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DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO | INTERAÇÃO CELULAR 1ª SEMANA: ● Clivagem; ● Implantação; 2ª SEMANA: ● Placentação; ● Formação do embrião didérmico e dos anexos embrionários; 3ª SEMANA: ● Gastrulação; ● Neurulação; ● Diferenciação do mesoderma; 4ª SEMANA: ● Dobramento (ou fechamento) do embrião; ● Derivados dos folhetos embrionários. AULA 1 - Clivagem do Embrião (kátia carneiro) INTRODUÇÃO A gravidez humana é subdividida de diferentes maneiras para facilitar o entendimento das mudanças que ocorrem durante o desenvolvimento do organismo. Embriologistas usam tipicamente “períodos”: o período do ovo (geralmente desde a fertilização até o final da 3ª semana); o período do embrião (geralmente do início da 4ª semana até o final da 8ª); e o período do feto (desde o início do 3º mês até o nascimento). ZIGOTO (célula totipotente) → MÓRULA → BLÁSTULA (MCI, trofoblasto origina a placenta e são células pluripotentes placentárias, blastocele) → GÁSTRULA (folhetos embrionários com células multipotentes) → NÊURULA FATORES TRANSCRICIONAIS DE PLURIPOTÊNCIA: sox, oct 4, mtk, odx 2, NOG, KLS, CDX… DESDIFERENCIAÇÃO CELULAR (estudar) A reprogramação de IPS Onde? Na transição mórula-blástula Quando? Na primeira semana do desenvolvimento Como? Existem 6 fases da embriogênese: 1. Gametogênese: a formação dos gametas, do óvulo e do esperma; 2. Fertilização: a união entre os gametas até a formação do zigoto; 3. Clivagem: série de rápidas divisões celulares que irão resultar primeiramente na formação da mórula, uma sólida massa de células, e depois na formação do blastocisto, uma bola oca de células contendo uma cavidade central; 4. Gastrulação: o rearranjo de células em três folhetos germinativos: a ectoderme, a mesoderme e a endoderme; Formação do tubo dentro do tubo e do plano corporal: consiste numa forma cilíndrica do corpo embrionário formado por um outro tubo ectodérmico (a futura pele) e um tubo ectodérmico interior (o tubo intestinal) 5. Organogênese: a formação de órgãos rudimentares e sistemas Durante a gastrulação, os três eixos corporais primordiais são estabelecidos. No embrião e no feto, esses eixos são chamados de dorso-ventral, crânio-caudal e médio-lateral. E são equivalentes, respectivamente, ao antero-posterior, superior-inferior e medial-lateral no adulto. Zigoto – Formado na fertilização antes do ovo se tornar multicelular; Mórula – Formado após a clivagem do zigoto por mitose dando origem a uma massa de múltiplas células (as células da mórula e posteriormente do blastocisto são chamados de blastômeros). 6. Blastocisto: uma massa celular composta por uma cavidade central preenchida por fluidos que se formam após a mórula. Durante a clivagem, o zigoto se divide por mitose em duas células, cada uma se divide rapidamente em outras duas células (cada uma). Esse processo continua a se repetir, formando rapidamente uma bola sólida de células nomeada mórula. Clivagem se diferencia de uma divisão convencional de uma célula que ocorre em vários tipos celulares ao decorrer da vida do organismo, assim como cada célula filha gerada possui a metade do tamanho de sua célula mãe. Após uma divisão celular convencional, as células crescem até ter o tamanho da célula-mãe antes de se submeterem a uma outra rodada de divisão. Propósitos da clivagem: aumentar a proporção nuclear-citoplasmática, que consiste no volume de núcleo comparado ao volume de citoplasma; gerar um embrião multicelular. O embrião formado após a fertilização, passa por um estágio de divisões celulares, clivagens, enquanto viaja pelo oviduto para o útero. No estágio de 8 a 16 células, as células da mórula se diferenciam em dois grupos de células: uma camada periférica, trofoblasto, e uma massa interna, embrioblasto. O trofoblasto forma componentes fetais da placenta e membranas extraembrionárias associadas. O embrioblasto dá origem ao embrião propriamente dito e a membranas extraembrionárias associadas. No estágio de 30 células, o embrião começa a formar uma cavidade central preenchida por fluidos, a cavidade blastocística. Pelo 5º ou 6º dia de desenvolvimento, o embrião é uma bola oca de aproximadamente 100 células denominada blastocisto. Nesse ponto, ele entra pela cavidade uterina e começa a se implantar pelo endométrio da parede