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2020 MED PRE 01 - MED Sistema Único de Saúde

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Telegram: @kiwifz - Site: medvideos.tech
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Diagnóstico Diferencial - Sistema Único de
Saúde
CAPs, IAPs, INPS, INAMPS, SUDS, SUS… NOBs, NOAS, UBS, PSF,
NASF, CAPS, leis, leis, leis, leis, UPA!
Caso 1
Depois de dois anos, sem sucesso, estudando para passar na
residência para dermatologia, já sem muito estímulo para
mais um ano de estudo e com dúvida sobre a escolha da
especialidade, você dá uma guinada na vida e resolve se
especializar em Medicina de Família e Comunidade. Agora
você irá trabalhar na Estratégia de Saúde da Família. A ideia
de ajudar uma população tão carente de assistência médica
vira um novo, e prazeroso, desafio para você!
Animada, você se propõe a elevar o nível de saúde do seu
território, assim como a avaliação de sua unidade no PMAQ-
AB. Com um presente de boas-vindas, você rapidamente
conquista a simpatia dos outros profissionais que logo te
entregam informações detalhadas daquele território. Sua
área de abrangência é de 2.800 pessoas. O município que
trabalha possui uma população de 10.000 habitantes, tem
mais duas equipes de saúde da família e não há atenção
secundária ou terciária.
De acordo com a situação acima, responda:
1) Você passou o fim de semana se atualizando e resolveu
aplicar o método clínico centrado na pessoa nos seus
atendimentos. Quais são as vantagens desse método e
quais são seus seis componentes?
As consultas não exigem mais tempo; melhora do controle da
hipertensão e da diabetes, bem como nos pacientes com
sintomas inespecíficos; diminuição das queixas de má prática
médica; redução dos sintomas em doenças mentais; menor
prescrição de neurolépticos; menor solicitação de exames
complementares; médicos mais satisfeitos; melhor relação
médico-paciente; melhora na adesão ao tratamento; melhora
nos desfechos neonatais; maior uso dos serviços preventivos;
melhora nos cuidados paliativos.
1) Explorando a doença e a experiência da pessoa com a
doença;
2) Entendendo a pessoa como um todo, inteira;
3) Elaborando um projeto comum de manejo;
4) Incorporando a prevenção e a promoção de saúde;
5) Fortalecendo a relação médico-pessoa; e
6) Sendo realista.
2) Seu supervisor indica que os prontuários devem seguir o
Registro Clínico Orientado por Problemas e orienta o uso
das Notas de Evolução. Que Notas você deve utilizar e qual
é o seu significado?
Notas de evolução "SOAP"
O termo SOAP é um acrônimo que indica:
"Subjetivo" (S) – motivo da consulta;
"Objetivo" (O) – dados do exame físico e exames
complementares;
"Avaliação" (A) – diagnóstico;
"Plano" (P) – condutas que serão tomadas em relação ao
problema ou necessidade avaliada.
Depois de duas semanas de serviço, a enfermeira do posto,
ainda desconfiada da sua capacidade, te entrega o gráfico
abaixo para ver a sua reação.
3) Como está a relação do paciente-índice com seus
familiares?
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Divórcio com LS, muito próxima de TVR, conflituosa com
PFG, distante de JMO.
Diagnóstico Diferencial - Sistema Único de
Saúde
Caso 2
A emoção de resolver 80-90% dos problemas de saúde e a
necessidade de seguir à risca os princípios da atenção básica
transformaram aquele ano desiludido em um novo objetivo
de vida. E assim, depois de cinco anos longe dos amigos de
faculdade e dos familiares, você resolve passar o fim de
semana prolongado na sua cidade natal. A ansiedade para
encontrar os amigos de faculdade era imensa: será que estão
bem de vida? Será que fizeram residência? Será que
engordaram, casaram? No encontro foram quase todos, tinha
o pessoal do futebol, as pegadoras, os pegadores, os NERDs, os
comunistas e até o grupo da erva.
Ao ouvir as histórias dos amigos, você ficava triste; os
dermatologistas todos bem de vida, só mexendo com
medicina estética; o pessoal da cirurgia plástica, chegando de
carro impor tado; e você caladinha, envergonhada de estar
em um fim de mundo, dirigindo o seu Chevette hatch, ano 87,
com três calotas e namorando Creisom, o motorista da
ambulância do seu município... "Ai que vontade de esganar
meu professor de preventiva" – pensava você.
Na segunda-feira, ao retornar atrasada para o trabalho,
observa o enfermeiro realizando uma consulta de uma
paciente em surto psicótico. Sem muito conhecimento no
assunto e arrependida de ter faltado as aulas de psiquiatria,
você finge que não vê e vai direto para a sua sala atender
uma queixa de "bicho-de-pé"...
1) Qual diretriz da Política Nacional de Humanização foi
respeitada quando a paciente recebeu o atendimento pelo
enfermeiro?
O princípio do acolhimento. Esse princípio não tem local nem
hora certa para acontecer, nem um profissional específico
para fazê-lo: faz parte de todos os encontros do serviço de
saúde. O acolhimento é uma postura ética que implica na
escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do
seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na
responsabilização pela resolução, com ativação de redes de
compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de
resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os
serviços de saúde.
2) Essa paciente poderia ser levada diretamente para o CAPS
sem passar pela estratégia de saúde da família?
Sim, pois o CAPS é um serviço de acesso aberto, ou seja, porta
de entrada.
3) Devido ao pequeno porte desse município, ele faz parte de
uma Região de Saúde. Segundo o decreto no 7.508 de 12
junho de 2011, quem deve ser o responsável pela sua
instituição?
Os estados, através do cronograma pactuado nas Comissões
Intergestoras.
Diagnóstico Diferencial - Sistema Único de
Saúde
Caso 3
Apesar do trabalho gratificante, a rotina, a enxurrada de
pacientes, a falta de perspectiva de crescimento e a
dependência "política" do cargo começaram a pesar mais... A
necessidade por novos desafios começou a te estimular.
Chegou a pensar em um concurso para uma outra
especialidade, mas, apesar da experiência prática maior, o
conhecimento teórico se esvaía... Seus olhos brilhavam
quando pensava na possibilidade de receber a cada consulta,
cobrando o que quisesse, em vez de um fixo no mês.
Tentando conciliar a gratidão pelo SUS e seus novos anseios,
passou a frequentar as reuniões mensais do Conselho
Municipal de Saúde, estudou a fundo a política de saúde do
Brasil, vendeu seu Chevette e suas economias e par tiu para a
medicina privada. Chegou a pensar em montar uma clínica
com outros profissionais de saúde, mas não quis competir
com o NASF-AB. Assim, com mais três colegas de profissão,
montou um bonito hospital no bairro onde começara a
trabalhar. Sua fachada de vidro refletia ao longe a fila de
pacientes no posto de saúde. Entre uma consulta, um café e
uma massagem nos pés em seu consultório chique na cober
tura do hospital, lia, sonolenta, na Lei 8.080, a
complementaridade do serviço privado no SUS.
1) Esse hospital que você pretende construir pode realizar
atendimento para o SUS? Justifique.
Sim, quando as disponibilidades de atendimento à população
forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à
população de uma determinada área, o Sistema Único de
Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela
iniciativa privada. Lembrando que as entidades filantrópicas
e as sem fins lucrativos terão preferência para participar do
Sistema Único de Saúde (SUS).
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2) Durante uma das reuniões do Conselho, discutiu-se muito
sobre o quanto (%) o município deveria aplicar na saúde…
Cite a lei específica e as obrigações de cada esfera de
governo.
EC nº 29 (2.000) - LEI COMPLEMENTAR 141 (2012), que diz o
seguinte:
UNIÃO: investimento financeiro do ano anterior + correção
do PIB;
ESTADOS: 12% das receitas vão para a Saúde;
MUNICÍPIOS: 15% das receitas vão para a Saúde.
Agora, para União, temos um ponto de modificação em
relação à Lei 141. Em 15 de dezembro de 2016 foi publicada a
EC número 95, que diz o seguinte:
I - Para o exercício de 2017, à despesa primária paga no
exercício de 2016, incluídos os restos a pagar pagos e demais
operações que afetam o resultadoprimário, corrigida em
7,2% (sete inteiros e dois décimos por cento); e
II - Para os exercícios posteriores, ao valor do limite referente
ao exercício imediatamente anterior, corrigido pela variação
do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA,
publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
ou de outro índice que vier a substituí-lo, para o período de
doze meses encerrado em junho do exercício anterior a que
se refere a lei orçamentária.
Portanto, teremos o seguinte:
Investimentos em saúde pelo Município: 15% das suas
receitas;
Investimentos em saúde pelo Estado: 12% das suas receitas;
Investimentos em saúde pela União: valor aplicado no ano
anterior corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo - IPCA.
OBS.: o Distrito Federal pode aplicar 12% ou 15% das suas
receitas.
Desafio Diagnóstico
DESAFIO_DIAGNOSTICO_MEDPRE01
Situação 1
Você acabou de ser contratado por um grande e luxuoso
hospital da sua cidade. O diretor clínico fez questão de te
contratar pessoalmente para trabalhar no pronto-socorro da
unidade , em virtude do seu excelente currículo. Hoje é o
primeiro plantão e ao chegar à entrada da emergência, um
SUSTO: tinha mais pacientes esperando do que você achava.
Crianças chorando, pacientes reclamando da demora com a
recepcionista. De sete da manhã ao meio-dia, você só atendeu
"besteirinhas". Porém, quando recolhia seus pertences do
ambulatório para o almoço, você é chamado para
atendimento de urgência. Sr. A.H., 72 anos, sexo masculino,
portador de coronariopatia crônica há aproximadamente dez
anos, apresentava quadro clínico, "elétrico" e laboratorial de
IAM. Sem hesitar, você solicitou internação na unidade
coronariana para tratamento adequado. Enquanto escrevia a
história no prontuário, a atendente do setor de internação
informou que o paciente não poderia ser internado, pois é
conveniado da operadora de saúde há cinco meses e nunca
foi conveniado a uma operadora de saúde anteriormente. Ele
possui um plano individual de cobertura parcial temporária
na modalidade cobertura hospitalar sem obstetrícia. Depois
de longa discussão entre o hospital e os familiares, foi
acordado que a família faria um cheque-caução e o paciente
seria encaminhado para a unidade coronariana.
