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NECESSISADES ENERGÉTICAS DA NUTRIZ + FÓRMULAS INFANTIS 1 Helena Campello Doutoranda em Ciências Biológicas- UFPE M.a em Ciências Biológicas- UFPE Pós Graduada em Nutrição Clínica e Hospitalar- CCE/ FACEAT Pós graduanda em Comportamento Alimentar- IPGS Graduada em Nutrição- UFPE/ UPV(EHU) Necessidades Nutricionais Recomenda-se o cálculo das necess idades nutricionais pela DRI ( IOM 2002/ 2005) Para produzir 1l de leite gastam-se 900 Kcal. 1/3 disponibilizado para depós itos maternos. Considerando uma produção média diária de 850 ml de leite estimou-se que a IEA para a mulher que amamenta é de 500 Kcal. N e c e s s i d a d e s N u t r i c i o n a i s Recomenda-se que o aumento energético deva ocorrer de modo equilibrado, fracionando as refeições, a fim de proporcionar níveis glicêmicos constantes para melhor aproveitar os nutrientes nesse intenso processo metabólico denominado amamentação. A perda de peso entre mulheres durante a lactação é variável Em situações em que a nutriz apresenta sobrepeso ou obesidade, e necessita perder peso, é possível aconselhá-la sem que haja prejuízos para o processo de aleitamento materno. Nesses casos, o profissional deverá considerar o VET da nutriz, sem considerar o adicional energético para a lactação ou usar a proposta da DRI específica para tal público. L embr e-s e : “ fazer dieta” é um fator de estresse que pode prejudicar a lactação. Trabalhar comportamento alimentar N e c e s s i d a d e s N u t r i c i o n a i s O cálculo das necessidades energéticas dá-se pela DRI ( IOM 2005) CONSIDERANDO os DADOS PRÉ-GESTACIONAIS + energia necessária para a produção de leite. * Após 6 meses de amamentação recomenda-se acréscimo de 400 Kcal. 1º semestre: EER (pré-gestacional) + 500 Kcal . 2º semestre : EER (pré-gestacional) + 400 Kcal • Para mulheres que visam a perda de peso não há o acréscimo energético N e c e s s i d a d e s N u t r i c i o n a i s • A orientação alimentar deve respeitar o hábito da nutriz sem negligenciar o aporte dos nutrientes essenciais para a sua saúde. • A produção de leite não é prejudicada pela ingestão de alimentos. AMAMENTAR É FÁBRICA . QUANTO MAIS SE ESTIMULA, MAIS SE PRODUZ! • Não É recomendada a ingestão de álcool durante a amamentação, pois pode acarretar mudança de odor no leite materno levando a rejeição do lactente. • A ingestão esporádica, em ocasiões especiais, em quantidades pequenas, pode ser avaliada. Contudo, orientar a mãe a não dar de mamar após 2 horas de ingestão da bebida. • Desconsiderar a prática de fumar, pois a nicotina tem efeito na síntese do leite materno além de poder ser transferida para o mesmo. FÓRMULAS INFANTIS Hel en a Cam pel l o M . a em Ciências Biológicas (Biotecnologia)- PPGCB - UFPE Pós Gr adu ada em Nu t r i ç ã o Clínica e Hos pi t ala r - CCE / FA CE AT Pós graduanda em Compo r tamen to Al imen ta r - IPGS G raduada em N u t r i ç ã o - UFPE / UPV (EHU) INTRODUÇÃO: O leite materno deve ser o único alimento nos seis primeiros meses de vida. O mesmo supre integralmente às necessidades nutricionais para o crescimento e o desenvolvimento da criança, protege contra as doenças infecciosas e alérgicas e favorece o estabelecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho. INTRODUÇÃO: Não há dúvidas quanto as repercussões positivas em toda a vida que o leite materno possui para a saúde da criança. Nenhum substituto do leite materno consegue, nem mesmo na sua composição nutricional, ser comparado a ele. No entanto, quando o aleitamento materno não é possível, faz-se necessário utilizar seus substitutos, especialmente no