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Homeostasia Bacteriana

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MÓDULO 2 - HOMEOSTASIA
BACTÉRIAS
● Estrutura:
Obs: não possuem organelas membranosas.
● Classificação:
1. ASPECTO MICROSCÓPICO:
➢ Inclui o tamanho, a forma e a morfologia dos organismos (cocos, bacilos, curvos ou em espiral), e a sua
capacidade de reter a coloração de Gram. Ex: Uma bactéria esférica, como Staphylococcus, é um coco; uma bactéria em
forma de bastonete, como E. coli, é um bacilo; e o treponema, semelhante a uma cobra, é um espirilo.
2. TESTE DE GRAM:
➢ As bactérias são fixadas a quente ou deixadas secar sobre uma lâmina, coradas com cristal violeta, um corante que
é precipitado com iodo (lugol), e em seguida o corante não ligado ou em excesso é removido por lavagem com descorante,
à base de acetona, e água. Um contracorante vermelho, a safranina, é adicionado para corar as células descoradas. Este
processo leva menos de 10 minutos.
➢ GRAM-NEGATIVA: as bactérias Gram- são aquelas que ao reagirem com o cristal violeta da coloração de Gram
após ter sido precipitado pelo iodo e sofrer descoloração por álcool ou acetona, não retém o corante cristal violeta em sua
fina camada de peptidoglicano, e então as células são coradas com safranina e tornam‑se vermelhas.
➢ GRAM-POSITIVA: para as bactérias Gram‑positivas, que se tornam roxas, o corante fica preso em uma estrutura
grossa e emaranhada, a camada de peptidoglicano, que circunda a célula.
3. PAREDE CELULAR:
➢ BACTÉRIA GRAM - : possui uma camada fina de peptidoglicano e uma membrana externa (barreira de
permeabilidade) que contém LPS (ativa as células B e induz macrófagos, DCs e outras células a liberar IL-1 e IL-6, TNF),
fosfolipídios e proteínas. O espaço periplasmático entre as membranas citoplasmática e externa contém proteínas de
transporte, de degradação e de síntese da parede celular. A membrana externa é ligada à membrana citoplasmática em
pontos de adesão e está fixada ao peptidoglicano por ligações de lipoproteínas.
➢ BACTÉRIA GRAM + : possui uma camada espessa de peptidoglicano (sem ele as bactérias não resistiriam a
grandes pressões e lisariam ) que contém os ácidos teicóico (fator de virulência) e lipoteicóico (induz resposta de defesa).
OBS: Componentes da parede celular também são únicos para as bactérias, e as suas estruturas repetitivas
se ligam a receptores Toll-like de células humanas para induzir respostas da imunidade inata.
● Mecanismos de patogenicidade: refere-se ao modo como os agentes etiopatogênicos agridem o nosso
organismo e os sistemas naturais de defesa reagem, surgindo mesmo assim, lesões e disfunções das células tecidos
agredidos, produzindo-se a doença.
★ ENTRADA NO CORPO:
● Quando as barreiras tais como pele, mucosa, epitélio ciliar e secreções são quebradas, isso promove um portal de
entrada para a bactéria, ou a bactéria deve ter os meios para comprometer a barreira e invadir o corpo.
● Na invasão a bactéria pode se disseminar através do fluxo sanguíneo para outros sítios do corpo.
★ COLONIZAÇÃO, ADESÃO E INVASÃO:
● Essa colonização (bactérias diferentes colonizam partes diferentes do corpo) pode ocorrer na proximidade do
local de entrada ou devido à presença de condições ótimas de crescimento do sítio, em outros lugares do organismo.
● Uma adaptação bacteriana especial que facilita a colonização é o biofilme -> requer um número suficiente de
bactérias (quorum). A matriz do biofilme pode também proteger a bactéria de defesas do hospedeiro e antibióticos.
● Se as bactérias podem aderir às camadas de células epiteliais e endoteliais da bexiga, intestino e vasos
sanguíneos, elas não poderão ser removidas, e essa aderência às permite colonizar o tecido.
● Algumas bactérias possuem adesinas que se ligam a receptores específicos na superfície do tecido e protegem os
organismos de serem removidos. Presentes nas pontas das fímbrias (pili) que ligam-se firmemente a açúcares no
tecido-alvo; essa atividade de ligação ao açúcar define essas proteínas como lectinas.
● Embora as bactérias não tenham mecanismos que permitam atravessar a pele intacta, diversas bactérias podem
atravessar a membrana mucosa e outras barreiras dos tecidos para entrar em sítios normalmente estéreis e em tecidos
mais suscetíveis. Essas bactérias invasivas podem destruir a barreira ou penetrar nas células da barreira.
PATOGÊNESE BACTERIANA:
➢ Para as bactérias, o corpo humano é um conjunto de nichos ambientais que provê calor, umidade e os nutrientes
necessários para o seu crescimento.
➢ As bactérias possuem características que a permitem invadir o ambiente, se aderir em um nicho,
ganhar acesso a nutrientes (enzimas degradativas) e escapar da eliminação pelas respostas protetoras imunes
e não imunes do hospedeiro (p. ex., cápsula).