Pergunta-se:
1) Está certo afirmar que o paciente não teria direito à
internação? Justifique.
Sim, pois o motivo da internação atual é a lesão preexistente,
que ainda está em carência. A cobertura parcial temporária
caracteriza-se por um período de até 24 meses, estabelecido
em contrato, durante o qual o consumidor não terá cobertura
para aquelas doenças e lesões preexistentes declaradas. Neste
período, pode haver exclusão da cobertura de eventos
cirúrgicos, leitos de alta tecnologia e procedimentos de alta
complexidade relacionados diretamente às doenças ou lesões
preexistentes. Os demais procedimentos para as doenças ou
lesões preexistentes (consultas e diversos exames) serão
cobertos pela operadora, de acordo com o tipo de plano
contratado, após o cumprimento dos prazos de carência.
Após os 24 meses, será integral a cobertura prevista na
legislação e no contrato.
2) Nesta situação, qual seria a melhor conduta?
Encaminhar o paciente para um serviço público, após o
atendimento inicial. Plano paga transporte.
3) O que é a carência? E por que a atendente afirmou que o
paciente teria que cumpri-la?
Carência é o período em que o consumidor não tem direito a
algumas coberturas após a contratação do plano. Porque o
mesmo é portador de lesões preexistentes. São doenças que o
consumidor ou seu responsável saiba ser portador, na época
da contratação do plano de saúde.
4) Como evitar o cumprimento da carência?
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É só adquirir como opção AGRAVO durante a contratação. É
um acréscimo no valor da mensalidade do plano de saúde do
portador de doença ou lesão preexistente. Este acréscimo
será proporcional à cobertura de eventos cirúrgicos, leitos de
alta tecnologia e procedimentos de alta complexidade
relacionados à doença ou à lesão preexistente. Para os
consumidores que tenham feito a opção de agravo, sua
cobertura médica será irrestrita. Uma outra maneira é
avaliar se o paciente possui critérios para portabilidade da
carência.
5) Qual é a cober tura do tipo de plano do senhor A.H.?
Compreende os procedimentos realizados durante a
internação hospitalar, não tendo cobertura ambulatorial.
6) A atitude de fazer o cheque-caução foi correta? Justifique.
Foi totalmente errada. É proibida a exigência de cheque-
caução ou equivalente dos consumidores de planos de saúde,
por parte dos prestadores de serviços credenciados,
cooperados ou referenciados às operadoras. O prestador que
condicionar o atendimento ao recebimento de cheque-caução
poderá ser responsabilizado criminalmente pelo seu ato, e as
denúncias recebidas pela ANS serão encaminhadas ao
Ministério Público.
Desafio Diagnóstico
Situação 2
Você continua a atender sem descansar nesse novo plantão
do hospital par ticular. No fim da tarde, chega Juninho, uma
criança de oito anos, por tador de transtorno do deficit de
atenção com hiperatividade. Ele acaba de cair de uma
mangueira e queixa-se de muita dor no braço esquerdo.
Entendendo mais sobre os planos de saúde, você pergunta à
atendente se o plano dele cobre este tipo de consulta de
urgência e a radiografia que irá solicitar. A atendente
responde que a criança possui o plano de referência de
contrato familiar há três anos. Você balança a cabeça como se
tivesse entendido o que ela disse e interpreta que não vai ter
problema em atendê-lo. Ao voltar ao atendimento, observa
uma fratura em úmero direito. Solicita a imobilização do
membro com calha gessada e marca o retorno em 30 dias.
Pergunta-se:
1) O plano de Juninho permite este tipo de atendimento?
Sim, pois trata-se de atendimento de urgência fora do período
de carência. URGÊNCIA = 24h de carência.
2) Após o retorno, você indica fisioterapia para melhor
recuperação. A operadora de saúde é obrigada a cobrir
este procedimento?
Sim, pois se trata de plano novo (contratado após 1998).
Quando indicado pelo médico assistente do consumidor, o
tratamento com fisioterapia é de cobertura obrigatória e em
número ilimitado.
Desafio Diagnóstico
Situação 3
Dona Gertrudes, 45 anos, sexo feminino, do lar, diabética,
hipertensa, com IMC de 42, vai ao seu consultório para
marcação da cirurgia para redução do estômago. Afirma que
só dieta, exercício e medicamento não adiantam para ela. Diz
que tem conseguido controlar seu apetite nos últimos meses,
e está disposta a participar do que for necessário para
conseguir a cirurgia. Possui o plano de saúde referência
individual há três anos e diz não querer gastar nada com o
procedimento.
1) O plano que ela apresenta é capaz de cobrir a cirurgia?
Sim, ela já ultrapassou a carência de 24 meses, e este
procedimento é coberto pelo plano, desde que o IMC da
paciente seja igual ou acima de 40 (sem comorbidades), ou
não importando o IMC com comorbidade que leve a risco de
vida em pacientes obesos.
2) Após seis meses da cirurgia, D. Gertrudes retorna ao
consultório. Visivelmente mais magra e mais feliz, reclama
que agora a pele do abdome está flácida, parecendo um
avental. Ela deseja retirar o excesso de pele, e mais uma
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vez não quer gastar dinheiro e pergunta se o plano
cobriria este procedimento.
Sim, no dia 2 de abril de 2008, entrou em vigor a nova versão
do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que amplia a
cobertura mínima para os beneficiários de planos de saúde. A
partir desta data, todos os planos novos (contratados após 1º
de janeiro de 1999) devem estar adaptados à Resolução
Normativa nº 167, publicada em 10 de janeiro de 2008. Entre
os novos procedimentos se encontra a dermolipectomia
(correção de abdome em avental após tratamento de
obesidade mórbida).
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
E ste é um dos temas mais importantes para a prova de
residência, com certeza estará presente em TODAS AS PROVASque você fizer pelo Brasil. Para entendê-lo, é importante
conhecer a história da saúde no Brasil, pois foi a partir de sua
mudança e evolução que chegamos na formação do SUS...
DEFINIÇÃO
Novo modelo de atenção. Integra atividades de promoção,
proteção e recuperação da saúde.
PRINCÍPIOS ÉTICOS/DOUTRINÁRIOS
● Universalização: é a garantia de atenção à saúde por
parte do sistema, a todo e qualquer cidadão.
● Integralidade: o homem é um ser integral e deverá ser
atendido com esta visão integral por um sistema de saúde
também integral, voltado a promover, proteger e
recuperar sua saúde.
● Equidade: situações diferentes merecem abordagens
diferentes.
PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS/OPERATIVOS
● Descentralização: redistribuição das responsabilidades
(município, estado, união), com maior responsabilidade
aos municípios.
● Regionalização: serviços dispostos numa área geográfica
delimitada e com a definição da população a ser atendida.
● Hierarquização: os serviços devem ser organizados em
níveis de complexidade tecnológica crescente.
● Participação social: a população participará do processo
de formulação das políticas de saúde e do controle da sua
execução, em todos os níveis, desde o federal até o local.
● Resolubilidade: o serviço tem que estar capacitado para
enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência.
● Complementariedade do setor privado: quando o setor
público não for suficiente, é necessária a contratação de
serviços privados.
Lei 8.080/90 – Determina os princípios, objetivos e
atribuições do SUS: vigilância sanitária; vigilância
epidemiológica; saúde do trabalhador; assistência
farmacêutica; atribuições; financiamento; participação da
iniciativa privada no SUS...
● Direção Nacional: define;
● Direção Estadual: coordena;
● Direção Municipal: executa.
● Atenção: a vigilância de portos, aeroportos e fronteiras é
feita pelo governo FEDERAL.
Lei 8.142/90 – Determina a participação popular e as
transferências intergovernamentais de recursos financeiros
na área da saúde. Cria os Conselhos e as Conferências de
Saúde.
● Conselhos de Saúde: 50% dos membros são usuários. São
permanentes e deliberativos. São realizados mensalmente.
● Conferências de Saúde: 50% dos membros são usuários.
São realizadas de quatro em quatro anos.
NOB 91 – Centraliza a gestão na esfera federal.
NOB 93 – Tem como objetivo organizar o processo de
descentralização. Cria as Comissões Intergestores
BIPARTITE e TRIPARTITE.
NOB 96 – Promove e consolida a municipalização. Cria o
Piso da Atenção Básica.
NOAS 2001 – Promove maior equidade na alocação de
recursos e no acesso da população às ações e serviços de
saúde em todos os níveis de atenção.
NOAS 2002 – Amplia as responsabilidades dos municípios
na Atenção Básica. Cria o PAB ampliado.
PACTO DA SAÚDE (2006)
● Pacto pela Vida: saúde do idoso; câncer de colo uterino e
mama; mortalidade infantil e materna; doenças
emergentes e endemias; promoção à saúde; atenção básica
à saúde (principalmente PSF).
● Pacto em Defesa do SUS: defesa e fortalecimento dos
princípios do SUS.
● Pacto de Gestão do SUS: fortalecer as responsabilidades
de cada município, estado e do governo federal.
PACTO PELA VIDA (2008) – Acrescenta as seguintes
prioridades ao pacto pela vida 2006: saúde do trabalhador;
saúde mental; fortalecimento da capacidade de resposta do
sistema de saúde às pessoas com deficiência; atenção
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integral às pessoas em situação ou risco de violência; e
saúde do homem. Em 2011 foi acrescentada a saúde bucal.
Financiamento – Maior fonte de recursos ao SUS são a
contribuição sobre o faturamento (COFINS), os recursos da
seguridade social e a Contribuição Sobre o Lucro Líquido
(CSLL).
