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Correção da atividade 1 Delineamentos inteiramente casualizados Contrastes Testes de Comparação de Médias Estatística Experimental Aula 2 Atividade 1 1) Defina: Média; Variância; Desvio padrão; Coeficiente de variação 2) Quais os princípios básicos da experimentação? Em que consiste cada princípio. Dê exemplos. 3) O que é um delineamento inteitamente casualizado? 1) Média aritmética: é uma medida de tendência central = o quociente da divisão da soma dos valores da variável pelo número deles. x=xi/n Variância: é uma medida de dispersão que mostra o quão distante cada valor desse conjunto está do valor central (média). Baseia-se nos desvios em torno da média aritmética, porém determinando a média aritmética dos quadrados dos desvios. S2=(xi-x)2/n. Desvio padrão: é a raiz quadrada da variância. S = (S2)(pois a variância é um número em unidade quadrada). Coeficiente de variação: é uma medida usada para expressar a variabilidade dos dados estatísticos excluindo a influência da ordem de grandeza, isto é, caracteriza a dispersão ou variabilidade dos dados em termos relativos a seu valor médio CV=(S/ x)100. 2) Princípios básicos da experimentação (1) Repetição (2) Casualização (3) Controle local 3) Inteiramente casualizado 4) Um engenheiro agrícola deseja determinar qual dos bicos de um tipo de pulverizador apresenta a maior área de distribuição. Diferentes bicos foram testados sob as mesmas condições, em delineamento inteiramente casualizado e determinado o alcance, em cm, conforme a tabela abaixo. a) Construa o quadro da análise de variância b) Teste a hipótese de nulidade na qual todos os tratamentos são iguais. Dê as conclusões Bicos 1 2 3 4 19 80 47 95 20 61 26 46 19 73 25 83 30 56 35 78 8 80 50 97 FV GL SQ QM F Tratamento 3 12042.00 4014.00 21.78** Resíduo 16 2948.80 184.30 Total 19 14990.80 a) Quadro da análise de variância b) Hipóteses H0: T1=T2=T3=T4 Ha: pelo menos as médias de dois tratamentos diferem entre si ao nível α de probabilidade. 21, 78 > 5,29 →Rejeita-se Ho a 1% de probabilidade Conclusão: Pelo menos as médias de dois tratamentos diferem entre si ao nível de 1% de probabilidade F[3;16]5% = 3,24 F[3;16]1% = 5,29 Repetições Tratament o 1 2 3 4 5 6 A 70 80 100 90 80 50 B 100 100 120 130 110 - C 180 150 170 180 160 - D 220 210 200 190 200 - E 130 140 160 150 - - F 220 200 220 230 - - G 270 250 250 280 - - 5) Um experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado para investigar a eficiência da aplicação de vinhaça em cana-de-açúcar em condições de campo. Os tratamentos aplicados foram: (A) Volume adicionado: 0 m3/ha, (B) Volume adicionado: 100 m3/ha uma vez, (C) Volume adicionado: 500 m3/ha uma vez, (D) Volume adicionado: 1000 m3/ha uma