➢ Quando um número suficiente de bactérias está presente, elas ativam funções para sustentar a
colônia, incluindo a produção de biofilme.
➢ Muitos dos mecanismos que as bactérias usam para manter seus nichos e os subprodutos do
crescimento bacteriano (p. ex., ácidos, gases) causam danos e problemas para o hospedeiro humano. Muitas
dessas características são fatores de virulência, os quais aumentam a capacidade da bactéria de causar
doenças.
➢ Embora muitas bactérias causem doença pela destruição direta do tecido, outras liberam toxinas que
são depois disseminadas pelo sangue, causando patogênese generalizada.
➢ As estruturas de superfície bacteriana são poderosos estimuladores da resposta do hospedeiro (fase
aguda: IL‑1, IL‑6, TNF‑α]), que podem ser protetoras, mas são frequentemente as maiores colaboradoras
para os os sintomas da doença (p. ex., sepse).
➢ A produção da doença resulta da combinação de danos causados pela bactéria e as consequências da
resposta inata e imune à infecção.
● Mecanismos de escape às defesas do hospedeiro:
● Bactérias evitam o reconhecimento e morte pelas células fagocíticas, inativam ou evitam o sistema
do complemento e anticorpos, e até crescem dentro das células para se protegerem das respostas do
hospedeiro.
● Bactérias podem evitar a resposta dos antibióticos pela variação antigênica, pela inativação de
anticorpos ou pelo crescimento intracelular.
➢ Cápsula: Fator de virulência + importante:
● Funcionam como proteção às bactérias de respostas imunes, fagocitárias e dos anticorpos.
● São constituídas de polissacarídeos, que apresentam baixa imunogenicidade.
● Mecanismo de defesa do corpo:
1. CONTRA BACTÉRIAS EXTRACELULARES:
➢ SISTEMA INATO:
Os principais mecanismos de imunidade inata à bactérias extracelulares são:
● ativação do complemento: Os peptidoglicanos presentes nas paredes celulares de bactérias Gram-positivas
e o LPS encontrado em bactérias Gram-negativas ativam o complemento pela via alternativa. As bactérias que
expressam manose em sua superfície podem se ligar à lectina ligante de manose, a qual ativa o complemento pela
via da lectina. Um resultado da ativação do complemento é a opsonização e a aumentada fagocitose das bactérias.
Somando-se a isso, o complexo de ataque à membrana gerado pela ativação do complemento lisa as bactérias, e os
subprodutos do complemento estimulam respostas inflamatórias via recrutamento e ativação de leucócitos.
● fagocitose: Os fagócitos (neutrófilos e macrófagos) usam receptores de superfície, incluindo receptores de
manose e receptores scavenger, para reconhecer bactérias extracelulares, e receptores Fc e de complemento para
reconhecer bactérias opsonizadas com anticorpos e proteínas do complemento, respectivamente. Os produtos
microbianos ativam receptores do tipo Toll (TLRs, do inglês, Toll-like receptors), além de diversos sensores
presentes em fagócitos e outras células. Alguns destes receptores atuam principalmente promovendo a fagocitose
dos microrganismos (p. ex.: receptores de manose, receptores scavenger); outros estimulam as atividades
microbicidas dos fagócitos (principalmente TLRs); e ainda outros promovem tanto fagocitose como ativação de
fagócitos (receptores Fc e do complemento).
● resposta inflamatória: As células dendríticase os fagócitos ativados pelos microrganismos secretam
citocinas que induzem infiltração de leucócitos em sítios de infecção (inflamação). Os leucócitos recrutados
ingerem e destroem as bactérias. A maioria das bactérias extracelulares são suscetíveis ao killing pelos fagócitos,
uma vez que os microrganismos não se adaptaram à sobrevivência no interior dessas células. As células linfóides
inatas (ILCs, do inglês, innate lymphoid cells) também podem atuar na defesa inicial contra estes microrganismos.
As ILCs do grupo 3 (ILC3s) podem ser ativadas pelas citocinas produzidas em resposta aos microrganismos e ao
dano celular, sendo que as ILCs secretam interleucina-17 (IL-17), IL-22 e GM-CSF. Essas citocinas intensificam a
função de barreira epitelial e recrutam neutrófilos para os sítios de infecção extracelular, em especial com bactérias
e fungos.
➢ SISTEMA ADAPTATIVO:
● A imunidade humoral constitui uma das principais respostas imunes protetoras contra bactérias extracelulares, e atua
bloqueando a infecção, eliminando os microrganismos e neutralizando suas toxinas.
● As respostas de anticorpo contra bactérias extracelulares são dirigidas contra os antígenos da parede celular e as
toxinas, que podem ser polissacarídeos - antígenos T Independentes que induzem respostas de anticorpo sem, contudo, ativar
células T - ou proteínas.
● Para esses organismos, o baço exerce papel importante tanto na produção de anticorpos como na eliminação
fagocítica de bactérias opsonizadas.
