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LS HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS ANESTÉSICAS Ao longo dos anos, as descobertas sofreram modificações, como a anestesia que no século XIX praticamente não existia. Os anestésicos sofram feitos através de observações realizadas anteriormente. Ambroise Paré: observação da compressão a sensibilidade a dor. Ex.: Usa o cabo de espelho para comprimir a região palatina e após isso introduzir a agulha. Comprimir a região diminui a sensação de dor. Hunter (sec. XVIII): nas batalhas, onde a neve predominava observou que quando era preciso amputação de membros (soldados) a presença do frio/gelo provocava isquemia e favorecia na hemostasia e sensibilidade periférica. Lerrey (1807): reinteirou o assunto sobre amputação de membro inferior sem relato de dor. Arnot (1851): ideia de concentrar mais o gelo usando mistura de gelo picado com sal marinho. O sal grosso é hipertônico e mantém por mais tempo a funcionalidade daquele gelo administrado dentro do recipiente. Richardson: mistura do gelo, sal marinho e cloreto de amônio, pois a amônia irrita o sistema nervoso central, então se a pessoa sofria desmaio devido ao procedimento executado dava amônia para ele cheirar promovendo o retorno da consciência. Muitas técnicas foram desenvolvidas durante as guerras A era da anestesia: Koller (1884)-cocaína (etroxylon coca/córnea), promove dormência e ativa o sistema nervoso central desencadeando mais estímulos/vontade/disposição. Procurou transformar a coca em pó e administrava na córnea para promover lesões de pálpebra (aplicação tópica). Niemam (1860): juntamente com o trabalho de Koller, procurou o uso da coca. Freud- fez observações do uso da morfina/cocaína em pacientes depressivos. A partir de observações de Freud, logo descobriu que a morfina/cocaína desencadeava independências psicológicas e físicas severas levando pessoas a práticas que fugiam do seu perfil normal, e assim foi condenado a utilização de forma crônica. Schleich (1892)-diluiu a cocaína com água destilada/soro fisiológico e fez uma técnica de anestesia infiltrativa. Observou que o paciente se queixava menos. Braun (1902)- associou a solução desenvolvida por Schleich com adrenalina (Torniquete biológico). Einhorn (1904)- a partir da coca, desenvolveu o 1º anestésico local, procaína (éster), anestésico foi considerado como anestésico padrão por 50 anos. Usada na Odontologia. Todo éster promove alterações adversas, ultimamente usa-se de forma tópica. Anestésicos puramente éster não existe de forma local (anestésico local). Lofgren(1943)- descobriu a lidocaína (amida) que foi precursora de todos os anestésicos locais prilocaína (1950), bupivacaína (1966), etidocaína (1976). Anestésicos locais são derivados das amidas. São muito mais seguras. Lidocaína possui resposta clínica muito satisfatória. Não tem metabolização no plasma sanguíneo. A chance de ter reações adversas são mínimas. Usada em grávidas, pacientes cardiopatas. Para uma anestesia eficaz, a dose é tão importante quanto a técnica empregada. A anestesia local foi definida como a perda da sensibilidade de uma área circunscrita do corpo causada pela depressão da excitação das terminações nervosas ou pela inibição do processo de condução dos nervos periféricos. O que difere aquilo que é remédio e veneno é a dose LS Paciente com movimentos involuntários da língua: pode ser pelo uso crônico de diversos medicamentos como Paroxetina (antidepressivo), carbamazepina (neuropatia), alprazolam (ansiedade), Rivotril (tranquilizante), etc. e não necessária uma neuvralgia. FARMACOCINÉTICA A maioria dos anestésicos locais são vasodilatadores (apresentando graus variados)- sem vasoconstrictores. Amidas/Ésteres são vasodilatadores. A procaína é mais vasodilatadora comparada a outros ésteres. Amidas são os de primeira escolha e os ésteres apenas em uso tópico. A cocaína inibe as