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Página 1 de 10 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA ADRIEL CORREIA MACHADO - 20181104297 BRUNA SILVA SANTOS - 20161104455 CAROLYNE DUARTE - 20181107598 GABRIEL ROBAINA - 20181100690 JOSÉ LUIZ DUQUE - 20151105503 MICHAEL MANGARAVITE - 20181104953 PROJETO DE ANÁLISE DE RISCO ACIDENTE NUCLEAR DE CHERNOBYL Rio de Janeiro – RJ 2022 Página 2 de 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 4 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 9 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 10 Página 3 de 10 INTRODUÇÃO Incidentes em usinas nuclear normalmente são causados por falhas humanas, entretanto um ponto de risco é a ação direta de ocorrências acarretados pela natureza. Um desastre nuclear causa grande malefícios ao meio ambiente, tanto quanto os que já vivem no local contaminado quanto aqueles que ainda irão nascer, sobretudo levando em conta os efeitos que a radiação tem corpo humano. O desastre de Chernobyl e um dos maiores acidentes nuclear da história, ocorrido em 26 de abril de 1986 em Pripyat, antiga União Soviética. O fato ocorreu durante um teste de segurança onde simulava uma falta de energia na qual apontaria se o gerador do reator teria capacidade de fornecer energia suficiente para que as bombas de água continuassem operando em caso de ausência do suprimento externo de energia. Usinas nucleares não só produz energia, mas também utilizam para ligar as bombas responsáveis pela circulação do refrigerador que vai para o núcleo e sistemas auxiliares. Se uma usina está acima de 20% de produção ela própria se mantém, quando está abaixo deste valor precisa de energia externa (ESTEVES, 2013). Não é claro, entretanto o motivo maior do teste de segurança no refrigerador era o receio de um ataque que aconteceu na central nuclear no Iraque em 1981 pelos israelenses. A primeira parada programada da unidade 4 seria aproveitada para um experimento que consistia em reduzir a potência ao mínimo e desligar o reator junto com o corte da energia externa, simulando um blecaute (DALAVIA, 2014, p. 2). A explosão aconteceu no reator 4 desligado intencionalmente, reduzindo sua capacidade ao máximo provocando com que o reator entrasse no processo de superaquecimento incapaz de ser revertido, causando fissuras resultando numa enorme explosão liberando material radioativos na atmosfera. Página 4 de 10 DESENVOLVIMENTO A central nuclear de Chernobyl, conhecida como a V.I. Lenin Nuclear Power Plant, durante a era soviética, foi construída entre 1970 e 1977 e estava situada a 90 km ao norte da capital da ucrânia, Kiev. Ela foi a primeira usina nuclear construída no país e incluía quatro reatores nucleares. Porém apenas 2 tiveram funcionamento. A função de Chernobyl, era suprir a expansão territorial da União soviética e com a carência de recursos naturais para abastecer energeticamente as cidades, a usina nuclear foi um grande atrativo econômico, onde a imprensa local fazia grande divulgações mostrando que a cidade era um paraíso em busca de novos moradores e não era considerada perigosa, mesmo com a palavra “nuclear” trazendo à tona a lembrança da bomba atômica de Hiroshima que foi lançada em 1945, no Japão pelo Estados Unidos, durante a segunda guerra mundial, muitas pessoas acreditaram na segurança do local e decidiram aceitar a oferta de emprego. A escolha do local de construção do centro nuclear naquela área foi escolhida pela proximidade a estradas, linha férrea e pelo rio Pripyat que originou o nome da cidade de Pripyat, construída para abrigar os trabalhadores e famílias de Chernobyl. Continha mais 13 mil apartamentos, quase 100 escolas, uma população estimada em 50 mil pessoas, possuía uma ampla rede de atrativos culturais, destacando-se livrarias, teatros, bibliotecas e sala de concertos. Sua infraestrutura era exemplar, contando com um centro médico, mercados e restaurantes. Destacavam-se ainda as diversas pré-escolas e as opções para a prática de atividades físicas. Pripyat, era, enfim, uma cidade-modelo, onde mais de mil crianças nasciam anualmente. Um centro administrativo central familiar para muitos planejamentos urbanos soviéticos, a população era considerada jovem, pois os trabalhadores eram recrutados em faculdades e levados para trabalhar na central nuclear, a expectativa é que a cidade dobrasse de tamanho em poucos anos devido à grande estrutura e oportunidades de emprego. A cidade possuía marcas da arquitetura modernista soviética, otimizada pelos 160 grandes blocos de apartamentos pré-fabricados da cidade, financiados