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PARTO Parto prematuro ● Conceito: trabalho de parto antes de 37 semanas o Considerar trabalho de parto quando: 2-3cm de dilatação, com 2-3 contrações em 10 minutos → nesses valores ninguém tem dúvida que está em trabalho de parto ● Fatores de risco: o Filho prematuro anterior → principal fator de risco (se 2 anteriores, a chance de ter 1 novo é de 40%) o Fator cervical: incompetência istmo cervical o Anemia o Desnutrição o Polidrâmnio/ gemelaridade (sobredistensão uterina) o Infecção (em qualquer sítio) o Drogas (tabagismo) ● Predição: o Fibronectina fetal (↑VPN): ▪ Fibronectina “Cola” o trofoblasto no endométrio (↑nível na secreção vaginal = trofoblasto descolando) → ajuda a decidir se interna ou não a gestante <37 semanas com contrações, mas sem franco trabalho de parto o Medida do colo uterino: USG (20 a 24 semanas) ▪ Se < 2,5 / 2,0 cm (há divergência nesse valor) → FAZER PREVENÇÃO DE PARTO PREMATURO → dar progesterona vaginal até 34-36 semanas ▪ Obs: a progesterona vaginal é indicada quando ambos estão alterados (ou seja, parto prematuro anterior e colo curto) ou quando um deles está presente isoladamente. Portanto, não precisa das duas alterações para indicar a progesterona. A progesterona tem ação miorrelaxante, inibindo as contrações uterinas e um possível expulsão do embrião ● Conduta no trabalho de parto: o > 34 semanas: acompanhar trabalho de parto, internar, realizar assistência ao trabalho de parto e profilaxia para GBS o 24 – 34 semanas: ▪ Corticóide: 2 doses de Betametasona 12mg IM 24/24h ou Dexametasona IM 2 doses de 6 mg 12/12h (o corticóide pode descompensar DM materno) ● Benefícios do corticoide: reduz risco de síndrome do desconforto respiratório (membrana hialina), de enterocolite necrotizante, de hemorragia periventricular ▪ Tocólise: ● Medicamento para interromper/atrasar as contrações uterinas em paciente com BOLSA ÍNTEGRA ● Função de ganhar tempo para o corticóide fazer efeito antes do parto, já que o ideal é nascer 24 horas após a última dose de Betametasona. Ou seja, não faz sentido continuar tocolítico depois de 24-48 horas de uso do corticóide, pois a função da tocólise era dar tempo do corticoide agir, depois que ele atua não precisa mais continuar. ● Não fazer tocólise: o Quando tiver mais de 34 semanas o Em situações em que o parto já está indicado (sofrimento fetal agudo ou corioamnionite) o Situações que já houve amniorrexe Tocolítico: Contra-indicação: Nifedipina (bloq. canal de cálcio → muito usado atualmente) Mais usada atualmente Cardiopata Hipotensão Atosiban (antagonista da ocitocina) Alto custo Não tem contraindicação específica É o tocolítico que menos afeta a função cardiovascular Indometacina (anti-inflamatório inibidor da COX) Não usar com < 32 semanas devido ao risco de fechamento precoce do ducto arterioso→ hipertensão pulmonar β-agonista: Terbutalina Cardiopata DM (pode alterar glicemia) Menos usado atualmente, pois tem muito efeitos colaterais Sulfato de magnésio NÃO É BOM TOCOLÍTICO MAS SEMPRE INDICAR QUANDO TRABALHO DE PARTO COM MENOS DE 32 SEMANAS PARA NEUROPROTEÇÃO Amniorrexe prematura ou Rotura prematura de Membrana Ovulares (RPMO) ● Definição: rotura espontânea das membranas amnióticas antes do início do trabalho de parto. ● Causas: o Infecção: produção de enzimas proteolíticas pelas bactérias promove enfraquecimento das membranas o Inflamação ● Fatores de risco: obs → são semelhantes aos para prematuridade o Exames invasivos (amniocentese e cordocentese) o Incompetência istmocervical o Inserção baixa de placenta o Macrossomia o Polidramnia o Trabalho de parto prematuro o Infecções: produção de enzimas proteolíticas pelas bactérias promove enfraquecimento das membranas o Gestação múltipla o Deficiências nutricionais o Atividade sexual o Traumatismo