● Os antígenos protéicos, presentes ou secretados pela maioria das bactérias, induzem anticorpos mais potentes, bem
como imunidade mediada por células. Os mecanismos efetores usados pelos anticorpos para combater as infecções incluem
neutralização (mediada por IgG, IgM e IgA), opsonização (mediada por IgG1 e IgG3) e fagocitose, e ativação do
complemento pela via clássica (IgM, IgG1 e IgG3). Os antígenos proteicos de bactérias extracelulares também ativam células
T auxiliares CD4+, as quais produzem citocinas e expressam moléculas de superfície celular que induzem inflamação local,
intensificam as atividades fagocítica e microbicida de macrófagos e neutrófilos, e estimulam a produção de anticorpos.
● As respostas Th17 induzidas por esses microrganismos recrutam neutrófilos e monócitos, promovendo assim
inflamação local em sítios de infecção bacteriana.
2. CONTRA BACTÉRIAS INTRACELULARES:
➢ SISTEMA INATO:
● Mediada principalmente por fagócitos e células natural killer (NK). Os fagócitos - inicialmente neutrófilos e depois
macrófagos - ingerem e tentam destruir esses microrganismos, porém as bactérias intracelulares patogênicas são resistentes
à degradação no interior dos fagócitos.
● Os produtos dessas bactérias são reconhecidos por TLRs e proteínas citoplasmáticas da família de receptores do
tipo NOD (NLR, do inglês, NOD-like receptor), resultando na ativação dos fagócitos.
● O DNA bacteriano no citosol estimula respostas de interferon do tipo I através da via STING.
● As bactérias intracelulares ativam células NK por meio da indução da expressão de ligantes ativadores de células
NK nas células infectadas, e também estimulando a produção por células dendríticas e macrófagos de IL-12 e IL-15, que
são citocinas ativadoras de células NK. As células NK produzem IFN-γ que, por sua vez, ativa macrófagos e promove o
killing das bactérias fagocitadas. Sendo assim, as células NK conferem uma defesa inicial contra esses microrganismos
antes do desenvolvimento da imunidade adaptativa.
● As ILCs do tipo I também defendem contra as bactérias intracelulares. Essas células não citotóxicas que expressam
T-bet respondem à IL-12, IL-15 e IL-18 produzida por outras células durante a resposta inata a bactérias e, então, secretam
IFN-γ e TNF que ativam macrófagos e ajudam a eliminar os patógenos intracelulares. Como as ILCs residem nos tecidos,
podem conferir a defesa inicial contra infecções nesses locais.
➢ SISTEMA ADAPTATIVO:
● Pelo recrutamento e ativação de fagócitos mediados por células T.
● As bactérias são fagocitadas pelos macrófagos e podem sobreviver nos fagossomas e escapar para dentro do
citoplasma.
T CD4+:
● As células T CD4 + respondem aos antígenos peptídicos associados ao MHC de Classe
2 derivadas das bactérias intravesiculares.
● Estas células T (CD4 +) produzem IL-12 e interferon-gama, que ativa os macrófagos a
destruírem os micro-organismos nos fagossomos.
T CD8+:
● As células T CD8 + respondem aos peptídeos associado a classe I derivados de
antígenos citosólicos e destroem as células infectadas.
● Mecanismo de evasão:
1. CONTRA BACTÉRIAS EXTRACELULARES:
➢ Variação de antígenos da superfície: alguns antígenos ficam aderidos à superfície do pili (adesão bacteriana às
células do hospedeiro). Esta capacidade de alterar antígenos ajuda na evasão bacteriana ao ataque de
anticorpos específicos.
➢ Inibição da ativação do complemento.
➢ Resistencia a fagocitose.
➢ Scavenging de espécies reativas de oxigênio.
2. CONTRA BACTÉRIAS INTRACELULARES:
➢ Resistencia aos fagocitos: inibindo a fusao do fagolissomo ou escapando do citosol.
VÍRUS
● Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, que dependem da maquinaria bioquímica da célula
hospedeira para sua replicação.
● Suas propriedades e definições são:
➢ Os vírus são agentes filtráveis.
➢ Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios.
➢ Os vírus não podem produzir energia ou proteínas independentemente de uma célula hospedeira.
➢ Os genomas virais podem ser RNA ou DNA, mas não ambos.
➢ Os vírus possuem uma morfologia de capsídeo desnudo ou de envelope.
➢ Os componentes virais são montados e não se replicam por “divisão”.
● ESTRUTURA:
● CLASSIFICAÇÃO:
1. Estrutura: tamanho, morfologia e ácido nucleico (p. ex., picornavírus [pequeno RNA], togavírus);
2. Características bioquímicas: estrutura e modo de replicação;
3. Doença: os vírus da encefalite e da hepatite, por exemplo;
4. Meios de transmissão: o arbovírus é disseminado por insetos, por exemplo;
5. Célula hospedeira (espectro de hospedeiros): animal (homem, camundongo, pássaro), planta, bactéria;
6. Tecido ou órgão (tropismo): adenovírus e enterovírus, por exemplo.
● MECANISMO DE PATOGENICIDADE:
PATOGÊNESE VIRAL:
➢ Os vírus causam doenças quando atravessam as barreiras de proteção natural do corpo, escapam do controle imune
e matam as células de um tecido importante (p. ex., o cérebro), ou então provocam resposta imune e inflamatória
destrutiva.
➢ As consequências de uma infecção viral são determinadas pela natureza da interação vírus-hospedeiro e pela
resposta do hospedeiro à infecção.
