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FundaE7F5es (1)

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Prévia do material em texto

Sobre o autora 
Marta Fleichman Prellwitz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A autora do caderno de estudos é a professora Marta Fleichman Prellwitz, bra-
sileira, natural de Rio de Janeiro/RJ, Bacharel em Engenharia Civil pela Universidade 
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF, 2013), Mestre em Engenharia 
Civil pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF, 2015). 
Atualmente cursa o Doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual do 
Norte Fluminense Darcy Ribeiro, com ênfase na área de investigação geológicas e 
geotécnica, especificamente na área de fundações. É professora da Faculdade Re-
dentor desde 2015, nos cursos de Engenharia Civil. Tem experiência nas disciplinas 
de Mecânica dos Solos I e II, Fundações, Obras Hidráulicas, Desenho de Projeto de 
Engenharia Civil. É autora de diversos trabalhos científicos na área de geotecnia, es-
pecificamente fundações, como também em outras áreas (geossintéticos), publicados 
em periódicos nacionais e internacionais, além de participação em congressos nacio-
nais e internacionais. Atua como Engenheira Civil como projetista de obras de funda-
ções, estabilidade de talude e contenções e responsável técnica de obras públicas e 
privadas. 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
 
 
 
Olá querido aluno (a), seja muito bem-vindo (a)! 
 
Se você chegou até aqui é porque está bem próximo de se tornar um Enge-
nheiro Civil. Sabemos do seu esforço e dos desafios enfrentados no ciclo básico de 
formação de engenharia e gostaria de parabeniza-lo por isso. Para completar seu co-
nhecimento específico no curso, você terá um novo desafio nesta disciplina. 
Nossa disciplina intitula-se como Fundações. E aqui estudaremos o dimensio-
namento das fundações e conversaremos a respeito da elaboração de projeto e de 
execução das fundações. 
Iremos utilizar dois livros como guia nesse estudo o “Fundações – Critérios de 
Projeto, Investigação de Subsolo, Fundações Superficiais, Fundações Profundas – 
Volume 1 e 2”, de Dirceu de Alencar Velloso e Francisco de Rezende Lopes e “Fun-
dações Teoria e Prática”, 3ª Edição de Frederico Falconi e diversos outros autores. 
Analisando um elemento de fundação isolado, temos uma sapata ou uma es-
taca embutida no maciço de solo. Formando, portanto, um conjunto constituído de 
duas partes: o elemento estrutural (sapata ou estaca) e o elemento geotécnico (ma-
ciço de solo). Portanto durante o dimensionamento, projeto e execução de uma fun-
dação o engenheiro precisa ter conhecimentos de Geotecnia e Cálculo Estrutural 
(analise estrutural e dimensionamento de estruturas em concreto armado especifica-
mente); a Geotecnia, por outro lado abrange conhecimentos de geologia, mecânica 
dos solos e muitas vezes mecânica das rochas. 
Nesta disciplina veremos então conceitos relacionados a geotecnia para um 
entendimento do comportamento do maciço de solo e conceitos de cálculo estrutural 
para um perfeito dimensionamento das fundações. O sucesso do seu desempenho 
neste modulo depende muito de seu esforço e de seu acompanhamento nas ativida-
des propostas. Esperamos que ao fim você esteja apto ao desenvolvimento e leitura 
de projetos de fundações. 
Preparados? Então mãos e obra! 
Bons estudos! 
 
 
Objetivos 
 
 
A disciplina de Fundações tem uma significativa importância na formação do 
engenheiro civil, uma vez que toda estrutura necessita de uma fundação que tem por 
finalidade transmitir o carregamento para o solo resistente. E, portanto, o conheci-
mento do comportamento do solo ao receber esse carregamento é fundamental. 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivo apresentar os principais métodos de 
investigação geotécnica existentes, as definições, os métodos de dimensionamento e 
os processos executivos de vários tipos de fundações e obras de contenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este caderno de estudos tem como objetivos: 
 
➢ Apresentar conceitos de segurança das fundações indicando as in-
certezas presente nos projetos e nas execuções; 
➢ Capacitar o acadêmico a perceber os elementos necessários para 
o desenvolvimento de um bom projeto e execução, assim como os 
elementos necessários para a elaboração do projeto. 
➢ O conhecimento da importância de uma investigação geotécnica e 
os principais métodos existentes, tanto de campo quanto de labo-
ratório; 
➢ Apresentar ao aluno os diferentes tipos de fundações e obras de 
contenções existentes. As características de cada tipo, classifica-
ção e processo executivo (vantagens e limitações de cada solu-
ção). E ao mesmo tempo desenvolver critérios de escolha do me-
lhor tipo de fundação, levando em consideração características téc-
nicas, econômicas e executivas; 
➢ Ajudar e dar subsídio para o aluno desenvolver a sua capacidade 
de interpretação dos resultados durante o dimensionamento e de 
solução de problemas, integrando conhecimentos multidisciplina-
res. 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
AULA 1 – INTRODUÇÃO 
1 INTRODUÇÃO - FUNDAÇÕES ...................................................................... 15 
1.1 Partes constituintes de uma estrutura ....................................................... 15 
1.1.1 Infraestrutura ............................................................................................... 17 
1.2 Projeto de fundação .................................................................................. 23 
1.2.1 Elementos necessários ao projeto ............................................................ 23 
1.2.2 Elementos básicos de um projeto de fundação ..................................... 23 
1.2.3 Requisitos de um projeto de fundação .................................................... 24 
1.2.4 Critérios para escolha do tipo de fundação ........................................... 26 
1.3 Segurança de projeto de fundação ......................................................... 27 
 
AULA 2 - INVESTIGAÇÃO DE SUBSOLO 
2 INTRODUÇÃO – INVESTIGAÇÃO DE SUBSOLO ........................................... 39 
2.1 Poços e sondagens a trado ....................................................................... 41 
2.2 Sondagem a Percussão ............................................................................. 42 
2.3 Apresentação dos resultados.................................................................... 47 
2.4 Aplicação dos resultados .......................................................................... 48 
2.5 Sondagem Rotativas e Mistas .................................................................... 49 
2.6 Ensaio de Cone (CPT) e Piezocone (CPTU) ............................................... 51 
 
AULA 3 - TIPOS DE FUNDAÇÕES 
3 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 65 
3.1 Tipos de Fundações .................................................................................... 65 
3.1.1 Fundações superficiais ............................................................................... 65 
3.1.2 Bloco de Fundação ................................................................................... 66 
3.1.3 Sapatas de Fundação ............................................................................... 67 
3.1.4 Fundação em radier .................................................................................. 72 
3.2 Processo executivo fundações superficiais ............................................. 73 
3.2.1 Escavação das cavas ................................................................................ 73 
3.2.2 Preparação para a concretagem ........................................................... 74 
3.2.3 Regularização ............................................................................................. 75 
 
 
3.2.4 Verificação da locação ............................................................................ 76 
3.2.5Colocação da ferragem ........................................................................... 76 
3.2.6 Concretagem das sapatas ....................................................................... 77 
3.2.7 Reaterro ....................................................................................................... 77 
3.2.8 Obras adicionais ......................................................................................... 77 
3.3 Fundações profundas ................................................................................ 78 
3.3.1 Madeira ....................................................................................................... 81 
3.3.2 Metálica ...................................................................................................... 82 
3.3.3 Pré-moldada de concreto ........................................................................ 84 
3.3.4 Estacas de concreto moldadas no solo ................................................... 86 
 
AULA 4 - PROCESSO EXECUTIVO: FUNDAÇÃO SUPERFICIAL 
4 INTRODUÇÃO – PROCESSO EXECUTIVO..................................................... 96 
4.1 Estacas ......................................................................................................... 96 
4.1.1 Estacas cravadas ....................................................................................... 96 
4.2 Estacas de concreto moldadas no solo ................................................. 100 
4.2.1 Estacas STRAUSS ........................................................................................ 100 
4.2.2 Estacas FRANKI .......................................................................................... 104 
4.3 Estacas escavadas ................................................................................... 106 
4.3.1 Estacas escavadas sem revestimento .................................................... 106 
4.3.2 Estacas escavadas com revestimento ................................................... 109 
4.4 Tubulão ...................................................................................................... 111 
4.4.1 Tubulão ao céu aberto ............................................................................ 113 
4.4.2 Tubulão a ar comprimido ........................................................................ 113 
 
AULA 5 - OBRAS DE CONTENÇÃO 
5 INTRODUÇÃO – OBRAS DE CONTEÇÃO ................................................... 127 
5.1 Tipos de estrutura de contenção ............................................................ 130 
5.2 Dimensionamento de um muro de gravidade ...................................... 145 
5.2.1 Pré-dimensionamento de um muro de arrimo ...................................... 149 
5.2.2 Estabilidade das estruturas de arrimo ..................................................... 150 
5.2.3 Capacidade de carga da fundação .................................................... 152 
 
 
 
 
AULA 6 - CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS 
6 INTRODUÇÃO – CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS .. 
 .................................................................................................................... 173 
6.1 Mecanismos de ruptura ........................................................................... 174 
6.2 Métodos Teóricos ...................................................................................... 175 
6.2.1 Método de Terzaghi (1943) ...................................................................... 176 
6.2.2 Verificação em terrenos estratificado .................................................... 178 
6.2.3 Influência do lençol freático ................................................................... 182 
6.3 Métodos Empíricos ................................................................................... 185 
6.3.1 Meyerhof (1956) ........................................................................................ 185 
6.3.2 Teixeira (1996) ........................................................................................... 186 
6.3.3 Mello (1975) ............................................................................................... 186 
6.3.4 Teixeira & Godoy (1996) ........................................................................... 187 
6.4 Tensões Básicas Segundo a NBR 6122/1996........................................... 187 
6.5 Ensaio de placa ........................................................................................ 188 
 
