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Centro Cirúrgico ASPECTOS HISTÓRICOS Homem realiza prática cirúrgica desde a antiguidade. O termo cirurgia, vem do grego, significa “trabalho manual” Cirurgia = especialidade que se destina ao tratamento de doenças e traumatismos por meio de processos operativos manuais e instrumentais 2 Trabalho com a mão 3 3 ALGUMAS FORMAS DE REALIZAR CIRURGIAS AO LONGO DO TEMPO 4 Aspectos Históricos 5 Idade Média: Cirurgias realizadas em campos de batalha, na casas dos cirurgiões, ou debaixo do convés dos navios de guerra Restringiam-se a amputação de membros, drenagem de abscessos e retirada de tumores Utilização apenas das mãos ou o auxílio de instrumentos 6 Pacientes tinham que superar a dor, a hemorragia e a infecção geradas pelos procedimentos Hemorragias eram estancadas através de cauterização com óleo fervente ou ferro em brasa. Infecção: passou a ser estudada somente com o advento do antibiótico(1941) Aspectos Históricos Aspectos Históricos 7 O uso de máscaras, avental cirúrgico e padronização da degermação das mãos = contribuíram para a prevenção da infecção em pacientes cirúrgicos 1890 =Foi se introduzido o uso de luvas nas salas de cirurgias, por William Halsted, não para a proteção do paciente e sim para a proteção da enfermeira, sua noiva, alérgica a anti-séptico Aspectos Históricos 8 1846 = a cirurgia teve importante evolução, com a descoberta da anestesia, sendo realizada pela inalação de éter tornava-se real a possibilidade de realizar um procedimento cirúrgico “indolor” Esforços começaram ainda na Antiguidade, com uso o ópio, da cânfora e de técnicas de hipnose (povos do Oriente Médio) SEM SUCESSO Aspectos Históricos 9 Os anos que se seguiram, após a realização das primeiras cirurgias, foram marcados por vários obstáculos: Instrumentos inadequados Inexistência de antibióticos Incapacidade para transfusão sanguínea 10 Somente no sec. XX, com o desenvolvimento científico: Evolução de técnicas cirúrgicas Ligadura vascular Criação de instrumentos próprios para melhor acesso as áreas operadas Introdução de anestesia geral Introdução de técnicas assépticas Tais procedimentos passaram a ser realizados em hospitais, porém em recintos não específicos Aspectos Históricos Aspectos Históricos 11 Com o avanço tecnológico diversas especialidades médicas passaram a utilizar robótica e computadores de última geração nas cirurgias. Enfermagem esteve presente durante toda história da cirurgia desde as primeiras amputações pelos “cirurgiões barbeiros” até as cirurgias robóticas. 12 13 Responsabilidade do Enfermeiro do CC: Inicio: Ambiente seguro, confortável e limpo restrição de pacientes. Hoje = atividades focadas: Na competência técnico científica de profissionais Na previsão, provisão de recursos materiais e humanos No relacionamento multi e interdisciplinar Na interação com o paciente e sua família Aspectos Históricos 14 Aspectos Históricos 15 16 Unidade - Centro Cirúrgico 17 Primeiros Centro cirúrgicos Primeiros Centro cirúrgicos (surgiram na Antiguidade): objetivos de facilitar o trabalho da equipe médica O CC era responsável pela distribuição de materiais estéreis para toda a instituição. Unidade de Centro Cirúrgico 18 Era moderna Houve centralização das áreas de cirurgias e de áreas comuns do centro cirúrgico (lavabos, vestiários e laboratórios) Necessidade de centralizar as atividades de preparo, esterilização, armazenamento em um único local (desenvolvimento de técnicas cirúrgicas crescente demanda ) = CME Unidade de Centro Cirúrgico 19 Consideramos que a unidade de centro cirúrgico é composta pelo: Centro cirúrgico-Salas ( CC ), Recuperação pós-anestésica (RPA ) Central de material e esterilização (CME ) CATEGORIAS/CLASSIFICAÇÃO CLINICA 20 CLASSIFICAÇÃO INDICAÇÃO PARA CIRURGIA EXEMPLOS EMERGÊNCIA sem demora(agora) Obstrução intestinal Sangramento intenso TCE( elevação da PIC) URGÊNCIA entre 24 a 48 hs Infecção aguda da bexiga câncer com compressões NECESSÁRIA Cirurgia dentro de algumas semanas catarata ELETIVA O tempo aproximado da cirurgia coincide com a conveniência do paciente Hérnia simples Cisto superficial OPCIONAL Preferência pessoal, a decisão parte do paciente Cirurgia plástica Unidade de Centro Cirúrgico 21 Centro cirúrgico: Esse local é considerado uma das unidades mais complexa do hospital: -Pela sua especificidade -Pela presença constante de stress -Pela possibilidade de riscos à saúde inerentes a essa modalidade terapêutica Unidade de Centro Cirúrgico 22 No Brasil, a Portaria n. 400 do Ministério da Saúde define centro cirúrgico como: “ Conjunto de elementos às atividades cirúrgicas, bem como a recuperação anestésica” Pode ser considerado uma unidade complexa, em virtude de suas características e assistência especializada Unidade de Centro Cirúrgico 23 O centro cirúrgico é um setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas, visando atender a resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe integrada” (RIBEIRO; SOUZA 1997 p. 09). Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção. Unidade de Centro Cirúrgico 24 Portanto, centro cirúrgico.... ...