o Passado de parto prematuro ● Diagnóstico: o Exame especular (padrão-ouro): visualização de saída de líquido do orifício cervical o Outros exames: solicitar quando houver uma história típica e o exame especular der negativo ▪ Teste de nitrazina (↑pH na fita reagente) → falso-positivo na vaginose ● Sabe-se que o pH vaginal normalmente se situa entre 4,5 e 5,5; já o líquido amniótico tem pH alcalino (6,5 a 7,5) ● Falsos positivos: sangue, esperma e vulvovaginites ▪ Teste da cristalização: na gestação predomina progesterona, então não cristaliza o muco, porém, se rompe a bolsa vai cristalizar pois o líquido amniótico e rico em estrogênio, que faz o muco cristalizar ▪ Pesquisa de elementos fetais: células orangiófilas após corar ▪ Testes imunocromatográficos: ● Amnisure (identifica α-microglobulina placentária, que só tem no líquido amniótico e não tem no canal vaginal): custo alto ▪ Teste do fenol: coloração muda de laranja para vermelho ▪ Alfafetoproteína na secreção vaginal ▪ USG ● Oligoidrâmnio é indicativo de amniorrexe prematura, mas não é específica, pois podem ter outras causas de oligoidrâmnio ● Normodramnio não exclui amniorrexe! ● Prognóstico o 15-25% dos casos pode desenvolver corioamnionite e/ou endometrite o A maior parte evolui para parto antes do termo e em menos de uma semana de rotura o Complicações: ▪ Infecção (pode ser causa ou consequência da RPMO). A corioamnionite e o parto prematuro podem ocorrer, principalmente, nas primeiras 72 horas após a rotura ▪ Prematuridade: poucas gestações RPPMO atingem o termo ▪ Acidentes de parto: maior frequência de apresentações distócicas como pélvica e córmicas ▪ Compressão de cordão: devido a oligodramnia → sofrimento fetal ● Oligodramnia → malformação → pode levar a síndrome de Potter: redução dos movimento fetais, desenvolvimento de fácies anômalas, hipoplasia pulmonar, achatamento da ponte nasal, dobra anormal na orelha, posição anormal de pés e mãos ● Conduta na RPMO: o COM corioamnionite → CONDUTA É SEMPRE PARTO - independente da IG ▪ Conceito: Febre + 2 desses critérios → leucocitose OU Taquicardia materna ou fetal OU dor uterina OU líquido fétido ▪ A corioamnionite pode ser causa ou consequência da RPMO ▪ Conduta: é obrigatória a interrupção da gestação, independente da idade gestacional →INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO ● Via preferencial: vaginal → menor risco de infecção intra-abdominal. Se houver sofrimento fetal agudo é pela via mais rápida ● Antibioticoterapia imediata: o Ampicilina (2 g IV 6/6 horas) e Gentamicina (5 mg/kg por dia ou 1,5 mg/kg 8/8 horas), que deverá ser mantida até 48 horas após o último episódio febril, não sendo necessária a administração de manutenção oral o É possível a adição de Clindamicina 900 mg IV 8/8h ou Metronidazol 500 mg IV 8/8h para ampliar a cobertura anaeróbia, caso seja realizada cesariana. o SEM corioamnionite: descartado o processo infeccioso a conduta se baseia na idade gestacional ▪ > 34 semanas (varia de acordo com a referência bibliográfica) → INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO ● Via vaginal é de preferência ● Não está indicado o uso de tocolíticos neste período ou de corticoides. Não faz sentido dar corticoide depois de 34 semanas, já que já passou o tempo de maturação pulmonar ● Em gestações a termo com amniorrexe, sem sinais de infecção, o uso de antibióticos não está recomendado rotineiramente, pela falta de evidências estatisticamente significativas, exceto nos casos com indicação de profilaxia para Streptococcus do grupo B (GBS). ▪ 24 – 34 semanas: conduta conservadora, visando o amadurecimento pulmonar ● Pesquisa de infecção, sofrimento fetal e pesquisa de GBS ● Corticoterapia + ATB (↑ tempo de latência e ↓corioamnionite → funciona como tocólise → tocolítico não é usado pois não há contração) o