AULA 7 - CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS 
7 INTRODUÇÃO – CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS .... 
 .................................................................................................................... 204 
7.1 Formulação estática ................................................................................ 206 
7.1.1 Método de Aoki-Velloso .......................................................................... 207 
7.1.2 Método de Décourt-Quaresma .............................................................. 213 
7.1.3 Método de Velloso ................................................................................... 215 
7.1.4 Método de Teixeira .................................................................................. 217 
7.2 Formulação Dinâmica.............................................................................. 218 
7.2.1 Fórmula dos Holandeses .......................................................................... 220 
7.2.2 Fórmula de Janbu .................................................................................... 221 
7.2.3 Fórmula dos Dinamarqueses ................................................................... 221 
 
AULA 8 - RECALQUE FUNDAÇÃO SUPERFICIAL 
8 INTRODUÇÃO – RECALQUE FUNDAÇÃO SUPERFICIAL ............................ 243 
8.1 Parâmetros de recalque .......................................................................... 244 
8.2 Métodos de previsão de recalque ......................................................... 246 
8.2.1 Métodos Racionais ................................................................................... 246 
 
 
8.2.2 Meio Elástico Não Homogêneo .............................................................. 249 
8.3 Valores limites dos parâmetros de recalque ......................................... 256 
 
AULA 9 - RECALQUE FUNDAÇÃO PROFUNDA 
9 INTRODUÇÃO – RECALQUE FUNDAÇÃO PROFUNDA .............................. 273 
9.1 Mecanismo de transferência de carga e recalque .............................. 273 
9.2 Método de Poulos e Davis ....................................................................... 275 
9.3 Método de Randolph ............................................................................... 281 
 
AULA 10 - ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO SUPERFICIAL 
10 INTRODUÇÃO – ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO SUPERFICIAL ...................... 302 
10.1 Blocos de Fundação ................................................................................ 302 
10.2 Sapatas ...................................................................................................... 305 
10.2.1 Sapata Isolada .......................................................................................... 306 
10.2.2 Dimensionamento Estrutural .................................................................... 308 
10.2.3 Sapata Associada .................................................................................... 311 
10.2.4 Sapata Corrida ......................................................................................... 315 
10.2.5 Sapata de Divisa....................................................................................... 318 
 
AULA 11 - DIMENSIONAMENTO TUBULÃO 
11 INTRODUÇÃO – DIMENSIONAMENTO TUBULÃO ...................................... 345 
11.1 Tubulão a céu aberto ...............................................................................345 
11.1.1 Dimensionamento da base ..................................................................... 346 
11.1.2 Dimensionamento do fuste ..................................................................... 346 
11.1.3 Determinação da altura da base ........................................................... 347 
11.1.4 Armação do fuste .................................................................................... 348 
11.2 Tubulão a ar comprimido ........................................................................ 348 
11.2.1 Dimensionamento do fuste ..................................................................... 349 
11.2.2 Dimensionamento do estribo .................................................................. 350 
 
AULA 12 - ESTAQUEAMENTO 
12 DEFINIÇÕES E PROCEDIMENTOS GERAIS DE PROJETO ............................ 371 
12.1 Número de Estacas por Bloco ................................................................. 371 
12.2 Distribuição das estacas .......................................................................... 373 
 
 
12.2.1 Espaçamento entre estacas ................................................................... 375 
12.2.2 Direção da distribuição ........................................................................... 376 
12.2.3 Associação de pilares .............................................................................. 376 
12.2.4 Pilares de divisa ......................................................................................... 377 
12.3 Determinação carga por estaca ............................................................ 377 
 
AULA 13 - BLOCO DE COROAMENTO I 
13 INTRODUÇÃO – BLOCO DE COROAMENTO ............................................. 398 
13.1 Processo executivo do bloco de coroamento ...................................... 399 
13.2 Método de bielas e tirantes ..................................................................... 401 
13.3 Bloco sobre uma estaca .......................................................................... 402 
13.4 Bloco sobre duas estacas ........................................................................ 405 
13.5 Bloco sobre três estacas .......................................................................... 408 
 
AULA 14 - BLOCO DE COROAMENTO II 
14 BLOCO SOBRE QUATRO ESTACAS ............................................................ 426 
14.1 Bloco sobre cinco estacas ...................................................................... 429 
14.2 Bloco sobre seis estacas .......................................................................... 432 
14.3 Bloco sobre n estacas .............................................................................. 434 
14.4 Casos Complexos ..................................................................................... 435 
14.5 Armadura de pele .................................................................................... 435 
 
AULA 15 - DETALHAMENTO ESTRUTURAL 
15 INTRODUÇÃO – DETALHAMENTO ESTRUTURAL ......................................... 449 
15.1 Disposição da armadura ......................................................................... 450 
15.1.1 Número de barras .................................................................................... 450 
15.1.2 Espaçamento entre as barras ................................................................. 451 
15.1.3 Cobrimento das barras ............................................................................ 451 
15.1.4 Exemplos de projeto de ferragem .......................................................... 453 
15.2 Dobramento da ferragem ........................................................................ 455 
15.3 Comprimento de ancoragem ................................................................. 456 
15.4 Emenda da ferragem ............................................................................... 458 
15.4.1 Comprimento de transpasse de barras tracionadas ............................ 459 
15.4.2 Comprimento de transpasse de barras comprimidas .......................... 459 
 
 
15.5 Dimensionamento estrutural das estacas .............................................. 460 
15.5.1 Efeitos de segunda ordem ...................................................................... 460 
15.5.2 Estacas pré-moldadas de concreto ....................................................... 460 
15.5.3 Estacas metálicas ..................................................................................... 460 
15.5.4 Estacas de concreto moldadas In Loco ................................................ 461 
 
AULA 16 - DETALHAMENTO DE PROJETO 
16 INTRODUÇÃO – DETALHAMENTO DE PROJETO ........................................ 475 
16.1 Planta de Locação e Carga dos Pilares ................................................. 476 
16.2 Análise de Prováveis Escavações e Aterros .......................................... 477 
16.3 Desempenho das fundações .................................................................. 478 
16.4 Apresentação do Projeto de Fundação ................................................. 479 
16.4.1 Exemplos de detalhes de projeto ........................................................... 480 
 
 
 
Iconografia 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
Aula 1 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Nesta aula estudaremos os conceitos gerais que devem ser introduzidos em 
relação a projetos, ao dimensionamento e comportamento das fundações. Será intro-
duzido alguns conceitos e definições que facilitará a comunicação e o desenvolvi-
mento do curso. Em seguida será abordado também assuntos em relação ao desen-
volvimento de um projeto de fundação, os elementos necessários e os elementos bá-
sicos de um projeto. Por fim, esta aula finalizará com os requisitos necessários de um 
projeto e comentários a respeito da segurança de projetos de fundações. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
➢ Conhecer e diferenciar as partes de uma supertrutura; 
➢ Identificar os elementos necessários para elaboração de um projeto de 
fundação e contenção; 
➢ Apresentar na forma de um projeto de engenharia os elementos neces-
sários que permitam a perfeita execução das fundações e contenções; 
➢ Entender os requisitos necessários de um projeto de fundação de forma 
que se tenha deformações aceitáveis sob as condições de trabalho das 
fundações; 
➢ Ter conhecimentos a respeito da margem de segurança de uma funda-
ção e que é em função de certas incertezas. 
 
 
 
 
P á g i n a | 15 
 
 
1 INTRODUÇÃO - FUNDAÇÕES 
Nos tempos 
medievais, entre 
os séculos V e XV, 
a engenharia ga-
nhou impulso deci-
sivo para construção de muralhas e 
fortalezas para fins militares, apli-
cando todos os conhecimentos da 
área técnica. A Igreja por sua vez esti-
mulava a construção de grandes tem-
plos e catedrais suntuosas. No en-
tanto, os progressos acumulados 
nessa época sofreram um retrocesso, 
devido aos inúmeros danos (recal-
ques, trincas, inclinações ou colapso), 
decorrentes da baixa capacidade de 
carga do solo de fundação. Muitas 
construções medievais apresentavam fundações sobre treliças ou assoalhos de ma-
deiras no fundo de valas escavadas até o nível d’água. 
Ao longo da história, a Engenharia foi acumulado conhecimentos nas obras de 
sucessos e em eventuais falhas que se tornaram célebres, como no caso da Torre de 
Pisa na Itália. A partir destes conhecimentos provocou-se nos profissionais a criação 
de novas ferramentas e com isso criação de diversos tipos de fundações e soluções 
de obras geotécnicas. Obras cada vez mais aprimoradas e com melhores capacidade 
de suporte foram possíveis de serem desenvolvidas. 
1.1 Partes constituintes de uma estrutura 
Você viu que as fundações têm um importante papel de transmitir as cargas 
para o maciço de solo. Vamos entendermelhor como funciona este processo. Mas 
antes vamos conhecer os elementos constituintes de uma estrutura e como são divi-
didos. 
Torre de Pisa (Itália) 
 
 
Construída no século XII sob solo mole e 
incapaz de sustenta-la. Apresentando, 
portanto, durante a sua construção 
(que durou oficialmente 200 anos) uma 
inclinação excessiva. Foram necessários 
inúmeros recursos da moderna tecnolo-
gia ali empregada para estabiliza-la e 
poder finalizar sua construção. 
 