catecolaminas (especialmente a noradrenalina). Deixando esta última livre, prolonga sua ação vasoconstrictora. Adrenalina é uma catecolaminas endógena produzida na glândula suprarrenal. Atua nos receptores alfa e beta enquanto a noradrenalina atua só nos receptores alfa. Adrenalina é mais eficaz. Catecolaminas são um grupo de hormônios semelhantes, produzidos na medula adrenal, na porção interna das glândulas adrenais. OBS: esta inibição não foi observada em outros AL tipo lidocaína e bupivacaína. CLASSIFICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS Ésteres do ácido benzoico: Butacaína, cocaína, aminobenzoato de etila (benzocaina), hexilacaína, piperocaína, tetracaína. Ésteres do ácido para-aminobenzoico: cloroprocaína, procaína e proproxicaína. Amidas: articaína, bupivacaína, dibucaína, eridocaína, lidocaína, mepivacaína, prilocaína, ropivacaína. Quinolinas: centbucridina. Principais AL no Brasil: articaína, benzocaína, bupivacaína, cloroprocaína (éster), lidocaína (amida), mepivacaína, prilocaína, procaína e tetracaína (éster e tópico). Articaína com adrenalina: parte é éster e outra amida. Lidocaína com adrenalina: extremamente seguro. Grávidas e cardiopatas. Benzocaína é de uso tópico. Bupivacaína usada por bucomaxilofacial, pois dura a anestesia por 6-8horas. Contraindicado para crianças (pode promover traumas na mucosa devido ao tempo de anestesia). É cardiotóxico, então é contraindicado para quem tem problemas na musculatura estriada cardíaca. Mepivacaína: evolução da lidocaína. Potencial de anestesia maior que lidocaína. Prilocaína: priloneste, cidoneste, citocaína, citaneste (tudo cloridrato de prilocaína). Articaína por ser éster e amida aumenta o potencial anestésico e tem indicações especificas. Articaína e a mepivacaína tem potencial maior que a lidocaína. MECANISMO DE AÇÃO 1. Alterando o potencial de repouso básico da membrana nervosa; 2. Alterando o potencial limiar (endoneuro/perineuro/epineuro); diminuindo a velocidade da despolarização. 3. Prolongando a velocidade da repolarização O neurônio possui região responsável por captar o impulso nervoso e outra por transmitir esse impulso. Células-tronco originam as demais células. Bainha de mielina: camada de gordura que reveste o neurônio. O neurônio em repouso apresenta superfície externa positiva e interna negativa. Quando os neurotransmissores são captados pelos dendritos terá a despolarização dessas superfícies (trocam de superfície), saída de sódio e entrada de potássio e o impulso saltatório até chegar em outros repassando esse impulso. O anestésico impede a despolarização da membrana das células nervosas. LS ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO São distribuídos para todos os tecidos do organismo (cérebro, coração, pulmão e rins). O músculo estriado embora não seja tão perfundido contém maior concentração de anestésico local pois constitui maior massa tecidual do corpo. A membrana plasmática de um AL (anestésico local) reflete sobre a toxicidade de alguns órgãos alvo. Diferença entre toxicidade e alergia: reação alérgica independe da concentração de anestésico. Já a toxicidade está relacionada a quantidade de anestésico que a pessoa tomou. Fatores que influenciam os níveis sanguíneos: 1. Velocidade de absorção da substancia para o sistema cardiovascular (um jovem absorve mais rápido que uma pessoa mais velha). 