Corticoterapia (somente beta ou dexametasona): seus melhores resultados são vistos a partir de 24-48 horas de tratamento, por isso a importância de segurar um pouco o parto depois dessa medida o Antibioticoterapia para aumentar tempo de latência: Ampicilina 2 g IV a cada seis horas por 48 horas (cobertura de Streptococcus do Grupo B, muitos bacilos anaeróbios Gram-negativos e alguns anaeróbios) + Azitromicina 1 g VO doseúnica (cobertura de micoplasma e Chlamydia trachomatis) + Amoxicilina 500 mg 8/8 horas por mais cinco dias (cobertura de bacilos Gram Positivos e Gram-negativos, principalmente E. coli). o NÃO É RECOMENDADO TOCÓLISE NOS CASOS DE RPMO Indução do parto: parto vaginal ● Indicação: o > 42 semanas o Corioamnionite o RPMO > 34 semanas o Feto morto ● Avaliar Bishop: escala de avaliação de maturação cervical o Ocitocina: usado em índice de Bishop favorável: > 9 (“Padrão A”- bom) ▪ Padrão A: Apagado Amolecido Anterior Aberto Altura > 0 o Misoprostol: se Bishop desfavorável (< 6)→ prepara com misoprostol (melhora o Bishop; 25 mcg de 4/4 ou 6/6h) e depois faz ocitocina ▪ Não fazer misoprostol se houver cicatriz uterina, pois pode romper (ex: cesárea anterior, miomectomia) → nesses casos usar o “Método de Krause”: preparo do colo com sonda de Foley e distende o balonete dentro do útero, acelerando produção de prostaglandinas e favorecendo dilatação → depois que melhorar o Bishop faz a ocitocina o Bishop 7 e 8 a conduta não é bem estabelecida ESTÁTICA FETAL: relação do feto com a bacia materna e o útero 1. Atitude: comunicação de diversas partes fetais entre si. Geralmente, o feto está em flexão (ovoide) 2. Situação: relação maior eixo fetal e maior eixo uterino 3. Posição: lateralidade do dorso 4. Apresentação: relação do polo fetal com o estreito superior materno 5. Variedade de posição: relação de pontos de referências fetais e materno Atitude fetal: comunicação das partes fetais entre si: “feto ovóide” (flexão generalizada) Situação: maior eixo fetal com maior eixo uterino ● Longitudinal (+ comum) ● Transversa (indica cesárea se mantém essa posição) → a situação transversa tem apresentação córmica ● Oblíqua (transitória) Posição: relação do dorso fetal com o abdome da mãe → determina melhor foco de ausculta. Direita e esquerda em relação a mãe Apresentação: parte fetal que está se apresentando na pelve materna (parte fetal mais baixa) ● Cefálica: apresentação mais comum no bebe a termo APRESENTAÇÃO - Variedade de flexão VARIEDADE DE FLEXÃO PONTO DE REFERÊNCIA DIÂMETRO FLETIDA Lambda ou Lambda e Bregma Subocciptobregmático - 9,5cm Menor diâmetro DEFLETIDA DE 1O GRAU Bregma Occiptofrontal - 12,0cm DEFLETIDA DE 2O GRAU / NASO Glabela Occipitomentoniano - 13,5 (maior diâmetro do polo cefálico fetal) Pior prognóstico Indicação de cesariana DEFLETIDA DE 3O GRAU Mento Submentobregmático - 9,5cm Se o mento estiver anterior pode ser parto vaginal, se for posterior tem que ser cedariana ▪ Variação de simetria: ● Sinclitismo (normal): linha sagital está equidistante entre o sacro e o pube → sem inclinação lateral - pequenas lateralizações não fixas durante o parte são normais ● Assintclitismo: assimetria entre a distância da linha sagital até o sacro e a distância até o pube. Quem dá o nome é o parietal que desce primeiro o Assinclitismo posterior (obliquidade de Litzmann) → menor distância da linha sagital até o pubis do que até o sacro o Assinclitismo anterior (obliquidade de Nagele) → menor distância da linha sagital até o sacro do que até o pubis ● OBS: o fórceps que pode corrigir assinclitismo é o Kielland o Pélvica ▪ Situação longitudinal, porém bebe sentado na pelve materna ▪ Manobras usadas na cabeça derradeira no parto pélvico: ● Manobra de Bracht: mais usada. Usada para liberar tanto a cabeça derradeira quanto ombros em um parto pélvico. Eleva-se o