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04 - Complicações Pós-operatórias 1 🔪 04 - Complicações Pós- operatórias Pontos Importantes Impactos Custos financeiros diretos e indiretos Sequelas Necessidade de reabilitação Complicações locais Complicações sistêmicas 04 - Complicações Pós-operatórias 2 Complicações locais Infecção do Sítio Cirúrgico Infecção relacionada a um procedimento cirúrgico que ocorre na incisão ou perto dela Até 30 dias sem implante ou até 01 ano com implante Alta morbidade Gram + → Staphylococcus Aureus 04 - Complicações Pós-operatórias 3 Classificação Superficial: pele e subcutâneo Profundo: fáscia e músculo Órgão/cavidade: órgãos e cavidade, como cavidade torácica ou abdominal 🚨 Caso a infecção envolva mais de um plano anatômico, devemos considerar o sítio de maior profundidade Fatores de risco Clínica Há drenagem de secreção francamente purulenta A secreção drenada tem cultura positiva O local abre espontaneamente e drena secreção purulenta A incisão é aberta pelo médico 🚨 Hiperemia, dor, calor, rubor, edema → O achado de febre é mais comum nas infecções profundas e órgão/cavidade Tratamento ISCs superficiais e profundas → drenar e lavar (desbridamento se necessário) Ocorre cicatrização por segunda intenção 04 - Complicações Pós-operatórias 4 🚨 Se tivermos sinais de infecção sistêmica (febre e taquicardia, por exemplo), está indicado o início de ANTIBIOTICOTERAPIA Deiscência de Ferida Operatória Defeito músculoaponeurótico → falha na cicatrização Clínica + Técnica Fatores de risco Cirurgia de emergência, má técnica cirúrgica, dificuldade cicatricial 04 - Complicações Pós-operatórias 5 🚨 Principal → INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO Clínica 4º-14º dia: líquido serohemático Eventração Separação da camada músculo-aponeurótica, porém temos PELE ÍNTEGRA, sem exposição do conteúdo intra-abdominal Evisceração ⇒ URGÊNCIA Ruptura total das camadas da parede abdominal, com exposição do conteúdo abdominal (mais comumente, epíplon ou alças intestinais) Tto: REOPERAR Seroma Transudato da FO Coleção de linfa no SC Baixo risco de infecção 04 - Complicações Pós-operatórias 6 Manejo Compressão ou aspiração → Se muito grande ou para acelerar o processo Hematoma Coleção de sangue e coágulo Pode ser meio de cultura Manejo → Reabrir se volumoso Complicações sistêmicas Febre PO imediato/intra Infecção pré-existente Reação a droga ou transfusão Hipertermia maligna: Síndrome Muscular Hereditária Fármaco-Induzida A exposição a anestésico inalatório e succinilcolina faz com que o CÁLCIO muscular se ELEVE, gerando um HIPERMETABOLISMO MUSCULAR Sevoflurano é o mais comum Hipercapnia (altera capnografia e gera acidose), rabdomiólise (↑K), hipertermia 04 - Complicações Pós-operatórias 7 Tratamento: Cessar exposição, resfriamento, HCO3-, fornecer oxigênio. Antídoto: DANTROLENE/ EVITAR BCC 24-72h pós-operatório Atelectasia REMIT Infecção necrosante de ferida (S. pyogenes OU clostridium perfringens) Nas primeiras 48 horas, não é necessário a solicitação de exames laboratoriais ou de imagem para a investigação da febre 72h de pós-operatório Infecção: FO (S. áureus), ITU, pneumonia. Parotidite supurativa (S. aureus) → homem, DM. TVP 5° e 7° PO Cirurgias abdominais Deiscência de anastomose Febere Leucocitose Dor Drenagem 04 - Complicações Pós-operatórias 8 Complicações gastrointestinais Íleo Paralítico Obstipação e intolerância à ingestão oral devido a fatores não mecânicos que interrompem a atividade motora