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RESUMO PATOLOGIA GERAL DAS DOENÇAS INFECCIOSAS

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Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
PATOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 
➢ CATEGORIA DE AGENTES INFECCIOSOS 
Patógenos não comensais: ampla virulência – dependem da dose ou carga para causar mais 
doença ou não. 
 Ex.: S. coccos e E. coli 
Patógenos comensais: quando há queda da imunidade ou violação das defesas. 
 Ex.: cândida e E. coli 
1. Príons 
➜ Compostos de formas anormais de uma proteína hospedeira – proteína príon (PrP) – encontrada 
geralmente nos neurônios. 
➜ Causam encefalopatias espongiformes transmissíveis. 
➜ As doenças ocorrem quando a proteína sofre uma mudança conformacional que confere 
resistência a proteases. A proteína resistente promove a conversão da proteína normal, que é 
sensível a proteases, para sua forma anormal. O acúmulo dessa proteína anormal leva ao dano 
neuronal e alterações patológicas espongiformes características no cérebro. 
 
2. Vírus 
➜ Parasitos intracelulares obrigatórios. 
➜ Possuem um genoma de ácido nucleico circundado por um envoltório proteico (capsídeo), 
que pode ou não estar envolto em uma membrana lipídica. 
➜ São classificados de acordo com: 
 ↪ Genoma de ácido nucleico (DNA ou RNA). 
 ↪ Formato do capsídeo (icosaédrico ou helicoidal). 
 ↪ Presença ou ausência de envelope lipídico. 
 ↪ Modo de replicação. 
 ↪ Tipo celular preferencial para replicação (tropismo). 
 ↪ Tipo de patologia que causam. 
➜ Alguns componentes e partículas virais se agregam no interior de células infectadas e formam 
corpos de inclusão característicos. 
➜ Alguns vírus causam doenças transitórias, enquanto outros não são eliminados do corpo e 
permanecem no interior das células se multiplicando ou sobrevivendo sob alguma forma não 
replicante (infecção latente), com potencial para ser reativado. 
➜ Vírus Varicela-zoster (VZV): 
 ↪ A infecção aguda com o VZV causa catapora (varicela) e a reativação do VZV latente 
causa herpes-zoster (cobreiro). 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
 ↪ O VZV infecta as membranas mucosas, a pele e os neurônios, causando uma infecção 
primária autolimitante. 
 ↪ Ele escapa das respostas imunes e estabelece uma infecção latente nos gânglios 
sensoriais. O vírus se instala de forma latente e se depois houver uma reativação do vírus, ele pode 
causar herpes-zoster, que possui um quadro clínico típico de vesículas agrupadas sobre a base 
eritematosa, associada a sensação de dor, queimação e aumento da sensibilidade local. 
 ↪ Transmissão: aerossóis respiratórios, disseminação hematogênica e lesões cutâneas 
vesiculares. 
 ↪ A recidiva do vírus está relacionada com a queda da imunidade do paciente. 
➜ Herpesvírus Simples: 
 ↪ Causam infecções primárias recorrentes e autolimitantes. 
 ↪ HSV-1: gengivoestomatite, lesões cutâneas e encefalite 
 ↪ HSV-2: infecções genitais. 
 ↪ Se disseminam para os neurônios sensoriais, que inervam os locais primários de 
replicação. 
 ↪ Durante a fase de latência, o DNA viral permanece no interior do núcleo do neurônio, e 
somente os produtos da transcrição do RNA viral associados a latência são sintetizados. 
 ↪ Efeito citopático nas células: 
 ↪ Inclusões intranucleares. 
 ↪ Células multinucleadas (sincícios). 
 ↪ Lise celular com formação de vesícula no epitélio. 
 
3. Bactérias 
➜ Seres procariontes – possuem membrana celular, mas são desprovidos de membrana nuclear 
e outras organelas envoltas por membrana. Possuem uma parede de peptidoglicano. 
➜ São classificadas por: 
 ↪ Coloração de Gram (positivo ou negativo). 
 ↪ Necessidade de oxigênio (aeróbica ou anaeróbica). 
➜ Algumas bactérias possuem flagelos para locomoção, enquanto outras possuem fímbrias (pili) 
para adesão. 
➜ As bactérias sintetizam seu próprio DNA, RNA e proteínas, mas dependem do hospedeiro para 
condições favoráveis de crescimento. 
MICROBIOMA NORMAL 
➜ O trato intestinal e a pele são normalmente colonizados por um grande número e diversidade 
de espécies de bactérias, que formam um ecossistema de microrganismos – microbioma. 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
➜ Microbiota: população de microrganismos que colonizam um determinado local (boca, 
intestino, vagina, pele...); colonizam um microbioma. 
➜ No intestino, a microbiota é responsável pela absorção dos alimentos digeridos, pela 
manutenção da integridade do epitélio, pelo funcionamento do sistema imune intestinal e por inibir 
competitivamente a invasão e a colonização de outros microrganismos que possam ser 
potencialmente patogênicos. 
 