dorso fetal em direção ao abdome da mãe, sendo a primeira manobra feita. ● Manobra de Mauriceau: manobra utilizada no parto pélvico para auxiliar o parto da cabeça derradeira. Consiste na introdução dos dedos médio e indicador do obstetra na boca do feto para se obter a flexão do polo cefálico, enquanto a outra mão é colocada ao redor do pescoço do RN ● Manobra de McRoberts: usada em associação a outras manobras. Hiperflexão das coxas maternas sob o abdome o Córmica ▪ Quando a situação é transversa a apresentação é córmica → ombro do bebe se apresentando na pelve materna → indicação absoluta de cesariana Variedade de posição fetal: pontos de referência entre apresentação fetal e pelve ● Símbolo e linha de referência (imagem de variedade de posição fetal): o A: Cefálica fletida → Lambda (O) e sutura sagital o B: Defletida de 1o grau: Bregma (B) e linha sagito metópica o C: Defletida de 2o grau: Nariz (N) e linha metópica o D: Defletida de 3o grau: Mento (M) e linha facial o E: Pélvica: Sacro (S) e linha sulco interglúteo ● Nomenclatura das variedades de posição: ATENÇÃO o Nos casos de variedades diretas (orientadas para o sacro ou pube), a nomenclatura utiliza apenas o símbolo referente ao ponto de referência fetal e o símbolo P (Pube) ou S (Sacro). Como o ponto P (Pube) é obrigatoriamente anterior, quando se utiliza a sigla OP não há necessidade de escrever a letra A (Anterior). Da mesma forma, como o sacro é obrigatoriamente posterior, não há necessidade de escrever P (Posterior) para a variedade OS. Toda vez que aparecer a letra P isoladamente, estamos nos referindo a uma variedade occipitopúbica (que por definição é ANTERIOR e não POSTERIOR). Da mesma forma, toda vez que aparecer a letra S isoladamente, estamos nos referindo a uma variedade occipitossacra (que por definição é POSTERIOR e não ANTERIOR). o As variedades de posição nomeiam-se pelo emprego de letras. A primeira refere-se ao feto, e as demais ao ponto de referência materno. Assim, a variedade de posição OEA significa que a apresentação é cefálica fletida (de Occipital – O), o ponto de referência é lambda (que define o ponto de encontro entre os dois parietais e o occipital), que está em correspondência com o estreito superior da bacia à Esquerda (E) e Anteriormente (A). MDP significa que a apresentação é de face e o ponto de referência (Mento – M) está em relação ao estreito superior à Direita (D) e Posteriormente (P). ● Manobras de Leopold: de cima para baixo (em prova prática, falar o que for fazendo) → SPAi o 1º Tempo: avalia situação fetal (longitudinal / transversal) o 2º Tempo: posição fetal (esquerda / direita) o 3º Tempo: apresentação fetal (cefálica / pélvica) o 4º Tempo: altura da apresentação (“insinuação fetal”) TRAJETO ● Tipos de bacia: o Ginecóide: ▪ Mais comum ▪ Mais favorável ao parto ▪ Formato arredondado ▪ Seu maior diâmetro é transverso o Androide: ▪ Bacia que mais causa distócia ▪ Formato triangular ou em coração → formato masculino ▪ Seu maior diâmetro é transverso o Platipelóide: ▪ Menos comum ▪ Formato achatado ▪ Maior diâmetro é o transverso, e esse é muito grande → acaba aumentando a chance de variedade de posição transversal o Antropóide: ▪ Diâmetro anteroposterior é o maior → única variação da bacia que o diâmetro anteroposterior é o maior, em todas as outras o maior diâmetro é o transverso, sendo que na platipeloide o transverso é muito grande ● Trajeto mole: segmento inferior do útero, colo do útero, vagina, bexiga ● Trajeto duro: dois ossos ilíacos, sacro, cóccix, pube o ESTREITO SUPERIOR: ▪ Conjugada anatômica ▪ Conjugada diagonal ▪ Conjugada obstétrica: passagem por onde passa o feto → tem que medir no mínimo 10.5 cm cm → é a referência ântero-posterior ● Borda/face interna da sínfise púbica até o promontório ● Não dá pra medir a conjugada obstétrica diretamente, por