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Atividade 01 Atividade 01 1) Descreva o Transtorno Espectro Autista (TEA). O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino. A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral. Ressalta-se que o tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica. A etiologia do transtorno do espectro autista ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parece estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais. Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em pessoas geneticamente predispostas. Embora nenhum destes fatores pareça ter forte correlação com aumento e/ou diminuição dos riscos, a exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias (como ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade (com idade gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (< 2.500 g), gestações múltiplas, infecção materna durante a gravidez e idade parental avançada são considerados fatores contribuintes para o desenvolvimento do TEA. A) Sinais e sintomas Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos. Dificuldade na comunicação, caracterizado por uso repetitivo da linguagem e dificuldade para iniciar e manter um diálogo. B) Classificação Os graus do autismo: Conforme o DSM V, os graus de autismo variam de acordo com o grau de funcionalidade e dependência do paciente. É dividido em três graus, de modo que, no grau 1, o paciente é mais funcional e exige pouco apoio, e, no grau 3, o paciente é mais dependente e precisa de um suporte substancial. Além disso, as manifestações dos sinais e sintomas em relação às duas características fundamentais do transtorno – déficit de comunicação e interação social e padrões restritivos e repetitivos – também variam conforme os graus do autismo. Déficit de interação e comunicação social Em relação à interação e comunicação social, o espectro autista pode ter a seguinte classificação: Grau 1: o paciente consegue se comunicar sem suporte, mas nota-se uma dificuldade em iniciar interações sociais, um interesse reduzido nessas interações, respostas atípicas a aberturas sociais e tentativas frustradas de fazer amigos. Grau 2: o paciente precisa de suporte, apresentando maior dificuldade tanto na comunicação verbal quanto não verbal, além de déficits aparentes na interação social. Grau 3: o paciente precisa de apoio muito substancial e quase não tem habilidade de comunicação, apresentando fala ininteligível ou de poucas palavras e respostas sociais mínimas. Comportamentos restritivos e repetitivos Em relação ao comportamento, os graus de autismo variam da seguinte forma: Grau 1: o paciente é mais funcional, mas apresenta sinais como comportamento inflexível e dificuldade para trocar de atividades e para experimentar situações novas. Grau 2: o paciente precisa de apoio e seus comportamentos restritivos e repetitivos são mais frequentes e evidentes, mostrando-se mais inflexível e com dificuldade para mudar o foco das ações. Grau 3: o paciente é altamente dependente e apresenta extrema dificuldade para lidar com mudanças, o que impacta significativamente seu funcionamento, além de gerar sofrimento. C) Principais cuidados da enfermagem. O profissional de enfermagem no cuidado dos pacientes autistas deve conhecer com afinco sobre o TEA, para acompanhar e auxiliar as famílias com algum membro autista, dando assistência, com ênfase no bem-estar do portador, e esclarecendo dúvidas pertinentes. Lembrando que o tratamento do autismo precisa ser em consonância com a equipe multidisciplinar. 2) Fale de forma resumida sobre os tópicos abordados na política nacional da pessoa idosa. O Estatuto do Idoso, como é conhecida a Lei 10.741/2003, completou 15 anos em outubro de 2018. E não obstante o objetivo de assegurar direitos, ganha cada vez mais relevância no ordenamento jurídico brasileiro. Afinal, a população idosa do país cresce cada vez mais. Entre 2012 e 2017, por exemplo, cresceu 18%. E ultrapassou, desse modo, a casa dos 30 milhões em 2017, conforme dados do IBGE, em contraste aos 15 milhões em 2003, quando foi promulgado o estatuto. O envelhecimento é uma característica humana. Como assegura o art. 8º da Lei 10.741/2003, é um direito personalíssimo. Não obstante, sua proteção é um direito social. Dessa forma, é obrigação tanto da sociedade, de modo geral, garantir a efetivação desse direito de forma digna. Mas também é uma obrigação do Estado a efetivação de políticas que contribuam para a garantia desses direitos aos idosos. 