2. Distribuição do sistema cardiovascular para os tecidos. Em pacientes saudáveis é mais rápido do que em comprometidos sistemicamente. Ex.: uma pessoa com dengue e com uso excessivo do paracetamol/tylenol pode levar a hepatotoxicidade exacerbando dengue hemorrágica. Não administrar anestésico em paciente hepatotóxico que sua metabolização seja no fígado para não sobrecarregar o órgão ou paciente com problema renal e usar anestésico metabolizados nos rins. 3. Eliminação por vias metabólicas excretoras (rins, pulmão, coração, fígado). PROPRIEDADES IDEAIS 1. Não deve irritar o tecido no qual é aplicado; 2. Não deve determinar qualquer alteração permanente da estrutura do nervo (articaína é neurotóxico podendo causar parestesia permanente ou transitória no nervo lesionado após cirurgia); 3. Sua toxicidade sistêmica deve ser pequena (seleção do anestésico amidas); 4. Deve ser eficaz, independente de ser injetado no tecido ou aplicado localmente nas mucosas(tópico ou local); 5. O intervalo de tempo até o surgimento da anestesia deve ser o menor possível; 6. A duração da ação deve ser longa o bastante para permitir o término do procedimento, embora não tão longa a ponto de exigir uma recuperação demorada (anestésicos em crianças); 7. Deve ter potência suficiente para proporcionar uma anestesia completa, sem uso de soluções com concentrações prejudiciais; 8. Deve ser relativamente inócuo (não causa dano) no que diz respeito a reações alérgicas; 9. Deve ser estável em solução sem sofrer biotransformação rápida no organismo; 10. Deve ser estéril. Em crianças muitas das vezes não há necessidade de um bloqueio regional. Fazendo a infiltrativa já basta, mesmo em mandíbula que ainda está porosa (dentes decíduos). Necrose tecidual: a medida que diminui o vasoconstrictor na solução consequentemente maior potencial de ação correndo risco de necrose tecidual. METABOLIZAÇÃO Ésteres são hidrolizados no plasma pela enzima pseudocolinesterase, as reações alérgicas estão relacionadas a metabolização dos ésteres como PABA (Ácido para- aminobenzoico). Amidas tem sua biotransformação mais complexa que dos ésteres. O local primário é o fígado principalmente para LS lidocaína, mepivacaina, etidocaina e bupivacaina. A prilocaína sofre metabolização primaria no fígado e após pulmão. Primeiramente não produz metahemoglobinemia mais seu metabólico sim. Contraindicada para grávidas e pacientes com problemas na musculatura estriada cardíaca (a prilocaína faz contração involuntário do músculo estriado) Articaína é uma molécula híbrida contendo componentes tanto éster quanto amida. Mais indicada em pacientes hepatopata Plasma é a matriz intercelular do sangue. É o que leva na sua concentração sais minerais, proteínas carregadoras, proteínas que participam do processo de coagulação. Ésteres são metabolizados no sangue. Amidas são metabolizadas no fígado. Contraindicado anestésico do tipo amida para paciente hetatopata. Indica anestésico parte éster e parte amida (articaína), pois exige menos do fígado. Metahemoglobinemia: alteração a cadeia molecular da hemoglobina. Hemoglobina é a molécula responsável pelo transporte de oxigênio. O vasoconstrictor da prilocaína é a felipressina ou octapressin. O vasoconstrictor é capaz de fazer contração do útero e assim contraindicado para grávidas evitando um parto prematuro. E em pacientes com angina pode aumentar a angina. Indicado para paciente diabético descompensado, pois devido à ausência da adrenalina, o vasoconstrictor não atuará no pâncreas (produção da insulina). Prilocaína atua na túnica média dos vasos. EXCREÇÃO Rins- excretor primária, sua excreção se da de acordo com a substância (através da urina). Ésteres- pequena concentração na urina quase todo hidrolisado no plasma sanguíneo. A procaína encontra-se 90% como PABA e cocaína 10%. Amidas: são encontradas na urina em maior concentração como compostos que os ésteres. OBS: Doenças renais significativas como glomeronefrites, pielonefrites e pacientes em diálise contra indicam a administração de alguns anestésicos locais. A bupivacaina, ropivacaina, etidocaina são cardiotóxicos. ÉSTERES X AMIDA Porção lipofílica é a que garante a entrada do anestésico para dentro da membrana celular Ésteres tem maior potencial alérgico devido a sua metabolização ser no plasma sanguíneo. Metabolizado no plasma sanguíneo Baixa duração de efeito e altas concentrações Alto potencial alergênico Indicado para anestesia tópica