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Local: Sala 1 - CF - Prova On-line / Andar / Polo Cabo Frio / CABO FRIO Acadêmico: VIRBIO-001 Aluno: ALINNE SOARES RODRIGUES Avaliação: A2- Matrícula: 20222100146 Data: 5 de Novembro de 2022 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 7,75/10,00 1 Código: 40767 - Enunciado: Tome como base o seguinte texto:O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADPF 132/RJ e a ADI 4277/DF, reconheceu a inconstitucionalidade de distinção de tratamento legal às uniões estáveis constituídas por pessoas de mesmo sexo. O Superior Tribunal de Justiça seguiu a mesma linha de compreensão e, julgando o RESP 1.183.378/RS, decidiu que não existem impedimentos legais à celebração de casamento entre pessoas de mesmo sexo. Em consequência, era necessário conferir eficácia documental às referidas decisões. Com este objetivo, o Conselho Nacional de Justiça publicou a Resolução nº 175 de 14/05/2013. A partir disso, Ana e Maria foram ao Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais da circunscrição de onde residem com a finalidade de converter em casamento a União Estável que mantêm há dez anos. Na ocasião, o oficial do registro civil informou que não existe fundamento legal para atender à solicitação. Tendo como base a Resolução promulgada, marque a alternativa que indica a sua devida aplicação por parte do CNJ: a) Determina a todos os cartórios o registro dos casamentos e das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, porém veda a conversão em casamento das uniões já existentes. b) Permite, em âmbito nacional, que se celebre o casamento entre as pessoas do mesmo sexo, deixando de legislar sobre a conversão das uniões já existentes. c) Proíbe expressamente o registro da conversão das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo em casamento devido à ausência de legislação competente. d) Proíbe às autoridades competentes o exercício de qualquer recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo. e) Determina a todos os cartórios o registro das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, porém veda o registro do casamento com base na legislação do Código Civil. Alternativa marcada: d) Proíbe às autoridades competentes o exercício de qualquer recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo. Justificativa: Resposta correta:Proíbe às autoridades competentes o exercício de qualquer recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo. Correta. Essa é a previsão contida na referida Resolução do Conselho Nacional de Justiça. Distratores: Determina a todos os cartórios o registro das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, porém veda o registro do casamento com base na legislação do Código Civil. Incorreta. Proíbe a recusa do registro tanto das uniões estáveis quanto de sua conversão em casamento.Proíbe expressamente o registro da conversão das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo em casamento devido à ausência de legislação competente. Incorreta. A resolução do CNJ confere aplicabilidade a duas decisões que interpretam legislação existente — Código Civil, art. 1.723. Determina a todos os cartórios o registro dos casamentos e das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, porém veda a conversão em casamento das uniões já existentes. Incorreta. A resolução proíbe a recusa de qualquer autoridade na conversão em casamento das uniões já existentes, assim como a celebração de novos.Permite, em âmbito nacional, que se celebre o casamento entre as pessoas do mesmo sexo, deixando de legislar sobre a conversão das uniões já existentes. Incorreta. A Resolução proíbe que os registradores se recusem a registrar as uniões estáveis e a conversão das uniões estáveis em casamento. 