uterina. Os fatores extrínsecos, localizados no citoplasma celular, regulam a expressão gênica do núcleo. CLIVAGEM DO EMBRIÃO Dentro das 24h após a fertilização, o zigoto inicia uma rápida série de divisões mitóticas chamadas clivagem. Essas divisões não são acompanhadas pelo crescimento celular, então elas subdividem o zigoto em células menores chamadas blastômeros. O embrião como um todo não aumenta de tamanho durante a clivagem e permanece envolvido pela zona pelúcida, uma camada de glicoproteínas que circunda o embrião (inicialmente circunda o ovócito). Na segunda divisão, que está completa 40h após a fertilização, produz 4 blastômeros iguais. Pelo 3º dia, o embrião consiste em 6 ou 12 células e no 4º dia, de 16 a 32 células. O embrião nesse estágio é chamado de mórula. As células da mórula dão origem não somente ao embrião propriamente dito e as membranas extra embrionárias associadas, como também a parte da placenta e estruturas relacionadas. As células que irão seguir diferentes caminhos de desenvolvimento começam a se segregar durante a clivagem. No estágio de 8 células, os blastômeros que estavam originalmente redondos e pouco aderentes começam a ser achatar, desenvolvendo uma polaridade fora-dentro que maximiza o contato célula-célula entre blastômeros adjacentes. Com o desenvolvimento diferencial de adesão, as superfícies das células de fora se tornam convexas e as superfícies das de dentro se tornam côncavas para que haja a compactação, também envolve mudanças no citoesqueleto do blastômetro. Dessa forma, alguns blastômeros segregam para o centro da mórula e outros para fora. Os blastômeros localizados no interior são chamados de massa celular interna, enquanto os blastômeros da periferia constituem o trofoblasto. Devido ao fato de que a MCI dá origem ao embrião propriamente dito, também é chamada de embrioblasto. O trofoblasto é a fonte fetal primária da placenta. Em 4 dias de desenvolvimento, a mórula já tem 30 células e começa a absorver os fluidos. Primeiramente, o trofoblasto se assemelha a um epitélio, no qual as células estão fortemente aderidas entre si. Essa adesão é resultante do depósito na lateral das células de E-caderina (uma molécula de adesão cálcio dependente) e de junções. As células do trofoblasto possuem uma polaridade na membrana basal sódio/potássio ATPase, permitindo que elas transportem e regulem a troca metabólica entre o interior da mórula e o exterior (o ambiente maternal, oviduto). Essas ATPases sódio/potássio bombeiam sódio para o interior da mórula e a água segue para esse interior por osmose, gerando o aumento de pressão desse fluido até que forme uma cavidade chamada de blastocele. No momento em que as células do embrioblasto formam uma compacta massa ao lado dessa cavidade e o trofoblasto se organiza num folheto fino de uma camada epitelial-like, o embrião passa para a fase de blastocisto e o lado que possui a massa celular interna é chamada de pólo embrionário do blastocisto, bem como o lado oposto é chamado de pólo abembryonic. A mórula alcança o útero entre 3 a 4 dias de desenvolvimento. No 5º dia, o blastocisto sai da zona pelúcida através do espaço criado enzimaticamente para que ele seja expelido, tornando-se livre de seu revestimento original para interagir diretamente com o endométrio e fortemente aderido à parede uterina. As células adjacentes do estroma do endométrio respondem a sua presença e à progesterona secretada pelo corpo lúteo, tornando-se metabolicamente ativas, células secretoras chamadas de células deciduais. Essa resposta é chamada de reação decidual. A parede do útero se torna mais vascularizada devido ao aumento das glândulas endometriais. Pensa-se que a secreção das células deciduais e das glândulas do endométrioinclui fatores de crescimento e metabólitos que suportam o crescimento do embrião implantado. O revestimento do útero é mantido num estado favorável pela descamação regulada pela progesterona secretada pelo corpo lúteo. Na ausência de um embrião implantado, o corpo lúteo normalmente se degenera após 13 dias. Entretanto, se um embrião se implanta, as células do trofoblasto produzem o hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG), que suporta o corpo lúteo e mantém o fornecimento de progesterona (reconhecimento materno da gravidez). O corpo lúteo continua a secretar