primeiro ano de vida, fase de crescimento acelerado, que exige aporte adequado de proteínas de alto valor biológico e cálcio INTRODUÇÃO: Na prática clínica, há inúmeras situações cotidianas que dificultam o sucesso do aleitamento exclusivo, mas a prescrição de substitutos deve ocorrer apenas após se esgotarem as possibilidades de manter a amamentação de forma parcial ou total. Na prática clínica há a possibilidade de implementar a RELACTAÇÃO ETRANSLACTAÇÃO. • A translactação (leite da própria mãe) e/ou relactação (fórmula / leite animal / leite humano pasteurizado) é o procedimento utilizado para alimentar o recém-nascido e estimular a lactação PRÁTICA CLÍNICA • A utilização da sonda consiste em colocar o leite em um recipiente (copo) abaixo das mamas e o uso de uma sonda nasogástrica nº 4 ou 6 com uma de suas pontas dentro do recipiente e a outra junto ao mamilo, podendo fixar com micropore. • O recém-nascido ficará no peito, abocanhando a aréola e a sonda e retirando leite que flui da seringa e ao mesmo tempo sugará o mamilo. • A sonda devera ser fechada, dobrando-a nas pausas das mamadas do recém-nascido, ao retornar à sucção, libera-se a sonda. • O volume de leite a ser oferecido será progressivamente aumentado até atingir o volume total recomendado. • Aumentos progressivos de peso e a boa observação e díade mãe-bebe indicarão avanços ou pausas no processo de transição para retomada do aleitamento materno. FÓRMULAS INFANTIS As fórmulas infantis são caracterizadas como alternativas alimentares, a fim de suprir a oferta nutricional e a manutenção do bem-estar biopsicossocial da mãe e do lactente. Foram criadas com o intuito de se assemelhar ao leite materno, no entanto sua composição não se iguala as propriedades fisiológicas do LH, que são específicas da mãe para o próprio filho. As fontes de carboidratos, proteínas e outros componentes presentes nas fórmulas infantis diferem em identidade e qualidade dos componentes do LH. INDICAÇÃO DAS FÓRMULAS INFANTIS Presença de regurgitação, flatulência, constipação, agitação, vômitos, pode indicar intolerância a fórmula, sendo necessária a substituição da mesma. Substituição quando não há amamentação Quando a amamentação é contra-indicada Como suplemento adicional ao seio para crianças amamentadas com ganho ponderal insuficiente FÓRMULAS INFANTIS LEGISLAÇÃO FÓRMULAS INFANTIS LEGISLAÇÃO FÓRMULAS INFANTIS FÓRMULAS INFANTIS FÓRMULAS INFANTIS CLASSIFICAÇÃO DAS FÓRMULAS INFANTIS As fórmulas infantis podem ser classificadas como: Fórmulas de Partida (para lactentes do nascimento até seis meses) Fórmulas de Seguimento - (para lactentes a partir dos 6 meses) fórmulas infantis de primeira infância (para crianças de 1 a 3 anos) Podem ser adminstradas de forma definitiva, momentânea ou pontual. EXEMPLIFICANDO FÓRMULAS Fórmulas de partida: Teor proteico maior que o do leite materno. CHO principal na forma de lactose e maltodextrina. Gorduras lácteas podem ser acrescidas/ substituídas de óleos vegetais com a finalidade de melhorar a digestibilidade. A composição dos ácidos graxos de cadeia longa é modificada para se chegar num ideal para o desenvolvimento do sistema nervoso central. Teor maior de micronutrientes em relação ao leite materno, como ferro e aminoácidos. EXEMPLIFICANDO FÓRMULAS EXEMPLIFICANDO FÓRMULAS Fórmulas de seguimento: Teor proteico semelhante as fórmulas de partida. Teor de ferro maior. EXEMPLIFICANDO FÓRMULAS Fórmulas Especiais: Pré- Maturos- Alta densidade energética, níveis aumentados de PTN e minerais. Menor teor de lactose. Presença deTCM Isentas de Lactose- fórmulas completamente isentas de lactose, utilizando