1,50/ 1,50 2 Código: 40762 - Enunciado: Leia o texto a seguir;A Resolução CFM nº 1.955/2010 afirma que o paciente transexual é "portador de desvio psicológico permanente de identidade sexual, com rejeição do fenótipo e tendência à automutilação e/ou autoextermínio". Assim, entendendo que "a cirurgia de transformação plástico-reconstrutiva da genitália externa, interna e caracteres sexuais secundários não constitui crime de mutilação previsto no artigo 129 do Código Penal brasileiro", o Conselho Federal de Medicina resolveu autorizar a cirurgia de transgenitalização do tipo neocolpovulvoplastia e/ou procedimentos complementares sobre gônadas e caracteres sexuais secundários como tratamento dos casos de transexualismo. (Fonte: CMF. Resolução n°1.955/2010. Dispõe sobre a cirurgia de transgenitalismo e revoga a Resolução CFM nº 1.652/2002.) Com base no texto, é correto afirmar que a exigência para se submeter à cirurgia de transgenitalização é: a) Manifestar desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo, por pelo menos um ano. b) Apresentar desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo, por pelo menos seis meses. c) Apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido acompanhado por pelo menos dois anos. d) Apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido encaminhado para a cirurgia apenas por psicólogo. e) Ter, no mínimo, 14 anos de idade durante a realização da cirurgia, e receber autorização dos pais ou responsáveis legais para o ato cirúrgico. Alternativa marcada: c) Apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido acompanhado por pelo menos dois anos. Justificativa: Resposta correta:Apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido acompanhado por pelo menos dois anos. Correta. O interessado deve sim apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido acompanhado por pelo menos dois anos, conforme previsão do Art. 4º da Resolução. Distratores:Ter, no mínimo, 14 anos de idade durante a realização da cirurgia, e receber autorização dos pais ou responsáveis legais para o ato cirúrgico. Incorreta. A resolução não admite que menores de 21 anos se submetam à cirurgia de transgenitalização.Manifestar desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo, por pelo menos um ano. Incorreta. A exigência de que o interessado apresente desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo, existe, porém, este desejo deve se manifestar por pelo menos dois anos. Apresentar desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo, por pelo menos seis meses. Incorreta. Exige-se que, além de um desejo expresso de passar por todo o processo, é necessário que o mesmo, expresso e registrado, manifeste-se e mantenha- se por um período que engloba, pelo menos, dois anos.Apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido encaminhado para a cirurgia apenas por psicólogo. Incorreta. Exige-se avaliação de equipe multidisciplinar constituída por médico psiquiatra, cirurgião, endocrinologista, psicólogo e assistente social, bem como estão envolvidos outros critérios. 0,50/ 0,50 3 Código: 40761 - Enunciado: Tome como base o texto a seguir:A configuração da família, em todo o mundo, vem sofrendo profundas transformações, sendo que nem todas essas mudanças foram devidamente acompanhadas pela legislação brasileira. Ao dispor sobre a figura jurídica da união estável, o artigo 1.723 do Código Civil prevê que “é reconhecida como entidade familiar a união 0,50/ 0,50 estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Este dispositivo legal foi questionadoperante o Supremo Tribunal Federal, por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132.(Fonte: BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139.) Partindo desse texto, a opção que indica a interpretação atual sobre a União Civil entre pessoas do mesmo sexo é: a) A união estável entre pessoas do mesmo sexo é admissível, de acordo com o Código Civil, desde que o Congresso Nacional edite lei própria que discipline o tema. b) A união estável entre pessoas do mesmo sexo, apesar de ser uma realidade social, destoa do que se configura como um tipo de entidade familiar. c) Segundo o STF, se o artigo 1.723 do Código Civil for interpretado para impedir o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, esta interpretação será inconstitucional. d) É correta a interpretação do artigo 1.723 do Código Civil que impede o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, conforme literalidade do próprio artigo. e) Ao negar reconhecimento à união estável entre pessoas