esteróides sexuais por 11 a 12 semanas do desenvolvimento embrionário, após isso a placenta passa a secretar grandes quantidades de progesterona e o corpo lúteo começa a involuir lentamente, formando corpus albicans. Ocasionalmente , o blastocisto se implanta na cavidade peritoneal, na superfície do ovário, dentro do oviduto ou em um lugar anormal no útero. O epitélio desses sítios anormais respondem à implantação do blastocisto com aumento da vascularização e outras mudanças de suporte, dessa forma o blastocisto está apto a sobreviver e começar seu desenvolvimento. Enquanto isso, a implantação continua. O trofoblasto se diferencia em duas camadas: um trofoblasto celular, chamado citotrofoblasto, e uma camada sincicial periférica, o sinciciotrofoblasto. Essas camadas de trofoblasto contribuem para as membranas extra embrionárias. O sinciciotrofoblasto, o citotrofoblasto e a mesoderma extra embrionárias, juntos com o útero iniciam a formação da placenta. Durante esse processo, os tecidos fetais estabelecidos se expandem, as vilosidades do córion chegam até os vasos sanguíneos da mãe. Muitos eventos ocorrem durante a 2ª semana. Então a “regra do dois” é uma tática para memorizar. Durante a segunda semana, o embrioblasto se divide em duas camadas, o epiblasto e o hipoblasto. O trofoblasto dá origem a dois tecidos, o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto. O saco vitelínico se forma, primeiro o primário e depois o secundário. Duas novas cavidades se formam, a amniótica e a coriônica. A mesoderma extra embrionária se divide em duas camadas que circundam a cavidade coriônica; e o saco amniótico, o saco vitelínico e o córion se tornam membranas de duas camadas FASE DE ZERO DESCANSO: Sai do ciclo celular, onde estava proliferando, mostrando que houve a diferenciação celular. TRANSIÇÃO DA GÁSTRULA-MÉDIA: O embrião não transcreve o seu próprio genoma para produzir ptn, dependendo de proteínas e mRNA maternos para a sobrevivência. Isso ocorre através da degradação dos componentes do ovócito fertilizado TRANSIÇÃO MATERNO-ZIGÓTICA: Período em que o embrião é capaz de expressar o próprio repertório genético AULA 2 - Implantação e Placentação (kátia carneiro) implantação Onde? Na cavidade uterina Quando? Na primeira semana do desenvolvimento, por volta do quarto ou quinto dia, o blastocisto começa a se fixar na cavidade uterina. Como? O blastocisto divide-se em trofoblasto e embrioblasto (células pluripotentes), no qual o trofoblasto é necessário para a aderência e entrada do embrião nos tecidos uterinos e a adesão causa a primeira divisão do trofoblasto em citotrofoblasto e depois em sinciciotrofoblasto. O efeito coordenado de estrógeno e da progesterona ovarianos condicionou o endométrio para a implantação, incluindo um aumento da sua permeabilidade vascular no local da implantação. Assim, o blastocisto se libera da zona pelúcida e expõe o seu revestimento epitelial trofoblástico ao epitélio da mucosa uterina. *Se a liberação da zona pelúcida não ocorrer, o embrião não se implantará e uma falha na decidualização do estroma uterino pode levar a um aborto espontâneo. A adesão mediada pelo trofoblasto e a implantação subsequente dependem de duas condições: (1) a superfície apical da célula epitelial endometrial deve exibir formas solúveis e ligadas a membrana de fator de crescimento epidérmico ligado à heparina (HB-EGF), um membro da família do fator transformador de crescimento α e (2) a superfície das células de trofoectoderma deve autofosforilar o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGF-R) e ter proteoglicanos heparan-sulfato (também chamado perlecanos) para se ligarem fortemente ao HB-EGF. Na implantação, os prolongamentos citoplasmáticos de células trofoblásticas interagem com os pinopodos e penetram nos espaços intercelulares das células endometriais, sendo esta ação facilitada pela redução no número de desmossomas entre as células endometriais epiteliais, que sofrem apoptose. Outro evento importante é a reação decidual secundária. Por que? Esse evento é importante para acomodar o embrião na fase de implantação, fornecendo um ambiente imunológico protetor para o desenvolvimento dele. placentação (trofoblasto → gene cox → placenta) ANEXOS EMBRIONÁRIOS (SACO AMNIÓTICO, CÓRION…) Onde? No endométrio Quando? Na segunda semana do