P á g i n a | 16 
 
 
As estruturas são definidas como sistemas constituídos por três componentes: 
superestrutura, infraestrutura e maciço de solo, como representado na Figura 1.1, o 
desempenho de uma estrutura é determinado pelo trabalho conjunto destes três com-
ponentes. A superestrutura é constituída pelas lajes, vigas e pilares, elementos que 
garantem a transmissão das ações para os componentes da fundação. A infraestru-
tura por sua vez faz a ligação entre a superestrutura e o solo, sendo seus elementos 
responsáveis pela transferência segura dos carregamentos. Seus elementos são as 
fundações, blocos de coroamento e cintas de travamento. O maciço de solo (ou ma-
ciço de fundação), por sua vez, deve ter a capacidade de absorver os esforços oriun-
dos da superestrutura sem grandes deformações, garantindo assim, o equilíbrio global 
do sistema. 
Figura 1.1: Partes constituintes de uma superestrutura. 
 
Fonte: BARROS (2005) 
Tendo em vista o comportamento da estrutura, é possível identificar que o en-
genheiro de fundações deve ter conhecimentos tanto de geotecnia para o dimensio-
namento da capacidade de carga do maciço de solo (que receberá o carregamento), 
quanto de estrutura, para o dimensionamento das cargas e dos elementos da infraes-
trutura, certo? Sendo assim, o engenheiro geotécnico precisa ter conhecimentos, para 
o dimensionamento de uma fundação, a respeito da Geologia, Mecânica dos Solos, 
P á g i n a | 17 
 
 
Investigação Geotecnica, distribuição de pressões e cálculo de deformações e recal-
ques. 
 
 
Não perca tempo, faça uma revisão a respeito de 
alguns conceitos de Mecânica dos Solos (ensaios de labo-
ratório, parâmetros de resistência: coesão e ângulo de 
atrito, tensões atuantes no solo: vertical e horizontal, etc.). 
 
 
1.1.1 Infraestrutura 
Conforme foi apresentado anteriormente, a infraestrutura é uma componente 
da estrutura e tem como função transmitir o carregamento da superestrutura para o 
maciço de fundação. Seus elementos são: as fundações, blocos de coroamento e cin-
tas de travamento. Para uma melhor compreensão dos assuntos que serão abordados 
daqui em diante nesta disciplina, apresentaremos estes elementos. Será feita uma 
rápida descrição destes elementos, mas em capítulos posteriores será apresentado 
maiores detalhes a respeito do dimensionamento e de execução. 
As fundações são convencionalmente divididas em dois grandes grupos: 
➢ Fundações superficiais (ou fundações diretas, rasas); 
➢ Fundações profundas. 
 
As fundações superficiais são aqueles em que a carga é transmitida ao solo, 
predominantemente pelas tensões distribuídas sob a base do elemento estrutural de 
fundação (Figura 1.2). Segundo a NBR 6122 (2010) a profundidade de assentamento 
de uma fundação superficial em relação ao terreno deve ser inferior a duas vezes a 
menor dimensão do elemento estrutural. 
 
 
 
 
P á g i n a | 18 
 
 
Figura 1.2: Fundação Superficial. 
 
Fonte: AUTOR (2018) 
A Tabela 1.1 apresenta os principais tipos de fundações superficiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 19 
 
 
Tabela 1.1: Tipos de fundações superficiais. 
 
Fonte: a atuora (2018) 
As fundações profundas são aquelas em que a carga é transmitida ao terreno 
pela sua base (resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência lateral) ou 
por uma combinação destas. A norma NBR 6122 determinou que fundações profun-
das são aquelas cujas bases estão implantadas a uma profundidade superior a duas 
vezes a sua menor dimensão e a pelo menos 3 metros de profundida (Figura 1.3). 
Tipo Definição Imagem 
Bloco 
Elemento de fundação de concreto simples, di-
mensionado de maneira que as tensões de tra-
ção nele produzidas possam ser resistidas 
pelo concreto, sem necessidade de armadura 
 
Sa-
pata 
Elemento de fundação superficial de concreto 
armado, dimensionado de tal modo que as ten-
sões de tração sejam resistidas por armadura 
 
Sa-
pata 
cor-
rida 
Sapata sujeita a carga distribuída (conhecida 
também de baldrame). Recebe o carrega-
mento de um alinhamento de pilares, cujos 
centros, em planta, estão situados num 
mesmo alinhamento. 
 
Gre-
lha 
Elemento de fundação constituído por um con-
junto de vigas que se cruzam nos pilares. 
 
Ra-
dier 
Elemento de fundação que recebe todos os pi-
lares da obra. 
 
Sa-
pata 
asso-
ciada 
Elemento de fundação que recebe parte dos 
pilares da obra, o que difere do radier, pilares 
estes não alinhados, o que difere da sapata 
corrida. 
 
P á g i n a | 20 
 
 
Figura 1.3: Fundações Profundas. 
 
Fonte: a autora (2018) 
As fundações profundas são separadas em três grupos. A Tabela 1.2 apresenta 
a distinção destes grupos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 21 
 
 
Tabela 1.2: Fundações profundas. 
Grupo Definição Imagem 
Estaca 
Elementos de fundação profunda, executa-
dos por ferramentas ou equipamentos, exe-
cução esta que pode ser por cravação a 
percussão ou prensagem, ou escavação, 
ou, ainda, mista; 
 
Tubulão 
Elemento de fundação profunda de forma 
cilíndrica que, pelo menos em sua fase final 
de execução, tem a descida de operário. 
 
Caixão 
Elemento de fundação profunda de forma 
prismática concretado na superfície do ter-
reno e instalado por escavação interna. 
 
Fonte: a autora (2018) 
Os blocos de coroamento são estruturas de concreto armado que tem a função 
de distribuir as cargas dos pilares a elementos de fundações profundas, como por 
exemplo as estacas. O dimensionamento e seu comportamento será visto detalhada-
mente nas aulas 13 e 14 deste material. 
 A Figura 1.4 apresenta um detalhe de um bloco de coroamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 22 
 
 
Figura 1.4: Bloco de coroamento. 
 
Fonte: AUTOR (2018) 
As cintas de travamento, também conhecida como cintas de amarração, são 
executadas com objetivo de fazer o travamento entre os blocos e receber cargas dis-
tribuídas de paredes por exemplo. 
A Figura 1.5 apresenta um detalhe da cinta de travamento entre dois pilares. 
Figura 1.5: Cinta de travamento. 
 
Fonte: AUTOR (2018) 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 23 
 
 
1.2 Projeto de fundação 
1.2.1 Elementos necessários ao projeto 
Para o desenvolvimento e elaboração de um projeto de fundação, deve-se ter 
conhecimento dos seguintes elementos: 
➢ Projeto de arquitetura da infraestrutura do edifício. Estes projetos são essen-
ciais para se ter conhecimento de transições de níveis, analisar a posição e profundi-
dade de poços de elevadores e reservatórios enterrados; 
➢ Projeto de locação e carga dos pilares (elaborado pelo projetista estrutural) 
e projeto de formas dos níveis de subsolo e térreo; 
➢ Levantamento de campo e caracterização da região (topografia da área, in-
vestigação do subsolo, etc.); 
➢ Levantamentos de laboratório (ensaios com materiais do subsolo para infor-
mações a respeito do tipo de material, parâmetros a respeito de resistência e defor-
mabilidade do material); 
➢ Dados sobre as construções vizinhas (tipo de estrutura e fundação, existên-
cia de subsolo, possíveis consequências de escavações e vibrações provocadas pela 
nova obra, etc.). 
 
Muitos dados devem ser cuidadosamente avaliados pelo projetista em uma vi-
sita ao local da construção. 
1.2.2 Elementos básicos de um projeto de fundação 
O projeto de uma fundação deve ser apresentado na formade projeto de en-
genharia, contendo todas as informações necessárias que permitam a perfeita execu-
ção das fundações. 
➢ Locação dos elementos estruturais da fundação em relação aos pilares do 
edifício; 
➢ Projeto de forma dos elementos estruturais; 
➢ Detalhes dos elementos especiais; 
➢ Especificações técnicas dos materiais utilizados: concreto, aço, etc. (normal-
mente na forma de texto, dentro de observações gerais do projeto); 
P á g i n a | 24 
 
 
➢ Detalhamento do procedimento executivo (texto e imagem); 
➢ Referência à base de dados e normas de controle de qualidade da execução 
das fundações e controle de qualidade dos materiais (controle tecnológico do con-
creto, aço, etc.). 
 
Nas aulas de detalhamento de projeto serão apresentados todos estes itens 
com maiores detalhes e exemplos. 
1.2.3 Requisitos de um projeto de fundação 
A fundação é um elemento estrutural destinado a suportar estruturas de 
diferentes tipos: edifícios, barragens, pontes, tanques de armazenamentos, etc. Pelo 
que foi explicado no primeiro item desta aula, em relação ao comportamento de uma 
estrutura, e visto até aqui, é evidente a importância de uma fundação. 
A sua existência para qualquer tipo de obra de engenharia é indispensável e 
ela apresenta uma enorme responsabilidade pela garantia da estabilidade da obra, 
mantendo a sua estética e até a sua funcionalidade. 
Sendo assim, uma fundação deve satisfazer alguns requisitos básicos para o 
seu desempenho satisfatório. São eles: 
(1) Apresentar segurança à ruptura suficiente, seja do terreno sobre o qual se 
apoia a superestrutura, como também do material que constitui o elemento de funda-
ção; 
(2) Conduzir a valores de deformação (recalques) compatíveis à superestru-
tura projetada; 
(3) Não oferecer riscos de segurança às fundações de estruturas vizinhas; 
(4) Atender aos aspectos econômicos. 
 