Lei Complementar 141 (antiga EC nº 29/2000) –
Determinou a vinculação e estabeleceu a base de cálculo e
os percentuais mínimos de recursos orçamentários que a
União (de acordo com o PIB), os estados (12% da receita),
Distrito Federal e municípios (15% da receita) são obrigados
a aplicar em ações e serviços públicos de saúde. Depois de
quase 12 anos, em 13 de janeiro de 2012, foi aprovada pela
presidente Dilma através da lei complementar número 141.
Emenda Constitucional nº 95, de 15 de dezembro de 2016
(a famosa PEC do teto dos gastos públicos) – Modificou o
percentual mínimo de investimento em saúde pela União da
seguinte maneira:
I - Para o exercício de 2017, à despesa primária paga no
exercício de 2016, incluídos os restos a pagar pagos e
demais operações que afetam o resultado primário,
corrigida em 7,2% (sete inteiros e dois décimos por
cento); e
II - Para os exercícios posteriores, ao valor do limite
referente ao exercício imediatamente anterior, corrigido
pela variação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA, publicado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, ou de outro índice
que vier a substituí-lo, para o período de doze meses
encerrado em junho do exercício anterior a que se refere
a lei orçamentária.
REDES E PROGRAMAS
● Rede de Atenção às Urgências e Emergências (SAMU e
UPA);
● Programa Farmácia Popular do Brasil (gratuitamente
medicamentos para asma, HAS e diabetes);
● Rede Cegonha (quatro componentes: Pré-Natal, Parto e
Nascimento, Puerpério e Atenção Integral à Saúde da
Criança, e Sistema Logístico – Transporte Sanitário e
Regulação.);
● Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) tem os seguintes
serviços: CAPS, SRT, PVC, Leitos de Atenção Integral em
Álcool e Outras Drogas, e ERD;
● Saúde Mais Perto de Você (programa da atenção básica
com os seguintes componentes: Brasil Sorridente, ESF
Academia da Saúde, Melhor em Casa, Consultório na Rua,
PMAQ, Programa Saúde na Hora);
● Programa Telessaúde Brasil Redes, HumanizaSUS,
Programa Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares.
INTRODUÇÃO
Entendendo a História...
Há décadas, o atendimento em serviços médicos era bem
diferente do atual. Os serviços de saúde tinham que ser
comprados, ou seja, quem tinha dinheiro era atendido por
médicos particulares e quem não tinha era atendido em
entidades filantrópicas, como as Santas Casas. Não existia o
sistema público que temos hoje, ao qual toda a população tem
acesso.
CAPS (Caixas de Aposentadorias e Pensões: 1923-1933)
A partir da década de 20, os funcionários de empresas
começaram a depositar parte de seu salário (3%) em fundos,
para que um dia, caso precisassem de recursos financeiros para
cuidar de sua saúde, tivessem de onde tirar. Além disso, esse
dinheiro também serviria para o pagamento de suas
aposentadorias. Esses fundos eram chamados de CAIXAS DE
APOSENTADORIAS E PENSÕES (CAPS), financiadas de forma
tripartite, pelos empregados, empresas e Governo. Eram
organizadas por empresas ou categorias profissionais e
acabavam excluindo muitos segmentos da população. Embora
fossem reguladas pelo Estado, o rápido crescimento do sistema
de caixas não permitiu ao Governo controlar o seu
funcionamento, especialmente ao longo do fim da República
Velha (anos 20). Neste momento, o Estado quase não possuía
fiscalização das ações da sociedade civil.
VIDEO_01_MEDPRE01
IAPS (Institutos de Aposentadorias e Pensões: 1933-1966)
Na década seguinte (1930), ocorreram muitas mudanças, como a
crise dos anos 30 e a revolução de Getúlio Vargas. Essas
mudanças provocaram o aumento do centralismo estatal. Os
setores de saúde e da previdência não ficaram de fora. A
estrutura das CAPs foi então acrescida dos Institutos de
Aposentadorias e Pensões (IAPs), autarquias centralizadas no
Governo Federal e supervisionadas pelo Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio. Os IAPs, organizados por ramos de
atividade, acabaram absorvendo a maioria das CAPs, restando
poucas até os anos 60. Foram criados os institutos marítimos
(IAPM), comerciários (IAPC), bancários (IAPB), de estiva e
transporte de cargas (IAPTEC) e de industriários (IAPI). Nos anos
40, o último desses institutos foi criado – o dos servidores do
Estado. Como os IAPs tinham muito dinheiro em caixa (ninguém
estava se aposentando...), foi permitido que eles usassemparte
deste dinheiro com a ajuda federal para a construção de
grandes hospitais. Houve, então, a criação dos hospitais dos
bancários, dos comerciários, dos industriários...
Durante os anos 40 e 50, a assistência médica prestada pelas
CAPs e IAPs aos trabalhadores formais era a única disponível.
Os Estados e Municípios não dispunham de serviços de
assistência médica adequados às necessidades de sua
população, salvo raras exceções. Estabelecimentos filantrópicos
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davam assistência às famílias pobres e indigentes, e a Saúde
Pública (que na época focava no combate às doenças
transmissíveis, endemias e programas específicos) ficava a
cargo do Ministério da Educação e Saúde (MESP) e,
posteriormente, do Ministério da Saúde (MS).
A assistência médica prestada pelos IAPs apresentava alguns
problemas, como a excludência. Muitos trabalhadores formais,
bem como os rurais e os do setor informal urbano, não
pertenciam aos ramos de atividade ou de categorias
profissionais cobertos pelos IAPs e pela estrutura remanescente
das CAPs.
A excludência e outras deficiências levaram à unificação das
estruturas de assistência médica dos IAPs.
INPS (Instituto Nacional de Previdência Social: 1966-1977)
O golpe militar de 1964 e o Governo autoritário que se instituiu
criaram condições propícias para alterar o sistema de
previdência social e de assistência médica. Em 1967 foi feita a
reforma previdenciária, unificando cinco dos seis IAPs num
único instituto – o Instituto Nacional de Previdência Social
(INPS). O sobrevivente instituto de aposentadorias e pensões dos
servidores do estado (Ipase) foi extinto nos anos 80 e suas
estruturas de assistência médica foram incorporadas ao INPS.
O INPS passou a ser responsável pela assistência médica de
todos os trabalhadores formais, que contribuíam com 8% de
seus salários, adicionados dos 8% da folha de salário das
empresas, independentemente do ramo de atividade ou da
categoria profissional. Também estavam cobertos os
trabalhadores autônomos ou empregadores que contribuíssem
em dobro para o INPS (16% de sua renda básica). Essa
ampliação na cobertura causou problemas para as instituições
de assistência médica da previdência. Os estabelecimentos
antigos (dos IAPs) não comportavam essa nova clientela (do
INPS). Foi necessário não apenas aumentar as instalações, como
também contratar uma rede de estabelecimentos privados que,
através de processos de compra e venda de serviços médicos,
passariam a integrar a rede de assistência do INPS.
O setor privado não tinha rede de atendimento suficientemente
grande. Seria necessário ampliá-la para dar conta da nova
demanda. Boa parte da expansão da rede foi financiada com
recursos públicos, ou seja, o Governo militar financiou a criação
de novos hospitais para a iniciativa privada com intuito
posterior de compra de serviços médicos (o que causou
inúmeras fraudes, pois os hospitais cobravam do Governo
serviços não praticados...). Também nesta época, os militares
começaram a usar o dinheiro do INPS para outros objetivos, que
não a saúde e a previdência. Começaram a ser realizadas
grandes obras, como a ponte Rio-Niterói, a hidrelétrica de Itaipu
e a rodovia Transamazônica. E chegávamos à seguinte situação:
fraudes contra o INPS, pessoas se aposentando e obras
faraônicas. Conclusão: o dinheiro acabou!!! E o INPS faliu...
INAMPS (Instituto Nacional da Assistência Médica e
Previdência Social: 1977-1993)
Para tentar enfrentar o problema que se instalou, o Governo
cria o INAMPS ou INSTITUTO NACIONAL DA ASSISTÊNCIA
MÉDICA E PREVIDÊNCIA SOCIAL. Uma de suas ações foi criar
um teto para pagamento de serviços médicos prestados pelos
hospitais. Por exemplo: "a partir de agora, para o seu hospital,
só pagaremos 30 radiografias de tórax por mês, 20
apendicectomias, 100 curativos..." O que aconteceu depois? Os
hospitais começaram a diminuir a margem de lucro, em uma
medicina cada vez mais cara. O que fizeram eles? Quando batia
a cota de radiografias, para não perder dinheiro, inventavam
outros procedimentos que ainda não tinham batido a cota, para
poder custear procedimentos que não seriam pagos, ou seja,
criavam estratégias para continuar recebendo dinheiro e
contribuíam para a situação de falência da previdência.
Mas por que o INAMPS acabou? Seguindo a mesma lógica
adotada no período do autoritarismo do INPS, o setor privado
continuou sendo privilegiado. Nesse sentido, o INAMPS
patrocinou de forma substancial a expansão desse setor, através
de empréstimos e recursos da população. Foi uma "festa" com o
dinheiro público, culminando na sua falência.
E o Ministério da Saúde?
De tudo que foi dito, você notou que o Ministério da Saúde
praticamente não foi citado? Nesta época não existia
Ministério da Saúde? Existia (foi criado em 1953), mas estava
restrito a algumas medidas preventivas, como vacinação,
controle de epidemias e saneamento básico (Modelo Sanitário).
A parte curativa (hospitais) estava com o Ministério da
Previdência Social (Modelo Privatista).
VIDEO_02_MEDPRE01
Portanto, neste momento da história, tínhamos os seguintes
problemas:
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Percebendo esses problemas, uma mudança se fazia necessária.
Sendo assim, a sociedade, composta por médicos, estudantes e
demais profissionais de saúde, resolveu propor uma reforma, a
chamada REFORMA SANITÁRIA.
REFORMA SANITÁRIA
Iniciada na década de 1970, a Reforma Sanitária Brasileira teve
grande participação popular e de movimentos sindicais. Teve,
também, amplo apoio político.
● Propostas:
● Universalizar o direito à saúde;
● Integrar as ações curativas e preventivas;
● Descentralização administrativa;
● Promover a participação e o controle social.