isso usamos a diagonal para fazer o cálculo o Medida indireta: medir a conjugata diagonalis → borda inferior da sínfise púbica até promontório (feita no toque) e subtrair 1,5cm o Obstétrica é 1,5 cm menor que a diagonal o O tamanho da conjugada obstétrica é a menor medida do estreito superior, e geralmente mede 10,5cm o ESTREITO MÉDIO: corresponde ao níveis das espinhas isquiáticas, menor diâmetro da bacia materna ▪ Espinhas isquiáticas: ideal é medir no mínimo 10 cm (ideal) → referência latero-lateral → é o plano 0 de De-Lee ● Serve de ponto de referência para insinuação fetal ● Se na parte mais baixa da apresentação chegar no plano 0 de DeLee (espinhas isquiáticas), houve insinuação o Éo ponto de referência para bloqueio do nervo pudendo o ESTREITO INFERIOR: borda inferior do pubis até o coccix ▪ Conjugada Exitus: tem 9,5 cm mas aumenta com a retropulsão coccígea (passagem da criança), podendo chegar até 11cm, por isso não costuma dar problema. A criança ao descer vai empurrando o coccix ▪ Ângulo subpúbico: ideal >90o Trabalho de parto: ● Fases clínicas do parto: o Fase latente: é uma fase de de dilatação muito lenta, que dura em média 8 horas, com progressão com menos de 1 cm por hora o 1º: Dilatação: fase ativa o 2º: Expulsivo o 3º: Secundamento ou Dequitação o 4º: 1ª hora após a saída da placenta (vigilância ativa)→ risco de sangramentos 1. Dilatação: inicia com o trabalho de parto → fase ativa do trabalho de parto o Fase ativa: ▪ Colo do útero: 3-4 cm com dilatação progressiva ▪ Contração: 2-3 em 10’, rítmicas e regulares ▪ A fase ativa/dilatação termina com a dilatação total o Conduta: ▪ Dieta: líquido claro, sem resíduos (água, chás), gelatina → não precisa deixar em dieta zero se baixo risco ▪ Deambular: não é proibido, é livre ▪ Decúbito: evitar decúbito dorsal ● Melhor é o decúbito lateral esquerdo, devido a dextrorrotação uterina → descomprime a VCI ▪ Tricotomia: não é de rotina ▪ Enteróclise: não fazer ▪ Amniotomia: tendência a não fazer de rotina, mas se necessário pode fazer ▪ Nº de toques: a cada 1 ou 2 horas (intervalos menores geram risco de infecção) ▪ Ausculta BCF: ● Baixo risco: antes, durante e após cada contração → 30 em 30 minutos na dilatação ● Alto risco: 15 em 15 minutos e antes, durante e após contração, sempre ▪ Hidroterapia (banheira com água mais quente): é uma boa opção nessa fase como opção analgésica não farmacológica 2. Expulsivo: após dilatação total até expulsão completa do feto o Conduta: ▪ Posição: semi-verticalizada (varia muito) ▪ Hidroterapia: induz relaxamento e analgesia materna não-farmacológica ▪ Ausculta BCF: ● Baixo risco: 15 em 15’ e antes, durante e após contração, sempre ● Alto risco: 5 em 5’ e antes, durante e após contração, sempre ▪ Episiotomia: não fazer de rotina! Avaliar → feto grande, parto fórcipe ● OBS: vácuo-extrator não precisa fazer episiotomia ● Tipos de episiotomia: Mediana (perineotomia) Médio-lateral ● Lesa menos e dói menos ● Menos lesão de musculatura (sutura mais estética) ● Maior risco de lesão do reto ● Mais dor e mais sangramento ● Mais lesão de musculatura ● Menos lesão de reto ▪ Proteção perineal: ● Manobra de Ritgen modificada → comprime parte posterior do períneo ▪ “Hands off” → deixa a expulsão fetal acontecer naturalmente ▪ O mecanismo de parto pode ser dividido em 3 tempos: MECANISMOS DE PARTO Tempos principais Tempos acessórios (nem sempre vão acontecer todos, depende da apresentação) ● Insinuação → ● Descida → ● Desprendimento → ● Alguns autores acrescentam um quarto tempo, que é a RESTITUIÇÃO (rotação externa) → Flexão Rotação interna Deflexão Alguns autores acrescentam um quarto tempo, que é o DESPRENDIMENTO DE OMBROS ● E na apresentação mais comum o normal é: INSINUA fletido, DESCE rodando e DESPRENDE defletindo ● O normal é que o período expulsivo dure em até 1 