4. Fungos 
➜ Seres eucariotos com paredes celulares espessas de quitina, e membranas celulares com 
ergosterol. 
➜ Podem crescer na forma de células leveduriformes arredondadas ou na forma de hifas 
delgadas e filamentosas, que podem ser septadas (paredes celulares separam células individuais) 
ou asseptadas. 
➜ Alguns fungos patogênicos exibem dimorfismo térmico – em temperatura ambiente crescem 
na forma de hifa, e na temperatura corporal crescem na forma de levedura. 
➜ Podem produzir esporos sexuais ou assexuais (conídios). 
➜ Infecções superficiais – pele, cabelo e unhas. São causadas pelos dermatófitos. Podem invadir 
o tecido subcutâneo e causar abcessos ou granulomas (micetomas). 
➜ Infecções profundas – podem se disseminar sistemicamente e invadir tecidos, destruindo órgãos 
vitais em pessoas imunossuprimidas, mas normalmente tem cura espontânea ou permanecem 
latentes em indivíduos normais. 
➜ Fungos endêmicos – espécies invasivas limitadas a regiões geográficas particulares. 
➜ Fungos oportunistas – organismos ubíquos que colonizam indivíduos e podem ser encontrados 
em fontes ambientais. 
 
5. Protozoários 
➜ Eucariotos unicelulares que podem se reproduzir intracelularmente ou extracelularmente no 
sistema urogenital, intestino ou sangue. 
 
6. Helmintos 
➜ Organismos multicelulares altamente diferenciados que possuem ciclos de vida complexos – 
uma parte alterna entre reprodução sexuada no hospedeiro definitivo e multiplicação assexuada 
no hospedeiro intermediário. 
➜ Normalmente, a severidade da doença é proporcional ao número de organismos infectantes. 
➜ São divididos em: 
 ↪ Nematelmintos (nematódeos). 
 ↪ Tênias (cestódeos). 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
 ↪ Digeneicos (trematódeos). 
➜ Ação espoliativa: absorve nutrientes ou sangue do hospedeiro. 
➜ Ação mecânica: impede o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. 
 
7. Ectoparasitos 
➜ Insetos – piolhos, percevejos, pulgas – ou aracnídeos – ácaros, carrapatos, aranhas. 
 
➢ DOENÇAS INFECCIOSAS NOVAS E EMERGENTES 
➜ Diversos fatores contribuem para a emergência de doenças infecciosas: 
 ↪ Comportamento humano – dispersão. 
 ↪ Mudanças no ambiente – desmatamento e aquecimento global. 
 ↪ Adaptabilidade dos patógenos frente as pressões seletivas pelo uso excessivo e 
indiscriminado de antimicrobianos. 
 
➢ TRANSMISSÃO E DISSEMINAÇÃO DE MICRORGANISMOS 
1. Rotas de Entrada 
PELE 
➜ A pele normalmente é colonizada por bactérias e fungos. Sua camada externa densa e 
queratinizada serve de barreira natural, e o baixo pH (<5,5) e a presença de ácidos graxos inibem 
o crescimento de microrganismos diferentes da microbiota normal. 
➜ Dificultam a cicatrização: diabetes, mutação e qualquer processo inflamatório ou infecciosos. 
➜ Portas de entrada: 
 ↪ Rachaduras na pele. 
 ↪ Abrasões superficiais. 
 ↪ Feridas. 
 ↪ Queimaduras. 
 ↪ Cateteres endovenosos. 
 ↪ Picadas de agulha. 
 ↪ Picadas de insetos. 
 ↪ Mordedura de animais. 
 
