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Aula 1 - Terminologias - Revisão

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Contabilidade de Custos 
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Prof. José Rodolfo 
Métodos de Preços, Custo e Custeio 
Terminologias - Revisão 
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Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Conceitos básicos em custos 
A Contabilidade de Custos utiliza terminologia própria, cujos termos muitas vezes são 
usados com diferentes significados. 
Assim, torna-se necessário definir o entendimento dessa terminologia de forma a permitir 
uma uniformização de conceitos. 
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São os encargos financeiros efetuados por uma entidade com vista à obtenção de 
um produto ou serviço qualquer para a produção de um bem ou para a obtenção de uma 
receita. 
Representados por entrega ou promessa de entrega de ativos (geralmente dinheiro). 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Gastos 
Somente são considerados gastos no momento em que existe o reconhecimento 
contábil da dívida ou da redução do ativo dado em pagamento. 
Trata-se de um termo genérico que pode representar tanto um custo como uma despesa. 
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Exemplos: 
Gastos com a compra de matérias-primas, gastos com salários, gastos com comissões sobre 
vendas. 
Os gastos podem ser classificados em: 
 investimentos; 
 custos; 
 despesas; 
 perdas ou desperdícios. 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
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Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Desembolso 
É o pagamento resultante da aquisição ou produção de um bem, serviço ou despesa. Pode 
ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada. 
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É a saída financeira da empresa, entrega de ativos. Pode ocorrer concomitantemente ao gasto 
(pagamento à vista) ou depois dele (pagamento a prazo). 
 
Exemplo: Pagamento de uma fatura. 
Na compra a prazo, o gasto ocorre imediatamente, mas o desembolso só ocorre no 
pagamento. 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Investimentos 
São todos os gastos ativados em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos. 
É realizado na obtenção de um bem para o ativo da entidade, bem este ativado em função de 
sua vida útil ou porque será atribuído a exercícios futuros. 
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Os investimentos em função da época do retorno se classificam em: 
 Circulantes: estoques de matérias-primas e produtos para revenda. 
 Permanentes: máquinas, equipamentos e instalações. 
Pode-se concluir que todo custo é um investimento, mas nem todo investimento é um custo. 
Exemplos: 
Matérias-primas, máquinas para a fábrica, ações de outras empresas. 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Custos 
Custos são os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou 
serviços, sejam eles desembolsados ou não. 
 
Só são reconhecidos como custos no momento da fabricação de um produto ou execução de 
um serviço. 
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Correspondem aos valores gastos com a fabricação dos produtos. 
 
A classificação dos custos vai depender do enfoque que for atribuído a ela, podendo ser 
determinada quanto à natureza, à função, à contabilização, ao produto e à formação ou 
produção. 
 
Exemplos: Matéria-prima, mão de obra direta utilizada na produção. 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Despesas 
São gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos direta 
ou indiretamente para a obtenção de receitas, que provocam redução do patrimônio. 
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Também podem ser definidas como valores gastos com a comercialização e administração 
das atividades empresariais. 
 
Geralmente, são gastos mensais. 
Exemplos: comissões sobre as vendas, honorários de advogados. 
São efetuados para a obtenção de bens e serviços aplicados na área administrativa, comercial 
ou financeira, visando, direta ou indiretamente, à obtenção de receitas. Compreendem as 
despesas: 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Despesas diretas 
São as diretamente relacionadas ao faturamento, tais como comissões de vendas, impostos 
diretos sobre o faturamento, fretes de entrega, royalties por utilização de processos 
patenteados etc. 
 
No segmento comercial, pode-se incluir as despesas pagas às administradoras de cartão de 
crédito pela utilização do instrumento nas vendas etc. 
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Despesas indiretas 
São as que não dependem do faturamento, sendo necessárias às atividades de suporte 
administrativo, comercial e operacional geral, tais como salários e encargos sociais, 
prestadores de serviço diversos, tarifas públicas, aluguéis, e condomínios, gerais, financeiras 
etc. 
São quatro os principais tipos de despesas operacionais: 
 
 Administrativas: de modo geral, são relativas às áreas de apoio da empresa 
(administração geral, finanças, contabilidade, recursos humanos etc.). 
Classificação das despesas 
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 Comerciais: surgem pela necessidade de criar receitas, como propaganda e publicidade, 
telefone, ou em função de vendas já efetuadas, como comissões, fretes de entregas etc. 
Essas despesas correspondem aos gastos necessários para comercializar os produtos 
fabricados. Seus valores variam proporcionalmente ao volume de vendas. As despesas de 
comercialização são também conhecidas como despesas variáveis. 
 
