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ç Sistema de Ensino Presencial Conectado PEDAGOGIA DEISE CRISTINA SALES LEÃO trabalho interdisciplinar “LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA” Congonhas – Minas Gerais 2020 DEISE CRISTINA SALES LEÃO trabalho interdisciplinar “LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA” Trabalho de pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de: Atividades Interdisciplinares. Tutora à distância: Camila Rodrigues Gonçalves. Tutora presencial: Deliane Congonhas 2020 SUMÁRIO I – Introdução -------------------------------------------------- 4 II – Desenvolvimento ----------------------------------------- 5 III – Considerações finais ----------------------------------- 9 IV – Referências --------------------------------------------- 10 I - Introdução Nós dias de hoje em nosso país existem milhares de pessoas com algum tipo de deficiência e que são discriminados, muitas vezes na própria comunidade, em escolas ou mercado de trabalho. A exclusão social é um processo antigo em nosso país. Nos últimos anos tem acontecido uma grande mobilização de educadores e pais que tem promovido e implementado a inclusão social. Essa inclusão visa resgatar o respeito humano e a dignidade, possibilitando o pleno desenvolvimento e o acesso a todos os recursos e espaços na sociedade. A inclusão social é na verdade uma medida econômica que torna os deficientes cidadãos produtivos. A política pública é fundamental para garantir a efetivação dos direitos que esses deficientes têm, direito esse de viver em um ambiente em que possam desenvolver suas habilidades sem depender do outro, se tornando mais autônomo e independente. Cabe ao estado garantir isso, esse bem-estar a partir das políticas públicas e nossa população cobrar esse direito de acessibilidade de qualidade. É importante também a acessibilidade da inclusão em todas as escolas. Pois todo cidadão tem direito a educação de qualidade. Nos dias atuais todos nós concordamos que a inclusão de deficientes nas escolas é de suma importância, então a escola junto com o poder público deve oferecer um ambiente totalmente acessível aos deficientes, removendo barreiras arquitetônicas e promovendo a socialização, onde eles terão o direito de ir e vir com mais facilidade. II – Desenvolvimento De acordo com a constituição Federal Brasileira, em seu artigo 208 é dever do governo amparar e promover educação especializada para crianças com qualquer tipo de deficiência, principalmente nas redes regulares de ensino. Além da acessibilidade arquitetônica, deve-se promover acessibilidade na sinalização e comunicação. É direito de todas as crianças e adolescentes educação de qualidade, incluindo também crianças com qualquer tipo de deficiência tanto física quanto intelectual. Apesar de serem asseguradas por lei dando direito a inclusão social, a dificuldade nesse processo ainda é complexa na maioria das escolas públicas e privadas e no ambiente social no Brasil. Segundo o artigo 58 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a educação especial é definida como a “modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.” Dessa forma a Educação Especial deve-se ser praticada em salas de aula, escolas ou meio de serviços especializados para atendimento exclusivo ao ensino de crianças com algum tipo de deficiência citada acima, organizando um espaço escolar totalmente adaptado, com acesso, materiais, equipamentos e professores preparados para auxiliar de forma completa na formação individual dos alunos inseridos naquele determinado espaço. Para que crianças com deficiência motora possa ter uma educação espontânea e de qualidade tanto no ambiente escolar como no social devemos possibilitar espaços acessíveis para todos. A acessibilidade para crianças com algum tipo de deficiência motora é de suma importância para uma melhor qualidade de vida. É de extrema importância adaptar-se os meios pedagógicos, pois o estudante com deficiência tem o direito de ir e vir, de comunicar-se com todas as pessoas do ambiente escolar e participar das atividades propostas. Possibilitando uma construção de experiências diversificadas, convivência segura e saudável no ambiente escolar com outras crianças, é excepcional para o processo de aprendizagem de todos os alunos. Na maioria dos lugares pessoas com deficiências são vista como um fardo, não recebendo acolhimento necessário para seu bem-estar. Pessoas com deficiência quando são tratadas dessa forma, chegam a pensar que seu problema nunca será resolvido. Por isso devemos contribuir para mudar essa realidade que além de excluir indivíduos, levam a recaída do bem-estar físico e mental dos grupos inseridos na sociedade. A acessibilidade no ambiente escolar auxilia a valorização da diversidade na sala de aula. Convivendo com as diferenças e mostrando que elas fazem parte do dia a dia das pessoas, o educador consegue expor conceitos promovendo a interação entre os alunos. Podendo assim os atuantes da turma se sentir parte importante do grupo, dando abertura para discutir e eliminar preconceitos. Essas mudanças devem surgir também na comunidade que envolve todo o corpo escolar a família e a sociedade. Hoje já se pode contar com algumas ajudas técnicas, que facilita a vida diária de pessoas com deficiência física, envolvendo as áreas de higiene, vestuário e alimentação. As atividades físicas são de extrema importância para pessoas com deficiência, pois trazem vários benefícios importantes para seu bem-estar. Por isso as pessoas devem se conscientizar e promover a acessibilidade para todos e em todos os lugares, adaptando diversos espaços públicos de lazer, como praças e parques. Toda criança com deficiência tem o direito de brincar, garantido pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), e mais claramente