normal coordenada do trato gastrointestinal após cirurgia abdominal ou não abdominal Caráter funcional Não é exclusivo de cirurgias abdominais Clínica Intolerância à dieta oral e dificuldade para eliminar flatos e/ou evacuar Vômitos, geralmente biliosos Manejo Solicitar exame de imagem → Raio X Se dúvida → TC Tratamento Jejum VO Hidratação venosa Suspender opioides Correção de eletrólitos (potássio e magnésio) 04 - Complicações Pós-operatórias 9 Sonda nasogástrica Suporte nutricional (nutrição parental total) 🚨 Não é indicado ATB Deiscência anastomótica Vazamento” do conteúdo luminal por uma falha na cicatrização da anastomose Entre 5º e 7º DPO Fatores de risco 04 - Complicações Pós-operatórias 10 Clínica Taquicardia inexplicada → sinal precoce Coleção abdominal Peritonite Sepse abdominal Conduta Solicitar TC c/contraste Ressuscitação volêmica Antibioticoterapia Jejum VO + Suporte nutricional 04 - Complicações Pós-operatórias 11 Avaliar reabordagem Desfazer anastomose Derivação com estoma Drenagem Fístulas Intestinais Comunicação anormal entre duas superfícies epitelizadas Fatores de risco Classificação Fístulas internas x externas 04 - Complicações Pós-operatórias 12 Internas → Pode ser entre dois órgãos digestivos ou órgãos de sistemas diferentes Externas → Trato gastrointestinal e a pele ou uma outra superfície epitelizada Internas Enterocutâneas → conteúdo entérico drena por uma falha na pele Enteroatmosféricas → conteúdo entérico drena por uma ferida abdominal aberta Quanto ao débito Alto débito → > 500 mL em 24 horas; Baixo débito* → < 200 mL em 24 horas Clínica Ocorre entre o 5 e 10° dia Sinais de sepse abdominal Fistulografia → contraste retrógrado Manejo Ressuscitação volêmica Antibioticoterapia de amplo espectro Avaliar necessidade de reabordagem para lavagem da cavidade e drenagem Tto definitivo → Nunca tentar rafiar a fístula Ressecção do intestino, junto com trajeto fistuloso e anastomose 04 - Complicações Pós-operatórias 13 Fatores de mau prognóstico para fechamento de fístulas 🚨 Orifício < 1 cm permite menor passagem de conteúdo entérico e permite a cicatrização das fístulas Complicações respiratórias Mais comuns em pós-operatórias Cirurgia de tórax Cirurgia de abdome superior 04 - Complicações Pós-operatórias 14 Riscos aumentados Cirurgia de urgência Doenças crônicas Idosos Enfisema Tabagismo Insuficiência respiratória aguda Choque cardiogênico, SIRS, Sepse Atelectasia 25% pós-operatório Idosos / obesos/ tabagista / DPOC Primeiras 48 horas Causas: anestesia, hipoventilação 90% dos episódios febris pós-operatórios Manifestação: febre, taquipneia, taquicardia Exercícios respiratórios, deambulação, fisioterapia, broncoscopia 04 - Complicações Pós-operatórias 15 Aspiração pulmonar Sedados Diminuição do nível de consciência Refluxo gastroesofágico Estômago cheio Vômitos 2/3 cirurgia torácica e abdominal Aspiração maciça = 50% mortalidade Infecção secundária Conteúdo sólido = obstrução de via aérea Quadro de insuficiência respiratória Medidas preventivas Jejum Posição adequada Cuidados na intubação Proteção da via aérea Medidas terapêuticas Diagnóstico precoce Antibióticos Aspiração / fisioterapia Broncoscopia Complicações cardiovasculares Hipertensão Arterial Limiar: 180 x 110 Risco de sangramento PO 04 - Complicações Pós-operatórias 16 Infarto Agudo do Miocárdio Principal causa de óbito em idosos (48h) Grave e silencioso Trombolítico contraindicado Preparo Pré-OP
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