pelo Estado. Genericamente, o concreto recebia floreios e cores como os vitrais do cinema Página 5 de 10 de Prometheus, que projetavam formas únicas de luz em fachadas incolores, ou o muito fotografado parque de diversões. No dia 25 de abril de 1986, os técnicos da usina realizaram um teste no reator Chernobyl 4, objetivo deste teste era determinar quanto tempo as turbinas eram capazes de continuar operando após uma queda abrupta de energia. Apesar de a falha humana ter sido a principal causa do desastre de Chernobyl devido a uma sucessão de erros humanos e violações de procedimentos de segurança, os reatores nucleares do tipo RBMK, eram considerados altamente instáveis, produzidos por uma tecnologia ultrapassada na época. Após anos da tragédia de Chernobyl os relatórios deixaram claro que um fator foi primordial para que ele tivesse acontecido, a falta de treinamento a falta de treinamento dos técnicos na hora de fazer o teste na usina nuclear. Os trabalhadores que executaram os testes não foram treinados e muito menos capacitados para sua realização, apenas os funcionários que trabalhavam no período diurno tinham esse treinamento, porém devido a uma pane inesperada de outro usina da região, o controlador da rede elétrica de Kiev ordenou que o reator 4 de Chernobyl adiasse o seu desligamento, dessa forma os testes só foram pela equipe da noite que não estavam devidamente habilitados para faze-los. Além da importância de um treinamento adequado, outra ação que poderia ter sido feita seria a implementação de uma planta de segurança, pois assim os gestores e colaboradores poderiam ter uma noção maior dos principais riscos das operações dos maquinários. O cuidado para a realização dos testes, no caso de Chernobyl não foi seguido as recomendações, embora deveria ter sido diminuído a potência dos reatores, a usina continuou em operação mesmo após o início do experimento. Página 6 de 10 Exemplo Qualitativo MATRIZ QUALITATIVA DE RISCO Consequência Desprezível Marginal Média Crítica Extrema Probabilidade Quase certo Provável Possível Pouco provável Rara A - Probabilidade: Rara e Consequência: Extrema; Risco: Colisão com Avião B - Probabilidade: Pouco provável e Consequência: Extrema; Risco: Explosão Nuclear C - Probabilidade: Possível e consequência: Crítica; Risco: Espalhar radioatividade D - Probabilidade: Provável e consequência: Média; Risco: Fortes tempestades E - Probabilidade: Rara e consequência: Extrema; Risco: Blackout Exemplo Quantitativo A - Probabilidade: 1 e Consequência: 5; Risco: Colisão com Avião B - Probabilidade: 2 e Consequência: 5; Risco: Explosão Nuclear C - Probabilidade: 3 e consequência: 4; Risco: Espalhar radioatividade D - Probabilidade: 4 e consequência: 3; Risco:Fortes tempestades E - Probabilidade: 1 e consequência: 4; Risco: Blackout Página 7 de 10 O Acidente nuclear de Chernobyl foi considerado o mais grave acidente nuclear da história ou, ainda, o "maior desastre nuclear para fins pacíficos do mundo". Há, porém, muita controvérsia quanto aos números do acidente. Em documento publicado em 2005 no site da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), aponta-se um total de mortes, atribuíveis ao acidente, em torno de 4 mil (AIEA, 2005). A publicação sublinha que, em relação à imprecisão do impacto gerado pelo acidente, muitas pessoas morreram de causas naturais e teria havido uma tendência a atribuir nexo causal entre os problemas de saúde observados e a exposição à radiação, o que teria ocasionado um exagero nas estimativas. Apesar de a estimativa oficial ficar em torno de 37 mortes, segundo Dupuy (2007), no vigésimo aniversário do acidente um relatório da ONU remeteu ao acidente, à época, centenas de milhares de mortes. Segundo informações colhidas pelo autor, 36 horas depois da explosão de Chernobyl teriam sido retiradas 48 mil pessoas de Pripyat, das quais teriam morrido 15 mil empilhadas nos hospitais de Kiev nos seis meses que se seguiram. A magnitude de Chernobyl remonta a centenas de vezes mais matérias radioativas lançadas do que em Hiroshima o que levou à criação de uma Zona de Exclusão que incluía áreas da Bielorrússia e da Ucrânia, tendo sido um marco em que se percebeu que um acidente nuclear poderia afetar não apenas o país onde ocorresse, mas também países vizinhos, com consequências passíveis de atingir localidades situadas a grandes distâncias Dentre as estimativas incertas acima mencionadas, encontram-se muitos trabalhadores que foram envolvidos na execução de proteção e isolamento do reator e da radiação. É, portanto, da perspectiva do trabalho que