 
 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
TRATO GASTROINTESTINAL 
➜ Os patógenos são transmitidos através de água e alimentos contaminados por material fecal. 
➜ Defesas do trato gastrointestinal: 
 ↪ Secreções gástricas ácidas. 
 ↪ Camada de muco viscoso que recobre o epitélio intestinal. 
 ↪ Enzimas líticas pancreáticas e detergentes biliares. 
 ↪ Peptídeos antimicrobianos de mucosa (defensinas). 
 ↪ Microbioma normal.↪ Anticorpos IgA secretados – são produzidos por plasmócitos no tecido linfoide associado 
a mucosa (MALT). 
➜ A infecção ocorre quando as defesas estão enfraquecidas ou os microrganismos desenvolvem 
estratégias para evadir essas defesas. 
➜ Enfraquecem a defesa: 
 ↪ Baixa acidez gástrica. 
 ↪ Antibióticos que alteram a microbiota normal. 
 ↪ Impedimento do peristaltismo. 
 ↪ Obstrução mecânica. 
➜ Apenas vírus não envelopados tem a capacidade de invadir o corpo pelo trato intestinal, 
porque os envelopados são inativados pela bile e enzimas digestivas. 
 
TRATO RESPIRATÓRIO 
➜ Partículas grandes são retidas na cobertura mucociliar que recobre o nariz e o trato respiratório 
superior. 
➜ Os microrganismos retidos no muco são transportados pela ação ciliar para o fundo da 
garganta, onde são deglutidos e eliminados. Partículas menores que 5um vão para os alvéolos, 
onde serão fagocitados por macrófagos alveolares ou neutrófilos. 
➜ Os microrganismos invasores possuem mecanismos específicos para evadir as defesas 
mucociliares ou evitar a destruição pelos macrófagos alveolares. 
 ↪ Vírus – aderem e penetram as células epiteliais do trato respiratório inferior e faringe. 
 ↪ Bactérias – liberam toxinas que prejudicam a atividade ciliar. 
 
TRATO UROGENITAL 
➜ Quase sempre é invadido a partir do exterior através da uretra. 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
➜ A lavagem regular do trato urinário pela urina é uma defesa contra microrganismos invasores. 
A urina na bexiga é estéril, e microrganismos invasores aderem ao epitélio urinário. 
➜ As mulheres têm 10x mais infecções do trato urinário que os homens, porque a distância entre 
a bexiga urinaria e a pele é de 5cm na mulher, e 20cm no homem. 
➜ A obstrução do fluxo urinário ou refluxo compromete as defesas normais e aumenta a 
suscetibilidade do trato urinário a infecções. 
➜ A vagina é protegida pelo baixo pH, que é resultado do catabolismo do glicogênio por 
lactobacilos no epitélio normal. Os antibióticos podem matar os lactobacilos, permitindo o 
crescimento de leveduras, como a cândida. 
 
2. Dispersão e Disseminação no Interior do Corpo 
➜ Algumas bactérias extracelulares, fungos e helmintos secretam enzimas líticas que destroem o 
tecido e permitem a invasão direta. 
 ↪ Ex.: S. aureus secreta hialuronidase que degrada a matriz extracelular entre as células do 
hospedeiro. 
➜ Os microrganismos podem se disseminar no sangue ou na linfa, livres no fluido extracelular ou 
no interior das células hospedeiras 
 ↪ Alguns vírus, a maioria das bactérias e fungos são transportados non sangue, livres no 
plasma. 
 ↪ A maioria dos vírus se dispersa localmente, de célula para célula, através da replicação 
e liberação dos vírions infecciosos. Outros podem se propagar de célula a célula causando a fusão 
celular do hospedeiro ou pelo transporte no interior dos nervos. 
➜ Os focos infecciosos no sangue podem se únicos e grandes ou múltiplos e pequenos. 
➜ Na viremia, bacteremia, fungemia ou parasitemia disseminada por patógenos virulentos, tem 
como manifestação febre, baixa pressão sanguínea e múltiplos sinais e sintomas de sepse. 
➜ As principais manifestações de doenças infecciosas podem surgir em locais distantes do ponto 
de entrada do microrganismo. 
 ↪ Ex.: vírus varicela-zoster e do sarampo – penetram pelas vias aeres, mas causam erupções 
na pele. 
 