Como começaram a colocar as propostas em ação?
● Plano CONASP e as Ações Integradas de Saúde:
● Estratégia importante rumo à universalização, integração e
racionalização dos serviços públicos de saúde.
● VIII Conferência Nacional de Saúde (1986):
● LEMA: Saúde, direito de todos, dever do Estado;
● Reforçaram as propostas de universalização, unificação do
sistema, integralidade das ações, descentralização e
participação popular. Tinha como objetivo final a criação do
Sistema Único de Saúde.
● Criação do SUDS (1987
● Serviço Único e Descentralizado de Saúde → retirar o poder
centralizador do Governo Federal. Foi a última etapa para a
formação do SUS.
Veja algumas questões:
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2018
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP-SP
O Sistema de Saúde brasileiro está organizado no Sistema
Único de Saúde (SUS) desde 1988, fruto de um movimento
denominado Reforma Sanitária. Qual das alternativas abaixo
está CORRETA com relação à Reforma Sanitária brasileira e
suas implicações para o SUS?
a) Na Reforma Sanitária brasileira, os partidos políticos e suas
disputas monopolizaram o movimento
b) A criação do SUS foi fruto de pressões de organizações
internacionais, como a OMS, devido à sua estratégia "Saúde
para todos no ano 2000".
c) Uma característica fundamental da Reforma Sanitária
brasileira é o fato de ela ter sido conduzida pela sociedade
civil.
d) O subfinanciamento do SUS é consequência da condução da
Reforma Sanitária brasileira por organizações externas ao
setor saúde.
R. Letra A: o movimento de Reforma Sanitária foi conduzido
pela sociedade civil, muito embora tenha tido amplo apoio
político e de movimentos sindicais. INCORRETA. Letra B: a
criação do SUS foi fruto das discussões presentes na 8ª
Conferência Nacional de Saúde. E, esta última, foi
consequência direta da Reforma. INCORRETA. Letra C: como
dito na letra A, CORRETA. Letra D: item para confundir. O
financiamento do SUS não tem qualquer relação com a
Reforma Sanitária. INCORRETA.
Resposta: letra C.
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RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA DO PARANÁ – HCV-PR
Aponte entre as alternativas abaixo aquela que corresponde
ao INPS – Instituto Nacional de Previdência Social:
a) Essa estrutura, ao atuar em saúde, foi uma grande
compradora de serviços privadosde saúde e, dessa forma,
um estímulo a um padrão de organização da prática médica
orientada pelo lucro.
b) O INPS, ao ofertar serviços de saúde, atuou no sentido da
desaceleração do crescimento do atualmente chamado setor
suplementar em saúde.
c) As ações em saúde promovidas por esse instituto
permitiram a organização da prática médica em moldes
mais equitativos, na medida em que priorizou a clientela
trabalhadora.
d) A criação do Inamps – Instituto Nacional de Assistência
Médica da Previdência Social – representou um passo
importante na separação da saúde da previdência social.
e) A ampliação da cobertura da assistência médica no âmbito
do INPS teve como consequência o fortalecimento do
Ministério da Saúde e a passagem do Inamps para esse
ministério após a redemocratização do país.
R. Vamos pelas alternativas:
Letra A: correta. Você acabou de ver isso no texto anterior
sobre o INPS;
Letra B: incorreta, pois sua maneira de agir, "vendendo"
serviços médicos para o SUS, é muito semelhante a como o
setor suplementar vende seus produtos para a população
segurada pelos planos;
Letra C: incorreta, pois justamente por priorizar só uma parte
da população (os trabalhadores) deixava de fora todo o resto...;
Letra D: incorreta, pois o INAMPS continuava sob controle da
previdência social. Olha o nome dele: Instituto Nacional de
Assistência Médica da Previdência Social;
Letra E: incorreta, pois o Ministério da Saúde ainda tinha
pouca importância e o INAMPS pertencia a Previdência Social.
Resposta: letra A.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012
FACULDADE DE MEDICINA DO ABC – ABC – SP
Antes da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), havia
dois Ministérios que eram responsáveis pelos serviços de
saúde no Brasil. Os serviços hospitalares que atendiam os
trabalhadores do mercado formal eram administrados pelo:
a) Ministério da Saúde.
b) Ministério do Trabalho.
c) Ministério da Previdência e Assistência Social.
d) Ministério da Educação.
R. Lembrando do que acabou de ser dito...
O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que surgiu
em 1966, após a unificação dos Institutos de Aposentadorias e
Pensões (IAPs), caracterizou-se pela maior participação do
Estado, através do Ministério da Previdência e Assistência
Social, na assistência à saúde e previdência dos trabalhadores
do mercado formal, o que antes era proporcionado pela
empresa na qual trabalhavam, situação na qual os
trabalhadores possuíam maior participação nas decisões.
Ou seja, no período anterior à implementação do Sistema
Único de Saúde, as ações da previdência e da saúde eram
unificadas e administradas pelo Ministério da Previdência e
Assistência Social. A assistência médico-hospitalar era
prestada pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da
Previdência Social (INAMPS).
O Movimento da Reforma Sanitária, ocorrido no final dos anos
70, veio antecipar essas mudanças, e propor uma reforma na
saúde, o que constitui o próprio SUS. Resposta certa: letra C.
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RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE – SES-RJ
"Muitas foram as conquistas nestes mais de 20 anos de criação
do Sistema Único de Saúde (SUS). Saímos de uma estrutura que
atendia apenas 30 milhões de filiados à Previdência Social
para outra, de recorte universal, que atende 190 milhões de
brasileiros."
Esta afirmativa do Ministro José Gomes Temporão, em
editorial publicado em 29 de setembro de 2009, fala de
mudanças significativas na Política de Saúde. A estrutura
extinta corresponde a:
a) Distritos sanitários.
b) Institutos dos trabalhadores.
c) Postos de assistência médica.
d) Unidades de pronto atendimento.
R. Depois do texto contando a história do SUS, fica muito fácil
essa questão. A estrutura extinta foi a dos institutos dos
trabalhadores. Acabou com a assistência médica
previdenciária restrita aos trabalhadores com carteira
assinada, e foi criado o atendimento universal e gratuito.
Resposta: letra B.
Observe a questão abaixo, também do SES-RJ 2011 (continuação
da questão anterior), que confundiu muita gente boa:
A criação do SUS foi definida, inicialmente, por:
a) Decreto-lei.
b) Medida provisória.
c) Norma operacional.
d) Texto constitucional.
R. Essa questão quer saber quem definiu a criação do SUS.
Medida provisória e norma operacional são rapidamente
excluídas. A grande dúvida ficou entre decreto-lei ou texto
constitucional. O SUS foi definido pela Constituição Federal,
TÍTULO VIII – DA ORDEM SOCIAL; CAPÍTULO II – SEÇÃO II, DA
SAÚDE – ARTIGOS 196; 197; 198. A Lei 8.080 de 1990 (Lei
Orgânica da Saúde – que você verá mais a frente) não define a
criação do SUS e sim regula as ações e serviços de saúde.
Portanto, resposta: letra D.
O SUS
O que é o SUS?
Em 1988, a nova Constituição Brasileira cria o Sistema Único de
Saúde (SUS). Trata-se de "uma nova formulação política e
organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de
saúde.
ATENÇÃO: o SUS não é um sucessor do INAMPS ou do SUDS. Ele
é um novo sistema de saúde!!!
Muito cuidado! O movimento da Reforma Sanitária Brasileira
impulsionou e facilitou a criação do SUS, mas o mesmo foi
estabelecido pela Constituição Federal de 1988, e regulamentado
pelas Leis Orgânicas de Saúde 8.080/90 e 8.142/90, além de
outras Leis que o mantêm atualizado com os novos problemas
que surgem.
Por que sistema único?
Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princípios
organizativos em todo o território nacional, sob a
responsabilidade das três esferas autônomas de Governo
(federal, estadual e municipal). Assim, o SUS não é um serviço
ou uma instituição, mas um sistema que significa um conjunto
de unidades, de serviços e de ações que interagem para uma
mesma finalidade. Esses elementos integrantes do sistema
referem-se, ao mesmo tempo, a: atividades de promoção,
proteção e recuperação da saúde.
Problemas e soluções para implantação do SUS:
● Termina com o acesso restrito → todos os cidadãos brasileiros
têm direito a acesso à saúde pública → UNIVERSALIZAÇÃO;
● Ênfase na cura, onde todos os municípios eram tratados da
mesma maneira, independentemente dos seus problemas →
agora a cura e a prevenção têm que estar juntas, as ações têm
que ser integradas e de acordo com os problemas de cada
município → INTEGRALIDADE;
● O Brasil era visto como um bloco, ninguém se importava com
as diferenças individuais e regionais → mas o país tem
grandes diferenças, essa visão precisava ser mudada → "cada
um é diferente de cada um", cada região necessita de cuidados
diferenciados e o objetivo final é que o Brasil fique mais
equilibrado, mais igualitário, diminuindo a heterogeneidade
→ EQUIDADE;
● Saúde centralizada → agora o município é que deve ditar as
regras, pois é ele que melhor conhece os seus problemas →
DESCENTRALIZAÇÃO;
● Os indivíduos procuravam os hospitais para atendimento
básico → agora, primeiro, vamos ao posto de saúde (90% dos
problemas são resolvidos nele); se houver necessidade de
maior complexidade, iremos ao hospital →
HIERARQUIZAÇÃO;
● O povo não palpitava, poucos decidiam → o povo tem direito
de participar, pois ele é o maior interessado, é ele que "sofre"
→ PARTICIPAÇÃO SOCIAL.
Você percebeu que, pelas soluções propostas do SUS, entram os
conceitos básicos que sempre caem em provas. Portanto, vamos
repetir a seguir de maneira direta e simplificada esses
conceitos:
Princípios éticos/doutrinários
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Princípios organizacionais/operativos
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Veja as questões que todo ano aparecem nos concursos..