Exemplos: impostos e comissões sobre as vendas. 
 Financeiras: são decorrentes da insuficiência de capital de giro próprio da empresa, que 
é obrigada a buscar e a remunerar capitais de terceiros. 
 
 Tributárias: encargos devidos à administração pública em relação aos impostos. 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Diferença entre custo e despesa 
CUSTO DESPESA 
É o gasto com a fabricação do produto (processo 
produtivo). 
 
O custo só afetará o resultado da parcela do gasto 
que corresponde aos produtos vendidos. 
É o gasto que não está relacionado ao processo 
produtivo. 
 
São todos os demais fatores identificáveis na 
administração, financeiros e relativos às vendas, que 
reduzem a receita. 
 
A despesa afetará diretamente o resultado do 
exercício. 
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São bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária. 
 
Trata-se de gastos não intencionais decorrentes de fatores externos, fortuitos ou da atividade 
produtiva normal da empresa. 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Perdas 
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Exemplos: o gasto com mão de obra durante um período de greve é uma perda, não um 
custo de produção; perdas com estoques deteriorados; incêndios. 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Desperdícios 
São os gastos originados dos processos produtivos ou de geração de receitas e que podem ser 
descartados sem prejuízo da qualidade ou quantidade de bens, serviços ou receitas geradas. 
 
No mundo globalizado em que vivemos, manter desperdício é sinônimo de prejuízo, visto 
que ele não pode ser repassado para os preços. 
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Exemplos: 
 cargos intermediários de chefia e supervisão desnecessários; 
 retrabalho decorrente de defeitos de fabricação; 
 relatórios sem utilidade. 
Os custos quanto a sua apropriação aos produtos podem ser: 
 
a) Custos diretos. São os custos incorridos em determinado produto, identificando-se como 
parte do respectivo custo. 
 
São também os custos diretamente associados com o produto ou serviço que está sendo 
orçado, ou seja, o custo dos insumosque entram na execução do referido produto ou 
serviço. Podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos, bastando existir para 
isso uma medida de consumo (quilos, horas de mão de obra ou de máquina, quantidade de 
força consumida etc.). 
 
De maneira geral, associam-se a produtos e variam proporcionalmente à quantidade 
produzida. 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Classificação de custos 
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São gastos diretamente relacionados aos produtos e podem ser mensurados de maneira clara 
e objetiva, ou seja, referem-se às quantidades de materiais e serviços utilizados na produção 
de um determinado produto. 
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Exemplos de custos diretos comuns na indústria: matérias-primas, materiais de 
acabamento, componentes e embalagens. 
b) Custos indiretos. São os custos de natureza mais genérica, não sendo possível identificá- 
los imediatamente como parte do custo de determinado produto ou serviço. 
Para serem incorporados aos produtos ou serviços, necessitam da utilização de algum 
critério de rateio. 
Precisam ser rateados ou alocados entre departamentos ou centros de custo, portanto, o 
custeio é realizado por meio de critérios subjetivos. 
 
Exemplos: aluguel, iluminação, depreciação, salário de supervisores etc. 
São gastos não diretamente relacionados aos produtos ou serviços, portanto, não são 
mensuráveis de maneira clara e objetiva. Nesse caso, torna-se necessário adotar um critério 
de rateio (distribuição) para alocar tais custos aos produtos fabricados ou serviços prestados, 
tais como aluguel, manutenção e supervisão da fábrica etc. 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
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Custos quanto ao nível de atividades classißcam-se em: 
a) Custos fixos. Um custo que, em determinado período e volume de produção, não se altera 
em seu valor total, mas vai ficando cada vez menor em termos unitários com o aumento do 
volume de produção. 
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O custo total não varia proporcionalmente ao volume produzido. 
Um aspecto importante a ressaltar é que os custos são fixos dentro de determinada faixa de 
produção e, em geral, nem sempre são fixos, podendo variar em função de grandes 
oscilações no volume de produção. 
Quanto mais se produzir, menor será o custo por unidade. 
 