O requisito (1), em relação à segurança adequada ao colapso dos elementos 
estruturais é perfeitamente compreensível, assim também como a segurança ade-
quada ao colapso do solo de fundação. 
A Figura 1.6 apresentada por Velloso e Lopes (2010) representa as consequên-
cias do não atendimento a esse requisito. 
 
 
P á g i n a | 25 
 
 
Figura 1.6: Consequências do não atendimento ao requisito de projeto. 
 
Fonte: VELLOSO (2010) 
O requisito (2) é referente ao requisito de limitação das deformações aceitáveis 
sob as condições de trabalho da estrutura. Como todo material ao receber um carre-
gamento se deforma, o solo ao receber o carregamento das fundações também apre-
sentará deformações, cujos valores dependerão da grandeza e forma de aplicação, 
como da constituição e características do maciço de fundação. Essa deformação não 
deve ser excessiva ou diferenciais ao ponto de comprometer a estrutura. 
O requisito (3) envolve a execu-
ção de uma fundação, que muitas ve-
zes necessita de trabalhos especiais 
como: escavações, rebaixamento de 
lençol freáticos, cravação de estacas, 
etc. Esses trabalhos especiais muitas 
vezes podem provocar perturbações 
no terreno que por sua vez podem ser 
transmitidas ao terreno vizinho, modifi-
cando suas características iniciais de 
Influência Bulbo de Pressão 
 
Os carregamentos aplicados à superfície 
de um terreno induzem tensões que se pro-
pagam no interior da massa de solo. Essas 
tensões se propagam até grandes profundi-
dades. 
 
P á g i n a | 26 
 
 
suporte das cargas das estruturas sobre ele apoiadas. Deve-se ainda tomar um cui-
dado especial durante o dimensionamento das novas fundações de forma a evitar que 
haja uma influência do campo de distribuição das pressões da nova fundação sobre 
as fundações antigas, somando ao da existente e conduzindo, portanto, a maiores 
deformações do terreno. 
1.2.4 Critérios para escolha do tipo de fundação 
Vários são os aspectos que devem ser levados em consideração, durante a 
fase de projeto, na escolha do tipo de fundação. Podemos destacar alguns: 
➢ Distribuição e grandeza das cargas atuantes nas fundações; 
➢ Características da obra e das construções vizinhas; 
➢ Características de resistência, e deformabilidade do maciço de fundação; 
➢ Características geométricas das fundações; 
➢ Disponibilidade de materiais, equipamentos e mão de obra; 
➢ Limitações construtivas, metodologia executiva; 
➢ Experiência regional; 
➢ Importância da obra; 
➢ Presença da água, etc. 
 
Basicamente, podemos englobar os aspectos em três critérios: técnico, econô-
mico e de mercado. O critério técnico deve garantir a segurança à ruptura e os recal-
ques aceitáveis para a estrutura, além de evitar danos às edificações vizinhas. 
Podemos observar que são justamente os requisitos comentados no tópico an-
terior. E que este critério é bem restritivo, pois elimina certos tipos de fundação. 
Os critérios econômicos e de mercado (disponibilidade de material, equipa-
mento, mão de obra, prazo, etc.) são aplicados após a seleção das fundações tecni-
camente viáveis. 
Nos capítulos subsequentes serão mostradas as características de todas as 
técnicas de solução de fundação disponíveis no mercado brasileiro. 
 
P á g i n a | 27 
 
 
1.3 Segurança de projeto de fundação 
Durante o dimensionamento das fundações há sempre incertezas, seja nos mé-
todos de cálculo, seja nos valores dos parâmetros do solo introduzidos nos cálculos, 
seja nas cargas a suportar. Essas incertezas podem ser reduzidas através da obten-
ção de dados adicionais ou mais precisos, mas raramente os investimentos necessá-
rios para se obter essa redução são justificáveis. Tendo em vista essa situação apre-
sentada, há a necessidade de introdução de coeficiente de segurança (também cha-
mado de fator de segurança) que levam em conta essas incertezas. 
Na engenharia geotécnica nos deparamos com uma situação bem diferente, 
em termos de fixação desses coeficientes de segurança, como o que é feito no cálculo 
estrutural. Isso acontece, pois, os materiais considerados no cálculo estrutural são 
materiais fabricados, relativamente homogêneos, e, por isso, com propriedades me-
cânicas que podem ser bem determinadas. Na engenharia geotécnica, trabalhamos 
com um material, na maioria das vezes, extremamente heterogêneo, como o caso do 
solo, e seu conhecimento é restrito ao revelado pelas investigações realizadas em 
alguns pontos do terreno. 
A seguir, será feito um resumo dos conceitos mais importantes e apresentado 
como a norma brasileira de fundações NBR 6122 considera a segurança nas funda-
ções. 
O processo de investigação geotécnica, ou seja, conhecimento do subsolo so-
bre o que se vai construir é onde começam as incertezas durante o projeto de uma 
fundação. Segundo Meyerhof (1970) deve-se prever uma margem de segurança para 
levar em conta a eventual presença de materiais menos resistentes não detectados 
pelas investigações. 
Durante o dimensionamento, são admitidos certos parâmetros de resistência e 
compressibilidade do solo (coesão, ângulo de atrito, peso específico, módulo de elas-
ticidade, etc.), que são determinados, seja em ensaios de laboratório, seja a partir de 
correlações com ensaios de campos, mas que inevitavelmente também apresentam 
erros que devem ser cobertos por uma margem de segurança. 
O cálculo da capacidade de carga (carga de ruptura do solo que suporta uma 
fundação) são baseados em modelos que tentam representar a realidade, mas que 
foram elaborados levando em consideração simplificações das quais resultam erros 
que deverão ser cobertos por uma margem de segurança. 
P á g i n a | 28 
 
 
As cargas que são utilizadas no dimensionamento das fundações também con-
têm erros que devem ser considerados pela margem de segurança. 
Sendo assim, a margem de segurança leva em consideração imperfeições da 
execução da fundação (que mediante fiscalização, pode ser reduzida, mas nunca to-
talmente eliminada), imperfeições dos métodos de cálculoe dos parâmetros utiliza-
dos, essas duas últimas podem ser reduzidas mediante experiência do projetista e 
confiabilidade nos resultados dos ensaios). 
Essa margem de segurança é introduzida a partir de um fator de segurança, 
que pode ser global ou parcial. 
Fator de segurança global: todas as incertezas mencionadas anteriormente 
são incluídas em um único coeficiente de segurança. 
Fator de segurança parcial: as incertezas são tratadas nos cálculos com co-
eficientes de ponderação para cada aspecto do cálculo. 
Assim como é definido em outras disciplinas, sabemos que as tensões decor-
rentes das ações características, k, não deve exceder as tensões admissíveis dos 
diferentes materiais, adm, que são obtidas dividindo-se as tensões de ruptura, rup, 
por um fator de segurança global (FS). 
 
𝜎𝑘 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 ; 𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝜎𝑟𝑢𝑝
𝐹𝑆
 
 
No caso de fundações, dizemos que: 
 
𝑞𝑎𝑑𝑚 =
𝑞𝑢𝑙𝑡
𝐹𝑆
 𝑜𝑢 𝑄𝑎𝑑𝑚 =
𝑄𝑢𝑙𝑡
𝐹𝑆
 
 
onde, 𝑞𝑎𝑑𝑚 = tensão admissível; 
𝒒𝒖𝒍𝒕 = tensão de ruptura (ou última); 
𝑸𝒂𝒅𝒎 = carga admissível; 
𝑸𝒖𝒍𝒕 = carga de ruptura (ou última). 
 
A norma de fundações, NBR 6122, estabelece que as fundações devem ser 
verificadas considerando os seguintes estados: perda de capacidade de carga, tom-
bamento, ruptura por tração, flambagem, etc. 
P á g i n a | 29 
 
 
Nesta análise os valores das ações são comparados aos valores de resistência 
do elemento de fundação, obedecendo as prescrições pertinentes aos materiais cons-
tituintes (concreto, madeira ou aço). As ações devem ser calculadas de acordo com 
as normas brasileiras em vigor. 
A capacidade de carga característica de um elemento de fundação pode ser 
obtida como valor característico a partir de métodos: teóricos (empregando valores 
característicos dos solos), semiempiricos (baseados em ensaios de campo) ou a partir 
de resultados de prova de carga. Sendo assim, o valor da resistência admissível de 
um elemento de fundação pode ser obtido dividindo capacidade de carga caracterís-
tica de um elemento de fundação por um fator de segurança global. 
A NBR 6122 ainda fornece os valores de fatores de segurança globais para 
elementos de fundação sob compressão, de acordo com o método utilizado para de-
terminação da capacidade de carga característica e também de acordo com o tipo de 
elemento de fundação (superficial ou profunda). Os valores estão apresentados na 
Tabela 1.3: 
Tabela 1.3: Fatores de segurança segundo a NBR 6122/2010. 
Tipo Método de obtenção da resistência FS 
Superficial Método teórico 3,0 
 Método semiempírico 3,0 
 
Método teórico ou semiempírico com duas ou mais pro-
vas de carga 
2,0 
Profunda Método teórico 2,0 
 Método semiempírico 2,0 
 
Método teórico ou semiempírico com duas ou mais pro-
vas de carga 
1,6 
Fonte: NBR 6122 (2010) 
 
Para saber mais sobre os fatores de segurança utiliza-
dos em obras de geotecnia, deve-se sempre recorrer as 
normas em vigor. O livro de Velloso e Lopes comenta tam-
bém sobre a consideração do número de investigações ou 
de provas de carga na determinação do valor da capaci-
dade de carga característica do elemento de fundação. 
 