RESIDÊNCIA MÉDICA - 2019
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – UNESP
A Secretaria de Saúde de um município estabelece que no
acesso a consultas e exames especializados deva ser dada
prioridade a usuários de menor renda e que não disponham
de plano de saúde privado. Tal determinação está em
desacordo ao seguinte princípio do SUS, disposto na Lei
Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 1990):
a) Igualdade.
b) Universalidade.
c) Integralidade.
d) Impessoalidade.
R. Reparem que maldade! O princípio visto aquié o da
equidade! Mas repare como nessa situação esse princípio vai
de encontro ao princípio da IGUALDADE presente na Lei 8.080.
Vai ver foi por isso que os documentos posteriores passaram a
desconsiderar o princípio da igualdade e passaram a incluir a
EQUIDADE como princípio do SUS.
Resposta: letra A.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2018
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNICAMP UNICAMP –
SP
Em uma cidade constatou-se que determinados tipos de câncer
eram diagnosticados precocemente, porém o tempo para o
acesso à atenção especializada era longo demais para
possibilitar a sobrevida possível para a doença. O princípio do
SUS desrespeitado é o da:
a) Equidade.
b) Regionalização.
c) Integralidade
d) Universalidade.
R. Em uma suposta cidade, alguns tipos de câncer eram
diagnosticados precocemente. Entretanto, o acesso a um nível
secundário ou terciário de assistência é tão lento que o
paciente evolui a óbito antes.
Ou seja, o diagnóstico consegue ser feito, mas o tratamento
não! Em resumo, é fato que estes pacientes não estão sendo
atendidos de maneira integral.
Resposta: letra C.
SAIBA MAIS
Cuidado para não confundir equidade com igualdade. Existe o
princípio do SUS da igualdade, que inclusive está citado na Lei
8.080/90. Ele afirma que deve existir igualdade da assistência à
saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie, ou
seja, não diferenciar por classe social, sexo, cor da pele...
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RESIDÊNCIA MÉDICA – 2017
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP-SP
Qual princípio do Sistema Único de Saúde (SUS) possibilita que
o atendimento à paciente idosa seja priorizado em relação à
paciente jovem adulta?
a) Universalidade.
b) Nenhum.
c) Hierarquização.
d) Equidade.
R. Questão direta. Se estamos priorizando um grupo por ser
mais vulnerável, estamos utilizando o princípio da equidade,
no qual situações diferentes merecem abordagens diferentes.
Resposta: letra D.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – UNAERP – SP
O Princípio do SUS, que rompeu com o modelo de saúde
excludente, em que somente os contribuintes da previdência
social tinham direito à assistência à saúde, foi o da:
a) Universalidade
b) Equidade.
c) Integralidade.
d) Resolubilidade.
e) Hierarquização
R. Rompeu com a saúde excludente, ou seja, todos têm acesso
agora. Só pode ser a UNIVERSALIDADE. Resposta: letra A.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2013
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO – UERJ
A Constituição da República Federal do Brasil promulgada em
1988 estabeleceu o Sistema Único de Saúde (SUS) com o
objetivo de melhorar a atenção à saúde no país. Sua
construção foi baseada em um conjunto de princípios
doutrinários e organizativos. São diretrizes ou princípios que
regem a organização do SUS:
a) Universalidade e equidade.
b) Modelo assistencial e integralidade.
c) Descentralização e participação popular.
d) Desospitalização e reordenação pela APS.
R. Questão sem problemas. Os princípios organizacionais do
SUS estão na alternativa C.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – UFRJ
Dados dos Suplementos Saúde da Pesquisa Nacional de
Amostra por Domicílio (PNAD) indicam que as desigualdades
sociais no acesso aos serviços de saúde foram reduzidas. Este
resultado reflete melhorias relacionadas ao princípio do SUS
de:
a) Universalidade.
b) Equidade.
c) Regionalização.
d) Descentralização.
R. Sem problemas, não é? Se estamos diminuindo
desigualdades, estamos tratando com equidade. Resposta: letra
B.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP-SP
Segundo o Ministério da Saúde, em 2003, mais da metade das
mulheres com 50 anos ou mais de idade não tinha sido
submetida à mamografia nos dois últimos anos. Qual princípio
básico do SUS está sendo negligenciado nesta situação?
a) Primeiro contato.
b) Integralidade.
c) Descentralização do atendimento.
d) Hierarquização.
R. Quando mais da metade das mulheres brasileiras deixam de
fazer a mamografia, a visão INTEGRAL à saúde, com ênfase no
diagnóstico precoce, é prejudicada. Portanto, resposta: letra B.
EVOLUÇÃO DO SUS
Como foi a evolução do SUS?
Boa pergunta! Imagine só, o MUNICÍPIO até então recebia
ordens e agora passa a ser o GESTOR PRINCIPAL. Como é ele
quem manda, ele deve receber dinheiro para realizar os
pagamentos, pois é ele quem vai realizar a compra de materiais
e contratar profissionais.
Agora, será que os mais de 5.000 municípios brasileiros estavam
preparados para isso? É claro que não. Então, nesse momento,
foram criadas leis para estabelecer exatamente como o SUS
deveria funcionar.
LEI 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990
VIDEO_04_MEDPRE01
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"Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências."
● Em outras palavras, determina os princípios, objetivos e
atribuições do SUS: princípios; vigilância sanitária; vigilância
epidemiológica; saúde do trabalhador; assistência
farmacêutica...
A Lei é enorme (na versão digital desta apostila ela foi colocada
na íntegra).
"Eu tenho que decorar tudo??" Calma!!! Essa lei determina
quase tudo do SUS, e você já sabe bastante coisa. Seguem abaixo
os principais pontos para a memorização (observe bem os
comentários das questões)... Mas se quiser memorizar tudo,
melhor para você...
Obs.: ela não foi colocada na íntegra, na versão digital, para
ocupar espaço. Dê pelo menos uma lida para se situar melhor
no tema. Agora iremos colocar várias questões para você ter
ideia do que eles mais cobram em provas.
● A Lei 8.080 estabelece o seguinte:
Cabe à direção:
A Direção Nacional pode EXECUTAR?
O setor privado pode participar?
E ainda acrescenta algumas definições importantes, como:
Vigilância Sanitária
● É um conjunto de ações capaz de ELIMINAR, DIMINUIR ou
PREVENIR riscos à saúde e de intervir nos problemas
SANITÁRIOS decorrentes do meio ambiente, da produção e da
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da
saúde, controlando:
● Os bens de consumo que direta ou indiretamente se
relacionam com a saúde, compreendidas todas as etapas e
processos, da produção ao consumo;
● A prestação de serviços que se relacionam direta ou
indiretamente com a saúde.
Vigilância Epidemiológica
● É um conjunto de ações que proporcionam o CONHECIMENTO,
a DETECÇÃO ou a PREVENÇÃO de qualquer mudança nos
fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas
de prevenção e controle das doenças ou agravos.
Saúde do Trabalhador
● É um conjunto de atividades que se destina, através das áreas
de vigilância epidemiológica e da vigilância sanitária, a
promover e a proteger a saúde dos trabalhadores, assim como
visa à recuperação e à reabilitação da saúde daqueles que se
encontram submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA DO PARANÁ – HCV-PR
Segundo a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, é atribuição
da direção nacional do Sistema Único de Saúde:
a) Gerir hemocentros e laboratórios públicos.
b) Executar serviços de saúde do trabalhador.
c) Gerir os serviços de saúde do Distrito Federal.
d) Formar consórcios administrativos intermunicipais.
e) Controlar e fiscalizar produtos de interesse para a saúde.
R. Pelas alternativas:
Letra A: atribuição municipal;
Letra B: atribuição municipal;
Letra C: atribuição do DF (que são as atribuições dos estados e
municípios);
Letra D: atribuição municipal;
Letra E: correta. Resposta: letra E.
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RESIDÊNCIA MÉDICA – 2013
FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS – FMC – RJ
Conforme a Lei Orgânica da Saúde, Lei 8.080, relacione as
competências da coluna da direita aos níveis de governo da
coluna da esquerda.
1. Direção nacional do SUS.
2. Direção estadual do SUS.
3. Direção municipal do SUS.
( ) Define e coordena o sistema de vigilância epidemiológica.
( ) Promove a descentralização,para os municípios, dos
serviços e ações de saúde.
( ) Estabelece normas e executa a vigilância sanitária de
portos, aeroportos e fronteiras.
( ) Controla e fiscaliza os serviços privados de saúde. Assinale a
alternativa que apresenta a numeração CORRETA da coluna
da direita, de cima para baixo.
a) 1 - 2 - 3 - 2.
b) 1 - 2 - 1 - 3.
c) 2 - 1 - 3 - 3.
d) 3 - 2 - 1 - 2.
e) 2 - 3 - 1 - 3.
R. Vamos lá:
Quem DEFINE e coordena o sistema de vigilância
epidemiológica é a direção NACIONAL;
Quem promove a DESCENTRALIZAÇÃO, para os MUNICÍPIOS,
dos serviços e ações de saúde é a direção ESTADUAL;
Quem estabelece normas e executa a vigilância sanitária de
PORTOS, AEROPORTOS E FRONTEIRAS é a direção NACIONAL;
Quem controla e fiscaliza os serviços privados de saúde é a
direção MUNICIPAL.
Portanto, resposta: letra B.
Lei 8.142, de 28 de Dezembro de 1990
"Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do
Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e
dá outras providências."
Lei complementar à Lei 8.080.
VIDEO_05_MEDPRE01
● É a lei que fala sobre a participação popular e os gastos do SUS.
● Determina a participação popular e as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da
saúde.
Quanto à participação popular:
● Cria os Conselhos e as Conferências de Saúde.
Quanto a transferências intergovernamentais de recursos
financeiros:
● Cria a transferência REGULAR e AUTOMÁTICA do Fundo
Nacional para os Fundos de Saúde correspondentes (ver
abaixo), de acordo com o número de habitantes (até então os
municípios, que eram apenas servidores, recebiam de acordo
com a produção).
Para receberem os recursos, os Municípios, os Estados e o
Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária;
III - Plano de saúde;
IV - Relatórios de gestão que permitam o controle;
V - Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo
orçamento;
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e
Salários (PCCS).