Metabolizado pelas enzimas hepáticas Maior duração de efeito Baixo potencial alergênico Indicado para anestesia injetável LS INTRODUÇÃO São bases fracas pouco solúveis em água. Com pouco valor clínico, que é aumentado quando acrescido de um ácido (um sal- normalmente um cloridrato). Tornando-se estável e hidrossolúvel. É diluído em soro ou água destilada. Quando combinado com um vasopressor um antioxidante é acrescentado. Normalmente um bissulfito. Possui o Ph 7.4. Todo anestésico é adicionado a um sal. ANESTÉSICO DO TIPO ÉSTER Procaína: Metabolismo: a fase hepática é muito pequena, por isso é o anestésico de 1ª escolha em pacientes portadores de hepatopatias. Apresentação comercial: concentração de 2% com vasoconstrictores adrenérgicos (1:100.000 de adrenalina e 1:20.000 de felinefrina). Potência: baixa Toxicidade: muito alta. Posologia: 15 a 20 mg/kg Antigênicidade (alergia): alta. Inicio de ação: lento Duração da ação: curta. Proproxicaína: Apresentação comercial: concentração de 0,4¨% junto com procaína a 2% e vasoconstrictores adrenérgicos. Potência: 16x mais que a procaína. Toxicidade: altamente tóxica Posologia: 6 a 7 mg/kg Antigênicidade: alta. Duração da ação: moderada. ANESTÉSICO DO TIPO AMIDA Lidocaína Apresentação comercial: concentração de 2% com vasoconstrictores adrenérgicos. Potência: moderada. Toxicidade: baixa. Posologia: 7 mg/kg com noradrenalina a 1:50.000; 10 mg/kg com adrenalina a 1:100.000; 3 a 4 mg/kg com solução plena. Rara antigênicidade. Início de ação: rápido. Duração da ação: moderada Prilocaína: Apresentação comercial: concentração de 3% com octapressin como vasoconstrictor Potência: moderada, porém inferior à Lidocaína e Mepivacaína Toxicidade: alta e grave. Posologia: 7 mg/kg, devido a toxicidade recomenda-se a dose de 4 mg/kg em áreas vascularizadas. Inicio de ação: rápido LS Duração da ação: moderada Não atua na parte externa dos vasos. Não atua em receptores alfa (vasos periféricos) e beta (coração). Esses receptores estão no pâncreas e são capazes que aumentar a insulina. Usado em paciente com diabetes descompensado. O problema de um procedimento em diabéticos é a hipoglicemia (pode matar) e não a hiperglicemia. Bupivacaína: Apresentação comercial: concentração de 0,05% plena e com adrenalina 1:200.000 Potência: alta, cerca de 4x maior que a lidocaína Toxicidade: 4x maior. É cardiotóxico. Posologia: não deve ultrapassar 90 mg (0.5 mg/ml = 18ml = 10 tubetes) Inicio de ação: moderado Duração da ação: longa Articaína: Apresentação comercial: concentração de 4% com adrenalina. Posologia: 7 mg/kg Início de ação: rápida. Duração da ação: moderada Indicados para pacientes com hepatotoxidade e contraindicado para pacientes alérgicos. Precauções e restrições em relação aos pacientes com doença de fundo comprovadamente alérgicos (asma, febre do feno, rinite) especialmente em crise aguda. Articaína é metabolizada no sangue (plasma)e pode desencadear alergia. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE UMA SOLUÇÃO ANESTÉSICA 1. Avaliação do limiar de dor do paciente: pacientes com limiar de dor normal ou pacientes com baixo limiar de dor. Alguns pacientes ainda sentem após alguns tubetes anestésicos. 2. Tipo de procedimento: clínico ou cirúrgico. 3. Extensão do procedimento: curta duração ou longa duração. 4. Avaliação das condições médicas do paciente: pacientes saudáveis ou pacientes com comprometimento sistêmico. Componentes do anestésico local: Anestésico local; Vasopressor; Conservante do vasopressor; Cloreto de sódio; Água destilada. INTRODUÇÃO Os vasoconstrictores são drogas que contraem os vasos sanguíneos e, assim, controlama perfusão do tecido. Os vasoconstrictores são adicionados às soluções anestésicas pelos seguintes motivos: Reduzem o fluxo sanguíneo (perfusão) para o local da injeção em consequência da constrição dos vasos sanguíneos; Retardam a absorção do anestésico local para o sistema