este artigo aborda a tragédia de Chernobyl, abrangendo suas relações e condições de trabalho, e a compreendendo como um acidente de trabalho que, por sua natureza muito específica e calamitosa, adquiriu proporções imensas e, em parte, indeterminadas. Apesar da subnotificação do número de pessoas atingidas em Chernobyl e dos problemas relativos à política internacional, é possível imaginar uma vasta quantidade de pessoas afetadas de inúmeras formas. Se fizermos um breve exercício de enumeração dos grupos diferenciados de pessoas afetadas direta ou indiretamente, teremos, a princípio: os trabalhadores do turno noturno, que estavam em atividade no momento do acidente; bombeiros chamados para "apagar o incêndio"; e, posteriormente, trabalhadores recrutados em outras cidades do país e que tiveram Página 8 de 10 que se dedicar a mitigar os efeitos da explosão, o que envolveu milhares de pessoas. Houve também aqueles que tiveram contato mais próximo com quem recebeu altas doses de radioatividade, como as enfermeiras do hospital da região. Esses diferentes grupos de pessoas morreram ou foram contaminados com doses variadas de radioatividade, não tendo havido acompanhamento epidemiológico adequado após sua evacuação da cidade. Mas, além das contaminações e problemas de saúde estritos, houve ainda a retirada de populações inteiras de suas cidades, não apenas em Pripyat, mas também nas que faziam parte da Zona de Exclusão. É evidente que essa migração forçada também traz muitos aspectos relevantes a serem pensados, no sentido do custo humano que uma catástrofe dessa dimensão provoca. E, como já indicado, um desses aspectos refere-se ao trabalho: populações inteiras deslocando-se de cidade, abandonando empregos, dedicando-se a novos ofícios, levando consigo o estigma de serem originários da região da Chernobyl. Além disso, o adoecimento a curto, médio e longo prazos das pessoas atingidas e a forma como isso veio a impedir sua vida ativa também é um aspecto importante a ser mencionado. Página 9 de 10 CONCLUSÃO Apesar de ter se passados tantos anos após o acidente de Chernobyl até hoje os impactos ambientais são muito graves, ainda não é possível consumir qualquer produtor agrícola provinda daquela região e os animais que nascem por ali continuam a nascer com muitas deformidades e mutações O acidente afetou severamente a saúde da população, com consequências desastrosas. Os casos de câncer (Leucemia), aumentaram de forma considerável na população ucraniana e bielorrussa, as doenças cardiovasculares também tiveram um aumento significativo. O impacto psicológico deste acidente, merece destaque, pois o mesmo fez com que mais de trezentos mil pessoas abandonassem suas casas. Após passados muitos anos deste terrível acontecimento, não se sabe quantas pessoas faleceram em decorrência deste Trágico Acidente de Chernobyl, cujas consequências se perduram até os dias atuais. É importante cuidarmos da segurança quando trabalhamos, principalmente com Usinas Nucleares, para se evitar qualquer tipo de tragédia. Página 10 de 10 REFERÊNCIAS FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. Energia Nuclear; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/energia-nuclear.htm>. Acesso em 01 de outubro de 2022. Usina Nuclear de Chernobil, Wikipédia. Disponivel em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Nuclear_de_Chernobil>. Acesso em 01 de outubro de 2022. A cidade de Chernobyl ( Pripyat ) antes do acidente nuclear - 1982 (traduzido), Youtube. Dísponivel em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZjowW7SC4m.I>. Acesso em 01 de outubro de 2022. ESTEVES, Victor. Chernobyl - O fato. Disponível em: < http://www.del.ufrj.br/~victor.esteves/Segur>. Acesso em 30 de setembro de 2022. DALAVIA, Vitor. O desastre nuclear de Chernobyl (26/041986). Disponível em: < http://xa.yimg.com/kq/groups/17807105/167>. Acesso em 30 de setembro de 2022. DUPUY, Jean Pierre. A catástrofe de Chernobyl vinte anos depois. Scielo, 2007. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ea/a/JtxTfVmCfLWJrJBXKFRQxdt/?lang=pt# >. Acesso em: 30 de setembro de 2022. FINDINGS, Major Study. Chernobyl: The True Scale of the Accident. IAEA, 2005. Disponível em: < https://www.iaea.org/newscenter/pressreleases/chernobyl-true- scale-accident>. Acesso em: 30 de setembro de 2022. https://www.scielo.br/j/ea/a/JtxTfVmCfLWJrJBXKFRQxdt/?lang=pt https://www.iaea.org/newscenter/pressreleases/chernobyl-true-scale-accident https://www.iaea.org/newscenter/pressreleases/chernobyl-true-scale-accident
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