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HISTÓRIA
AS RELAÇÕES ENTRE IDENTIDADE NACIONAL, CULTURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO NO GOVERNO VARGAS (1930-1945)
NOVO GAMA
2022
AS RELAÇÕES ENTRE IDENTIDADE NACIONAL, CULTURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO NO GOVERNO VARGAS (1930-1945)
Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas norteadoras do semestre letivo.
Tutor (a): Caroline Torres Minorelli
NOVO GAMA
2022
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	AS RELAÇÕES ENTRE IDENTIDADE NACIONAL, CULTURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO NO GOVERNO VARGAS (1930 - 1945)	4
2.2	PROPOSTA DE PRESERVAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE UM PATRIMÔNIO AO COTIDIANO DE UMA COMUNIDADE ESCOLAR	6
3	CONCLUSÃO	8
REFERÊNCIAS	9
	
	
INTRODUÇÃO
Durante o governo Vargas, houve um grande apelo ao nacionalismo e ao patriotismo na sociedade brasileira. Essa propagação do ideal nacional foi promovida por intelectuais elitistas da época e pela mídia, auxiliando, assim, a proposta de governo de Vargas. Como consequência disto, uma nova identidade nacional foi passada para a população, a qual foi afetada nos aspectos culturais, na medida em que estes passaram a ser produzidos e ressaltados para a constituição do “brasileiro”. 
Considerando a relevância deste contexto histórico, esta produção aborda “As relações entre identidade nacional, cultura e patrimônio histórico no governo Vargas (1930 – 1945)”, com o objetivo de identificar de qual modo essas concepções ressoam nos dias atuais, como a valorização de determinados patrimônios e elementos culturais. 
Para que isso seja possível, esta produção divide-se em duas partes: (i) um texto acerca das interfaces entre identidade nacional, cultura e patrimônio histórico no governo de Vargas, considerando os aspectos legislativos em torno dessas relações e o modo que a cultura foi influenciada; e (ii) uma proposta de preservação e integração de um patrimônio a uma comunidade escolar, em que evidencia-se a importância de se abordar essa temática nas escolas. 
DESENVOLVIMENTO
AS RELAÇÕES ENTRE IDENTIDADE NACIONAL, CULTURA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO NO GOVERNO VARGAS (1930 - 1945) 
A questão da Identidade Nacional tornou-se amplamente discutida a partir da década de 20, como um reflexo dos efeitos da Primeira Guerra Mundial. Nesse sentido, os intelectuais desse período buscaram fortalecer o nacionalismo no Brasil, a ideia de Nação através de ideias culturais e valorização do patrimônio do país. Esse movimento é conhecido como movimento modernista, o qual possibilitou o desenvolvimento de novas imagens do Brasil, substituindo a noção de raça por cultura e a valorização da miscigenação do povo brasileiro. Pode-se afirmar, portanto, que a definição de brasileiro é repensada pela elite intelectual brasileira. 
A partir disso, as obras literárias dessa época destacam a língua brasileira, o jeito brasileiro de ser, o passado histórico do país, a nacionalidade. Forma-se, assim, a busca por um discurso de identidade nacional. E foi justamente nesse contexto que emergiu a Revolução de 30, a qual levou Vargas ao poder, fazendo com que Getúlio vislumbra se na identidade nacional uma maneira de realizar sua manutenção no poder. 
Antes de adentrar nas ações de Vargas, é preciso definir o que seria nacionalismo e identidade nacional. O nacionalismo refere-se a um estado de espírito, é a consciência de um grupo acerca da identificação com um Estado político. A identidade nacional, por sua vez, está relacionada com um discurso intelectual e político, dependendo assim, das visões políticas de quem está no poder como uma forma de controle de narrativa. 
Consoante a isto, Vargas durante seu governo ampliou a propagação desses ideais nacionalistas para a população. Para isso, o Estado recorreu a aspectos da cultura popular para que a população identificasse a singularidade do Brasil e, desse modo, constituir uma nação. Assim sendo, elementos como o rádio, o futebol e o samba foram utilizados para criar um sentimento de unidade nacional. O Brasil passa a ser, então, um país com uma cultura única: o país do futebol, do samba e de heróis. Assim explicam Silva e Carvalho (2016, p. 249-250): 
O movimento de construção da identidade nacional passa pela criação de símbolos nacionais, algo que comprove/fortaleça a existência de um Estado. Uma nação deve apresentar um conjunto de elementos simbólicos e materiais: uma história, que estabelece uma continuidade com os ancestrais mais antigos; uma série de heróis, modelos das virtudes nacionais; uma língua; monumentos culturais; um folclore; lugares importantes e uma paisagem típica; representações oficiais, como hino, bandeira, escudo; identificações pitorescas, como costumes, especialidades culinárias, animais e árvores-símbolo (SILVA; CARVALHO, 2016, p. 249-250)
Nesse contexto, a identidade nacional que Vargas buscava conceder ao povo brasileira era a de um povo único, singular, heroico, grandioso e com uma cultura única, diferenciando-o dos elementos europeus. Para que o povo reconhecesse essa identidade nacional, seria necessário criar também uma memória nacional que incutisse na população o sentimento de orgulho. Para consolidar esse ponto, Vargas contou com duas ajudas: reformas na Educação e atuação da elite intelectual brasileira. Em relação à Educação, Vargas transformou-a em uma Educação Pátria, sobretudo no que diz respeito ao ensino de História. 