cardiovascular, o que resulta em níveis mais baixos do anestésicos no sangue; Níveis menores de anestésico local no sangue diminuem o risco de toxicidade; Volumes maiores do anestésico local permanecem no nervo e a sua volta por períodos mais longos, aumentando assim a duração da ação de muitos anestésicos locais; Reduzem o sangramento no local de sua administração e, portanto, são uteis quando se prevê hemorragia importante. LS Vasoconstritores: adrenalina, noradrenalina, felipressina, felinefrina. Na superfície externa dos vasos sanguíneos temos receptores alfa e beta, onde atua a adrenalina, noradrenalina e felinefrina. Anestésicos com felipressina ou octapressin atuam na túnica média do vaso (parte interna). Se o pâncreas produz a insulina e os responsáveis pela síntese da insulina são os receptores alfa. O anestésico ao cair no sangue e passar pelo pâncreas não irá interferir na insulina e nem na pressão arterial. Conservantes do vasopressor: metabissulfito de sódio ou metilparabeno é o que podem causar a reação alérgica no paciente. São administrados com a intenção de manter conservado o vasoconstrictor. Em caso de alergia, usar anestésico sem vasoconstrictor. FARMACOLOGIA DOS VASOCONSTRICTORES São classificados como catecóis (apresentam um OH na terceira e quarta cadeia do anel aromático) ou animais (apresentam um grupo de NH2 na cadeia lateral alifática). Aminas simpatomiméticas. Adrenalina: atua em receptores alfa e beta (espelhado pelo todo organismo). Noradrenalina: atua sobre os receptores alfa (90%) e beta (10%). ¼ da potência da adrenalina. Fenilefrina: atua diretamente sobre os receptores alfa (95%), apresenta 5% da potência da adrenalina. Felipressina (octapressin): análogo do hormônio antidiurético. Atua em receptores V1 (vênulas) presentes em vasos sanguíneos. COMO CALCULAR A QUANTIDADE MÁXIMA DE TUBETES ANESTÉSICOS Deve ser calculado em função de 3 parâmetros: 1. Concentração do anestésico na solução; 2. Doses máximas recomendadas 3. Peso corporal do paciente. Quanto a concentração, uma solução a 2%, independentemente de qual seja o anestésico, contém 2g do sal em 100 ml de solução, ou 20mg/mL. Da mesma forma, soluções a 0,5%, 3% ou 4% deverão conter, respectivamente, 5mg, 30mg ou 40mg/mL da base anestésica por mL da solução. Exemplificando: Solução de lidocaína a 2% Contém 2g do sal em 100ml de solução = 20mg/ml 20mg x 1,8 ml (volume contido em 1 tubete) = 36 mg Isto significa dizer que cada tubete anestésico contém 36mg de lidocaína, quando empregada na concentração de 2%. Dose máxima de lidocaína = 4,4 mg/kg de peso corporal. Dose máxima para um adulto com 60kg = 264mg: 36mg = 7,3 tubetes. Portanto, o volume máximo de uma solução de lidocaína a 2%, para um adulto com 60kg é equivalente ao contido em aproximadamente 7 tubetes. Anestésicos locais nas concentrações atualmente disponíveis no Brasil, com suas doses máximas para adultos saudáveis (adaptado de Malamed): Alfa e beta Com vasoconstrictor Sem vasoconstrictor O anestésico com vasoconstrictor pode ser usado mais tubete pelo fato da sua ação e com isso retardando mais o efeito anestésico. Vaso sanguíneo LS EQUIPAMENTOS Seringa tipo Carpule: acopla o carpule (tubete) e vazada para ser visível a aspiração (refluxo). Agulha (32mm, 25mm 20mm): bisel sempre voltado para o osso. Anestésico tópico (benzotop): tipo ésteres. Derivado da coca. Anestesia parte externa da mucosa. Observar se há refluxo sanguíneo no tubete anestésico. A agulha de 20 mm (infantil) a luz (diâmetro) da agulha é pequena sendo satisfatório no procedimento, pois o traumatismo na fibra mucosa gengival será menor atentando que a odontopediatria não lançamos mão do bloqueio regional, pois a concentração de colágeno e proporcionalidade de calcificação menor, favorecendo a difusão do anestésico (crianças com apenas dentes decíduos). Anestesia infiltrativa na mandíbula em crianças é eficaz por ser um osso ainda