do mesmo sexo, o Supremo Tribunal Federal – STF conferiu validade ao artigo 3º, IV, da Constituição. Alternativa marcada: c) Segundo o STF, se o artigo 1.723 do Código Civil for interpretado para impedir o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, esta interpretação será inconstitucional. Justificativa: Resposta correta:Segundo o STF, se o artigo 1.723 do Código Civil for interpretado para impedir o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, esta interpretação será inconstitucional. Correta. O STF firmou o entendimento da inconstitucionalidade da interpretação que não reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo como uma entidade familiar. Distratores: A união estável entre pessoas do mesmo sexo, apesar de ser uma realidade social, destoa do que se configura como um tipo de entidade familiar. Incorreta. A união estável entre pessoas do mesmo sexo é uma realidade social reconhecida pelo STF, configurando entidade familiar.Ao negar reconhecimento à união estável entre pessoas do mesmo sexo, o Supremo Tribunal Federal (STF) conferiu validade ao artigo 3º, IV, da Constituição. Incorreta. O STF jamais negou reconhecimento à união estável entre essas pessoasA união estável entre pessoas do mesmo sexo é admissível, de acordo com o Código Civil, desde que o Congresso Nacional edite lei própria que discipline o tema. Incorreta. Não foi delegado nem condicionado pelo STF ou Código Civil o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo ao Congresso NacionalÉ correta a interpretação do artigo 1.723 do Código Civil que impede o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, conforme literalidade do próprio artigo. Incorreta. O STF negou interpretação literal e deu interpretação conforme o artigo 3º, IV, da Constituição, que proíbe a discriminação por motivo de sexo. 4 Código: 40635 - Enunciado: Tome como base o texto a seguir:João recebeu diagnóstico de neoplasia maligna no sistema nervoso central. Disposto a submeter-se aos tratamentos que possam eliminar a doença, ele concordou com as terapias sugeridas pela equipe médica, porém, pediu que, sobrevindo estado de inconsciência, não seja submetido a certos tratamentos invasivos que não tenham eficácia demonstrada cientificamente, já que essas terapias causarão intenso sofrimento a sua esposa e a seus dois filhos. A equipe médica sabe que, por contingência 0,00/ 1,50 de suas próprias atividades, talvez não possa acompanhar João até o fim do tratamento. Com base na situação apresentada relacionada à vontade do paciente, o procedimento médico a ser aplicado é: a) Anotar o pedido no prontuário médico para que as equipes posteriores tenham ciência da vontade do paciente. b) Entregar ao paciente um termo de consentimento livre e esclarecido – TCLE para ele assinar e, depois, anexá-lo a seu prontuário. c) Orientar o paciente para que ele informe sua decisão à família, a fim de que ela transmita as orientações às futuras equipes. d) Orientar o paciente a procurar um tabelião e lavrar um testamento vital, que será revogável e anexado a seu prontuário médico. e) Orientar o paciente a elaborar uma declaração de próprio punho, descrevendo sua vontade, para que esta seja anexada a seu prontuário médico. Alternativa marcada: b) Entregar ao paciente um termo de consentimento livre e esclarecido – TCLE para ele assinar e, depois, anexá-lo a seu prontuário. Justificativa: Resposta correta: Orientar o paciente a procurar um tabelião e lavrar um testamento vital, que será revogável e anexado a seu prontuário médico. Segundo previsão da Resolução nº 1995/2012, do Conselho Federal de Medicina, o testamento vital prevalece sobre qualquer outro parecer não médico e até mesmo sobre a vontade dos familiares. Distratores: Anotar o pedido no prontuário médico para que as equipes posteriores tenham ciência da vontade do paciente. Incorreta, pois o prontuário não caracteriza, por si só, documento de registro da vontade do paciente.Entregar ao paciente um termo de consentimento livre e esclarecido – TCLE para ele assinar e, depois, anexá-lo a seu prontuário. Incorreta, pois o TCLE não se confunde com as diretivas antecipadas da vontade; trata-se de instrumentos legais com finalidades distintas. Orientar o paciente para que ele informe sua decisão à família, a fim de que ela transmita as orientações às futuras equipes. Incorreta, pois isso, por si só, não caracteriza a vontade do paciente; é necessário registrar um testamento vital.Orientar o paciente a elaborar uma declaração de próprio punho, descrevendo sua vontade, para que esta seja anexada a seu prontuário médico. Incorreta, pois, assim como o termo de consentimento, esse documento não tem valor legal como diretiva antecipada da vontade do paciente. 