Atenção para estes dois conceitos que vêm a seguir, pois são
exaustivamente cobrados em provas!!!!
O que são Conselhos de Saúde?
São formados por representantes do Governo, prestadores de
serviços, profissionais de saúde e usuários, sendo que estes
últimos detêm 50% dos membros (representação dos usuários
paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos). Atuam
no controle da execução da política de saúde, inclusive nos
aspectos econômicos e financeiros. São PERMANENTES E
DELIBERATIVOS e se reúnem uma vez por mês. Indicam e
nomeiam gestores dos serviços de saúde pertencentes ao SUS.
O que são as Conferências de Saúde?
As Conferências de Saúde são realizadas de quatro em quatro
anos (podendo haver convocações extraordinárias pelos
conselhos ou pelo poder executivo), com representantes dos
vários segmentos sociais, com o objetivo de avaliar a situação da
saúde e propor as diretrizes para a formulação das políticas de
saúde. Assim como os Conselhos, a representação dos usuários
será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
ATENÇÃO
Os conselhos se reúnem uma vez por mês!!
50% dos membros são os usuários!!
ATENÇÃO
Realizadas de quatro em quatro anos!!
50% dos membros são os usuários!!
Telegram: @kiwifz - Site: medvideos.tech
Obs.: junto com a Lei 8.080/90 são consideradas as Leis
Orgânicas da Saúde.
Obs.: o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
(CONASEMS) terão representação no Conselho Nacional de
Saúde.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2018
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARANÁ – AMP – PR
A participação social no Sistema Único de Saúde, prevista na
Constituição Federal de 1988, foi regulamentada pela Lei nº
8.142/90, com a obrigatoriedade dos Conselhos de Saúde, cuja
composição foi melhor definida pela Resolução 333 do
Conselho Nacional de Saúde em 2003. Em uma cidade de
médio porte o Conselho de Saúde composto por 24 membros,
deve ter a seguinte composição por setor representado:
a) Governo – 6; prestador de serviço privado – 6; profissionais
de saúde – 6 e usuários – 6.
b) Governo – 12; prestador de serviço privado – 3; profissionais
de saúde – 3 e usuários – 6.
c) Governo – 3; prestador de serviço privado – 3; profissionais
de saúde – 6 e usuários – 12.
d) Prestador de serviço público – 6; prestador de serviço
privado – 6; profissionais de saúde – 6 e usuários – 6.
e) Prestador de serviço público – 6; prestador de serviço
privado – 3; profissionais de saúde – 3 e usuários – 12.
R. Muito bem, a resposta só pode ser a letra C ou E, pois
contêm metade usuário e metade o resto. Mas agora, qual
marcar? Como visto anteriormente, segundo a resolução 333,
têm-se: 25% de trabalhadores e 25% de representação de
governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou
sem fins lucrativos. Portanto, 12 que devem ser divididos
metade trabalhadores e metade governo e prestadores
privados, ou seja: governo – 3; prestador de serviço privado –
3; profissionais de saúde – 6.
Resposta: letra C.
SAIBA MAIS
1 - Cuidado com a Resolução 333/2003 do Conselho Nacional de
Saúde!!! Ela diz que para manter o equilíbrio dos interesses
envolvidos, a distribuição das vagas é paritária, ou seja, 50%
de usuários (entidades e movimentos representativos de
usuários) e 50% do "resto". Só que esses outros participantes
("o resto") devem ser o seguinte: 25% de trabalhadores e 25%
de representação de governo e prestadores de serviços
privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
2 - Em 10 de maio de 2012, foi aprovada a Resolução No 453. Ela
serviu para a instituição, reformulação, reestruturação e
funcionamento dos Conselhos de Saúde. Seus pontos
principais são:
● A participação de órgãos, entidades e movimentos sociais
terá como critério a representatividade, a abrangência e a
complementaridade do conjunto da sociedade, no âmbito
de atuação do Conselho de Saúde. De acordo com as
especificidades locais, aplicando o princípio da paridade,
serão contempladas, dentre outras, as seguintes
representações:
a) Associações de pessoas com patologias;
b) Associações de pessoas com deficiências;
c) Entidades indígenas;
d) Movimentos sociais e populares, organizados (movimento
negro, LGBT...);
e) Movimentos organizados de mulheres, em saúde;
f) Entidades de aposentados e pensionistas;
g) Entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais,
confederações e federações de trabalhadores urbanos e
rurais;
h) Entidades de defesa do consumidor;
i) Organizações de moradores;
j) Entidades ambientalistas;
k) Organizações religiosas;
l) Trabalhadores da área de saúde: associações,
confederações, conselhos de profissões regulamentadas,
federações e sindicatos, obedecendo as instâncias
federativas;
m) Comunidade científica;
n) Entidades públicas, de hospitais universitários e hospitais
campo de estágio, de pesquisa e desenvolvimento;
o) Entidades patronais;
p) Entidades dos prestadores de serviço de saúde; e
q) Governo.
● Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou em
atividade no Município, caberá ao Conselho Estadual de
Saúde assumir, junto ao executivo municipal, a convocação
e a realização da Conferência Municipal de Saúde, que terá
como um de seus objetivos a estruturação e composição do
Conselho Municipal. O mesmo será atribuído ao Conselho
Nacional de Saúde, quando não houver Conselho Estadual
de Saúde constituído ou em funcionamento;
● As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão
remuneradas;
● A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo,
representação do Poder Judiciário e do Ministério Público,
como conselheiros, não é permitida nos Conselhos de
Saúde;
● O presidente do Conselho deve ser eleito entre os seus
membros, em reunião plenária.
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RESIDÊNCIA MÉDICA – 2016
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO – UNAERP – SP
Em relação às Conferências de Saúde, podemos afirmar que:
a) Devem ser realizadas a cada dois anos.
b) Devemser convocadas pelo poder executivo.
c) Foram regulamentadas pela Lei 8.080.
d) Sua organização e normas devem ser aprovadas pelo
CONASS.
e) Têm caráter deliberativo.
R. A Lei 8.142 de 1990 determinou a participação popular no
SUS através dos Conselhos e Conferências de Saúde. A questão
versa sobre as Conferências que avaliam a situação da saúde,
propondo diretrizes. São realizadas de quatro em quatro anos
com 50% de usuários, 25% de trabalhadores e 25% de
prestadores. Podem ser convocadas pelos Conselhos de Saúde
ou pelo Poder Executivo. Melhor resposta, portanto: letra B.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS – HUGV – AM
A participação social faz parte da trajetória de construção do
sistema de saúde brasileiro. Referente aos Conselhos de Saúde
(CS) assinale a CORRETA:
a) O CS é uma instância colegiada, consultiva e permanente do
Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera de Governo.
b) Na composição do CS, o segmento de usuários não
necessariamente precisa ser paritário em relação ao
conjunto dos demais segmentos representados.
c) Referente ao seu funcionamento, o CS deverá acompanhar e
controlar a atuação do setor credenciado mediante contrato
ou convênio na área de saúde.
d) Nos CS os trabalhadores da área da saúde terão
representatividade de 30%.
R. Pelas alternativas:
Letra A: errada, pois são deliberativos e não consultivos;
Letra B: errada, pois a participação do usuário deve ser
obrigatoriamente paritária;
Letra C: correta, o setor credenciado ao SUS também deve ser
controlado e acompanhado pelo CS;
Letra D: incorreta, pois terão representatividade de 25%.
Portanto, resposta: letra C.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2011
PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – PSU-MG
Constituem instâncias de participação da comunidade na
gestão do Sistema Único de Saúde:
a) Conferências Estaduais de Saúde e Consórcios
Intermunicipais de Saúde.
b) Conselhos Municipais de Saúde e Conferências Estaduais de
Saúde.
c) Conselhos Municipais de Saúde e Consórcios
Intermunicipais de Saúde.
d) Programa de Saúde da Família e Conferências Municipais de
Saúde.
R. Questão sem maiores dificuldades. É só achar os conselhos e
conferências de saúde. Portanto, resposta: letra B.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – HCPA – RS
O Conselho Nacional de Saúde:
a) É composto por representantes de cada Secretaria Estadual
de Saúde.
b) Reúne-se ordinariamente a cada 4 anos para formular a
política de saúde.
c) É composto majoritariamente por representantes dos
profissionais de saúde e dos prestadores de serviços da
saúde.
d) Atua no controle da execução da política de saúde, exceto
nos aspectos econômicos e financeiros.
e) Pode convocar extraordinariamente a Conferência Nacional
de Saúde.
R. Letra A: incorreta, pois é por um representante,
representando o Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(CONASS). Observe que a questão fala sobre o Conselho
Nacional de Saúde.
Letra B: incorreta, quem se reúne de quatro em quatro anos
são as conferências de saúde.
Letra C: incorreta, são formados por representantes do
Governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e
usuários, sendo que estes últimos detêm 50% dos membros
(representação dos usuários paritária em relação ao conjunto
dos demais segmentos).
Letra D: incorreta, inclusive nos aspectos econômicos e
financeiros.
Letra E: correta.
Portanto, resposta: letra E.
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RESIDÊNCIA MÉDICA – 2010
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA – HUEC –
PR
Sobre os Conselhos de Saúde, assinale a alternativa
INCORRETA:
a) Os conselhos estão estruturados nos três níveis de governo:
municipal, estadual e federal.
b) São órgãos ou instâncias colegiadas de caráter permanente
e deliberativo, integrante da estrutura básica da secretaria
ou departamento de saúde.
c) A legislação estabelece composição paritária entre os
membros, assim o Conselho é composto de profissionais de
saúde (25%), prestadores de serviço (25%) e usuários (50%).
d) A formação dos Conselhos de Saúde não é obrigatória,
ficando a cargo do gestor a criação deles.
e) Nenhum conselheiro poderá ser remunerado por suas
atividades.
R. Questão maldosa! A única alternativa incorreta é a letra D,
pois a formação do conselho é obrigatória. Se o município, por
exemplo, não tiver conselho, perde o repasse financeiro.