vez, (E) Volume adicionado: 100 m3/ha duas vezes, (F) Volume adicionado: 500 m3/ha duas vezes, (G) Volume adicionado: 1000 m3/ha duas vezes, obtendo-se as seguintes produtividades de cana, em t/ha. a) Construa o quadro da análise de variância b) Teste a hipótese de nulidade em que todos os tratamentos são iguais. Quais são suas conclusões? FV GL SQ QM F Tratamento 6 117320.00 19553.33 101.41** Resíduo 26 5013.33 192.82 Total 32 122333.33 a) Quadro da análise de variância b) Hipóteses H0: A=B=C=D=E=F=G Ha: pelo menos as médias de dois tratamentos diferem entre si ao nível α de probabilidade. 101,41>3,59 → Rejeita-se Ho ao nível α de probabilidade. Conclusão: Pelo menos as médias de dois tratamentos diferem entre si ao nível de 1% de probabilidade. F[6;26]5% = 2,47 F[6;26]1% = 3,59 Média Mi = ∑(x∕r) Variância da média: Var(Mi) = QMR/r Mi = Média do tratamento QMR = quadrado médio do resíduo r = número de repetições Intervalo de confiança da média: IC para Mi: Mi ± t(α/2; GLR)√Var(Mi) ou IC para Mi: Mi ± t(α/2; GLR)√(QMR/r) GLR = graus de liberdade do resíduo t = valor tabela t α = nível de significância Contraste: Ψ = ∑Ci.Mi ∑ Ψ = 0 Ci = Coeficiente do contraste do tratamento Variância do contraste Var Ψ = QMR.∑(Ci2/r) QMR=quadrado médio do resíduo Ci = Coeficiente do contraste r = número de repetições Soma do quadrado do contraste SQΨ = Ψ2 / ∑(Ci2/r) Contraste Contrastes ortogonais A ortogonalidade entre os contrastes indica independência linear na comparação estabelecida por um contraste na comparação estabelecida pelos outros contrates. Ou seja, a covariância entre os contrastes deve ser zero, ou seja ∑(CiΨ1 . CiΨ2 ...) /r = 0 ou ∑(CiΨ1 . CiΨ2 ...) = 0 Para um experimento com i tratamentos podem ser formados até i-1 contrastes ortogonais (= GLtrat). Regras práticas para formação dos contrastes: objetivos, divisão em grupos e subgrupos. Contrastes Objetivo: Comparar a eficiência de dois herbicidas novos (K e Z) com o padrão (F) • K tem 3 formulações (2 líquidas, 1 granulada) • Z tem 2 formulações (2 oral) Tratamentos KL1 = herbicida K líquida 1 KL2 = herbicida K líquida 2 KG = herbicida K granulada ZL1 = herbicida Z líquida 1 ZL2 = herbicida Z líquida 2 F = herbicida padrão Hipoteses: 1) O efeito dos novos herbicidas difere do herbicidas padrão 2) As formulações líquidas do herbicida K difere da granulada 3) As formulações do herbicida K difere do herbicida Z 4) As duas formulações líquidas do herbicida Z são diferentes 5) As duas formulações líquidas do herbicida K são diferentes Contraste: Ψ = ∑Cimi mi = Média do tratamento Ci = Coeficiente do contraste Contraste F KL1 KL2 KG ZL1 ZL2 ∑Ci Ψ1 5 -1 -1 -1 -1 -1 0 Ψ2 0 1 1 -2 0 0 0 Ψ3 0 2 2 2 -3 -3 0 Ψ4 0 0 0 0 1 -1 0 Ψ5 0 1 -1 0 0 0 0 ortogonal 0 0 0 0 0 0 0 Quadro dos