 
 
 
Resumo 
 
 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
✓ Os elementos constituintes de uma estrutura; 
✓ Os tipos de fundações superficiais e profundas e suas classificações; 
✓ As informações presentes em um projeto de fundação, assim como as 
informações necessárias para a escolha do tipo de fundação e para o 
seu dimensionamento; 
✓ Conceitos a respeito de segurança em projetos de fundação; 
✓ Fator de segurança em fundações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nessa aula, serão recomendados os seguintes materiais: 
Capítulos 7,10 e 15 REBELLO, Y. C .P. Fundações – guia prático de projeto, execução 
e dimensionamento. São Paulo: Zigurate, 2008. 
 
Capítulos 1 e 2 do livro: VELLOSO, D. A.; LOPES, F. R. Fundações. critérios de projeto, 
investigação do subsolo, fundações superficiais e fundações profundas. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2010. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122 - Projeto e Execução de 
Fundações. Rio de Janeiro: Abnt, 2010. 
 
BARROS, R. A. (2005) Previsão e controle de recalques durante a construção de edifí-
cios. Dissertação de mestrado, Laboratório de Engenharia Civil – UENF, 118 p., Cam-
pos dos Goytacazes, Brasil. 
 
HACHICH, W. et al. Fundações – teoria e prática. São Paulo: Editora PINI, 2016. 
 
VELLOSO, D. A.; LOPES, F. R. Fundações. critérios de projeto, investigação do subsolo, 
fundações superficiais e fundações profundas. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
Básica: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122 - Projeto e Execu-
ção de Fundações. Rio de Janeiro: Abnt, 2010. 
 
BARROS, R. A. (2005) Previsão e controle de recalques durante a construção de 
edifícios. Dissertação de mestrado, Laboratório de Engenharia Civil – UENF, 118 p., Campos 
dos Goytacazes, Brasil. 
 
HACHICH, W. et al. Fundações – Teoria e Prática. São Paulo: Editora PINI, 2016. 
 
VELLOSO, D. A.; LOPES, F. R. Fundações: critérios de projeto, investigação do sub-
solo, fundações superficiais e fundações profundas. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 1 
Exercícios 
 
 
 
Aqui serão apresentados exercícios de fixação dos con-
teúdos estudados e seus respectivos gabaritos. Resolva-os com 
atenção e em caso de dúvida acione seu tutor. Mãos à obra. 
 
1) Identifique os elementos constituinte de uma estrutura 
e como são divididos. Explique o processo de transferência de carregamento e de-
sempenho entre eles. 
Solução: 
Superestrutura: Vigas, lajes e pilares 
Infraestrutura: cintas, blocos e fundações 
Maciço de fundação: solo 
O mecanismo de transferência de carga ocorre segundo o desempenho destas 
três partes. A superestrutura garante a transmissão das ações provenientes dos seus 
elementos para a infraestrutura, que por sua vez faz a ligação entre a superestrutura 
e o solo, sendo seus elementos responsáveis pela transferência segura dos carrega-
mentos. O maciço de fundação, por sua vez, tem a capacidade de absorver os esfor-
ços oriundos da superestrutura sem grandes deformações, garantindo assim, o equi-
líbrio global do sistema. 
 
2) As fundações podem ser classificadas em superficiais e profundas, identifi-
que as principais diferenças de cada uma. 
 Fundação 
 Superficial Profunda 
Transmissão de carre-
gamento 
Pela base 
Ponta, lateral ou combinação 
(ponta + lateral) 
Assentamento < 2B > 2B ou pelo menos 3 metros 
Superfície de ruptura 
Ocorre na base da sapata até 
o nível do terreno 
Na ponta e na lateral até uma 
altura aproximada de 2B 
P á g i n a | 34 
 
 
3) Sabemos que as fundações podem ser divididas em superficiais e profundas 
e que existem diversos tipos entre elas. Cite os tipos de fundações superficiais e pro-
fundas existentes. 
Solução: 
Fundações superficiais: bloco, sapata isolada, sapata corrida, grelha, radier, 
sapata associada. 
Fundações profundas: estacas, tubução, caixão. 
 
4) Você foi contratado para executar um projeto de fundação, quais os elemen-
tos que são necessários para que se possa realizar o projeto. 
Solução: Para que se possa dimensionar uma fundação de uma estrutura é 
necessário ter em mãos algumas informações, são elas: projeto de arquitetura da in-
fraestrutura - ter conhecimentos das posições e profundidades dos poços de elevado-
res (quando existentes), reservatórios subterrâneos (caixa d’água, cisterna, etc.); pro-
jeto estrutural com carga e locação dos pilares que compõem a estrutura; projeto de 
forma do térreo e subsolo (quando existente); caracterização do terreno e/ou região – 
planta de topografia e investigação do subsolo; levantamentos de laboratório – en-
saios; dados sobre as construçõesvizinhas - tipo de estrutura e fundação, existência 
de subsolo, possíveis consequências de escavações e vibrações provocadas pela 
nova obra, etc. 
 
5) Um projeto de fundações bem elaborado, geralmente, contém diversas in-
formações. Quais são elas? 
Solução: Os documentos que compõem um projeto de fundação bem elabo-
rado são: parecer técnico de fundações, definindo o tipo de fundação. Este parecer é 
baseado nos resultados de sondagem e nas cargas da superestrutura; Planta de lo-
cação dos elementos estruturais da fundação, especificando as dimensões. Esta lo-
cação é feita em relação aos pilares da estrutura. Planta de forma dos elementos es-
truturais das fundações (sapatas, vigas, blocos, etc.), devidamente cotados e apre-
sentando algum detalhe quando necessário. Nesta planta, entre outra informações e 
recomendações de norma, deve aparecer a resistência do concreto a ser usado. 
Planta de armação dos elementos estruturais, contendo detalhes e recomendações. 
Nesta planta deve conter também o quadro de ferro com a especificação de todos os 
ferros que serão utilizados e devidamente numerados. Além dos detalhes e desenhos, 
P á g i n a | 35 
 
 
as plantas devem conter, de forma geral, especificações técnicas dos materiais utili-
zados: concreto, aço, etc. (normalmente na forma de texto, dentro de observações 
gerais do projeto); Detalhamento do procedimento executivo (texto e imagem); Refe-
rência à base de dados e normas de controle de qualidade da execução das funda-
ções e controle de qualidade dos materiais (controle tecnológico do concreto, aço, 
etc.). 
 
6) Para que uma fundação tenha um desempenho satisfatório é necessário que 
atenda 4 requisitos. Quais são eles? 
Solução: Uma fundação deve satisfazer alguns requisitos básicos para o seu 
desempenho satisfatório. São eles: 
Apresentar segurança à ruptura suficiente, seja do terreno sobre o qual se apoia 
a superestrutura, como também do material que constitui o elemento de fundação; 
conduzir a valores de deformação (recalques) compatíveis à superestrutura projetada; 
não oferecer riscos de segurança às fundações de estruturas vizinhas; atender aos 
aspectos econômicos; 
 
7) Um dos requisitos que toda fundação deve atender para que se tenha um 
desempenho satisfatório é em relação à segurança a ruptura. Quais são os dois ele-
mentos que se deve atentar durante o dimensionamento para que não ocorram pro-
blemas relacionados ao desempenho da estrutura. E que consequências esses ele-
mentos podem trazer ao não atendimento deste requisito. 
Solução: Os dois elementos que devemos tomar cuidado durante o dimensio-
namento de uma fundação é em relação ao colapso estrutural do elemento de funda-
ção, e o colapso do solo (maciço de fundação). O não atendimento deste requisito 
pode trazes consequências como, o tombamento ou deslizamento da estrutura de 
fundação, deformações excessivas e/ou diferenciais. 
 
8) Existem diversos pontos que devem ser levados em consideração durante a 
escolha do tipo de fundação, cite e comente alguns, mas sobretudo podemos englobar 
estes pontos em três categorias: técnica, econômico e de mercado. Comente também 
sobre eles. 
Solução: A escolha da solução de fundação mais adequada deve ser norteada 
não só por fatores técnicos e econômicos, mas também pela experiência do projetista. 
P á g i n a | 36 
 
 
Fatores que irão influenciar na escolha do melhor tipo de fundação são: a for de dis-
tribuição e grandeza das cargas atuantes nas fundações; características da obra e 
das construções vizinhas; características de resistência, e deformabilidade do maciço 
de fundação; características geométricas das fundações; disponibilidade de materiais, 
equipamentos e mão de obra; limitações construtivas, metodologia executiva; experi-
ência regional; importância da obra; presença da água, etc. 
Basicamente, podemos englobar os aspectos em três critérios: técnico, econô-
mico e de mercado. O critério técnico deve garantir a segurança à ruptura e os recal-
ques aceitáveis para a estrutura, além de evitar danos às edificações vizinhas. Este 
critério é bem restritivo, pois elimina certos tipos de fundação. 
Os critérios econômicos e de mercado (disponibilidade de material, equipa-
mento, mão de obra, prazo, etc.) são aplicados após a seleção das fundações tecni-
camente viáveis. 
 