Observe a maldade: quando observamos a Lei 8.142/90, ela diz
o seguinte: "A representação dos usuários nos Conselhos de
Saúde e Conferências será paritária em relação ao conjunto
dos demais segmentos." Ou seja, 50% usuários e 50% o resto
(Trabalhadores de Saúde e Prestadores de Serviços de Saúde:
públicos [do governo] e privados). Só que a Resolução
333/2003 da 11ª conferência nacional de saúde estipulou que
as vagas dos conselheiros devem ser:
50% de entidades de usuários;
25% de entidades dos trabalhadores de Saúde;
25% de representação de governo, de prestadores de serviços
privados conveniados, ou sem fins lucrativos. Portanto,
resposta: letra D.
A partir de 1991, foram criadas novas leis para acertar e
adequar o funcionamento do SUS, só que não foram
chamadas de Leis, e sim Normas. São elas: NOB – Norma
Operacional Básica e NOAS – Norma Operacional da
Assistência Social. Vamos estudá-las com mais detalhes
agora.
NOB 91 (NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE 1991)
O que diz essa lei?
VIDEO_06_MEDPRE01
● Centraliza a gestão na esfera federal.
● Municípios se comportam como prestadores de serviços (não
como gestores).
● Prestadores públicos e privados recebem dinheiro do
Ministério da Saúde de acordo com a produção.
● Responsável pela criação da AIH (Autorização de Internação
Hospitalar); da SIH (Sistema de Informação Hospitalar) e da
FEM (Fator de Estímulo a Municipalização).
● Instituiu, também, a Unidade de Cobertura Ambulatorial
(UCA), que determinou o reajuste dos valores a serem
repassados aos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Opa, não estamos regredindo com o que vinha sendo
proposto? Os municípios não estavam recebendo o dinheiro
de acordo com o número de habitantes?
Exatamente. Mas analisando bem a situação, vamos lembrar
que o município era um empregado do Governo Federal, e que
de um dia para o outro vira o gestor, vira o "patrão". Será que
ele estava preparado para isso?
É claro que não!!! Para dar tempo à adequação municipal é que
foi criada essa NOB.
NOB 93 (NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE 1993)
O que diz essa lei?
Tem como objetivo organizar o processo de descentralização da
gestão das ações e serviços de saúde. INICIA O PROCESSO DE
DESCENTRALIZAÇÃO.
● O município passa a ser gestor → ocorre a municipalização
(em consonância com a 9º Conferência Nacional de Saúde, que
teve como tema central exatamente a "municipalização").
● A transferência de recursos passa ser automática e regular
(fundo a fundo).
● São criadas as Comissões Intergestores Bipartite (de âmbito
estadual) e Tripartite (nacional), para negociação, pactuação,
articulação e integração entre gestores.
Quem faz parte das Comissões de Intergestores Bipartite?
É composta de forma paritária, por representantes da Secretaria
Estadual de Saúde (SES) e do Conselho Estadual de Secretários
Municipais de Saúde (COSEMS) ou órgão equivalente. Um dos
representantes dos municípios é o Secretário de Saúde da
Capital.
Quem faz parte das Comissões de Intergestores Tripartite?
É composta, também paritariamente, por representantes do
Ministério da Saúde (MS), do Conselho Nacional de Secretários
de Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (CONASEMS).
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RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO PARANÁ – AMP – PR
Tem representação na Comissão Intergestores Tripartite (CIT):
a) Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de
Saúde e Conselho Nacional de Secretários Municipais de
Saúde.
b) Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Ministério da
Ciência e Tecnologia.
c) Governo Federal, governos estaduais e governos municipais.
d) Conselho Nacionalde Saúde, Conselhos Estaduais de Saúde
e Conselhos Municipais de Saúde.
e) Conselho Nacional de Saúde, Agência Nacional de Saúde
Suplementar e Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
R. Como visto anteriormente, resposta: letra A.
NOB 96 (NORMA OPERACIONAL BÁSICA DE 1996)
O que diz essa lei?
Tem a finalidade principal de colocar e consolidar como gestor
da Saúde os municípios e o Distrito Federal. Além disso,
reorganizou a gestão dos procedimentos de média e alta
complexidade, promoveu a ampliação de cobertura do PSF e
definiu a Programação Pactuada e Integrada (PPI).
PROMOVER E CONSOLIDAR A MUNICIPALIZAÇÃO – GESTÃO
PLENA.
● O município passa a ter poderes plenos. Dois tipos de gestão
são criadas:
● Gestão Plena da Atenção Básica
O município toma conta de toda a atenção básica (consulta
médica odontológica).
● Gestão Plena do Sistema Municipal
O município toma conta de toda a atenção básica e também
dos maiores níveis de complexidade (média e alta).
E se o município não aderir a nenhum tipo de gestão citada
acima?
Os municípios que não aderirem ao processo de habilitação
ficam na condição de prestadores de serviços e a gestão do SUS
no seu território será feita pelo estado.
● É criado o Piso de Atenção Básica (PAB):
● São recursos destinados aos procedimentos da atenção
básica;
● Esse piso é definido pela multiplicação de um valor per capita
nacional pela população de cada município (fornecida pelo
IBGE), e é transferido regular e automaticamente ao fundo de
saúde ou conta especial dos municípios. O município
precisa de um plano municipal de saúde para receber o
PAB;
● Tem uma parte fixa calculada por habitantes, que era de 10
reais por habitante/ano na época da sua criação. Atualmente
os valores se baseiam na portaria 3.947, de 28 de dezembro
de 2017, dependendo do "tipo" de município, classificado em
quatro faixas, de acordo com pontuação que varia de 0 a 10,
com base em indicadores selecionados segundo critérios
determinados pelo Departamento de Atenção Básica (DAB):
PIB Per Capita, Percentual da População com Plano de Saúde,
Percentual da População com Bolsa Família, Percentual da
População em Extrema Pobreza e Densidade Demográfica. Os
valores são:
I – O valor mínimo para os Municípios integrantes do Grupo I
passa para R$ 28,00 (vinte e oito reais) por habitante ao
ano;
II – O valor mínimo para os Municípios do Grupo II passa
para R$ 26,00 (vinte e seis reais) por habitante ao ano;
III – O valor mínimo para os Municípios do Grupo III passa
para R$ 24,00 (vinte e quatro reais) por habitante ao
ano;
IV – O valor mínimo para o Distrito Federal e os municípios
integrantes do Grupo IV passa para R$ 23,00 (vinte e três
reais) por habitante ao ano.
● E uma parte variável, que reunia incentivos a mais para quem
aderisse aos seguintes programas:
1. Saúde da Família;
2. Agentes Comunitários de Saúde;
3. Saúde Bucal;
4. Compensação de Especificidades Regionais;
5. Fator de Incentivo de Atenção Básica aos Povos Indígenas;
6. Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário;
7. Política de Atenção Integral à Saúde do Adolescente em
conflito com a lei em regime de internação e internação
provisória;
8. Outros que venham a ser instituídos por meio de ato
normativo específico;
9. Aquisição de medicamentos e insumos de assistência
farmacêutica dos Programas de Hipertensão e Diabetes,
Asma e Rinite;
10. Saúde Mental;
11. Saúde da Mulher;
12. Alimentação e Nutrição;
13. Combate ao Tabagismo.
Os recursos do PAB Variável eram transferidos mediante à
implementação das ações específicas, desde que estivessem
presentes no respectivo Plano de Saúde Municipal ou do Distrito
Federal. Ou seja, o município deveria se planejar e realizar
ações específicas na atenção básica. Exemplos de ações:
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1. Saúde da Família;
2. Agentes Comunitários de Saúde;
3. Saúde Bucal;
4. Fator de Incentivo de Atenção Básica aos Povos Indígenas;
5. Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário;
6. Política de Atenção Integral à Saúde do Adolescente em
conflito com a lei, em regime de internação e internação
provisória;
7. Outros que venham a ser instituídos por meio de ato
normativo específico;
8. Programa Academia da Saúde...
● A remuneração de procedimentos ambulatoriais de alto custo/
complexidade são pagos com base na Autorização de
Procedimentos de Alto Custo (APAC), e precisa de autorização
prévia e registro adequado dos serviços que lhe foram
prestados. Continua como produtividade.
● Principal estratégia do município → Criar o Programa de
Saúde da Família e o Programa dos Agentes Comunitários de
Saúde.
● Define as relações entre os sistemas municipais:
Se um município não possuir um serviço de saúde requerido
para o atendimento da população, este pode negociar com
outro município que contenha esse serviço. Os acordos são
feitos exclusivamente entre os gestores municipais.
● Define o papel dos gestores:
● Municipal: é responsável pelo controle, pela avaliação e pela
auditoria dos prestadores de serviços de saúde (estatais ou
privados) situados em seu município;
● Estadual: exercer a gestão do SUS (no âmbito estadual);
promover as condições e incentivar o poder municipal para
que assuma a gestão da atenção à saúde de seus municípios;
assumir, em caráter transitório (o que não significa caráter
complementar ou concorrente), a gestão da atenção à saúde
em municípios que ainda não tomaram para si esta
responsabilidade; ser o promotor da harmonização, da
integração e da modernização dos sistemas municipais;
● Federal: exercer a gestão do SUS no âmbito nacional;
promover as condições e incentivar o gestor estadual com
vistas ao desenvolvimento dos sistemas municipais;
harmonizar a integração e a modernização dos sistemas
estaduais; exercer as funções de normalização e de
coordenação no que se refere à gestão nacional do SUS.
Aproveitando que estamos falando de gestores, vamos tirar
algumas dúvidas.
1a – O que são os gestores?
São as entidades encarregadas de fazer com que o SUS funcione
corretamente, que o gerenciam e administram.
2a – Quem são os gestores?