na Convenção sobre os Direitos da Criança. Sendo reconhecido o direito como “as oportunidades de lazer para crianças com deficiência. De maneira que a criança atinja a mais completa integração social possível e o maior desenvolvimento cultural e espiritual”. Todos os espaços de uso comum, tanto público quanto privado, devem conter brinquedos e equipamentos de lazer, para inclusão de crianças com deficiência ou mobilidade reduzida. Devemos considerar o lazer tão fundamental quanto a saúde, a educação, a moradia, o transporte, o saneamento básico, trabalho e alimentação na vida de todos os seres humanos. Esse é um direito assegurado pela Constituição da república Federativa do Brasil, no seu art. 6°, capitulo II – Dos Direitos Sociais (Brasil, 1988). De acordo com Marcellino, 2004, p.17, O lazer não pode mais ser encarado como atividade de sobremesa ou moda passageira. Merece tratamento sério sobre suas possibilidades e riscos. Neste sentido, proponho considera-lo não como simples fator de amenização ou alegria para a vida, mas como questão mesmo de sobrevivência humana, ou melhor de sobrevivência do humano no homem. Para pessoas com deficiência física o lazer é tão importante quanto na vida de qualquer ser humano. Sendo assim pessoas com qualquer tipo de deficiência ou necessidade especial, também tem o direito da participação e atividades de lazer que a vida proporciona, pois ocupam a mente e o corpo aumentando a qualidade de vida do indivíduo. Mas ainda existem muitas barreiras que impossibilitam a participação desses indivíduos dificultando o acesso em certos lugares. As dificuldades de acesso ao ambiente escolar para deficientes motores, devido à falta de preparação para recebe-los como, rampas, portas largas e banheiros adaptados ainda é um grande aliado para exclusão escolar desses indivíduos. Para Sá (2002), a ampliação de atividades de lazer voltadas para as pessoas comdeficiência motora contribui para a interação desses indivíduos, podendo assim oferecer o hábito de convívio “entre iguais” possibilitando a socialização segregada. Na maioria dos casos as pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, devido as dificuldades de interação consequentes de suas limitações, procuram atividades passivas de lazer, o que os levam a se sentirem sozinhos, devido à falta de acesso aos espaços públicos. Pessoas com deficiência quando realizam atividades de lazer, estão promovendo para si próprio sentimentos de alegria, alívio de stress, sair da rotina e prazer, sendo esses elementos importantes para sua reabilitação. Assim para Melo e López (2020) o mesmo permite que portadores de deficiência: · Supere seus próprios limites; · Promova autoestima, autovalorização e autoimagem; · Favorece a integração social do indivíduo; · Melhora o equilíbrio estático e dinâmico; · Ganha força, flexibilidade e resistência muscular global; · Aprimora a coordenação motora global e ritmo; · Redução da agressividade; · Estimulo a independência e autonomia; · Integração social; · Descoberta e valorização das suas possibilidades, potencialidades e limitações; · Vivência de situação de sucesso e superação de situações de frustação; · Melhoria das condições organo-funcional (aparelho circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor) · Prevenção de deficiências secundárias; · Desenvolver habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária; · Manutenção e promoção da saúde e condição física. Entende –se que a base de todas as atitudes adultas está na escola. São nos primeiros anos escolares que as crianças parcialmente sem preconceitos, convivem juntas e sem qualquer tipo de obstáculo, logo quando acaba a fase escolar, compreenderão o real sentido da palavra deficiência como apenas uma diferença natural. Ainda hoje existem muitos preconceitos e olhares equivocados para pessoas com algum tipo de deficiência, determinando assim os mesmos como diferentes, problemáticos e até mesmo “coitados”. A comunidade deve aceitar as pessoas com deficiência como componentes naturais da sociedade, os próprios portadores de algum tipo de deficiência devem aniquilar os pensamentos obscuros e expor sua real condição sem medo de ser aceito ou não pelo meio social. Para que essa barreira seja derrubada, é essencial que sejam concretizadas ações possibilitando esses acessos para deficientes, e os mesmos conheçam seus direitos para que possam cobrá-los diante as autoridades, pois dessa forma toda a sociedade aceitará que se vive em comunidades constituídas por seres diferentes em suas condições físicas. III - Considerações finais O objetivo deste trabalho é mostrar a relação entre a gestão escolar e a proposta de educação inclusiva com acessibilidade a todos. A educação inclusiva exige adaptações que tenha como meta a formação dos recursos humanos, financeiros e materiais. A gestão escolar terá grande responsabilidade para que haja no ambiente escolar a inclusão, ela será responsável por abrir espaços e promover trocas de experiências, colocando em prática uma gestão democrática e participativa dentro de suas possibilidades e de acordo com a realidade da comunidade que atua favorecendo a inclusão social alicerçada no princípio da igualdade e diversidade construindo assim uma sociedade democrática e justa. IV - Referências BRASIL. Estatuto da Pessoa com Deficiência – 3.ed. – Brasília: Senado federal, Coordenação do Edições Técnicas, 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei//13146.htm. Acesso em abril 2020. GALVÃO FILHO,T. Tecnologia Assistiva: favorecendo o desenvolvimento e a aprendizagem em contextos educacionais inclusivos. In: GIROTO, C.R.M.;POKER, R. B.; OMOTE, S. (Org.). As tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. Marília/SP: Cultura Acadêmica, p. 65 – 92, 2012. 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