5 Código: 40636 - Enunciado: Tome como base o relato a seguir:José, após quatro anos de tratamento visando a evitar o avanço da síndrome da imunodeficiência adquirida – Aids, ouviu do doutor Tadeu, seu médico, que a doença progredia de maneira muito rápida e que tinha, aproximadamente, mais quatro meses de vida. Ele comentou com o médico que tinha ouvido falar sobre o suicídio assistido e perguntou se Tadeu poderia ajudá-lo com isso, pois não desejava mais viver. O doutor Tadeu explicou que a prática não é admitida no Brasil e aconselhou José a viver intensamente os meses que lhe restavam. Decidido a dar fim à própria vida, José conversou com Mila, uma enfermeira que o atendia desde o início do tratamento. Ela identificou um estado nos Estados Unidos onde a prática é admitida, entrou em contato com o centro de apoio ao suicídio assistido desse estado, ajudou José a comprar a passagem e ficou em silêncio, sem dizer nada sobre o assunto nem mesmo para a família do paciente. José viajou e suicidou-se no centro indicado por Mila. Ao se analisar o relato com base no que envolve as condutas esperadas de um profissional de saúde, é certo afirmar que:I. Tadeu praticou omissão de socorro.II. Mila cometeu eutanásia.III. Tadeu não praticou qualquer ato ilícito.IV. Mila cometeu o crime de omissão de socorro. V. Tadeu praticou o crime de induzimento ao suicídio.VI. Mila praticou o crime de induzimento ao suicídio. Estão corretas as afirmativas: a) IV e V. b) III e IV. c) III e VI. 1,50/ 1,50 d) V e VI. e) I e II. Alternativa marcada: c) III e VI. Justificativa: Resposta correta: III e VI. Ao se recusar a ajudar José a colocar fim à própria vida, Tadeu não cometeu qualquer ilicitude. Não pode ser atribuída a ele qualquer prática criminosa. Entretanto, ao ajudar José, Mila praticou o crime previsto no artigo 122 do Código Penal, o qual prevê que “Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça” é prática punível com reclusão de dois a seisanos se o suicídio for consumado. Distratores:A afirmativa I está incorreta porque, em relação à conduta esperada de um profissional de saúde, Tadeu deu as indicações e os suportes necessários ao paciente, não indo além disso.A afirmativa II está incorreta, pois, segundo o Código Penal, Mia não participou diretamente do ato em si, mas prestou auxílio para que José o executasse, o que não configura eutanásia, mas induzimento ao suicídio.A afirmativa IV está incorreta porque a prática de Mia não se configura como omissão de socorro, mas como induzimento ao suicídio, de acordo com o artigo 122 do Código Penal.A afirmativa V está incorreta porque, além de não aceitar o pedido de José, Tadeu orientou-o legalmente sobre a condição do suicídio assistido de acordo com a legislação brasileira. 6 Código: 40633 - Enunciado: Por se constituir como um direito fundamental, a saúde humana não pode ser objeto de experimentação que coloque em risco a vida, a dignidade ou a autonomia do paciente, do feto ou do doador de órgãos. Portanto, os limites da atuação dos profissionais da saúde estão baseados em questões como a limitação do direito ao aborto, às doações de órgãos e à disposição do próprio corpo. Com base nesse texto, avalie as assertivas a seguir e aponte as corretas:I. A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau, inclusive. II. Chama-se aborto terapêutico aquele praticado nas hipóteses em que a mãe corre risco de morrer em decorrência do parto ou da gestação, sendo admitido pela legislação brasileira e constituindo-se como uma das exceções legais à criminalização.III. É permitido à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, inclusive, desde que o faça por documento escrito e na presença de duas testemunhas. a) I e III. b) III. c) I e II. d) I, II e III. e) II. Alternativa marcada: d) I, II e III. Justificativa: Resposta correta: I, II e III. A afirmativa I está correta porque tem fundamento no artigo 4º da Lei de Transplantes (Lei nº 9.434/1997). A afirmativa II está correta porque é amparada pelo artigo 127 do Código Penal. A afirmativa III está correta porque está prevista no artigo 9º da Lei de Transplantes. 