Nos municípios, os gestores são as secretarias municipais de
saúde ou as prefeituras, sendo responsáveis pelas mesmas os
respectivos secretários municipais e prefeitos. Nos estados, os
gestores são os secretários estaduais de saúde. No nível federal,
o Ministério da Saúde.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2015
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE TAUBATÉ – UNITAU – SP
Qual Norma Operacional Básica (NOB) define o Piso da
Atenção Básica – fixo e variável –, assim como a possibilidade
de habilitação dos municípios brasileiros à Gestão Plena do
Sistema Municipal?
a) NOB 01/91.
b) NOB 01/92.
c) NOB 01/93.
d) NOB 01/96.
e) NOB 01/2002.
R. Questão muito tranquila agora, não é? Resposta: letra D.
RESIDÊNCIA MÉDICA – 2019
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE GOIÁS – SES-GO
No processo de implantação do Sistema Único de Saúde no
Brasil, as Comissões Intergestoras Bipartite e Tripartite foram
criadas pela:
a) NOB 91.
b) NOB 93.
c) NOB 96.
d) NOAS 2001/2002.
R. Questão direta! As Comissões Intergestoras Bipartite e
Tripartite foram criadas pela NOB 93. Resposta: letra B.
NOAS 2001
Quais são os objetivos desta lei?
● "Promover maior EQUIDADE na alocação de RECURSOS e NO
ACESSO da população às ações e serviços de saúde em todos os
níveis de atenção".
● Definir a divisão de responsabilidades entre estados e
SAIBA MAIS
Existe mais uma NOB, muito pouco comentada, que é a NOB 92.
Ela teve como objetivos fundamentais normalizar, estimular,
implementar e desenvolver o funcionamento do SUS. Ou seja,
veio dar força aos princípios do SUS, visto que a NOB anterior a
ela (91) se afastava desses princípios...
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municípios na gestão do SUS.
● Concluir a habilitação de 100% dos municípios à gestão
descentralizada do SUS.
● Agilizar a habilitação dos estados à Gestão Plena do Sistema
Estadual (GPSE).
● Reverter a lógica do financiamento centrada na oferta de
serviços.
● Elaborar o PlanoDiretor de Regionalização (vide mais sobre
ele na NOAS 2002).
● Definir como será o financiamento dos serviços de média e
alta complexidade.
NOAS 2002
O que diz esta lei?
● Amplia as responsabilidades dos municípios na Atenção
Básica.
● Institui o Plano Diretor de Regionalização (PDR) como
instrumento de ordenamento do processo de regionalização
da assistência em cada Estado e no Distrito Federal, baseado
nos objetivos de definição de prioridades de intervenção,
coerentes com a necessidade da população e garantia de
acesso dos cidadãos a todos os níveis de atenção à saúde.
VIDEO_07_MEDPRE01
Quem elabora o PDR?
Cabe às Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal a
elaboração do PDR, em consonância com o Plano Estadual de
Saúde.
Quem aprova o PDR?
A Comissão Intergestores Bipartite e o Conselho Estadual de
Saúde.
Deve garantir o acesso dos cidadãos, o mais próximo possível de
sua residência, a um conjunto de ações e serviços vinculados a:
(a) Assistência pré-natal, parto e puerpério;
(b) Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
infantil;
(c) Cobertura universal do esquema preconizado pelo PNI para
todas as faixas etárias;
(d) Ações de promoção da saúde e prevenção de doenças;
(e) Tratamento de intercorrências mais comuns na infância;
(f) Atendimento de afecções agudas de maior incidência;
(g) Acompanhamento de pessoas com doenças crônicas de alta
prevalência;
(h) Tratamento clínico e cirúrgico de casos de pequenas
urgências ambulatoriais;
(i) Tratamento dos distúrbios mentais e psicossociais mais
frequentes;
(j) Controle de doenças bucais mais comuns;
(k) Suprimento e dispensação dos medicamentos da farmácia
básica.
E se na minha cidade não houver o serviço citado acima, por
exemplo?
Uma outra cidade perto da sua tem que ter, e ela será obrigada a
receber você.
E como essa cidade irá receber o recurso do meu tratamento,
já que estou vindo de fora?
Esse município será de referência e ganhará recursos a mais,
recursos para a média ou alta complexidade.
Quem organizará a união desses municípios?
Municípios do mesmo estado → Comissão BIPARTITE.
Municípios de estados diferentes → Comissão TRIPARTITE.
● A NOAS 2002 também institui a Gestão Plena da Atenção
Básica Ampliada (GPAB-A) como uma das condições de
gestão dos sistemas municipais de saúde, que tem como áreas
de atuação estratégicas MÍNIMAS: o controle da tuberculose, a
eliminação da hanseníase, o controle da hipertensão arterial, o
controle da diabetes mellitus, a saúde da criança, a saúde da
mulher e a saúde bucal; e
● Cria o PAB Ampliado.
O que é o PAB Ampliado?
Se, além de fazer o mínimo (o controle da tuberculose, a
eliminação da hanseníase, o controle da hipertensão arterial, o
controle da diabetes mellitus, a saúde da criança, a saúde da
mulher e a saúde bucal), o município realizar:
● Atendimento médico de urgência com observação (até oito
horas);
● Assistência domiciliar em atenção básica por profissional de
nível superior do Programa Saúde da Família;
● Procedimentos especializados por profissionais médicos,
outros de nível superior e nível médio (glicemia capilar,
glicosúria, cetonúria, coleta de material para exame
citopatológico);
● Cirurgias ambulatoriais especializadas (desbridamento e
curativo de escara ou ulceração; sutura de ferida de cavidade
bucal e face; exérese de calo; curativo com desbridamento em
pé diabético; redução manual de procidência de reto; remoção
manual de fecaloma; primeiro atendimento a paciente com
pequena queimadura);
● Ações especializadas em odontologia;
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● Teste de gravidez e teste imunológico (látex);
● Eletrocardiograma.
O município receberá mais recursos, sendo chamado de PAB
ampliado.
Obs.: o PAB ampliado foi revogado em setembro de 2004 pela
PORTARIA Nº 2.023, DE 23 DE SETEMBRO DE 2004. Já o PAB
fixo e o PAB variável deixaram de existir após decisão da
Comissão Intergestores Tripartite em 31 de outubro de 2019!
Vamos aproveitar a próxima questão e fazer um resumo sobre as
NOBs e NOAS?
RESIDÊNCIA MÉDICA
HOSPITAL REGIONAL DE MS – ROSA PEDROSSIAN – HRMS
A partir de 1991 foram criadas normas para adequar o
financiamento do SUS (NOB – Norma Operacional Básica e
NOAS – Norma Operacional de Assistência à Saúde). Em
relação a essas normas, marque a alternativa CORRETA:
a) Na NOB 91 os municípios se comportam como gestores.
b) Na NOB 93 ocorre a municipalização e a transferência de
recursos passa a ser automática e regular.
c) Na NOB 96 são criadas as comissões intergestores Bipartite e
Tripartite.
d) Na NOAS 2001 o município passa a ter poderes plenos e são
criadas a Gestão Plena da Atenção Básica e a Gestão Plena
do Sistema Municipal.
e) Na NOAS 2002 é criado o piso de atenção básica (PAB).
R. Letra A: incorreta, pois passaram a ser prestadores de
serviços.
Letra B: correta.
Letra C: incorreta, pois foi a NOB 93.
Letra D: incorreta, pois foi a NOB 96.
Letra E: incorreta, pois foi a NOB 96.
Resposta: letra B.
PACTO DA SAÚDE – 2006
Foi pactuado pelos gestores federais, estaduais e municipais do
SUS, na reunião da Comissão Intergestores Tripartite do dia 26
de janeiro de 2006, com o objetivo de melhorar a oferta de
saúde à população. Veja resumidamente o que diz (o pacto na
íntegra está presente no último capítulo):
PACTO PELA VIDA → Teve como prioridades:
● SAÚDE DO IDOSO:
Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa,
buscando a atenção integral.
● CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA:
Foco na redução da mortalidade por câncer de colo do útero e
de mama.
● MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA:
Foco na redução da mortalidade materna, infantil neonatal,
infantil por doença diarreica e por pneumonias.
● DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA
DENGUE, HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA E
INFLUENZA:
Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às
doenças emergentes e endemias.
● PROMOÇÃO DA SAÚDE:
SAIBA MAIS
Na verdade, a NOAS 2002 é uma revisão da NOAS 2001. Como
assim? Durante o processo de implantação da NOAS 2001,
alguns Estados não conseguiram operacionalizar vários itens
determinados por ela. Tiveram dificuldades para estabelecer o
comando único sobre os prestadores de serviços do SUS, não
conseguiram implementar a gestão municipal de forma
completa, e existia fragilidade de explicação dos novos
mecanismos de implantação de procedimentos no texto. Por
esse motivo, o ano de 2001 foi um ano de grandes discussões
para a reformulação e melhora da NOAS. Em 2002 ela acabou
sendo revisada, recebendo o nome de NOAS 2002. Com isso, a
NOAS 2002 incorporou várias definições que já tinham sido
aprovadas e acordadas da NOAS 2001. Um exemplo disso é a
criação do PAB ampliado, que é citado como instituído nas duas
NOAS.
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Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da
Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte
da população brasileira, de forma a internalizar a
responsabilidade individual da prática de atividade física
regular, alimentação saudável e combate ao tabagismo.
● ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE:
Consolidar e qualificar a estratégia de Saúde da Família como
modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador
das redes de atenção à saúde do SUS.
Como você percebeu, confirmando os princípios do SUS já
citados anteriormente...
PACTO EM DEFESA DO SUS → Defesa e fortalecimento dos
princípios do SUS.
As suas prioridades são:
● IMPLEMENTAR UM PROJETO PERMANENTE DE MOBILIZAÇÃO
SOCIAL COM A FINALIDADE DE:
● Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como
sistema público universal garantidor desses direitos;
● Alcançar, em curto prazo, a regulamentação da Emenda
Constitucional nº 29, pelo Congresso Nacional;
● Garantir, em longo prazo, o incremento dos recursos
orçamentários e financeiros para a saúde;
● Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos
das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de
cada uma delas.
● ELABORAR E DIVULGAR A CARTA DOS DIREITOS DOS
USUÁRIOS DO SUS.
PACTO DE

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