maltodextrina como fonte de CHO. FÓRMULAS INFANTIS ESPECÍFICAS As fórmulas infantis para necessidades dietoterápicas específicas são classificadas como “ Qualquer apresentado como adequado para produto promovido ou satisfazer, por si só, as necessidades de lactentes até seis meses de vida com alterações fisiológicas e/ou doenças temporárias ou permanentes e/ou para redução de risco de alergias em indivíduos predispostos deve ser enquadrado como fórmula infantil para lactente destinada a necessidades dietoterápicas específicas e atender aos critérios estabelecidosnesta norma.” EXEMPLIFICANDO FÓRMULAS Fórmulas Especiais: EXTENSAMENTE HIDROLISADAS- fórmulas semielementares, hidrolisadas em pequenos peptídeos, aa livres. Reduz alergias. Anti- regurgitação- Possui amido de arroz ou milho pré- gelatinizado que se espessa em contato com a secreção gástrica, minimizando o refluxo. FÓRMULAS INFANTIS ESPECÍFICAS A composição das fórmulas infantis para necessidades dietoterápicas específicas deve ser baseada na composição essencial para fórmulas infantis, com as modificações necessárias para atingir as necessidades nutricionais especiais decorrentes das alterações fisiológicas e/ou doenças temporárias ou permanentes e/ou para redução de risco de alergias em indivíduos predispostos, para os quais o produto é especificamente formulado As fórmulas infantis DEVEM: Atender as exigências Legais Ser nutricionalmente adequadas para as crianças Segura para o lactente Satisfazer a criança Ser aceitável ao paladar e olfato Ter equilíbrio na disponibilidade e custo COMPOSTO LÁCTEO Produto em pó resultante da mistura do leite e produto(s) ou substância(s) alimentícia(s) láctea(s), ou não-láctea(s) , ou ambas , adicionado ou não de produto(s) ou substância(s) alimentícia(s) láctea(s) ou não láctea(s) ou ambas permitida(s) apta(s) para alimentação humana, mediante processo tecnologicamente adequado. Os ingredientes lácteos devem representar no mínimo 51% (cinquenta e um por cento) massa/massa (m/m) do total de ingredientes (obrigatórios ou matéria- -prima) do produto... COMPOSTO LÁCTEO No Brasil, existem mais de 30 tipos de compostos lácteos registrados e nem todos são desenvolvidos para os requisitos nutricionais de crianças maiores de 1 ano, deve-se estar atento na leitura de rótulos identificando os que atendem as necessidades desta faixa etária. Após os 12 meses de idade, a criança apresenta características metabólicas, enzimáticas e fisiológicas do sistema gastrointestinal que a capacita para receber alimentos de todos os grupos alimentares preparados na mesma forma e consistência dos consumidos pela família. COMPOSTO LÁCTEO Em resumo, entende-se por composto lácteo o produto obtido de parte do leite de vaca ( que deve ser no mínimo de 51%) + óleos vegetais ( no lugar da gordura animal ) e prébióticos. A grande problemática está nos aditivos alimentares agregados a este composto. COMPOSTO LÁCTEO LEITE EM PÓ Leite em pó é o produto obtido por desidratação do leite de vaca integral, desnatado ou parcialmente desnatado e apto para alimentação humana. É um produto natural, composto por água, gordura, vitaminas, proteínas, enzimas e lactose e tem o cálcio mais biodisponível. Literatura VITOLO, M.R et al. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rubio, v. 3 . Rio de Janeiro, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança : aleitamento materno e alimentação complementar, v. 2. Brasília, 2015. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no Sistema Único de Saúde: manual de implementação. Brasília, 2015. 33 OBRIGADA!
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