0,50/ 0,50 7 Código: 40773 - Enunciado: Leia o texto a seguir:Conselho Federal de Medicina torna mais difícil o "descarte" de embriões"O Conselho Federal de Medicina (CFM) alterou as normas para a reprodução assistida e reduziu o número de embriões que podem ser gerados em cada 0,75/ 1,50 procedimento. As novas regras foram publicadas no Diário Oficial da União na última terça-feira (15) e substituem as normas que estavam em vigor desde 2017.A resolução 2.294/21 estabelece que, a partir de agora, os médicos poderão gerar no máximo oito embriões em cada procedimento de fertilização in vitro. Antes, não havia um número máximo definido pelo CFM.No processo de reprodução assistida, é comum que o médico tente fertilizar um número elevado de óvulos, de forma a obter uma grande variedade de embriões e, assim, selecionar aqueles que aparentam ter mais chances de se desenvolver depois de implantados no útero. O procedimento, entretanto, acaba gerando um excesso de embriões que nunca serão utilizados.Pela nova resolução do CFM, o número máximo de embriões a serem implementados em um mesmo procedimento depende da idade da paciente. Mulheres abaixo dos 37 anos de idade podem receber dois embriões. A partir daí, o limite é de três. Os demais devem ser 'criopreservados' — ou seja, mantidos congelados a baixas temperaturas. Em tese, esses embriões podem ser reaproveitados no futuro e implementados no útero da paciente. Mas, quase sempre, eles permanecem congelados até que o 'descarte' possa ser feito."(Fonte: CASTRO, G. de A. Conselho Federal de Medicina torna mais difícil o “descarte” de embriões. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/conselho-federal-de-medicina-torna-mais- dificil-o-descarte-de-embrioes/. Acesso em: 2 ago. 2021. Com base nesse texto, produza um texto dissertativo sobre o uso de embriões humanos criopreservados. No seu texto, você deve abordar: a) A abordagem dada pela legislação brasileira.b) O uso de embriões criopreservados há mais de três anos. Resposta: Devido a ausência de legislação específica com aprovação no Congresso Federal, o Conselho Federal de Medicina Brasileiro atualiza constantemente suas resoluções sobre Reprodução Assistida. Portanto em 2021 novas regras éticas foram implementadas com o fim de substituir as anteriores de 2017. Com isso tal resolução tem como intuito regulamentar o uso de técnicas de reprodução assistida, tanto na proibição de venda e na regulamentação da doação de gametas e embriões. Outro aspecto primordial da resolução teve como princípio estipula o fim do limite máximo de 8 embriões a serem gerados em laboratório, e leva em consideração o desejo da paciente e família quanto a quantidade a ser implantada assim como a idade dos pacientes. Um fator determinante para evitar tal excesso de embriões, seria a criopreservação com tempo limite de 3 anos, ou seja, os embriões podem sofrer o processo de descarte, ao menos quando solicitado previamente por escrito, tem o direito dos pacientes de preservá-los por maior período em caso de falecimento ou divorcio dos genitores. Comentários: Você não tratou da abordagem dada pela legislação brasileira, assim como não tratou do uso de embriões criopreservados há mais de três anos. Justificativa: Expectativa de resposta:Os embriões humanos criopreservados podem ser destinados à pesquisa e terapias, se forem embriões inviáveis, ou se estiverem congelados há três anos ou mais. Podem ainda ser doados, desde que a doação seja anônima. Em qualquer desses casos, é necessária autorização expressa dos fornecedores do material genético, conforme previsão da Lei de Biossegurança. Os