hora em multíparas (se realizada anestesia até 2 horas) e até 2 horas em primíparas (se realizada anestesia até 3 horas) 3. Secundamento ou Dequitação: o Saída da placenta: geralmente ocorre de 5-10 minutos após o nascimento, porém é fisiológico até 30 minutos. Ou seja, até 30 minutos a gente aguarda ▪ Após 30 minutos do nascimento após o nascimento podemos fazer anestesia por bloqueio espinhal e fazer extração manual da placenta o Mecanismos de expulsão: ▪ Schultze: desprendimento pela face membranosa (Fetal) → hemorragia maciça mais tardia ▪ Duncan: face cruenta -materna- (cotilédons) → sangramento imediato e intenso junto com a saída da placenta o Manobras auxiliares (antes de clampear o codão 1-3’ → imediatamente após a expulsão → previne sangramentos): ▪ 10 UI de ocitocina IM: imediatamente pós-expulsão fetal → evita hemorragia puerperal ▪ Tração controlada do cordão: deixar cordão esticado ▪ Manobra de Fabre (ou do pescador): avalia se placenta já descolou → leve tração do cordão com a outra mão no fundo do útero → se propagar, ainda não descolou ▪ Manobra de Jacob-Dublin: leve tração controlada e torção axial do cordão 4. Período: 1ª hora após secundamento o Hemostasia: o Miotamponagem (contração uterina) ou Trombotamponagem o Vigilância ativa desse período para avaliar sangramentos OBS: CUIDADO! O mecanismo de parto é diferente das fases clínicas do parto. Fases clínicas do parto: dilatação, período expulsivo, secundamento e observação/4o período. Mecanismo de parto: insinuação, descida e desprendimento Partograma: ● = apresentação ● = dilatação ● = contração fraca ● = contração moderada ● = contração forte ● Cada quadrado representa 1 hora → a cada hora espera-se a dilatação de 1 cm ● Só se preocupe com a apresentação após dilatação total! ● Só dar ocitocina se contração fraca ou moderada ● Linha de alerta: se atravessar = problema na dilatação! o A linha de ação são 4 quadradinhos depois ● Anormalidades: o Fase ativa prolongada: dilatação progride, mas < 1cm/hora ou a dilatação passa 2h a direita da linha de alerta→ espera 2h para dar este diagnóstico o Parada secundária da dilatação: dilatação mantida em 2h ▪ Desproporção céfalo-pélvica? indicar cesariana (há contração) ▪ Falha na contração? → avaliar metrossístole → prescrever Ocitocina para aumentar frequência e força das contrações o Parada secundária da descida: altura mantida por 1h em período expulsivo (já teve dilatação completa) ▪ Desproporção céfalo-pélvica? Cesareana o Período pélvico prolongado: descida é lenta, mas não para (dilatação completa do colo uterino) ▪ Contração uterina insuficiente o Parto precipitado (taquitócico, “em avalanche”): dilatação, descida e expulsão < 4 horas → risco de laceração de canal e atonia uterina ▪ Causas: excesso de ocitocina, descolamento de placenta ▪ Conduta: ● Amniotomia tardia, analgesia precoce, revisão cuidadosa do canal de parto e observação rigorosa do recém-nascido ALEATÓRIO ● HIPERÊMESE GRAVÍDICA ○ A síndrome de Wernick é uma das complicações da hiperêmese gravídica, secundária à espoliação de tiamina (vitamina B1). Essa cursa com diminuição do nível de consciência e memória, oftalmoplegia, nistagmo, ataxia e frequentemente neuropatia periférica. Por isso é importante repor essa vitamina para profilaxia de encefalopatia nas pacientes com hiperÊmese ● INDICAÇÃO ABSOLUTA DE CESARIANA ○ Desproporção cefalopélvica absoluta ○ Placenta prévia total ○ Herpes genital ativo ○ Apresentação córmica e defletida de 2o grau (Fronte) ○ Cesariana clássica (incisão corporal → mediana): alto risco de rotura em parto vaginal. A incisão mais realizada é a segmentar acirfome (transversal) ○ Condiloma com obstrução do canal vaginal ● CESÁREA A PEDIDO: ○ É um direito da mulher ○ Permitido a partir de 39 semanas
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