3. Eliminação e Transmissão 
➜ A transmissão depende da resistência do microrganismo. Alguns podem sobreviver por longos 
períodos na poeira, alimento ou água. 
 ↪ Esporos bacterianos, cistos de protozoários e ovos de casca espessa de helmintos podem 
sobreviver em ambientes frios e secos. 
 ↪ Microrganismos menos resistentes precisam se transmitir de pessoa a pessoa rapidamente 
por contato direto. 
➜ A microbiota cutânea pode ser transmitida pela pele descamada. 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
➜ Vírus que se replicam nas glândulas salivares são disseminados pela saliva. 
➜ Vírus e bactérias da microbiota respiratória são eliminados nas secreções respiratórias durante 
a fala, tosse e respiro. 
➜ Patógenos que sofrem replicação no fígado ou na vesícula biliar chegam ao intestino e são 
eliminados nas fezes. 
➜ Patógenos que se multiplicam no sistema circulatório são transmitidos por vetores invertebrados, 
transfusões de sangue, compartilhamento de seringas ou reutilização de equipamento médico. 
➜ A urina é uma forma de saída usada por poucos microrganismos. 
➜ Doenças sexualmente transmissíveis se disseminam a partir da uretra, vagina, cérvix, reto ou 
faringe oral. Esses patógenos dependem do contato direto pessoa-pessoa porque não sobrevivem 
no ambiente. 
➜ A transmissão vertical ocorre da mãe para o feto ou RN e pode ocorrer por: 
 ↪ Transmissão placenta-fetal – a mãe adquire primo-infecção por patógeno durante a 
gestação. 
 ↪ Passagem do neonato pelo canal de parto 
 ↪ Através do leite materno. 
 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
 
 
➢ COMO OS MICRORGANISMOS CAUSAM DOENÇAS 
➜ Tríade epidemiológica de doenças: 
 ↪ Hospedeiro: 
 ↪ Fatores genéticos. 
 ↪ Estado nutricional. 
 ↪ Sexo e idade. 
 ↪ Estado imunológico. 
 ↪ Agente: 
 ↪ Dose infectante. 
 ↪ Local de entrada. 
 ↪ Multiplicação. 
 ↪ Virulência. 
 ↪ Meio ambiente. 
 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
1. Mecanismos de Lesão Viral 
➜ As manifestações da infecção viral são determinadas pelo tropismo do vírus por tecidos e tipos 
celulares específicos. 
 ↪ Presença de receptores virais nas células hospedeiras – os vírus possuem proteínas de 
superfície especificas, que se ligam a proteínas de superfície da célula hospedeira. 
 ↪ A replicação dos vírus no interior de algumas células depende de fatores de transcrição 
tipo celular específicos que reconheçam os elementos virais promotores e potencializadores. 
 ↪ Circunstâncias físicas – substâncias químicas e temperatura. 
 
EFEITOS CITOPÁTICOS DIRETOS 
➜ Inibição da síntese de macromoléculas críticas para o hospedeiro, através da produção de 
enzimas degradativas, proteínas toxicas ou induzindo a apoptose (produção de proteínas pró-
apoptóticas). 
 
RESPOSTAS IMUNES ANTIVIRAIS 
➜ Reconhecimento de proteínas virais na superfície de células hospedeiras – LT citotóxicos atacam 
células infectadas, mas também causam lesões teciduais. 
 
TRANSFORMAÇÃO CELULAR 
➜ Vírus oncogênicos podem estimular o crescimento e a sobrevivência celular expressando 
oncogenes codificados por vírus, estratégias antiapoptóticas e mutagênese insercional – DNA viral 
é inserido no genoma do hospedeiro alterando a expressão de genes próximos – transformação 
de células infectadas em células tumorais benignas ou malignas. 
 
2. Mecanismos de Lesão Bacteriana 
VIRULÊNCIA BACTERIANA 
➜ O dano bacteriano depende da habilidade das bactérias se aderem às células hospedeiras, 
invadir as células e tecidos ou liberar toxinas. 
➜ Os genes de virulência geralmente são encontrados aglomerados nas ilhas de patogenicidade. 
➜ Plasmídeos e bacteriófagos se disseminam entre bactérias e podem codificar fatores de 
virulência, toxinas ou enzimas que conferem resistência a antimicrobianos. Eles podem converter 
bactérias não patogênicas em virulentas. 
➜ Muitas espécies regulam a expressão gênica de forma coordenada (quórum sensing), onde 
genes específicos são expressos quando as bactérias alcançam altas concentrações, permitindo 
o crescimento de bactérias em locais definidos do hospedeiro, como um abcesso. 
➜ Comunidades bacterianas podem formar biofilmes, onde vivem no interior de uma camada 
viscosa de polissacarídeos extracelulares, que aderem aos tecidos hospedeiros ou ferramentas 
(cateteres) e tornam as bactérias inacessíveis para mecanismos efetores imunes e aumentam a 
resistência antimicrobiana. 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
ADESÃO BACTERIANA ÀS CÉLULAS HOSPEDEIRAS 
➜ Adesinas e proteínaF – moléculas da superfície bacteriana que se ligam as células hospedeiras. 
➜ Fímbrias (pili) – proteínas filamentosas que também conferem adesão. 
 