➢ Progressão da Doença Viral:
1. Aquisição (entrada no organismo);
2. Início da infecção no ponto primário;
3. Ativação da imunidade inata;
4. Período de incubação, quando o vírus é amplificado e pode se disseminar para um ponto
secundário;
5. Replicação no tecido-alvo, que causa os sinais característicos da doença;
6. Respostas do hospedeiro que limitam e contribuem (imunopatogênese) para a doença;
7. Produção de vírus em um tecido ou órgão que permita a disseminação para outro hospedeiro,
ocorrendo o contágio;
8. Resolução ou infecção persistente/doença crônica.
● Mecanismo de defesa do corpo:
➢ SISTEMA INATO:
● Os principais mecanismos da imunidade inata contra vírus são a inibição da infecção por interferons
do tipo I e o killing das células infectadas mediado por células NK. A infecção por muitos vírus está
associada à produção de interferons (IFNs) do tipo I pelas células infectadas, bem como por células
dendríticas, especialmente do tipo plasmocitóide, em resposta aos produtos virais. Diversas vias bioquímicas
disparam a produção de IFN. Entre essas vias, estão o reconhecimento de RNA e DNA viral por TLRs
endossômicos e a ativação de receptores tipo RIG citoplasmáticos, bem como da via STING, pelo RNA e
DNA viral, respectivamente. Essas vias convergem na ativação de proteínas quinases que, por sua vez,
ativam fatores de transcrição IRF, que estimulama transcrição do gene de IFN.
● Os IFNs do tipo I atuam inibindo a replicação viral tanto em células infectadas como em células não
infectadas. As células NK matam células infectadas por vírus e constituem um importante mecanismo de
imunidade contra vírus no início do curso da infecção, antes de as respostas imunes adaptativas terem se
desenvolvido. A expressão de MHC de classe I frequentemente é “desligada” nas células infectadas por
vírus, como um mecanismo para escapar dos CTLs. Isso permite que as células NK matem as células
infectadas, uma vez que a ausência de classe I libera as células NK de um estado normal de inibição. A
infecção viral também pode estimular a expressão de ligantes de célula NK nas células infectadas.
➢ SISTEMA ADAPTATIVO:
● Mediada pelos anticorpos, que bloqueiam a ligação do vírus e a entrada nas células hospedeiras, e
por CTLs, que eliminam a infecção matando as células infectadas. OBS: Os anticorpos são eficazes contra
os vírus apenas durante a fase extracelular das vidas desses microrganismos.
● Os vírus podem ser extracelulares no início do curso da infecção, antes que eles infectem as células
hospedeiras, ou quando são liberados de células infectadas por vírus por brotamento ou se as células
infectadas morreram.
● Os anticorpos antivirais ligam-se ao envelope viral ou aos antígenos do capsídeo e funcionam
principalmente como anticorpos neutralizantes para impedir a fixação e a entrada do vírus nas células
hospedeiras. NEUTRALIZAÇÃO -> os anticorpos que se ligam a essas estruturas microbianas interferem na
capacidade dos microrganismos de interagir com os receptores celulares por meio de bloqueio
estereoquímico e podem, assim, prevenir a infecção.
● Além da neutralização, os anticorpos podem opsonizar partículas virais, promover a sua depuração
por fagócitos e bloquear a infecção viral de células.
● A ativação do complemento também pode participar da imunidade viral mediada por anticorpos,
principalmente através da promoção de fagocitose e possivelmente pela lise direta de vírus com envoltórios
lipídicos.
● As células T CD8 + sofrem uma proliferação maciça durante a infecção viral e a maioria das células
em proliferação são específicas para alguns peptídeos virais.
● Algumas das células T ativadas diferenciam-se em CTL efetores, que podem matar qualquer célula
nucleada infectada. Os efeitos antivirais de CTLs são principalmente devido à morte de células infectadas.
● INFECÇÕES:
1. LÍTICA:
➢ Desenvolvidos quando a replicação do vírus resulta na destruição da célula‑alvo.
➢ A replicação viral e o acúmulo de componentes virais no interior da célula podem romper sua
estrutura e seu funcionamento, ou romper os lisossomos.
➢ Alguns vírus impedem crescimento e reparo, inibindo a síntese de macromoléculas, além de produzir
enzimas de degradação ou proteínas tóxicas.
➢ Algumas células expressam glicoproteínas na superfície celular que desencadeia a fusão das células
vizinhas, originando células gigantes multinucleadas chamadas sincícios.
➢ A formação de sincícios permite que o vírus se dissemine de uma célula para outra e escape da
detecção pelos anticorpos.
2. LISOGÊNICA/ NÃO LÍTICA:
➢ Ocorre em uma célula infectada que não é destruída pelo vírus.
➢ O vírus é liberado gradualmente da célula por meio da exocitose ou de brotamento a partir da
membrana citoplasmática.
➢ Geralmente é uma infecção persistente ou latente.
Infecção persistente é aquela que ocorre em uma célula infectada que não é morta pelo vírus. Alguns vírus
causam infecção persistente produtiva porque o vírus é liberado suavemente da célula por meio da exocitose
ou por meio de brotamento (muitos vírus envelopados) a partir da membrana do plasma.