poroso Agulha: quanto maior o calibre, menor a luz da agulha. Se a aspiração for positiva (agulha penetrou no vaso sanguíneo), o tubete não fica inviável de ser usado novamente, porém dificulta para visualizar se terá nova aspiração positiva ou não. Então se aconselha não fazer o uso novamente após uma aspiração positiva. INTRODUÇÃO O nervo de predominância de atuação na Odontologia é o nervo trigêmeo. É um nervo misto (sensitivo e motor), é sensitivo nas estruturais faciais (região supra/infraorbital, mentual,) e motor nos músculos da mastigação (músculo temporal, masseter, pterigoideo medial e lateral, digástrico). Parte sensitiva: vai da glabela até a sínfise (mento) e do meato acústico externo bilateralmente (músculos da face). Parte motora: músculos da mastigação. O nervo responsável pela inervação motora dos músculos da mímica facial é o nervo facial (VII). Fazer anestesia em um molar superior de forma excessiva pode fazer o anestésico extravasar e pegar em algum ramo que inerva o músculo bucinador (músculo facial) e o paciente ficar com um sorrido torto (paralisia) por um tempo. O ramo maxilar sai pelo forame redondo (crânio), mandibular sai pelo forame oval (crânio), e o oftálmico sai pelo fissura orbital. O nervo maxilar ao sair pelo forame redondo cai na fossa ptérigomaxilar ou ptérigopalatina. Foto 1: gânglio trigeminal (de gasser), através de uma raiz terá três ramos (oftálmico, maxilar e mandibular). Foto 2: ramos do nervo oftálmico. Adentra a fissura orbital dando sensibilidade ao periósteo da orbita, e sai pela região infraorbital. Esse nervo oftálmico não é responsável pelo ramo infraorbital. O infraorbital é ramo do nervo maxilar. Foto 3 e 4: fossa ptérigopalatina. Foto 5: nervos que fazem parte do nervo maxilar (palato). O nervo alveolar médio superior é ramo do nervo infraorbital. Foto 1 Foto 2 Foto 4 Foto 5 Foto 6 Fossa pterigomaxilar LS Se caso faço a anestesia na região do 2ºmolar superior (fossa pterigomaxilar) irá anestesiar o nervo palatino também. A técnica anestésica do palato é uma técnica complementar. Isso é devido à saída do forame redondo sair na fossa pterigomaxilar que irá criar ramos palatinos e maxilares. Foto: nervo mandibular ao cair na fossa infratemporal dará ramos bucal (1), lingual (2) e alveolar inferior (3), e a divisão do n. alveolar inferior que é o mieloide(4- inerva ventre anterior do digástrico). O n. bucal corre pelo assoalho de boca e da sensibilidade dos 2/3 da língua. INFILTRATIVA LOCAL Pequenas terminações nervosas na área do tratamento odontológico são infiltrados com solução de anestésico local. Bisel voltado para a fibromucosa (técnica supraperióstea). BLOQUEIO DO NERVO O anestésico local é depositado próximo ao tronco nervoso principal, geralmente distante do local de inervação. BLOQUEIO DO CAMPO A solução anestésica é infiltrada próxima dos ramos nervosos terminais maiores. TÉCNICA DE INJEÇÃO MAXILAR Supraperióstea: sempre que os procedimento odontológicos são limitados a uma área relativamente circunscrita, no maxilar ou mandíbula. Indicações: anestesia pulpar e anestesia dos tecidos moles. Contraindicações: infecção ou inflamação aguda na área (risco de disseminar a infecção); osso denso. Vantagens: alta taxa de sucesso; injeção fácil e atraumática. Bloqueio do nervo alveolar superior posterior (ASP): sempre que os procedimentos odontológicos forem limitados aos molares superiores e tecidos periodontal bucal e osso subjacentea esses dentes. Indicações: tratamento envolvendo dois ou mais molares maxilares; quando a injeção supraperiosteal está contraindicada ou ineficaz. Contraindicações: quando o risco de hemorragia é grande (hemofilia). Se pegar no plexo venoso pterigoide pode ter sangramento intertecidual formando hematoma enorme (se ocorrer deve finalizar o procedimento). Vantagens: atraumática; eleva taxa de sucesso; menos injeções e solução anestésica. Bloqueio do nervo alveolar