3) Fale de forma resumida sobre os tópicos abordados na política nacional da população negra. A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) , instituída em 2009 pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria GM/MS nº 992, tem como finalidade promover a saúde da população negra de forma integral, considerando que as iniquidades em saúde são resultados de injustos processos socioeconômicos e culturais – em destaque, o vigente racismo – que corroboram com a morbimortalidade das populações negras brasileiras. A publicação dessa Política reconhece e assume a necessidade de enfrentamento do racismo institucional no SUS, superando barreiras estruturais e cotidianas que incidem negativamente sobre a saúde da população negra, visando a promoção da equidade em saúde. Reafirma também que a garantia de acesso dessa população a ações e serviços de saúde é de responsabilidade das três esferas de governo (federal, estadual e municipal). 4) Quais as doenças mais prevalentes na população negra. *Anemia falciforme: Doença hereditária, decorrente de uma mutação genética ocorrida há milhares de anos, no continente africano. A doença, que chegou ao Brasil pelo tráfico de escravos, é causada por um gene recessivo, que pode ser encontrado em frequências que variam de 2% a 6% na população brasileira em geral, e de 6% a 10% na população negra. *Diabetes mellitus (tipo II): Esse tipo de diabetes se desenvolve na fase adulta e evolui causando danos em todo o organismo. É a quarta causa de morte e a principal causa de cegueira adquirida no Brasil. Essa doença atinge com mais frequência os homens negros (9% a mais que os homens brancos) e as mulheres negras (em torno de 50% a mais do que as mulheres brancas). *Hipertensão arterial: A doença, que atinge de 10% a 20% dos adultos, é a causa direta ou indireta de 12% a 14% de todos os óbitos no Brasil. Em geral, a hipertensão é mais alta entre os homens e tende ser mais complicada em negros, de ambos os sexos. *Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase: Afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Apresenta frequência relativamente alta em negros americanos (13%) e populações do Mediterrâneo, como na Itália e no Oriente Médio (5% a 40%). A falta dessa enzima resulta na destruição dos glóbulos vermelhos, levando à anemia hemolítica e, por ser um distúrbio genético ligado ao cromossomo X, é mais frequente nos meninos.5) O Estatuto do Idoso garante quais os direitos? Instituído pela Lei 10.741 em outubro de 2003, o Estatuto do Idoso visa a garantia dos direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (art. 1º). Aborda, assim, questões familiares, de saúde, disciriminação e violência contra o idoso. E resguada-o, desse modo. O estatuto busca, assim, a persecução de princípios e direitos fundamentais à vida humana. Entre eles, visa, principalmente, a garantia da dignidade humana, princípio consubstanciado na Constituição Federal em seu art. 1º, inciso III. E, consequentemente, assegurar a existência digna acerca da qual dispõe o art. 170, CF. Afinal, como dispõe o art. 2º do Estatuto do Idoso: Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. A legislação, ainda, institui o dever da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público de assegurar tais direitos ao idoso. Dessa maneira, torna-se uma prioridade social, conforme o art. 3º da Lei 10.741/2003, a efetivação do: · direito à vida; · direito à saúde; · direito à alimentação; · direito à educação; · direito à cultura; · direito ao esporte; · direito ao lazer; · direito ao trabalho; · direito à cidadania; · direito à liberdade; · direito à dignidade; · direito ao respeito; · direito à convivência familiar e comunitária. Direito de prioridade do idoso Como vislumbrado, o caput do art. 3º do Estatuto do Idoso apresenta uma série de direitos que devem ser assegurados, prioritariamente, às pessoas com mais de 60 anos. Seu parágrafo 1º, então, apresenta o conteúdo dessa garantia. Deves ser prioritários ao idoso, portanto: 1. o atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; 2. a preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas; 3. a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso; 4. a viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações; 5. a priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência; 6. a capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos; 7. o estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento; 8. a garantia de acesso à rede de serviços de saúde, como o SUS, por exemplo e de assistência social locais. 9. a prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. 6) Quais os cuidados de enfermagem ofertados aos pacientes negros com anemias falciforme? A assistência de enfermagem prestada à pessoa com anemia falciforme deve principalmente oferecer informações sobre a doença ao paciente e aos familiares, por meio de ações educativas, podendo oferecer mudanças comportamentais.
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