Infecção latente é aquela que resulta da infecção com vírus de DNA de uma célula que restringe ou perde o
maquinário para a transcrição de todos os genes virais.
● REPLICAÇÃO VIRAL:
➢ A célula age como uma fábrica, fornecendo os substratos, a energia e o maquinário necessários para a
síntese de proteínas virais e para a replicação do genoma.
1. Reconhecimento e Fixação à Célula Alvo:
➢ A ligação das VAP (glicoproteínas específicas dos vírus envelopados) ou estruturas na superfície do
capsídeo do virion aos receptores na célula inicialmente determina quais células podem ser infectadas
por um vírus.
2. Penetração:
➢ Interações entre múltiplas VAP e os receptores celulares iniciam a internalização do vírus para dentro da
célula. O mecanismo de internalização depende da estrutura do virion e do tipo de célula. Os vírus
envelopados fundem suas membranas com as membranas celulares para liberar o nucleocapsídeo ou o
genoma diretamente dentro do citoplasma.
3. Desencapsidação:
➢ Uma vez internalizado, o nucleocapsídeo deve ser transferido para o sítio de replicação dentro da célula
e o capsídeo ou o envelope, removido.Os vírus envelopados são desencapsidados na fusão com as
membranas das células. A fusão do envelope com a membrana plasmática libera seu nucleocapsídeo, o
qual então se “ancora” na membrana nuclear para transferir o seu genoma de DNA diretamente no sítio
de replicação.
4. Síntese Macromolecular:
➢ Uma vez dentro da célula, o genoma deve dirigir a síntese de RNAm viral e de proteínas e gerar cópias
idênticas de si próprio.O modo pelo qual cada vírus cumpre essas etapas depende da estrutura do
genoma e do sítio de replicação.Em geral, o RNAm para proteínas não estruturais é transcrito primeiro.
Os produtos precoces do gene (proteínas não estruturais) são frequentemente proteínas de ligação ao
DNA e enzimas, incluindo polimerases de vírus codificados. Essas proteínas são catalíticas e apenas
umas poucas são requeridas. A replicação do genoma usualmente inicia a transição para a transcrição
dos produtos de gene tardio. Genes virais tardios codificam proteínas estruturais e outras. Muitas cópias
dessas proteínas são requeridas para empacotar o vírus, mas geralmente não são requeridas antes de o
genoma estar replicado. Os genomas recém‐ replicados também provêm novos moldes para mais
síntese de RNAm de gene tardio. Os diferentes vírus de DNA e RNA controlam o tempo e a quantidade
de gene viral e síntese de proteínas de formas diferentes.
● MECANISMO DE EVASÃO DO VÍRUS:
HELMINTOS
➢ Numeroso grupo de animais de vida livre ou parasitária.
PLATELMINTOS:
➢ Simetria bilateral e corpo achatado.
➢ Vida livre, ectoparasitas ou endoparasitas.
➢ Sistema digestivo incompleto.
➢ Ausencia de sistema circulatorio e respiratorio.
➢ Presença de sistema excretor com protonefrídeos e células flamas.
➢ Exemplo: Taenia solium e Taenia saginata, Schistosoma mansoni.
NEMATELMINTOS:
➢ Simetria bilateral e corpo arredondado não segmentado.
➢ Sistema digestivo completo.
➢ Dioicos.
➢ Ausencia de sistema circulatorio e sistema vascular.
➢ Sistema nervoso com gânglios nervosos.
➢ Sistema excretor com células flamas.
➢ Exemplo: Ascaris lumbricoides.
● PATOGÊNESE DAS DOENÇAS PARASITÁRIAS:
➢ Como, quase sempre, os parasitas são exógenos, esses entram no corpo por ingestão ou penetração das barreiras.
➢ Parasitas > Invasão > aderem a células ou órgãos específicos do hospedeiro > evitam a detecção imune,
replicam-se > produzem substâncias tóxicas que destroem tecidos e provocam doenças secundárias à própria
resposta imunológica do hospedeiro;
➢ Alguns causam obstrução física e danos a órgãos e tecidos devido ao seu tamanho.
➢ Não se observa reprodução de helmintos no ser humano.
➢ Protozoários produzem toxinas, dano tecidual e reações imunopatológicas.
➢ Degradam as imunoglobulinas.
ASCARIS LUMBRICOIDES
➢ A intensidade das alterações provocadas está diretamente relacionada com o número de formas presentes no
parasito.
➢ LARVAS:
● Infecções de baixa intensidade: sem alterações; infecções maciças: lesões hepáticas e pulmonares.
● No fígado são encontradas formas larvares migrando, podendo ser visto focos hemorrágicos e de necrose que
se tornam fibrosos.
● Nos pulmões ocorrem pontos hemorrágicos na passagem das larvas para os alvéolos -> dependedas formas
presentes, podendo ocorrer febre, tosse, quadros pneumáticos, dispnéia e eosinofilia. Há edemaciação dos
alvéolos com infiltrado parenquimatoso eosinofílico, manifestações alérgicas, febre, bronquite e pneumonia (a
este conjunto de sinais denomina-se síndrome de Loeffler). Na tosse produtiva (com muco) o catarro pode ser
sanguinolento e apresentar larvas do helminto.