Essa disciplina passou a ter como finalidade a formação de cidadãos patriotas, a partir da apresentação de um suposto passado glorioso do país, ressaltando os elementos pátrios e grandes heróis nacionais, responsáveis por terem levado o país a um futuro promissor. Desse modo cabia ao professor reforçar quais figuras históricas eram brasileiros singulares, os quais lutaram pelo país, e, assim, promover um ideal de pertencimento, através de sentimentos coletivos (ARAÚJO, MORAIS, 2015).
No que tange ao papel da elite intelectual brasileira, seu papel era ressaltar rituais cívicos, imagens e símbolos nacionais, valorizando o passado histórico e criando razões para amar o país, amar ser brasileiro. Assim, possuíam o dever social de propagar o discernimento nacional. Sob este solo, emergiu as políticas culturais relacionadas à criação do patrimônio histórico brasileiro. 
Acerca desse ponto, Vargas realizou reformas legislativas que contribuíssem para a valorização do patrimônio histórico. A primeira dessas medidas a serem destacadas consiste na Constituição de 1934, a qual foi responsável pela criação das bases legais para a garantia da preservação do patrimônio cultural brasileiro, como indica seu artigo 134: 
Os monumentos históricos, artísticos e naturais, assim como as paisagens ou locais particularmente dotados pela natureza, gozam de proteção e dos cuidados especiais da Nação, dos Estados e dos Municípios. Os atentados contra eles cometidos serão equiparados aos cometidos contra o patrimônio nacional (BRASIL, 1934, art. 134) 
A segunda medida legal que possibilitou a defesa do patrimônio cultural corresponde ao Decreto-lei no 25 de 30 de novembro de 1937, conhecido como Lei do Tombamento. Essa legislação reforçou o apoio ao patriotismo, pois traz a definição do que é bem do Brasil, enquanto também indica que obras estrangeiras não são consideradas patrimônio nacional, fortalecendo a distinção iniciada pelo Movimento Modernista. É possível notar a influência do pensamento da época neste decreto, na medida em que definem patrimônio como bens “cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico” (BRASIL, 1937, art. 1). 
Para garantir a efetividade desta conservação, Vargas também criou o Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (SPHAN), “com a finalidade de promover, em todo o País e de modo permanente, o tombamento, aconservação, o enriquecimento e o conhecimento do patrimônio histórico e artístico nacional” (BRASIL, 1937, art. 46). É importante salientar que essa lei foi fundamental para o projeto nacionalista de Vargas, pois a partir dessa a valorização da memória identitária brasileira foi ampliada. 
Desta forma, com as leis promulgadas e o ensino de história pátria sendo realizados, Getúlio Vargas pode colocar em prática a política de destacar lugares e personalidades de importância histórica. Nesse sentido, a partir do Decreto nº 22.928, em 12 de julho de 1933, Vargas outorga à cidade de Ouro Preto o lugar de Monumento Nacional. Salienta-se que Ouro Preto foi palco da Inconfidência Mineira, na qual, para a ideia de Vargas, teve um grande herói nacional: Tiradentes. 
Assim sendo, este decreto serviu para valorizar a história e memória nacionais, pois lançou um novo olhar para o local e uma nova nomenclatura, que ecoava o nacionalismo de Vargas (VIANNA, 2019). Desse modo, o tombamento de monumentos como Ouro Preto e outros monumentos coloniais, reforça a origem histórica do Brasileiro e qual caminho foi percorrido, buscando enaltecer, assim, a trajetória do brasileiro. Desse modo, Vargas se apoia nos destaques históricos, culturais e patrimoniais para criar uma identidade brasileira.
PROPOSTA DE PRESERVAÇÃO E INTEGRAÇÃO DE UM PATRIMÔNIO AO COTIDIANO DE UMA COMUNIDADE ESCOLAR 
A incorporação de um patrimônio ao cotidiano escolar é fundamental, pois este recurso possibilita reflexões críticas acerca de significados e valores dos bens culturais e sua preservação na sociedade. Desse modo, o estudo de Patrimônios Históricos contribui para a formação do aluno. Além disso, a preservação dos bens culturais também depende do apoio da comunidade escolar, pois apenas as leis não são o suficiente para garantir a proteção dos bens culturais (LONDRES, 2012).