Exemplos: depreciação das máquinas de fábrica, salários de supervisores, aluguel e seguro 
de fábrica. 
O custo fixo é fixo em relação ao volume total da produção, mas é variável em relação à 
unidade produzida. 
O custo fixo unitário decresce com o acréscimo da quantidade produzida. Os custos fixos 
totais mantêm-se estáveis, qualquer que seja o volume de produção. 
São aqueles cujos valores têm pequena ou nenhuma relação com o volume de produção da 
empresa. 
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Exemplos: 
 aluguel de imóveis utilizados na produção de bens e serviços; 
 MOI (supervisores e gerentes de produção); 
 pró-labore do diretor de produção; 
 honorários de vigilância das instalações produtivas etc. 
b) Custos variáveis. Custos que são uniformes por unidade, mas que variam no total na 
proporção direta das variações da atividade total ou do volume de produção relacionado. 
Exemplos: matéria-prima, embalagem. 
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O custo variável é variável em relação ao volume total da produção, mas é fixo em relação à 
unidade produzida. 
Os custos variáveis unitários são fixos ao longo do processo produtivo. 
Numa linha de produção eles permanecem constantes, qualquer que seja o volume de 
produção. 
Os custos variáveis totais são aumentados ou diminuídos de acordo com o aumento ou 
diminuição da quantidade produzida. 
São aqueles cujos valores alteram-se em função do volume de produção ou atividades. 
c) Custos semivariáveis ou semifixos. 
São os custos que variam em função do volume de produção ou venda, mas não exatamente 
nas mesmas proporções. 
São considerados fixos até uma determinada parcela, e a partir deste ponto passam a ser 
variáveis. 
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Exemplos: 
 
 remuneração por meta de produtividade aos empregados; 
 horas extras do controle de qualidade, para lotes de produção que extrapolarem o limite 
de análise em período normal; 
 manutenção preventiva para atender à demanda de utilização de horas de máquinas e 
equipamentos. 
Capítulo 2 | Classificação e nomenclatura dos custos 
Outros conceitos aplicados a custos 
Custos de transformação ou conversão: representam o esforço empregado pela empresa no 
processo de fabricação de determinado produto (mão de obra direta e indireta, energia, 
horas de máquina etc.). Não incluem matéria-prima nem outros produtos adquiridos 
prontos para consumo ou industrialização. 
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Custos primários: compreendem a soma da matéria-prima e da mão de obra direta e não 
incluem os demais custos diretos. 
Também não são iguais a custos diretos, uma vez que nos custos primários só estão incluídos 
aqueles dois itens. 
Assim, a embalagem é um custo direto, mas não é um custo primário. 
Custos comuns: comumente encontrados na fabricação de produtos farmacêuticos, onde 
durante o processo produtivo até uma determinada fase os custos incorridos são os mesmos 
e, a partir de um ponto chamado ponto de segregação, tornam-se vários produtos acabados 
diferentes. 
Custos marginais: são o acréscimo de custo em que a empresa incorre para produzir uma 
unidade adicional do produto. 
Relacionam-se apenas com os custos variáveis e ocorrem quando a empresa está operando 
com capacidade ociosa. 
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Custos de oportunidade: representam o quanto a empresa sacrificou de recursos em termos 
de remuneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa em vez de outra, sendo 
denominados custo econômico ou custos não contábeis. 
Trata-se do valor associado à melhor alternativa não escolhida. 
Ao se fazer determinada escolha, deixam-se de lado as demais possibilidades, pois são 
excludentes. 
À alternativa escolhida, associa-se como “custo de oportunidade” o maior benefício NÃO 
obtido dentre as possibilidades NÃO escolhidas, isto é, “a escolha de determinada opção 
impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar”. 
 
O mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos pode ser entendido como um 
custo da opção escolhida, ou custo “de oportunidade”. 
Materiais diretos: são os materiais que se incorporam (se identificam) diretamente aos 
produtos. 
Exemplos: matéria-prima, embalagem, materiais auxiliares, tais como cola, tinta, parafuso, 
prego etc. 
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Rateios: representam a alocação de custos indiretos aos produtos em fabricação, segundo 
critérios racionais. 
Exemplo: depreciação de máquinas rateada segundo o tempo de utilização (HM) por 
produto. 
Contudo, dada a dificuldade de fixação de critérios de rateio, tais alocações carregam 
consigo certo grau de arbitrariedade. 
Mão de obra direta: representa custos relacionados com pessoal que trabalha diretamente 
na elaboração dos produtos, como, por exemplo, o empregado que opera um torno 
mecânico. 
Não deve ser confundida com a mão de obra de um operário que supervisiona um grupo de 
torneiros mecânicos. 
 
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Atividades Ficha 1

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