desenvolvimento após a implantação do embrião na parede uterina. Como? A placenta é formada pela placa coriônica (componente fetal) e pela decídua basal (componente materno), que representam a área limitada pelo espaço interviloso que contém o sangue materno. No começo da 2ª semana, o embrioblasto se diferencia em dois folhetos, o epiblasto e o hipoblasto. Uma cavidade, chamada de cavidade amniótica, se desenvolve no pólo embrionário do blastocisto entre o epiblasto e o trofoblasto. Ela se torna rapidamente envolvida por uma fina camada de células derivadas do epiblasto. Essa fina camada constitui o revestimento do âmnio, uma das quatro membranas extra embrionárias. O epiblasto restante e o hipoblasto constituem um disco bilaminar embrionário (blastoderma bilaminar), disposto entre a cavidade amniótica (dorsalmente) e a cavidade blastocística (ventralmente). As células do disco embrionário se desenvolvem no embrião propriamente dito e também contribuem para membranas extra embrionárias. Durante a 2ª semana, o hipoblasto envia duas ondas de migração das células pela cavidade do blastocisto. A primeira dessas ondas, forma o saco vitelínico primário e a segunda, transforma o saco vitelínico primário em saco vitelino secundário. No meio da 2ª semana, a superfície interna do trofoblasto e a superfície externa do âmnio e do saco vitelínico se tornam revestidos por um novo tecido, a mesoderma extra embrionária. Uma nova cavidade, a cavidade coriônica se desenvolve à medida que a mesoderma extra embrionária se divide em duas camadas. Com a formação e divisão da mesoderma extra embrionária, tanto o âmnio quanto o saco amniótica se tornam estruturas de duas camadas: amnion, constituído por ectoderma no interior e mesoderma no exterior; e o saco vitelínico, constituído por endoderma no interior e mesoderma no exterior. A parede externa do blastocisto é chamada agora de córion; como o âmnio e o saco vitelínico, ele também contém uma camada de mesoderma. A barreira placentária é formada pelas camadas de sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto suportadas por uma lâmina basal e pelas células endoteliais dos capilares fetais e com a respectiva lâmina basal. Os capilares fetais se localizam muito próximos à camada trofoblástica. Por que? A placenta e os anexos embrionários (âmnio, cório, alantoide e saco vitelino) protegem o embrião em desenvolvimento e são responsáveis pela nutrição, respiração, trocas gasosas, transferência de imunoglobulinas, excreção e produção de hormônios durante o desenvolvimento. FORMAÇÃO DE GÊMEOS Monozigóticos Os gêmeos monozigóticos derivados de um espermatozóide e um óvulo. Há formação de um blastocisto, mas com dois embrioblastos, ou seja, duas porções que darão origem ao embrião dentro do blastocisto. Também pode haver a formação de duas mórulas, gerando dois blastocistos. Em ambos os casos o componente genético continua o mesmo, ou seja, gera-se dois fetos iguais, geneticamente. Causada por poliembrionia. Univitelinos No caso dos univitelinos, os fetos podem ter dois amnions e córions independentes ou únicos, dependendo do momento em que ocorra a divisão do trofoblasto.Dizigóticos Neste caso há duas fertilizações independentes. Causada por poliovulação. No caso de gêmeos dizigóticos, os dois blastocistos se desenvolveram e implantariam de maneira diferente,gerando dois amnios e dois córions. Siameses Por fim, nos gêmeos siameses o que ocorre é que a segregação entre massas celulares internas geradas a partir de um dos casos dos gêmeos univitelinos (quando ocorre formação de um blastocisto, mas dois embrioblastos) é falha. AULA 3 - Gastrulação e Células Tronco Embr. Pluripotentes (Kátia Carneiro) Durante a gastrulação, as células submetem-se a inúmeros movimentos em relação a outras células, mudando suas posições. Isso faz com que as células entrem em contato com outras células vizinhas e permite que informações sejam transmitidas entre as células, modificando seus destinos. Um propósito da gastrulação é estabelecer os folhetos germinativos. Os três folhetos germinativos primários são chamados endoderma, mesoderma e ectoderma. Esses três folhetos irão dar origem a tecidos e órgãos rudimentares durante o desenvolvimento subsequente. Os três eixos embrionários começam a ser definidos durante a gastrulação: dorsoventral, crânio-caudal