VIRULÊNCIA DE BACTÉRIAS INTRACELULARES 
➜ O crescimento de bactérias intracelulares facultativas dentro das células permite que elas 
escapem de alguns mecanismos imunes efetores – anticorpos e complemento – e facilitam a 
dispersão da bactéria no corpo, sobretudo pelos macrófagos. 
➜ Exemplos: 
 ↪ Shigella e E. coli – inibem a síntese de proteínas pelo hospedeiro, se replicam rapidamente 
e lisam a célula hospedeira. 
 ↪ M. tuberculosis – bloqueia a fusão do lisossoma com o fagossoma, permitindo que a 
bactéria prolifere livremente no interior do macrófago. 
 ↪ L. monocyogenes – produz uma proteína formadora de poro e duas fosfolipases, que 
degradam a membrana do fagossoma, permitindo que a bactéria escape para o citoplasma. 
 
TOXINAS BACTERIANAS 
➜ Toxina – qualquer substância bacteriana que contribua para uma doença. 
➜ Endotoxina – lipopolissacarídeos (LPS) – componente da membrana externa das bactérias 
gram-negativas. 
 ↪ Ativa a imunidade protetora induzindo a produção de citocinas e quimiocinas, e 
aumentando a expressão de moléculas coestimuladoras, que potencializam a ativação de 
linfócitos T. 
 ↪ Altos níveis de LPS se relacionam com o choque séptico, coagulação intravascular 
disseminada (CID) e síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) induzindo níveis excessivos 
de citocinas. 
➜ Exotoxinas – proteínas secretadas que causam lesão celular e doença. 
 ↪ Enzimas: proteases, hialuronidases, coagulases e fibrinolisinas, que atuam em seus 
respectivos substratos. 
 ↪ Toxinas que alteram a sinalização intracelular ou vias regulatórias: componente ativo (A) 
com atividade enzimática e componente ligante (B) que se liga aos receptores na superfície 
celular e colocam a proteína A dentro do citoplasma A. 
 ↪ Superantígenos: estimulam grande número de linfócitos T através da ligação a porções 
conservadas do receptor na célula T, causando uma excessiva proliferação de linfócitos T e 
liberação de citocina que, em altos níveis, leva ao extravasamento capilar e choque. 
 ↪ Neurotoxinas: inibem a liberação de neurotransmissores, causando paralisia. 
 ↪ Enterotoxinas: afetam o trato gastrointestinal causando náusea, vomito, diarreia aquosa 
volumosa e diarreia hemorrágica. 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
3. Efeitos Patogênicos das Respostas Imunes do Hospedeiro 
LESÃO TECIDUAL 
➜ A reação inflamatória granulomatosa ao M. tuberculosis é uma resposta de hipersensibilidade 
tardia que sequestra os bacilos e evita a disseminação, mas produz dano tecidual (necrose 
caseosa). 
➜ Infecção dos hepatócitos pelo HBV e HCV – resposta imune às células hepáticas infectadas. 
 
 
Nicolas B. S. González – ATM 27/1 
Medicina UNISC 
➢ EVASÃO IMUNE DOS MICRORGANISMOS 
VARIAÇÃO ANTIGÊNICA 
➜ Variação de antígenos virais pela baixa fidelidade de RNA polimerases virais e pelo 
reagrupamento dos genomas virais. 
 
RESISTÊNCIA ÀS DEFESAS IMUNES INATAS 
➜ Os patógenos podem confeccionar moléculas de superfície, que resistem à ligação dos 
peptídeos antimicrobianos ou que inativam ou regulam negativamente os peptídeos 
antimicrobianos. 
➜ Uma cápsula de carboidratos presente na superfície de muitas bactérias, as torna mais 
virulentas através da inibição da fagocitose desses microrganismos por neutrófilos. Muitas bactérias 
produzem proteínas que matam fagócitos, impedem sua migração ou diminuem sua explosão 
oxidativa. 
➜ Alguns vírus produzem moléculas que inibem a imunidade inata produzindo homólogos solúveis 
de receptores de IFN alfa, beta e gama que se ligam e inibem as ações dos interferons secretados. 
 
DIMINUIÇÃO DE RESPOSTAS ANTIBIÓTICAS EFICAZES 
➜ Alguns microrganismos produzem fatores que reduzem o reconhecimento de células infectadas 
por linfócitos T CD4 e CD8. 
➜ Diversos vírus DA se ligam a proteínas do MHC I ou alteram a localização delas, prejudicando a 
apresentação de antígenos para as células CD8.

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