9) Durante o dimensionamento das fundações há sempre incertezas, seja nos 
métodos de cálculo, seja nos valores dos parâmetros do solo introduzidos nos cálcu-
los, seja nas cargas a suportar. Como essas incertezas podem ser reduzidas em obras 
geotécnicas? 
Durante o dimensionamento, são admitidos certos parâmetros de resistência e 
compressibilidade do solo, quais são eles e como podem ser determinados? 
Solução: Essas incertezas podem ser reduzidas através da obtenção de dados 
adicionais ou mais precisos, mas raramente os investimentos necessários para se 
obter essa redução são justificáveis. 
Durante o dimensionamento, são admitidos certos parâmetros de resistência e 
compressibilidade do solo (coesão, ângulo de atrito, peso específico, módulo de elas-
ticidade, etc.), que são determinados, seja em ensaios de laboratório, seja a partir de 
correlações com ensaios de campos, mas que inevitavelmente também apresentam 
erros que devem ser cobertos por uma margem de segurança. 
O fator de segurança em um projeto de fundação está englobando alguns as-
suntos como, os parâmetros, as cargas e a execução. O cálculo da capacidade de 
carga (carga de ruptura do solo que suporta uma fundação) são baseados em modelos 
que tentam representar a realidade, mas que foram elaborados levando em conside-
ração simplificações das quais resultam erros que deverão ser cobertos por uma mar-
gem de segurança. As cargas que são utilizadas no dimensionamento das fundações 
P á g i n a | 37 
 
 
também contêm erros que devem ser considerados pela margem de segurança. 
Sendo assim, a margem de segurança leva em consideração imperfeições da execu-
ção da fundação (que mediante fiscalização, pode ser reduzida, mas nunca totalmente 
eliminada), imperfeições dos métodos de cálculo e dos parâmetros utilizados, essas 
duas últimas podem ser reduzidas mediante experiência do projetista e confiabilidade 
nos resultados dos ensaios). 
 
10) Em projetos de fundação é muito comum o uso do fator de segurança 
global, ou seja, todas as incertezas são incluídas em um único coeficiente de segu-
rança. Sabendo ainda, que as tensões características, não devem ser maiores que as 
tensões admissíveis. Como é obtida as tensões características e admissível, a partir 
de um fator de segurança global, no caso de obras de fundações. 
Segundo a NBR 6122 qual o valor de fator de segurança global deve ser utili-
zado em um projeto, onde que foi determinado a tensão admissível (capacidade de 
carga admissível) pelo método teórico. Comente para fundações superficiais e profun-
das. 
Solução: A tensão característica de um elemento de fundação pode ser obtida 
como valor característico a partir de métodos: teóricos (empregando valores caracte-
rísticos dos solos), semiempiricos (baseados em ensaios de campo) ou a partir de 
resultados de prova de carga. Sendo assim, o valor da resistência admissível de um 
elemento de fundação pode ser obtido dividindo capacidade de carga característica 
de um elemento de fundação por um fator de segurança global. 
𝑞𝑎𝑑𝑚 =
𝑞𝑢𝑙𝑡
𝐹𝑆
 𝑜𝑢 𝑄𝑎𝑑𝑚 =
𝑄𝑢𝑙𝑡
𝐹𝑆
 
 
Fator de segurança global que deve ser utilizado: 
- Fundação superficiail FS = 3,0 
- Fundação profunda FS=2,0 
 
 
Investigação de Subsolo 
Aula 2 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Esta aula aborda sobre um dos temas mais importantes da geotecnia, a inves-
tigação do subsolo. 
A elaboração de todo projeto geotécnico exige um conhecimento adequado do 
terreno onde será construída a obra. Serão apresentados, portanto, sumariamente,os 
principais tipos de investigação de subsolo, de campo e de laboratório, para fins de 
projeto de fundações e de contenções. Entraremos em detalhes no método de inves-
tigação do tipo sondagem a percussão, por se o tipo de investigação mais utilizado no 
Brasil, assim como teremos a oportunidade de observar um exemplo de laudo deste 
ensaio. 
 
OBJETIVOS DA AULA 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
➢ Conhecer os principais tipos de investigação de subsolo (campo e labo-
ratório); 
➢ Entender a importância de um plano de investigação; 
➢ Aprender o procedimento executivo dos ensaios; 
➢ Identificar as normas de cada respectivo ensaio; 
➢ Ler e obter as informações necessárias de um laudo de ensaio para um 
projeto de fundação. 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 39 
 
 
 
2 INTRODUÇÃO – INVESTIGAÇÃO DE SUBSOLO 
Conforma já vimos na aula passada, a elaboração de um pro-
jeto geotécnico e de fundações exige um conhecimento adequado 
de mecânica dos solos, e principalmente do material que irá rece-
ber o carregamento da estrutura. Por isso, é necessário identificar 
e classificar as diversas camadas componentes do substrato que 
irá receber o carregamento, assim como, avaliar as suas propriedades e comporta-
mento. 
A identificação e classificação do substrato é permitida através de ensaio de 
campo, in situ. Já as propriedades e comportamento, em princípio, tanto poderia ser 
feita através de ensaios de laboratório quanto de ensaios de campo. No Brasil há uma 
predominância quase que total dos ensaios in situ, ficando a investigação laboratorial 
restrita a alguns poucos casos especiais. 
 
 
Reflita: Todas essas investigações tem um custo e re-
querem um planejamento antes da fase de projeto. Um 
empresário, geralmente, quer apenas economizar e ace-
lerar a sua obra. 
O que nós engenheiros precisamos ter em mente e 
transmitir é que uma investigação geotécnica insuficiente e interpretação 
inadequada de resultados contribuem para erros de projeto, atraso no cro-
nograma executivo e custos associados a alterações construtivas ou reforço 
pós construção, além do risco ao colapso da estrutura. 
 
 
O primeiro passo para uma investigação adequada do subsolo é a definição de 
um programa de investigação, que irá definir as etapas e os objetivos a serem alcan-
çados. As etapas estão indicadas na Tabela 2.1. 
 
 
P á g i n a | 40 
 
 
Tabela 2.1: Etapas de uma investigação do subsolo. 
Fase Investigação Objetivo 
1ª Preliminar Conhecer as principais características do subsolo. 
2ª Complementar 
Esclarecer as feições relevantes do subsolo e carac-
terizar as propriedades dos solos mais importantes do 
ponto de vista do comportamento das fundações. 
3ª 
Durante a fase 
de execução 
Visa confirmar as condições de projeto em áreas críti-
cas da obra, ou pela grande variação dos solos na 
obra, ou pela dificuldade de execução do tipo de fun-
dação previsto. 
Fonte: VELLOSO (2010) 
Na prática, geralmente é entregue ao projetista de fundações, junto com infor-
mações sobre a estrutura para o qual deve projetar as fundações, um conjunto de 
sondagens executadas no terreno. É papel do projetista, em caso de dúvidas que 
impeçam o desenvolvimento do projeto, considerar este conjunto de sondagens como 
uma investigação preliminar e solicitar uma investigação complementar (mais sonda-
gens ou outro tipo de investigação). 
A Figura 2.1 abaixo resumo os tipos de investigação de subsolo de acordo com 
o objetivo de cada uma. 
Figura 2.1: Tipos de investigação de subsolo de acordo com o objetivo de cada uma. 
 
Fonte: AUTORIA PRÓPRIA (2018) 
Entre os ensaios in situ existentes em todo o mundo, os listados a cima são os 
que mais se destacam. O SPT é o ensaio mais executado no Brasil, portanto será o 
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destaque desta aula. Em casos especiais onde se julgar necessário uma análise mais 
detalhada do terreno, os ensaios CPT/CPTU são utilizados. O Vane Teste e o Dilatô-
metro são usados em casos excepcionais, uma vez que esses ensaios são indicados 
para argilas moles. Estes ensaios realizados apenas em casos especiais são consi-
derados como uma investigação complementar. 
2.1 Poços e sondagens a trado 
Os poços são considerados métodos de simples investigação. Os poços são 
escavações manuais feitas no terreno, com auxílio de pá, picareta, balde e sarilho, 
cuja limitação ocorre devido à presença do nível d’água ou da estabilidade da esca-
vação. Os poços permitem um exame das camadas de solo ao longo da parede e no 
fundo da escavação, coleta de amostras deformadas ou não. Esse tipo de investiga-
ção está normatizado pela NBR 9604. 
As sondagens a trado são perfurações executadas com um dos tipos de trados 
manuais mostrados na Figura 2.2. A profundidade também está limitada pela pre-
sença do nível d’água, e as amostras retiradas para analise são deformadas. Esse 
tipo de investigação está normatizado pela NBR 9603. Os trados consistem em uma 
barra de ferro com rosca e luva nas extremidades, ligadas a barra para rotação e na 
outra extremidade da haste existe uma broca (cavadeira helicoidal ou torcida). 
As principais vantagens deste tipo de investigação são por ser um processo 
simples, rápido e econômico para as investigações preliminares das condições geo-
lógicas superficiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 42 
 
 
Figura 2.2: Trados manuais mais utilizados. 
 