e médio-lateral. Após a formação dos três folhetos germinativos primários, mudanças regionais ocorrem em cada um desses folhetos. Uma mudança considerável é o dobramento de parte da ectoderma para formar o tubo neural. Onde? Quando? Na terceira semana do desenvolvimento, início dos marcos morfológicos do início da gastrulação, há a formação do nó primitivo e da linha primitiva. Como? Com o surgimento da linha primitiva, há uma concentração de células do epiblasto em uma linha mediana e caudal. Na sua extremidade anterior, chamada de nó primitivo, parte das células epiblásticas invaginam a fim de gerar os folhetos germinativos ectoderma e mesoderma e migram para as camadas inferiores, notando-se um sulco primitivo e a fosseta primitiva. As células da linha primitiva formam o endoderma ao substituir as células do hipoblasto, que circundam a blastocele e formam o endoderma extraembrionário, e as células do nó primitivo migram cranialmente de modo subjacente ao epiblasto para formar a placa pré-cordal e a notocorda. Nessa fase, o epiblasto passa a ser denominado ectoderma. Nessa fase, há duas opções: células do tecido epitelial ou células mesenquimais. A transição epitélio-mesênquima é comandada pelo mecanismo de mudança no padrão de expressão gênica, isto é, o gene de moléculas de adesão célula-célula (integrinas) para de ser expresso para que elas percam as características epiteliais [REVIEW DA AULA DE PLACENTAÇÃO E ANEXOS] No final da gastrulação, as células do hipoblasto serão substituídas por células do epiblasto, que entraram pela linha primitiva, para formar o endoderma intra-embrionário. Entre o saco amniótico e o saco vitelínico, posiciona-se o mesoderma e o endoderma, as células remanescentes na lâmina basal será convertida em ectoderma A Notocorda é uma região proveniente das células que ingressaram por meio do nó primitivo, sendo alongada para formar um bastão de células, e é caracterizada como um tecido mesodérmico axial exclusivo do embrião que auxilia na organização das células durante o desenvolvimento para adquirir as suas especializações celulares. É útil para caracterizar a dorsalidade do embrião, desaparecendo à medida que a linha primitiva regride. MORFÓGENOS As células competentes têm a capacidade de responder aos estímulos e secretar o gradiente morfogenético na sinalização parácrina para realizar a difusão. Ou seja, os morfógenos são moléculas difusoras que disparam determinados sinais para as células-alvo de acordo com a intensidade de sinal e a demanda de especialização, regulando a competência celular, as redes transcricionais.. Consequentemente, eles podem expressar -dentro do domínio- ou reprimir a expressão gênica. MORFÓGENOS NA NOTOCORDA A notocorda é localizada centralmente entre o disco trilaminar, funcionando como um centro organizador do embrião. Nesse local, no 17º dia, haverá a expressão de morfógenos em alta quantidade para as células próximas (origem de células S) e baixa quantidade em células distantes (origem células A, B e C) de acordo com o gradiente de concentração morfogenético. Nesse sentido, o mesoderma somático divide-se em três partes: mesoderme paraxial, intermediário e placa lateral. MOLECULARMENTE FALANDO… No início da gastrulação, a expressão de integrinas e caderina é interrompida para a transição epitélio-mesênquima. Por que? Esse processo é importante porque gera os três folhetos embrionários para gerar os futuros órgãos e tecidos, isto é, o embrião é tridérmico: constituído por ectoderma, mesoderma e endoderma. AULA 4 - Segmentação do Mesoderma (kátia carneiro) https://www.famema.br/ensino/embriologia/primeirassemanas3.php PDF 20 APRIL NA PASTA SOMITOGÊNESE será cobrada no trabalho em dupla p/ entrega em dezembro O mesoderma diferencia-se em paraxial (MP), que é vizinho ao tubo neural e à notocorda, intermediário (MI) e lateral (ML). O mesoderma lateral delimita-se em somático (MS), adjacente ao ectoderma, e esplâncnico (ME), adjacente ao endoderma. O espaço entre eles será o celoma. A segmentação do mesoderma paraxial forma os somitos (S) Onde? No mesoderma paraxial Quando? Na terceira semana do desenvolvimento Como? Por que? Os somitos são estruturas segmentadas derivadas do mesoderma paraxial com células mesenquimais, formando um tapete celular que será segmentado em blocos (segmentação