➢ VERMES ADULTOS:
● Infecções de baixa intensidade: 3 a 4 vermes, o hospedeiro não apresenta manifestações;
● Infecções médias: 30 a 40 vermes;
● Infecções maciças: 100 ou mais vermes.
- Ação espoliadora: vermes consomem grande quantidade de proteínas, carboidratos, lipídios e
vitaminas A e C, levando o paciente, principalmente crianças, a subnutrição e depauperamento
físico e mental;
- Ação tóxica: reação entre antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do
hospedeiro, causando edema, urticária, convulsões epileptiformes etc.;
- Ação mecânica: causam irritação na parede e podem enovelar-se na luz intestinal,
levando à sua obstrução.
- Localização ectópica: nos casos de pacientes com altas cargas parasitárias ou ainda em
que o verme sofra alguma ação irritativa, a exemplo de febre, uso impróprio de
medicamento e ingestão de alimentos muito condimentados o helminto desloca-se de
seu hábitat normal atingindo locais não-habituais. Aos vermes que fazem esta migração
dá-se o nome de "áscaris errático".
ESQUISTOSSOMOSE (Schistosoma mansoni)
➢ Hospedeiro intermediário: caramujo do gênero Biomphalaria.
➢ Hospedeiro definitivo: homem.
➢ Transmissão: penetração ativa das larvas no hospedeiro definitivo em lagos e lagoas contendo água
contaminada.
➢ Lesões principalmente no fígado (causadas, principalmente, pelos ovos - formam granuloma que irão
causar fibrose hepática.)
➢ CARACTERÍSTICAS:
● Larva ciliada: miracídio (embrião que desloca-se na água e penetra no caramujo).
● Esporocisto primário, secundário (dentro do caramujo): diferenciação por esporogonia.
● Cercárias (larvas de cauda bifurcada para favorecer o deslocamento na água e
penetração no hospedeiro definitivo).
● Verme adulto (desenvolvimento da cercária dentro do homem): forma jovem chamada
esquistossomulo.
➢ PATOGÊNESE:
● Os ovos que saem das fezes de um homem infectado atingem a água, eclodem em uma
larva ciliada chamada miracídio. Esta penetra no caramujo Biomphalaria, no interior
desse caramujo o miracídio sofre reprodução assexuada e origina esporocistos que vão
produzir as cercárias.
● As cercárias são liberadas na água, penetram na pele e perdem suas caudas, passando a
ser chamadas de esquistossômulos. Estes esquistossomulos caem na circulação, vão
para o pulmão e voltam para o coração, caindo na circulação sistêmica.
● Vão para o fígado, completam sua maturação, migram para as veias mesentéricas,
acasalam e dão início a oviposição - ovos aderem ao endotélio das veias mesentéricas,
atravessam a parede do vaso e são transportados com favorecimento da resposta imune
do hospedeiro (grande quantidade de macrófagos e eosinófilos formam granuloma
frouxo, e ao de deslocarem pela matriz extracelular empurram o ovo, que é eliminado
para fora.
➢ RESPOSTA IMUNITÁRIA:
● Linfócitos T chegam na matriz e chamam os macrofagos e eosinofilos e causam uma reação
inflamatória em todo o ovo - formação de granuloma.
● Macrófagos: movimento amebóide, empurram o ovo e este chega até a membrana basal do
epitelio, os macrofagos digerem a matriz e o ovo cai na luz intestinal.
● Resposta imunitária da s. mansoni:
- produzem respostas contra cada antígeno (miracídio, ovo...)
- Th1 - contra cercaria, esquistossômulos e vermes adultos, nas primeiras semanas :
TCD4 + que estão diferenciando células produtoras de IL-2, IFN-y, ativando
macrofagos.
- Th2 - a partir da 4 semana, produção de anticorpos, e nas semanas de oviposição essa
resposta Th2 aumenta muito (induz formação de granuloma) *obs: vai ser a resposta
protetora. Produção de IL-4, IL-5 e IL-13, eosinofilos (importante eliminador de
vermes), basófilos.
-
➢ MECANISMO DE RESISTÊNCIA:
● Não tem vacina.
● PESQUISA:
- Tratamento:
1. resistência: possuíam altos níveis de IgG1, IgG3, IgA,IgE e eosinofilia
2. reinfecção: IgG4 e poucos níveis de IgE e eosinofilia.
● Mecanismo de defesa do corpo contra os helmintos:
➢ SISTEMA INATO:
● Esses organismos conseguem sobreviver e replicar em seus hospedeiros, pois são resistentes às defesas
do hospedeiro.
● A fagocitose é a principal resposta aos protozoários, porém muitos desses resistem ao killing
fagocítico e podem replicar dentro dos macrófagos. Alguns protozoários expressam TLR e ativam
fagócitos. Além disso, os fagócitos podem atacar os parasitas e secretar substâncias que matam
organismos.
● Os eosinófilos contribuem liberando conteúdos dos grânulos, que são capazes de destruir os
tegumentos do verme.