Portanto, propõe-se que as comunidades escolares preservem e integrem um patrimônio a seu cotidiano. Nesta produção, sugere-se que a comunidade escolar da Escola Municipal Professor José Melquíades de Macedo, localizada em Natal, no Rio Grande do Norte, incorpore o rio Potengi a seu cotidiano.
Primeiramente, é importante ressaltar o significado deste patrimônio. O rio Potengi possui grande importância histórica e paisagística, pois este rio, desde os primórdios da construção de Natal, auxiliou no transporte de mercadores e pessoas, estando relacionado ao trabalho e cotidiano da memória histórica da cidade. Próximo ao rio, encontra-se a maioria dos espaços culturais da região, o que evidencia a importância de Potengi para a cidade. 
Em relação à proposta, a comunidade escolar pode realizar ações de preservação, como limpeza do rio e campanhas para conscientizar a população acerca da poluição do rio, fazendo uma interface com o componente curricular de Geografia. Além disso, também podem-se realizar aulas de campo, em que os alunos percorrem parte do trajeto, e observam como o rio possibilitou o crescimento da cidade a partir do seu uso para transporte, o que tange às disciplinas de História e Geografia. Ademais, também é possível pensar na importância agrícola ou do rio como uma fonte de água. Do ponto de vista curricular, o rio possibilita projetos interdisciplinares dos conteúdos.
Sendo assim, este patrimônio pode ser preservado e integrado ao cotidiano de uma comunidade escolar a partir de projetos interdisciplinares com os alunos, realizando visitas em campo e trabalhos de estudos em que o rio possa ser utilizado como exemplo. Em suma, a integração ocorre a partir de trabalhos que evidenciam a importância e a preservação a partir de ações de conscientização e de limpeza do rio. 
CONCLUSÃO 
A partir das análises realizadas durante esta produção, foi possível observar as interfaces entre cultura, patrimônio histórico e identidade nacional na proposta política de Vargas, sobretudo no que diz respeito a transformações educacionais, papel de intelectuais da elite, e a tentativa de elevar a história brasileira a sinônimo de glória. A partir do destaque a essas questões, a compreensão acerca da identidade nacional enquanto um discurso forjado para população foi evidenciado. 
Dentre as possíveis conclusões, notou-se que a divulgação de uma cultura essencialmente brasileira, individual e distinta daquela europeia, foi difundida em livros e na mídia, como contos acerca de grandes heróis nacionais e exibição de jogos de futebol, assim como músicas de samba na rádio. Foi feito um trabalho para criar uma identidade nacional a partir da identificação com uma cultura que só poderia ser chamada de brasileira. 
	Além disso, a Escola, enquanto um espaço que ensinava acerca da memória nacional devido às reformas realizadas por Vargas, também contribuiu para a construção de uma identidade nacional. Contudo, o grande passo de Vargas para defender a existência da identidade brasileira foi a crianção de Patrimônios Nacionais dos grandes eventos e heróis da história: estava marcado na lei que os espaços, as lutas e as pessoas do Brasil eram importantes. Desse modo, ele conseguiu difundir a valorização da identidade nacional.
	Por abordar essas questões, pode-se afirmar que o desenvolvimento desta produção promoveu a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas práticos relativos à História, assim como direcionei o discente para a busca do raciocínio crítico e a emancipação intelectual. 
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, C. C. M. V.; MORAIS, C. D. S. A Educação como projeto Estatal - A (re) Construção da Identidade Nacional na Era Vargas (1930-1945): Práticas e Rituais Cívicos. Bilros, Fortaleza, v. 3, n. 4, p. 54-68, jan/jul. 2015. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/bilros/article/view/7598. Acesso em: 04 fev. 2022. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 16 de julho de 1934. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm Acesso em: 04 fev. 2022. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937.  Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/legislacao/Decreto_no_25_de_30_de_novembro_de_1937.pdf. Acesso em: 04 fev. 2022. 
LONDRES, Cecília. O Patrimônio Cultural na formação das novas gerações: algumas considerações. Educação patrimonial: reflexões e práticas. Caderno Temático de Educação Patrimonial. João Pessoa: Superintendente do Iphan na Paraíba, 2012.
SILVA, K. K. P.; CARVALHO, C. E. S. D. A construção da identidade nacional durante a Era Vargas: os políticos, os intelectuais e o futebol. Revista Outras Fronteiras, Cuiabá, v. 3, n. 1, p. 246-254, jan/jun. 2016. Disponível em: http://ppghis.com/outrasfronteiras/index.php/outrasfronteiras/article/view/172. Acesso em: 04 fev. 2022. 
VIANNA, Andrea de Albuquerque. Identidade nacional na Era Vargas: turismo, patrimônio, política e muito mais. In: Anais XVIII ENANPUR 2019. ISSN 1984-8781. Disponível em: http://anpur.org.br/xviiienanpur/anaisadmin/capapdf.php?reqid=816 Acesso em: 04 fev. 2022.

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