coeficientes dos contrastes (Ci) Contrastes 2 SQΨ = Ψ ∑(Ci) ∕ r 2 Ψ1) O efeito dos novos antibióticos difere do antibiótico padrão? F = (KL1 + KL2 + KG + ZL1 + ZL2)/5 5F = KLl + KL2 + KG + ZL1 + ZL2 5F - KLl - KL2 - KG - ZL1 - ZL2 = 0 5-1-1-1-1-1 = 0 Ψ2) As formulações oral do antibiótico K difere da pomada? (KL1+KL2)/2 = KG KL1 + KL2 = 2KG KL1 + KL2 - 2KG = 0 1+1-2 = 0 Ψ3) As formulações do antibiótico K difere do antibiótico Z? (KL1+KL2+KG)/3 = (ZL1+ZL2)/2 2KL1+2KL2+2KG = 3ZL1+3ZL2 2KL1+2KL2+2KG-3ZL1-3ZL2 = 0 2+2+2-3-3 = 0 Ψ4) As duas formulações orais do antibiótico Z são diferentes? ZL1 = ZL2 ZL1-ZL2 = 0 1-1 = 0 Ψ5) As duas formulações orais do antibiótico K são diferentes? KL1 = KL2 KL1-KL2 = 0 1-1 = 0 EXEMPLO 1 - Um pesquisador pretende investigar como reduzir a taxa de desenvolvimento da requeima da batata a) O enxofre é eficiente? b) Qual a melhor época de aplicação? c) Qual a melhor dose? 0 Testemunha P3 Enxofre =300kg/ha aplicado no plantio P6 Enxofre =600kg/ha aplicado no plantio P12 Enxofre =1200kg/ha aplicado no plantio A3 Enxofre =300kg/ha aplicado antes do plantio A6 Enxofre =600kg/ha aplicado antes do plantio A12 Enxofre =1200kg/ha aplicado antes do plantio ➢ Número de plantas infectadas (sintomas) ➢ A doença é inibida em solos ácidos ➢ A aplicação de enxofre aumenta a acidez do solo A3 9 0 12 P6 18 A12 10 P6 24 P12 17 P3 30 A6 16 0 10 P3 7 A12 4 A6 10 P3 21 0 24 0 29 P6 12 A3 9 P12 7 A6 18 0 30 A6 18 P12 16 A3 16 A12 4 P3 9 0 18 P12 17 P6 19 0 32 A12 5 0 26 A3 4 Trat Repetições Total Média 1 2 3 4 5 6 7 8 0 12 10 24 29 30 18 32 26 181 22,625 P3 30 7 21 9 67 16,75 P6 18 24 12 19 73 18,25 P12 17 7 16 17 57 14,25 A3 9 9 16 4 38 9,50 A6 16 10 18 18 62 15,50 A12 10 4 4 5 23 5,70 501 Delineamento Inteiramente Casualizado Unidade experimental = Parcela = 50 plantas FV GL SQ QM F Tratamento 6 972,34 162,0 3,61* Resíduo 25 1122,88 44,9 Total 31 2095,22 Quadro da análise de variância SQtrat = Ʃ(T2/r) – (G2/n) = (1812/8 + 672/4 +732/4 + 572/4 + 382/4 + 622/4 + 232/4) – (5012/32) = 972,34 SQtotal = Ʃyi2 – (G2/n) = (92 + 122 + 182 + ...+ 42) – (5012/32) = 2095,22 SQresíduo = SQtotal – SQtrat = 2095,22 – 972,34 = 1122,88 t = número de tratamentos n = número de parcelas T = total do tratamento r = número de repetições G = total geral Yi = parcela HipóteseHo: 0 = A3 = A6 = A12 = P3 = P6 = P12 Ha: Pelo menos dois tratamentos diferem entre si ao nível α de probabilidade Se Fcalculado > Ftabelado → Rejeita-se Ho ao nível α de probabilidade Se Fcalculado ≤ Ftabelado → Não se rejeita Ho ao nível α de probabilidade 2,49 < 3,61 < 3,63 → Rejeita-se Ho a 5% de probabilidade Conclusão: Pelo menos dois tratamentos diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade ns F [6;25]5% = 2,49 * F [6;25]1% = 3,63 ** Contraste: Ψ = ∑Cimi mi = Média do tratamento Ci = Coeficiente do contraste Contraste 0 P3 P6 P12 A3 A6 A12 ∑Ci=0 Ψ1 = Test vs Demais 6 -1 -1 -1 -1 -1 -1 = 0 Ψ2 = Plantio vs Antes 0 1 1 1 -1 -1 -1 = 0 Ψ3 = 300 vs (600, 1200) 0 2 -1 -1 2 -1 -1 = 0 Ψ4 = 600 vs 1200 0 0 1 -1 0 1 -1 = 0 Ψ5 = Interação ψ2 e ψ3 0 2 -1 -1 -2 1 1 = 0 Ψ6 = Interação ψ2 e ψ4 0 0 1 -1 0 -1 1 = 0 a) O enxofre é eficiente? b) Qual a melhor época de aplicação? c) Qual a melhor dosagem? Quadro dos coeficientes dos contrastes (Ci) Média dos tratamentos 0 = 22,625 P3 = 16,75 P6 = 18,25 P12 = 14,25 A3 = 9,50 A6 = 15,50 A12 = 5,75 Contrastes OBS: Somatório dos coeficientes dos contrastes (Ci) deve ser igual a zero Ψ1 = (6×22,625) + (-1×16,75) + (-1×18,25) + (-1×14,25) + (-1×9,50) + (-1×15,50) + (-1×5,75) = 55,75 SQΨ = Ψ ∑(Ci) ∕ r 2 2 SQΨ1 = 55,75 = 518,01 6 + (-1) + (-1) + (-1) + (-1) + (-1) + (-1) 2 2 2 2 2 2 2 2 8 4 Média dos tratamentos 0 = 22,625 P3 = 16,75 P6 = 18,25 P12 = 14,25 A3 = 9,50 A6 = 15,50 A12 = 5,75 Contraste: Ψ = ∑Cimi mi = Yi = Média do tratamento Ci = Coeficiente do contraste SQΨ = Ψ ∑(Ci) ∕ r 4 4 5 5 6 Ψ6 5 Ψ6 2 2 Fonte de variação GL SQ QM F Tratamento 6 972,34 162,06 3,61* Ψ1 = Test vs Demais 1 518,01 518,01 11,54** Ψ2 = Plantio vs Antes 1 228,17 228,17 5,08* Ψ3 = 300 vs (600, 1200) 1 0,52 0,52 0,01ns Ψ4 = 600 vs 1200 1 189,06 189,06 4,22ns Ψ5,6 = Interação 2 36,58 18,29 0,41ns Resíduo 25 1122,88 44,92 Total 31 2095,22 F[1;25]5% = 4,24 F[1;25]1% = 7,77 Testemunha vs Demais Ho: 0 = (A3, A6, A12, P3, P6, P12) Ha: 0 ≠ (A3, A6, A12, P3, P6, P12) 7,77< 11,54 → Rejeita-se Ho a 1% de probabilidade Conclusão: A aplicação de S diminuiu a doença a 1% de probabilidade Plantio vs Antes Ho: No plantio = Antes plantio Ha: No plantio ≠ Antes plantio Quadro da Análise de Variância Plantio vs Antes 4,24< 5,08 <7,77 → Rejeita-se Ho a 5% de probabilidade Conclusão: As plantas que receberam S antes do plantio apresentaram menor intensidade de doença do que as que receberam S no plantio a 5% de probabilidade. 300 vs (600, 1200) Ho: 300 = 600,1200 Ha: 300 ≠ 600, 1200 0,01< 4,24 → Não se rejeita-se Ho a 5% de probabilidade Conclusão: A dose de 300 não diferiu das demais doses a 5% de probabilidade 600 vs 1200 Ho: 600 = 1200 Ha: 600 ≠ 1200 4,22< 4,24 → Não se rejeita-se Ho a 5% de probabilidade Conclusão: A dose de 600 não diferiu da dose de 1200 a 5% de probabilidade. Interação época × dose Ho: Interação = 0 (Não há interação) Ha: Interação ≠ 0 (Há interação) 0,41< 3,39 → Não se rejeita-se Ho a 5% de probabilidade Conclusão: Não houve interação entre época e dose a 5% de probabilidade. F[2;25]5% = 3,39 F[2;25]1% = 5,57 Interação: 1) Some GL do Ψ5 com Ψ6 → 1+1=2 2) Some SQ do Ψ5 com Ψ6 → 3,52 + 33,06 = 36,58
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