embriões podem ainda ser descartados, porém, nesta hipótese, a Resolução nº 2.168, de 2017, previa a necessidade de autorização dos fornecedores do material genético. Nesta hipótese, a autorização judicial pode suprir a vontade das partes quando essas não autorizem, quando não forem encontradas para se manifestar ou quando já forem falecidas. Como a legislação é lacônica, o Conselho Federal de Medicina, por meio de Resolução, também poderá exigir autorização judicial para descarte. Por fim, cabe lembrar que existe o ponto de vista segundo o qual o embrião é pessoa, portanto, pode ser adotado, todavia, essa última destinação é bastante controversa. 8 Código: 40645 - Enunciado: Leia com atenção o texto a seguir:Lara tem atualmente 15 anos de idade. Ela, pai e mãe são pessoas religiosas, e os preceitos religiosos de sua igreja fazem parte de seu cotidiano, ou seja, ela possui forte identificação com tais preceitos. Seu pai, Jonas, não é um devoto tão ortodoxo, de forma que não pratica os ensinamentos de maneira tão disciplinada 2,50/ 2,50 quanto Lara e Helena (a mãe). Há aproximadamente seis meses Lara passou a sentir intensa fraqueza, cansaço, dores de cabeça e febre com frequência. Em certa madrugada, Lara sentiu-se muito mal e foi levada ao hospital pelos pais. Até então ainda não se sabia qual era a causa do cansaço, da febre e das dores de cabeça que vinham acometendo a menina. Assim que a menor foi internada, já em estado pré-coma, uma série de mais de 30 exames foi realizada e Lara foi diagnosticada com um tipo raro de leucemia, diagnóstico do qual Lara não teve ciência em razão do quadro. Para que os médicos possam tentar salvar a vida da menina, uma transfusão, com a troca integral do sangue se faz necessária com a máxima urgência. Caso esta providência não seja adotada, Lara morrerá em poucos dias. O hospital Casa da Criançacomunicou a Jonas e Helena o quadro da menina e pediu autorização para realizar o procedimento, todavia, os pais se negaram a permitir a transfusão, sob o argumento de que, segundo os dogmas que professam, não é admissível qualquer tipo de hemoterapia. Diante da situação descrita, determine qual deverá ser a conduta da equipe médica diante do caso de Lara. Sua resposta deve abordar:a) A legislação vigente.b) A relação entre ética médica e liberdade religiosa. Resposta: Tal caso nos leva a reflexão quanto aos 2 temas cruciais de discursão na sociedade, o direito à vida e o direito de liberdade religiosa, No entanto de acordo com a resolução vigente o médico ao se deparar com recusa do paciente ao tratamento, ele deve seguir o código de ética médico, que determina que se o paciente estiver em sério risco de vida, o tratamento deve ser realizado, neste caso a transfusão sanguínea. Portanto, os médicos devem se sobrepor a crença religiosa da família da menor em questão, e realizarem tal procedimento, sendo assim respaldados pelo código de ética médico. Justificativa: Expectativa de resposta:O tema da transfusão de sangue por religiões que não são adeptas da hemoterapia é exemplo da colisão de dois direitos fundamentais: o direito à vida e o direito à liberdade de crença religiosa. A decisão dos pais de Lara se enquadra na ideia de “não consentimento informado”. Na hipótese vertente, a paciente é menor de idade (menos de 16 anos), o que torna a controvérsia ainda mais difícil, dada sua absoluta incapacidade jurídica. O debate bioético consiste, então, na legitimidade de que o representante legal decida se o incapaz vai ou não viver. A equipe médica, considerada a inexistência de lei expressa sobre o tema, deve seguir a determinação contida na Resolução nº 1.021/1980 do Conselho Federal de Medicina, a qual prevê que, se houver recusa em permitir a transfusão, o médico obedecerá ao seu Código de Ética: se houver risco iminente à vida do paciente, o médico deve realizar o procedimento, independentemente da vontade do paciente ou do responsável, com base no princípio da sacralidade da vida. Em conclusão, no caso de Lara, a equipe médica deve realizar a transfusão, independentemente da vontade dos pais da menina.
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