● Os tegumentos podem ser espessos, o que os tornam resistentes aos mecanismos citocidas de
neutrófilos e macrófagos, além disso são muito grandes para serem ingeridos por fagócitos.
● Alguns helmintos podem ativar a via alternativa do complemento, embora tenham desenvolvido
resistência à lise mediada pelo complemento.
➢ SISTEMA ADAPTATIVO:
● Depende da resposta de anticorpos.
● Mediada pela ativação de células Th2, que produzem IgE e ativam eosinófilos.
● Os helmintos estimulam a diferenciação das células T CD4+ naive na subpopulação Th2 que secretam
IL-4 (estimula a produção de IgE, que se liga ao receptor Fc de eosinófilos e mastócitos) e IL-5 (ativa
eosinófilos).
● A IgE cobre os parasitas e os eosinófilos se ligam a IgE que são ativados para liberar os conteúdos dos
grânulos, os quais destroem os helmintos.
● As ações combinadas de mastócitos e eosinófilos também contribuem para a expulsão dos parasitas do
intestino.
● Mecanismo de evasão dos helmintos:
PROTOZOÁRIOS
➢ Organismos protistas, eucariontes.
ESPOROZOÁRIOS
➢ Sem estrutura locomotora, são levados, na forma de esporos, pelo ar, água ou animais.
➢ Exemplo: malária.
❖ MALÁRIA: Plasmodium.
➢ Transmissão: transfusão de sangue;
Compartilhamento de seringas;
Uso de objetos contaminados;
Transmissão neonatal.
➢ Vetor: mosquito Anopheles.
➢ Etiologia:
● P. falciparum
- Febre terçã maligna -> acessos febris em ciclos de 36-48 horas.
● P. vivax
- Febre terçã benigna -> acessos febris em ciclos de 48 horas.
● P. malariae
- Febre terçã benigna -> acessos febris em ciclos de 48 horas.
● P. ovale
- Febre quartã -> acessos febris com ciclo de 72 horas.
➢ PATOGÊNESE:
● Quando o mosquito pica o homem introduz o Plasmodium, denominado esporozoíta:
- Migram para as glândulas salivares do mosquito;
- Apresentam um sistema de penetração que contém proteínas que aumentam o potencial antigênico e
facilitam a penetração na célula hospedeira.
● Trofozoítas: forma evolutiva no estágio sanguíneo.
● Esquizontes: contém muitos merozoítos e são vistos no estágio hepático.
● Uma vez no sangue, os esporozoítas rumam para o fígado, onde penetram as células hepáticas para se
multiplicarem, dando origem a fase merozoíta:
- São liberados no sangue e infectam células vermelhas -> a superfície dos merozoítas contém
glicoproteínas que capturam essas hemácias.
- Nesse quadro, inclui-se sintomas como: febre alta, calafrios, dores de cabeça e musculares, taquicardia,
aumento do baço.
● Gametócitos: gametócitos masculinos e femininos estão dentro dos glóbulos vermelhos.
- Vão ser ingeridos pela fêmea do Anopheles, e começar a se reproduzir sexuadamente (esporogônico),
o gametócito feminino amadurece em macrogameta e o masculino em microgameta no estômago do
inseto.
● Zigoto: fertilização.
- O zigoto alonga-se e ganha mobilidade formando o oocineto (intestino do mosquito) → oocisto →
forma esporozoítas que irão do intestino do mosquito para as glândulas salivares.
● O ciclo assexuado é responsável pelas manisfestações clínicas e patologia da malária.
- Destruição dos eritrócitos parasitados;
- Toxicidade resultante da liberação de citocinas;
- Sequestro aos eritrócitosparasitados na rede capilar;
- Lesão capilar por deposição de imunocomplexos.
➢ MECANISMO DE EVASÃO:
● Variação antigênica.
● Mimetismo molecular.
● Localização intracelular.
● Imunossupressão.
➢ RESPOSTA INATA:
● Receptores Toll-like (TLRs), expressos na membrana plasmática/endossomas
- Células dendríticas;
- Macrófagos;
- Células B.
● Receptores TLR2, TLR4 e TLR9 reconhecem metabólicos do parasito
- GPI (glicofosfatidilinositol);
- Hemozoína (associadas ou não ao DNA do parasito).
● Interação REC-MET acarreta resposta pró-inflamatória
- Liberação de IFN-y e TNF-alfa.
➢ RESPOSTA ADAPTATIVA:
● A base da imunidade celular anti-malárica é a hiperplasia do sistema macrogagolinfóide
- Fagocitose de muitos merozoítos e hemácias parasitadas, que ocorre logo após cada esquizogonia;
● Imunidade adquirida é espécie-específica e também estágio-específica.
● Os esporozoítos induzem:
- Produção de anticorpos dirigidos contra antígenos de sua superfície;
- Proteína circunsporozóica (CS);
- Contenção da carga parasitária contra merozoítos e esquizontes.
● Fase do desenvolvimento intra-hepático do parasito:
- Hepatócitos expressam antígenos de MHC classe I;
- Através da toxicidade de linfócitos T citotóxicos - CTL;
- Através de citocinas, como o IFN-y, IL-1, IL-6 e TNF-alta.