Fonte: VELLOSO (2010) 
2.2 Sondagem a percussão 
As sondagens a percussão são perfurações capazes de ultrapassar o nível 
d’água e atravessar solos relativamente compactos ou duros. Caso seja necessário, 
o furo pode ser revestido para se manter estável. A perfuração avança na medida em 
que o solo, desagregado com auxílio de um trépano, é removido por circulação de 
água. O trépano é uma ferramenta da largura do furo e com terminação em bisel cor-
tante, usado para desagregar o material do fundo do furo. 
O trépano vai sendo cravado no fundo do furo. Esta haste possui um canal no 
seu interior, por onde é injetada água sob pressão, esta água circula pelo furo arras-
tando os detritos da perfuração até a superfície (Figura 2.3a). Para evitar o desmoro-
namento das paredes é instalado um revestimento metálico de proteção (tubo de re-
vestimento). 
As sondagens geralmente não ultrapassam, naturalmente, matacões e blocos 
de rocha e tem dificuldades de atravessar camadas de solos muito resistentes (alte-
rações de rocha). As diretrizes para a execução das sondagens são regidas pela NBR 
6484 e apresenta detalhes do processo executivo do ensaio e os critérios de paralisa-
ção. 
 
P á g i n a | 43 
 
 
 
 
Caro aluno (a) consulte estes critérios de paralisação do en-
saio na NBR. 
Consulte também o livro “Ensaios de Campo” de Fernando 
Schanid e Edgar Odebrecht para mais detalhes do pro-
cesso executivo e do equipamento utilizado. 
 
 
O processo de perfuração pode ser interrompido a cada metro e então é reali-
zado um ensaio de penetração dinâmica (SPT - Standart Penetration Test), que serve 
como indicativo da densidade de solos granulares e é aplicado também na identifica-
ção da consistência de solos coesivos. O trépano, portanto, é retirado, o amostrador 
é posicionado e então é feito um ensaio de cravação para medir a resistência do solo 
e coletar amostras (Figura 2.3b). 
Figura 2.3: Etapas na execução de sondagem a percussão (a) avanço da sondagem por de-
sagregação e lavagem; (b) ensaio de penetração dinâmica (SPT). 
 
Fonte: VELLOSO (2010) 
Durante o ensaio é realizado então a cravação de um amostrador padrão, com 
diâmetro externo de 50 mm, no fundo da escavação usando a queda de um peso de 
65 kg de uma altura igual 750 mm (Figura 2.4). 
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Figura 2.4: Amostrador e peso usado durante sondagem. 
 
 
 
a) Amostrador padrão b) Peso para cravação do amostrador 
Fonte: <https://blogdopetcivil.com>.Fonte: <http://www.jlfundacoes.com>. 
O número de golpes necessário para cravar 45 cm do amostrador é anotado. 
Essa anotação é feita para 3 conjuntos de golpes a cada 15 cm, totalizando, portanto, 
os 45 cm (por exemplo, anota-se: 5/15, 7/15 e 9/15). O resultado do ensaio SPT é 
justamente a soma dos números de golpes necessário para cravar os 30 cm finais 
(desprezando, portanto, os 15 cm iniciais, apesar de ser também fornecido no relatório 
de sondagem). O valor do NSPT será a soma dos golpes necessários para cravar os 
amostrados nos dois últimos trechos de 15 cm. Após a realização do ensaio SPT nos 
45 cm, é realizado um avanço da sondagem com uma perfuração nos 55 cm finais 
para completar um metro. Alcançado os 55 cm, é realizado novamente outro ensaio 
SPT nos 45 cm seguintes. Esse processo se encontra ilustrado na Figura 2.5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://blogdopetcivil.com/
P á g i n a | 45 
 
 
Figura 2.5: Procedimento de ensaio da sondagem a trado. 
 
Fonte: AUTOR (2018) 
Atenção! Resumindo o procedimento deste ensaio é 
dividido em duas etapas: a) execução do ensaio, b) pro-
cedimento de perfuração. Estas etapas são repetidas a 
cada metro. 
 
Outra informação importante fornecida pela sondagem é a posição do nível 
d’água. Terminada a sondagem e retirado o revestimento do ensaio, o nível d’água 
deve ser observado até que se estabilize. 
A sondagem é um procedimento geotécnico de campo que permite conhecer: 
- o tipo de solo atravessado através da retirada de uma amostra deformada, a 
cada metro perfurado; 
- a resistência (N) oferecida pelo solo à cravação do amostrador, a cada metro 
perfurado; 
- a posição no nível d’água durante a perfuração. 
 
Na sondagem a percussão, são coletadas amostras obtidas pelo amostrador e 
aquelas retiradas nos avanços dos furos entre um e outro ensaio de SPT, por trado 
ou lavagem. As amostras retiradas do amostrador devem ser acondicionadas em fras-
cos herméticos para a manutenção da umidade natural e das suas estruturas geoló-
gicas. 
P á g i n a | 46 
 
 
As sondagens vêm ganhando espaço na engenharia geotécnica em relação 
aos outros tipos de investigação de subsolo devido a algumas vantagens, que são 
elas: 
• Simplicidade do equipamento; 
• Apresentam custo mais baixo; 
• Facilidade de execução mesmo em locais de difícil acesso; 
• Obtenção de amostras em profundidade; 
• Indicação a respeito da consistência e compacidade dos solos; 
• Determinação da posição do nível d’água. 
 
Dentro do programa de investigação o projetista deve determinar, em planta e 
na área a ser investigada, a posição e a quantidade dos pontos a serem sondados. 
No caso de edificações, é uma prática comum dispor as sondagens em posições pró-
ximas aos limites de projeção das mesmas e nos pontos de maior concentração de 
carga. 
A NBR 8036 (Programa de sondagens de simples reconhecimento dos solos 
para fundações de edifícios) estabelece os números de perfurações a serem feitas, 
em função do tamanho do edifício, conforme segue: 
• No mínimo uma perfuração para cada 200 m² de área da projeção em planta 
do edifício, até 1.200 m² de área; 
• Entre 1.200 m² e 2.400 m² fazer uma perfuração para cada 400 m² que ex-
cederem aos 1.200 m2 iniciais; 
• Acima de 2.400 m² o número de sondagens será fixado de acordo com o 
plano particular da construção; 
• Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser de 2 
para a área da projeção em planta do edifício até 200 m², e três para área 
entre 200 m² e 400 m². 
P á g i n a | 47 
 
 
2.3 Apresentação dos resultados 
Os resultados são apresentados em planilha padrão, onde são descritas as ca-
racterísticas do solo, o número de golpes necessários para a penetração do amostra-
dor a cada profundidade, a profundidade do nível freático, a posição e a cota do furo 
(Figura 2.6). 
Figura 2.6: Exemplo de um laudo de sondagem. 
 
 
Na Figura 2.6 as setas indicam as seguintes informações: 
(1) Profundidade a cada metro de ensaio realizado; 
(2) Número de golpes utilizado em cada ensaio; 
(3) Número da sondagem realizada, para facilitar a identificação junto com a 
planta de locação dos furos no terreno ensaiado; 
(4) Cota do furo em relação a uma referência (geralmente meio fio, ou outra 
referência); 
(5) Profundidade do nível do lençol freático; 
(6) Data de realização do ensaio; 
P á g i n a | 48 
 
 
(7) Classificação das amostras recolhidas durante o ensaio. 
 
Caro aluno (a), observe no resultado apresentado 
como exemplo que além de indicar o NSPT dos 30 cm fi-
nais, são apresentados também o NSPT dos 30 cm iniciais 
(soma dos golpes necessários para cravar os amostrados 
nos dois primeiros trechos de 15 cm). 
2.4 Aplicação dos resultados 
Segundo Schnaid (2010) o ensaio de SPT, além de ser um ensaio de investi-
gação geotécnica, tem sido utilizado para inúmeras aplicações: desde coleta de amos-
tras para a identificação de ocorrência dos diferentes horizontes, como pela previsão 
da tensão admissível de fundações diretas, chegando até ser utilizada em correlações 
para determinação de outras propriedades geotécnicas. A aplicação inicial atribuída 
ao SPT consiste na simples determinação do perfil do subsolo e, a partir do material 
recolhido no amostrador padrão, identificação tátil visual das diferentes camadas. A 
classificação do material normalmente é obtida por meio da combinação da descrição 
do testemunho de sondagem com as medidas de resistência a penetração. Existem 
sistemas de classificação baseado em medidas de resistência a penetração. Alguns 
sistemas são amplamente utilizados no Brasil e recomendados pela NBR 7250 (1982). 
Alguns autores ainda apresentaram algumas propostas alternativas e podem ser en-
contradas na bibliografia. 
Tabela 2.2: Classificação de solos segundo NBR 7250/1982. 
Solo 
Índice de resistência à pe-
netração 
Designação 
Areia e Silte arenoso 
< 4 Fofa 
5-8 Pouco compacta 
9-18 Medianamente compacta 
19-40 Compacta 
>40 Muito compacta 
Argila e silte argiloso 
<2 Muito mole 
3-5 Mole 
6-10 Média 
11-19 Rija 
>19 dura 
Fonte: NBR 7250 (1982) 
P á g i n a | 49 
 