é composto por um conjunto de áreas, dependência interligadas e instalações, de modo a permitir que os procedimentos anestésico-cirúrgicos sejam realizados em condições assépticas ideais.... ....a fim de promover segurança para o paciente e conforto para a equipe que o assiste. Unidade de Centro Cirúrgico Finalidades, objetivos e metas 25 Procedimento cirúrgico Uma das modalidades terapêuticas utilizadas para o diagnóstico e o tratamento de muitas doenças. O ambiente de CC deve possuir finalidades e objetivos claramente definidos dentro da estrutura hospitalar. Para um atendimento diferenciado, seguro e que gere satisfação ao paciente atendido. Nunca esquecendo do suporte famíliar Unidade de Centro Cirúrgico Finalidades, objetivos e metas 26 As finalidades e os objetivos da unidade de centro cirúrgico são: Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo período Peri operatório Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o paciente à unidade, na melhor condição possível de integridade Proporcionar recursos humanos e materiais para que o procedimento anestésico-cirúrgico seja realizado dentro de condições ideais, técnicas e assépticas Unidade de Centro Cirúrgico Finalidades, objetivos e metas 27 Finalidade Favorecer ao ensino e servir como campo de estágio para a formação e o aprimoramento de recursos humanos Objetivo Desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para o progresso científico e tecnológico Meta Fazer com que o paciente operado, dentro de um ambiente terapêutico, conte com todos os recursos humanos e materias necessários para minimizar as ocorrências de situações que possam colocar sua integridade física e psicológica em risco. Unidade de Centro Cirúrgico Finalidades, objetivos e metas 28 Ao prestar cuidados para pacientes cirúrgicos a equipe de enfermagem encontra-se diante de problemas peculiares a cada paciente. Elaboração de um plano de cuidados que contemple intervenções em todas as fases do tratamento cirúrgico. Visto que enfermagem perioperatória assiste os pacientes antes, durante e imediatamente depois da cirurgia. Unidade de Centro Cirúrgico Finalidades, objetivos e metas 29 Enfermagem em CC = compreende procedimentos técnico-científicos que englobam intervenções assistenciais e educativas realizadas... equipe de enfermagem próprio paciente Unidade de Centro Cirúrgico Período perioperatório 30 Período perioperatório: Pré-operatório Transoperatório Pós-operatório Unidade de Centro Cirúrgico Período perioperatório 31 Vários autores definem seus períodos e suas subdivisões: Período pré-operatório mediato: desdeo momento que o paciente recebe a notícia que será submetido ao tratamento cirúrgico até as 24 horas que antecedem a cirurgia Período pré-operatório imediato: compreende as 24 imediatamente anteriores a cirurgia Unidade de Centro Cirúrgico Período perioperatório 32 Período transoperatório: desde de o momento que o paciente é recebido na unidade de CC até a sua saída da sala de operações. Período intra-operatório: do início ao término do procedimento anestésico-cirúrgico, compreendido no período transoperatório. Unidade de Centro Cirúrgico Período perioperatório 33 Período pós-operatório imediato: compreende as primeiras 24 horas após o procedimento anestésico-cirúrgico, incluindo o tempo de permanência na sala de recuperação pós anestésica Período pós-operatório mediato: envolve o período após as 24 horas iniciais e é comumente descrito com primeiro, segundo, terceiro..dias de pós-operatório ( 1º PO, 2º PO etc.) Unidade de Centro Cirúrgico Período perioperatório 34 Período pós-operatório tardio: varia de acordo com o tipo e complexidade de cada cirurgia, podendo compreender desde 15 dias até cerca de um ano após o procedimento anestésico-cirúrgico Unidade de Centro Cirúrgico Áreas do Centro Cirúrgico 35 Centro cirúrgico é dividido em áreas específicas por ser uma área crítica, com maior risco de transmissão de infecções Técnicas assépticas padronizadas = propiciar maior controle do ambiente operatório, baixos riscos de contaminação do paciente CENTRO CIRÚRGICO ORGANIZAÇÃO Para efeito de controle asséptico, o CC se divide em: Área restrita Área semi-restrita Área não restrita 36 Unidade de Centro Cirúrgico Áreas do Centro Cirúrgico 37 Áreas irrestritas: circulação de pessoas é livre. Não exige cuidados especiais, nem uso de uniforme privativo. Ex: elevadores, corredores externos que levam ao CC, vestiários, local de transferência de macas. Unidade de Centro Cirúrgico Áreas do Centro Cirúrgico 38 Área Irrestrita Unidade de Centro Cirúrgico Áreas do Centro Cirúrgico 39 Áreas semi-restritas: permitem a circulação de pessoal e equipamentos, de modo que não interfira no controle e na manutenção da assepsia cirúrgica É necessário o uso de uniforme privativo, toca, e de propés ou calçados adequados Ex: secretaria, copa, salas de conforto e de guarda de equipamentos Unidade de Centro Cirúrgico Áreas do Centro Cirúrgico 40 Área semi-restrita Unidade de Centro Cirúrgico Áreas do Centro Cirúrgico 41 Áreas restritas: Tem limites definidos para a circulação de pessoal e equipamentos Onde se devem empregar rotinas próprias para controlar e manter a assepsia local Necessário uniforme privativo e máscaras que cubam a boca e o nariz Ex: Salas cirúrgicas, ante-salas, lavabos e corredores internos Unidade de Centro Cirúrgico Áreas do Centro Cirúrgico 42 Área Restrita Próxima aula: PLANEJAMENTO FÍSICO DO CENTRO CIRÚRGICO 43 Obrigado!!!
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