da mesoderma). Depois de se formarem, as células da parte ventromedial do somito passarão pela transformação epitélio-mesenquimal e formarão o esclerótomo; o restante do somito permanece epitelial e forma o dermomiótomo. Quando o somito se forma, ele possui uma polaridade na região ventral Há uma regionalização dos somitos em dermomiótomo (DM) e esclerótomo (E). As células do esclerótomo migram em torno da notocorda e do tubo neural e formarão o esqueleto axial. O dermomiótomo divide-se em dermátomo, que forma a derme (o tecido conjuntivo da pele) do tronco, e em miótomo, que deriva os músculos do tronco e dos membros. No mesoderma intermediário (MI), há a formação do sistema https://www.famema.br/ensino/embriologia/primeirassemanas3.php urogenital. O mesoderma lateral somático (MS) diferencia-se na derme dos membros e, posteriormente, derivará os tecidos conjuntivo e muscular dos sistemas cardiovascular, respiratório e digestório. Nesse sentido, o ectoderma (E) originará a epiderme e o endoderma (EN), o epitélio dos sistemas respiratório e digestório. O celoma dará as cavidades corporais, e o mesoderma lateral somático, o folheto parietal e o mesoderma lateral esplâncnico, o folheto visceral da pleura, do pericárdio e do peritônio. Quais são os mecanismos moleculares que originam os somitos? Para converter a célula mesênquima para epitelial, deve-se expressar as integrinas e as caderinas para torná-las aderentes uma à outra e ao substrato. Fronte da onda de determinação Células dos Mesoderme Pré-somítico adquirem competência para se tornar somitos em resposta a Gradientes opostos de FGF8 e Ácido Retinóico. À medida que os somitos se formam, esse contra-gradiente vai até o ponto onde tanto o FGF8 quando o AR estão em menor concentração (linha de determinação para a formação de somitos), deslocando-se para baixo até a completa segmentação do mesoderma. HAIRY 1 é um gene efetor que promove o relógio de wavefront (aparece e desaparece) ativando o EPhrin…. diferenciação de somitos em torácico ou cervical AULA 5 - Fechamento do embrião (KÁTIA CARNEIRO) Onde? Quando? Na quarta semana do desenvolvimento quando o disco embrionário e o âmnio crescem vigorosamente, mas o saco vitelínico praticamente não cresce. Como? A notocorda, o tubo neural, e os somitos em desenvolvimento enrijecem o eixo dorsal do embrião; portanto, a maioria dos dobramentos é concentrada na borda externa fina e flexível do disco. Cranialmente à placa neural localiza-se a membrana orofaríngea,que dará origem à futura boca, e a área cardiogênica, localizada cranialmente à membrana orofaríngea, dará origem ao coração e ao septo transverso, que forma a separação do celoma nas cavidades torácica e abdominal e origina uma parte do diafragma. Com o dobramento, a membrana orofaríngea é levada para a região da futura boca, e a área cardiogênica e o septo transverso são levados para o futuro tórax. Simultaneamente ao dobramento craniocaudal, os lados direito e esquerdo do disco embrionário flexionam-se ventralmente de forma acentuada, comprimindo e estreitando a abertura do saco vitelínico. Quando as bordas laterais, cranial e caudal do embrião se fundem, há a formação do intestino primitivo. Na região do intestino médio, o saco vitelínico ainda realiza contato com o futuro intestino, porém conforme há o fechamento do embrião, o pescoço do saco vitelínico é gradualmente apertado, reduzindo a comunicação. No final da 6° semana, o tubo digestivo está totalmente formado, e o pescoço o saco vitelínico foi reduzido a um pedículo fino denominado ducto vitelínico. Como resultado, o ectoderma do disco embrionário original cobre toda a superfície tridimensional do embrião, exceto na futura região umbilical, de onde surgem o saco vitelínico e o pedículo de conexão. Mesoderma somático: mesoderma da placa lateral associado ao ectoderma. Mesoderma esplâncnico: mesoderma da placa lateral associado ao endoderma. Quando as dobras do embrião fundem-se ao longo da linha média ventral, o espaço entre os mesodermais somático e esplâncnico forma o celoma intraembrionário, revestido por mesoderma. Por que? Assim, o interior da parede do corpo é revestido por mesoderma somático e os órgãos viscerais derivados do tubo digestivo são revestidos pelo mesoderma esplâncnico
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