 
Outra aplicação muito comum dos valores obtidos durante este ensaio é ob-
tendo parâmetros que serão adotados em projetos geotécnicos, como por exemplo 
em solos granulares existem correlações nas bibliografias entre o NSPT e a densidade 
relativa (Dr) ou ângulo de atrito interno (’). 
Existe ainda casos onde projetistas preferem utilizar a aplicação de resultados 
de SPT de forma direta para determinar alguns parâmetros de projeto como tensão 
admissível e recalques, sem a necessidade de determinar parâmetros intermediários. 
Existem tabelas que apresentam os valores de magnitude das tensões admissíveis 
(adm) do solo em função do NSPt para solos granulares e coesivos. Estas tabelas 
apresentam valores mínimos de tensão admissível e estão sujeitos a dispersões sig-
nificativas. Os recalques por sua vez podem também ser determinados utilizando o 
SPT, porem através de métodos empíricos. Para tanto existem métodos consagrados 
na bibliografia e que serão vistos em aulas posteriores. 
2.5 Sondagem rotativas e mistas 
Conforme comentado anteriormente as sondagens a percussão apresentam 
uma certa dificuldade de atravessar camadas de somo muito resistentes, como alte-
ração de rocha, e naturalmente não ultrapassam elementos de rocha (matacões ou 
blocos de rocha). Na ocorrência de elementos de rocha que precisem ser ultrapassa-
dos no processo de investigação, ou que precisem ser caracterizados, utilizam-se as 
sondagens rotativas. Durante o processo de sondagem rotativa, existe uma ferra-
menta tubular chamada barrilete que permite cortar e retirar amostras de rocha (tes-
temunhos). O barrilete possui uma coroa na sua extremidade inferior (geralmente de 
diamante) que permite realizar o corte da rocha, com auxílio da água (Figura2.7). 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 50 
 
 
Figura 2.7: Esquema de funcionamento da sondagem rotativa. 
 
Fonte: VELLOSO (2010) 
As sondagens rotativas sãs executadas em 5 diâmetros básicos, conforme ta-
bela abaixo: 
Tabela 2.3: Relação diâmetro das sondagens rotativas. 
 Diâmetro da coroa (mm) Diâmetro do testemunho (mm) 
EX 37,3 21 
AX 47,6 30 
BX 59,5 41 
NX 75,3 54 
HX 98,8 76 
Fonte: VELLOSO (2010) 
A partir dos testemunhos retirados durante a sondagem rotativa é possível ca-
racterizar a rocha de acordo com a sua qualidade. As sondagens mistas são equipa-
mentos formados pela combinação de equipamentos de sondagem a percussão com 
sondagem rotativa. 
P á g i n a | 51 
 
 
2.6 Ensaio de Cone (CPT) e Piezocone (CPTU) 
Os ensaios de cone (CPT – Cone Penetration Test) e piezocone (CPTU – Pie-
zocone Penetration Test), caracterizam-se internacionalmente como uma das ferra-
mentas mais importantes para a investigação geotécnica. Porém, no Brasil e no ponto 
de vista de fundações, estes tipos de ensaios somente são escolhidos para fazer parte 
do plano de investigação em casos excepcionais, uma vez que esses ensaios são 
indicados para subsolos com presença de argila mole. Veloso afirma que o ensaio de 
cone (CPT) se difundiu no mundo todo graças a qualidade de suas informações. 
Segundo Schnaid e Odebretch, os resultados destes ensaios podem ser utili-
zados para determinação estatigráfica de perfis de solo, a determinação de proprie-
dades dos materiais prospectados, e a previsão da capacidade de carga de funda-
ções. O ensaio consiste em basicamente cravar no terreno uma haste com uma pon-
teira no formato cônico a uma velocidade lenta e constante (20 mm/s). A seção trans-
versal do cone é, em geral, de 10 cm². Durante a cravação é medido a resistência de 
ponta (qc) e resistência por atrito lateral (c). No ensaio piezonece (CPTU) além das 
resistências de ponta e resistência por atrito lateral, permite-se monitorar as pressões 
neutras u geradas durante o processo de cravação (Figura 2.8). 
Figura 2.8: Ensaio CPT: (a) princípio de funcionamento e (b) vista de um equipamento. 
Fonte: VELLOSO (2010) 
 
 
Resumo 
 
 
 
 
Nesta aula, abordamos: 
 
✓ Importância de uma investigação geotécnica e de um plano de investi-
gação; 
✓ Os tipos de investigação (preliminar e complementar) mais utilizadas no 
Brasil; 
✓ Tipos de investigação e os respectivos objetivos (laboratório e in situ); 
✓ Processo executivo e detalhes de uma sondagem a percussão; 
✓ Forma de apresentação e aplicações dos resultados de um ensaio do 
tipo SPT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como leitura complementar desta aula, recomendo: 
- Material apostila de Fundações da Universidade Federal do Pará (UFPa). 
 
- Vídeo execução da Sondagem a Percussão 
https://www.youtube.com/watch?v=RgdPQ4udIhU. 
 
- Capítulos 3, 4, 5 e 6 do livro SCHNAID, F. Ensaios de campo e suas aplicações à en-
genharia de fundações. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1982). Identificação e descrição 
de amostras de solos obtidas em sondagens de simples reconhecimento dos solos. 
NBR 7250. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1983). Programação de sonda-
gens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios. NBR 8036. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2015). Sondagem a trado – Proce-
dimento. NBR 9603. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2016). Abertura de poços e trin-
cheiras de inspeção em solos, com retiradas de amostras deformadas e indeforma-
das - Procedimento. NBR 9604. 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=RgdPQ4udIhU
 
 
Referências 
 
Básica: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1982). Identificação e descri-
ção de amostras de solos obtidas em sondagens de simples reconhecimento dos solos. NBR 
7250. Rio de Janeiro: Abnt, 1982. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1983). Programação de son-
dagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios. NBR 8036. Rio de 
Janeiro: Abnt, 1983. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2010). Projeto e Execução de 
Fundações. NBR 6122. Rio de Janeiro: Abnt, 2010. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2015). Sondagem a trado – 
Procedimento. NBR 9603. Rio de Janeiro: Abnt, 2015. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2016). Abertura de poços e 
trincheiras de inspeção em solos, com retiradas de amostras deformadas e indeformadas - 
Procedimento. NBR 9604. Rio de Janeiro: Abnt, 2016. 
 
HACHICH, W. et al. Fundações – teoria e prática. São Paulo: Editora PINI, 2016. 
 
SCHNAID, F. Ensaios de campo e suas aplicações à engenharia de fundações. 
São Paulo: Oficina de Textos, 2010. 
 
VELLOSO, D. A.; LOPES, F. R. Fundações. critérios de projeto, investigação do 
subsolo, fundações superficiais e fundações profundas. São Paulo: Oficina de Textos, 
2010. 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 2 
Exercícios 
 
 
 
Aqui serão apresentados exercícios de fixação dos conte-
údos estudados e seus respectivos gabaritos. Resolva-os com 
atenção e em caso de dúvida acione seu tutor. Mãos à obra. 
 
1) O primeiro passo para uma investigação adequada do 
subsolo é a definição de um programa de investigação, que irá 
definir as etapas e os objetivos a serem alcançados. Comente sobre as três fases do 
programa e os seus objetivos. 
Solução: 
Fase Investigação Objetivo 
1ª Preliminar Conhecer as principais características do subsolo. 
2ª Complementar 
Esclarecer as feições relevantes do subsolo e caracterizar 
as propriedades dos solos mais importantes do ponto de 
vista do comportamento das fundações. 
3ª 
Durante a fase de 
execução 
Visa confirmar as condições de projeto em áreas críticas da 
obra, ou pela grande variação dos solos na obra, ou pela 
dificuldade de execução do tipo de fundação previsto. 
 
2) Apresente os tipos de investigação de subsolo (investigação in situ e inves-
tigação de laboratório) de acordo com o objetivo de cada uma. No Brasil, qual ensaio 
in situ é o mais executado. Em casos especiais, por exemplo, casos de obras com 
presença de argilas moles, quais ensaios são indicados como investigação comple-
mentar, se julgarem necessário. 
Solução: investigação in situ – objetivo identificação e classificação 
- poços e sondagens a trado, sondagens a percussão com SPT; sondagens 
rotativas; sondagens mistas; ensaio de cone (CPT/CPTU), ensaio de palheta (Vane 
Test); pressiometros; dilatometro; ensaio de carregamento de placa (prova de carga); 
ensaio geofísico (Cross Hole). 
Investigação de laboratório – objetivo conhecimento das propriedades e com-
portamento dos materiais. 
P á g i n a | 56 
 
 
- índices físico; granulometria; limites de Atterberg; permeabilidade; proctor nor-
mal (compactação); cisalhamento direto; compressão oedometrica; compressão tria-
xial. 
Entre os ensaios in situ existentes em todo o mundo, os listados a cima são os 
que mais se destacam. O SPT é o ensaio mais executado no Brasil. Em casos espe-
ciais onde se julgar necessário uma análise mais detalhada do terreno, os ensaios 
CPT/CPTU são utilizados. O Vane Teste e o Dilatômetro são usados em casos excep-
cionais, uma vez que esses ensaios são indicados para argilas moles. Estes ensaios 
realizados apenas em casos especiais são considerados como uma investigação 
complementar. 
 
3) Os poços são escavações manuais feitas no terreno, com auxílio de pá, pi-
careta, balde e sarilho, já as sondagens a trado são perfurações executadas com uns 
tipos de trados manuais. Ambas são exemplos de tipo de investigação de subsolo, 
porem uma investigação mais simples por possuir algumas limitações. Quais são as 
limitações deste tipo de investigação? Porém, ainda assim apresentam vantagens e 
são indicados mais como uma investigação preliminar. Quais são essas vantagens?

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