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Direito Civil familia e sucessoes -Aula 10 -Regime de Bens

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Direito Civil – Família e Sucessões
Regime de Bens
Prof. Ma. : Adriana Luna Cardoso
Curso de Direito Bacharelado
• De acordo com Cristiano Chaves e Nelson
Rosenvald:
• “regime de bens é o estatuto que disciplina os
interesses econômicos, ativos e passivos, de um
casamento, regulamentando as consequências em
relação aos próprios nubentes e a terceiros, desde a
celebração até a dissolução do casamento, em vida
ou por morte.” (2015, p. 273).
Regime de Bens: Noções Gerais
• PRINCIPIO DA LIBERDADE DE ESCOLHA DO REGIME
DE BENS: a configuração e as consequências de
cada regime de bens dependerão da escolha
realizada pelo casal, antes mesmo da celebração do
matrimônio, durante a fase de habilitação.
• Art. 1.639, CC.
• Art. 1.653, CC.
• E se o pacto antenupcial não for realizado ou for
inválido?
• Art. 1.640, CC.
Princípios norteadores dos Regimes de Bens:
• Relativiza-se a liberdade de escolha do regime 
patrimonial do casamento, impõe aos nubentes um 
regime específico.
• Art. 1.641, CC. (rol taxativo).
• Proibição de ordem pública.
• Prevalece sobre a vontade dos interessados.
• PRINCIPIO DA VARIEDADE DE REGIMES
• Os nubentes poderão quando da habilitação matrimonial
perante o cartório do registro civil de pessoas naturais,
livremente, eleger o regime de bens do casamento.
• Art. 1639, § 2º CC.
• Enunciado 262 da jornada de direito civil: “a
obrigatoriedade da separação de bens, nas hipóteses
previstas nos incisos I e III do art. 1.641 do Código Civil, não
impede a alteração do regime, desde que superada a causa
que o impôs.”
Mutabilidade do regime de bens:
• Art. 1.725, CC.
• “ Na União Estável, salvo contrato escrito entre os
companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que
couber, o regime de comunhão parcial de bens.”
• É realizado por meio de contrato de convivência, caso não houver rege-
se pelo regime da comunhão parcial de bens. Para alteração do contrato
é só fazer outro contrato, não se faz via judicial.
REGIME DE BENS NA UNIAO ESTÁVEL
• ADMINISTRAÇÃO DOS BENS: Atos que independem do consentimento
do consorte;
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher
podem livremente:
No Inciso I – autoriza a pratica de atos de disposição e de administração
necessários ao desempenho da profissão de cada cônjuge.
No inciso II – administrar seus próprios bens, que são aqueles excluídos da
comunhão.
Nos incisos III, IV e V – legitimação para que o consorte prejudicado possa
promover demanda em juízo em razão da conduta do outro, com vistas
reparação do prejuízo ou para anulação dos negócios ilegitimamente
firmados.
• ATOS QUE DEPENDEM DO CONSENTIMENTO DO 
CONJUGE Art. 1.647, CC.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode,
sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que
possam integrar futura meação.
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga,
quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível
concedê-la.
• PACTO ANTENUPCIAL
• “negócio jurídico pelo qual se regulamenta o regime
econômico do matrimônio, definindo, pois, o seu regime de
bens, apartando-se do regime legal supletivo (comunhão
parcial).” (FARIAS e ROSENVALD, p. 313, 2015).
• “Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura
pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.”
• Se os nubentes não se casam, mas passam a conviver em
união estável, o pacto antenupcial será admitido como
contrato de convivência, entre eles. Aproveita-se a vontade
manifestada entre as partes.
• Formalidades do Pacto Antenupcial:
• Pública: por isso deve ser celebrado por escritura
pública;
• Exige-se o registro do pacto em cartório de imóveis,
após a celebração do casamento, para ter efeitos
perante terceiros.
• PACTO REALIZADO POR NUBENTES MENORES DE
IDADE: os menores entre 16 e 18 anos de idade
precisam de consentimento para casar e da
assistência dos pais para celebrar o pacto
antenupcial válido.
• REGIMES DE BENS:
• Regimes de livre escolha: Comunhão parcial; comunhão
universal; separação convencional e a participação final
dos aquestos.
• Regime obrigatório: separação obrigatória ou legal de
bens, 1641, CC.
• REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS:
• “Entram na comunhão os bens adquiridos durante o
casamento, a título oneroso (compra e venda) ou eventual
(loteria), restando excluídos os bens adquiridos antes das
núpcias ou durante o matrimônio, a título gratuito (ex.
doação ou herança).” (FARIAS e ROSENVALD, p.321, 2015).
• Art. 1.658.
• Art. 1.659 e 1.661, CC: excluem-se da comunhão;
• Art. 1.660, CC: incluídos na comunhão;
• REGIME DE COMUNHAO UNIVERSAL DE BENS:
• Forma-se uma massa patrimonial única para o casal,
estabelecendo uma unicidade de bens, atingindo créditos e
débitos e comunicando os bens pretéritos e futuros. (FARIAS e
ROSENVALD, p.326, 2015).
• Art. 1.667, CC
• Art. 1.668, CC: excluem-se da comunhão.
• É imprescindível a anuência de cada esposo para a pratica de
atos de disposição (alienação ou oneração) sobre bens
imóveis, inclusive sobre aqueles, excepcionalmente, excluídos
da comunhão pelo art. 1668, CC, pelo fato de que os seus
frutos ingressam na comunhão.
• REGIME DE SEPARAÇÃO CONVENCIONAL OU ABSOLUTA DE 
BENS:
• É o regime que promove uma absoluta diáspora patrimonial,
obstando a comunhão de todo e qualquer bem adquirido por
cada cônjuge, antes ou depois do casamento, seja a título
oneroso ou gratuito. Outorga-se a cada esposo uma
independência absoluta quanto aos seus bens e obrigações,
no presente e no futuro. (FARIAS e ROSENVALD, p.331, 2015).
• O titular dos bens poderá explorá-lo economicamente,
independente da vontade do consorte. Não precisa de vênia
conjugal que dispõe o art. 1.647, CC.
• REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL DOS AQUESTOS:
• A participação final dos aquestos (vale lembrar que os
aquestos são os bens adquiridos onerosamente durante
a convivência) prevê que, durante a convivência
conjugal, o casamento fica submetido às regras da
separação convencional dos bens, porém, no instante
da dissolução matrimonial (seja por morte ou por
divórcio), incidem as normas atinentes à comunhão
parcial, comunicando-se os bens adquiridos
onerosamente por cada um durante a constância das
núpcias. (FARIAS e ROSENVALD, p.336, 2015).
• Art. 1.672, CC.
A P O I A D O R O F I C I A L
Estácio.
Há 45 anos, nossa vida é 
transformar a sua.
Obrigado.
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