superior médio (AMP): quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produz anestesia. Indicações: quando o bloqueio do nervo infraorbitário não produzir anestesia e para procedimentos envolvendo apenas pré-molares. Contraindicações: infecção ou inflamação na área da injeção; Vantagens: minimiza o número de injeções e o volume de solução. Bloqueio do nervo alveolar superior anterior: produz profunda anestesia pulpar e dos tecidos moles da boca, desde o incisivo central maxilar até os pré-molares. O n.alveolar inferior sair pelo forame mentual dando ramos para os ramos dentários, trocando fibras com o n. alveolar do lado oposto. LS Indicações: para dois ou mais dentes maxilares e tecidos sobrejacentes; inflamação ou infecção; injeções supraperiosteais ineficazes. Contraindicação: áreas de tratamento distintos; hemostasia de áreas localizadas. Vantagens: técnica simples; segura; minimiza o volume de solução. Anestesia do palato duro: necessária para procedimentos odontológicos que envolvem manipulação dos tecidos moles ou duros do palato. Penetrar anestesia até a região ficar isquêmica. TÉCNICAS DE INJEÇÃO MANDIBULAR Bloqueio do nervo alveolar inferior: é uma técnica particularmente útil para tratamento do quadrante. Nervos anestesiados são os nervos alveolar inferior, incisivo, mentoniano, lingual e bucal. Indicações: procedimentos em múltiplos dentes mandibulares em um quadrante, dos tecidos moles e da boca e da língua. Contraindicações: infecção aguda ou inflamação aguda; pacientes que poderiam morder o lábio/língua. Vantagens: uma injeção produz uma grande área de anestesia. Ao afastar a bochecha, será visível o ramo ascendente da mandíbula, o trígono retromolar e o ligamento pterigomandibular, formando um triângulo. A carpule fica sobre os pré-molares do lado oposto onde será injetado o anestésico, levando na região do forame mandibular. Bloqueio do nervo incisivo: responsável pela inervação sensitiva dos tecidos moles bucais situados anterior ao forame e dos tecidos moles do lábio inferior e do queixo no lado da injeção. Indicações: quando não estiver indicado o bloqueio do nervo alveolar inferior. Contraindicações: infecção aguda ou inflamação aguda. Vantagens: alta taxa de sucesso; produz anestesia da polpa e dos tecidos duros sem anestesia lingual. Bloqueio do nervo mentual: responsável pela inervação sensitiva dos tecidos moles bucais situados anterior ao forame e dos tecidos moles do lábio inferior e do queixo no lado da injeção. Indicações: quando for necessária anestesia dos tecidos moles para procedimentos mandibulares anteriores ao forame mentoniano. Contraindicações: infecção aguda e inflamação aguda. Vantagens: alta taxa de sucesso; tecnicamente fácil; atraumático. COMPLICAÇÕES LOCAIS Trismo: contração involuntário do músculo que foi anestesiado. Parestesia: sensação de dormência. Paralisia facial: pode ser transitório ou permanente. Fratura da agulha; Úlceras traumáticas: infiltrar lentamente no palato o anestésico devido ao risco de necrose ou úlcera. Dor pós-anestesia; Hematomas (região mentual). Não reutilizar o mesmo tubete após aspiração positiva em uma técnica troncular, mas na infiltrativa na papila pode. COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS LS Reações alérgicas (devido ao conservante do anestésico e independe da quantidade de anestésico) e reações tóxicas (relacionada à quantidade de anestésico). Conservantes do anestésico: metabissulfito de sódio e metilparabeno.S Farmacodinâmica é o estudo das ações farmacológicas e dos efeitos clínicos da droga no corpo. Farmacocinética é o estudo de fatores que alteram a concentração de uma droga no corpo. Drogas agonistas (agonistas competitivas) X antagonistas Característica das drogas- lipofílicas. Titulação da droga/sobresedação. Fígado (CYP-450)- oxidação, redução, hidrólise e conjuração.
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