● Fase eritrocítica da infecção:
- Linfócitos T CD4+ (Th1) secreção de IFN-y;
- Estimulação das células B e produção de anticorpos;
- Eliminação de eritrócitos infectados.
FLAGELADOS:
➢ Possuem flagelos ou pseudópodes que auxiliam na locomoção.
➢ Exemplo: leishmaniose.
❖ Leishmaniose tegumentar: leishmania.
➢ Transmissão: picada de insetos hematófagos (mosquito-palha - fêmea do flebotomíneo).
Cães e gatos podem ser reservatórios da doença.
➢ Tempo de incubação: entre 2 semanas e 3 meses.
➢ PATOGÊNESE:
● O homem infecta-se quando um flebotomíneo injeta na pele formas promastigotas, estas formas
serão fagocitadas por macrófagos e converterem-se em amastigotas.
- Essa lesão inicial causa infiltrado de linfócitos e macrófagos parasitados na derme.
● As amastigotas se multiplicam por divisão binária e infectam as células hospedeiras que ficam
parasitadas, causam inflamação e rompem-se.
● O vetor vai ingerir os macrófagos infectados por amastigotas.
● As amastigotas vão se transformar em promastigotas no intestino da fêmea. Essas
promastigotas se dividem no intestino e migram para o aparelho bucal do mosquito.
● Evolução:
- Lesão → Acúmulo de macrófagos → Necrose → Desintegração → Úlcera
inicial residentes ao redor da lesão da epiderme leishmaniótica
(histiocitoma)
➢ IMUNIDADE INATA:
● Fagócitos (macrófagos) expressam TLR que reconhecem moléculas de superfície dos protozoários.
➢ IMUNIDADE ADAPTATIVA:
● Th1: IFN-૪ e TNF: ativam macrófagos (via clássica).
● Th2: IL-10, IL-4, IL-5, IL-13: provoca lesão tecidual e inibe Th1.
● CTL.
● Após a lise celular pelos protozoários ocorre a ação de Ac e SC (via clássica - IgG).
➢ FORMAS CLÍNICAS:
FUNGOS
➢ Organismos eucariontes.
➢ Possuem parede celular rígida composta de quitina, glicana e uma membrana plasmática em que o ergosterol
é o principal componente que substitui o colesterol.
➢ Possui a forma filamentosa -> consiste em hifas que produzem conídios ou de
levedura -> consiste em células alongadas; são as formas infectantes.
➢ MORFOLOGIA:
● Macroscópica: fungos podem ser divididos em bolores, que apresentam uma colônia filamentosa, e as
leveduras, que apresentam uma colônia cremosa.
● Microscópica: a unidade estrutural dos fungos é representada pela hifa que forma um conjunto denominado
micélio, que pode ser vegetativo (exercem funções de assimilação, fixação e crescimento) ou de frutificação
(serve para a reprodução da espécie).
➢ PATOGÊNESE:
● Os fungos possuem uma glicoproteína (componente da parede celular) que medeia a adesão à matriz
extracelular e às proteínas da superfície celular endotelial, iniciando a invasão.
● Várias proteinases extracelulares são capazes de hidrolisar o colágeno e a elastina e são importantes para a
patogenicidade.
● A melanina também é um provável fator de virulência.
● Após a entrada do agente na pele, o fungo entra no período pré-patente (duração de 21 dias.
● A doença em humanos é geralmente localizada nos tecidos cutâneos e subcutâneos e tem curso subagudo
crônico.
➢ IMUNIDADE INATA:
● Macrófagos e DCs percebem os organismos fúngicos através de TLR2, TLR4 e TLR9 e receptores do tipo
lectina (reconhecem β-glucanas na superfície dos fungos), ambos liberam citocinas, que recrutam e ativam
neutrófilos diretamente ou pela via de ativação das ILCs.
● Neutrófilos liberam substâncias fungicidas como espécies reativas de O2 e enzimas lisossômicas que
fagocitam os fungos para o killing intracelular.
● ILC3 utilizam citocinas liberadas pelas DCs e macrófagos como IL-23 e IL-1 para estimular as ILC3 a
liberar IL-17 (recruta neutrófilos) e IL-22 (aumenta a função de barreira).
● ILC1 libera IFN-y que ativam macrófagos.
➢ IMUNIDADE ADAPTATIVA:
● Mediada principalmente por células.
● INTRACELULAR:
- Th1 libera IFN-y que ativa macrófagos.
● EXTRACELULAR:
- Th17 são induzidas pelas citocinas IL-1, IL-6 e IL-23, são produzidas por DCs, a causar inflamação.
➢ PRR ENVOLVIDOS NO COMBATE:
● f3-glucano, receptores de manose, dectina-1 e receptores toll-like (TLRs) - reconhecem a parede celular dos
fungos e dão início a uma cascata de sinalização levando a expressão de moléculas microbicidas e citocinas.
➢ CITOCINAS ENVOLVIDAS NO COMBATE:
● IL-1, IL-6, IL-23, TGF-β.
➢ MECANISMO DE EVASÃO:
● Dimorfismo.
● Alteração antigênica.
● Mimetismo molecular.
● Indução de apoptose.
● Indução de Th2 - inibe Th1 e Th17.

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