais endoteliais que iniciam a cascata nesta via. Clivagem do fator X da coagulação que se torna X ativado, que cliva a pró-trombina (fator II) em trombina (fator II ativado). A trombina atuará na clivagem de fibrinogênio em fibrina. Via intrínseca – inerente à composição do sangue O sangue, quando necessário, cliva fator XII em XIIa, que cliva XI em XIa, que cliva IX em IXa. IXa, por sua vez, cliva fator X em Xa e, a partir daí, segue o mesmo conjunto de reações da via extrínseca. Qual o ponto comum entre as vias? A conversão de X em X ativado que leva à conversão de protrombina em trombina! Importante alvo farmacológico, portanto! ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA A plaqueta, que inativada tem superfície plana e regular, quando ativada por receptores de superfície, modifica sua estrutura para melhorar sua agregação! Os diversos fatores de membrana agem de maneiras diferentes sempre buscando a ativação plaquetária. Logicamente, se os receptores de membrana ativam a plaqueta e induzem sua agregação, são importantes alvos farmacológicos! Quando ativada, a glicoproteína 2b3a é externalizada e isso possibilita a agregação plaquetária! FORMAÇÃO DO TAMPÃO HEMOSTÁTICO PRIMÁRIO FORMAÇÃO DO COÁGULO DE FIBRINA A trombina cliva as porções de fibrinopeptídeos para liberação dos sítios de ligação poliméricos! O fator XIIIa garante a estabilidade desse polímero de fibrina recém-formado, enrijecendo a rede de fibrina. INATIVAÇÃO DA TROMBINA Antitrombina é a responsável por isso! Ela tem ódio pela família da trombina e busca destruição das gerações anteriores! Tem afinidade pela trombina e por seu ancestral materno, o fator X ativado! SISTEMA FIBRINOLÍTICO Responsável pela lise de trombos! Quem é o principal agente desse sistema? O fator tecidual ativador do plasminogênio (t-PA). Esse sistema é regulado pelo fígado, que o inativa via interação com PAI-I (fator inativador do ativador de plasminogênio), impedindo que o sangue se torne excessivamente fluido. Fibrólise T-PA mais plasminogênio leva à formação de plasmina, que degrada os filamentos de fibrina que formam o trombo. A plasmina, para não agir para sempre, se liga ao a2-antiplasmina para ser inibida. Fibrogenólise T-PA mais plasminogênio leva à formação de plasmina, mas que, neste caso, se liga a fatores de coagulação! Essa interação degrada os fatores da coagulação e leva à fibrogenólise! Isso aumente a suscetibilidade à hemorragia! D-Dímero!!!! Perfeito?? São resultado da degradação dos trombos! TROMBOSE Formação patológica de tampão hemostático dentro dos vasos na ausência de sangramento! Fatores de risco são os associados à tríade de Virchow. Lesão da parede vascular → placa de ateroma. Alteração do fluxo arterial → fibrilação arterial ou câimbra. Coagulabilidade anormal → gravidez, anticoncepcionais orais e hereditariedade. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO PARA TROMBOS Previnem ou tratam a trombose ou tromboembolismo. FÁRMACOS ANTICOAGULANTES Agem na cascata de coagulação, sobretudo sobre fatores X e II da coagulação. HEPARINA Glicosaminoglicano! Tipos de heparina Padrão (não-fracionada/animal), heparina de baixo peso molecular e derivados sintéticos. Farmacodinâmica <3 Se liga à antitrombina e aumenta sua ação, melhorando a degradação de fator Xa e trombina. Heparina padrão Farmacocinética É de extração animal, com dose individualizada! Não é absorvida pelo TGI (via oral) Via intravenosa → tem efeito imediato! Via subcutânea → variação da biodisponibilidade Via intramuscular → absorção imprevisível e com sangramento local! Não se liga a proteínas plasmáticas, tem ação interrompida pelo sistema retículo-endotelial e fígado, com excreção renal. Heparina de baixo peso molecular Se liga à antitrombina e melhora a degradação de fator X ativado, mas não de trombina, porque é uma molécula pequena! Farmacocinética <3 Meia vida maior que a padrão, sem necessidade de monitoramento laboratorial e com menor taxa de trombocitopenia! Possui perfil farmacocinético previsível, o que permite sua administração subcutânea! Isso se deve à presença de moléculas regulares no mesmo composto farmacológico. Fondaparinux – menor heparina possível É um pentassacarídeo! Farmacodinâmica Farmacocinética Administração por via subcutânea, não interageme com células nem proteínas sanguíneas e desencadeia menor síndrome de trombocitopenia (por ser sintética!). Não administrar em pacientes com insuficiência renal – meia vida longa. Efeitos adversos Hemorragia – letal. Hipersensibilidade, febre, alopecia, osteoporose e osteoalgia. Trombocitopenia! Inferior a 150 mil plaquetas por/mL ou 50% do valor antes do tratamento. Potencialmente fatal! Interromper imediatamente!
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