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Copia de ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA TOPICOS INTEGRADORES I - Nathalia Rabelo Loquingen

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LESÃO RENAL AGUDA (LRA) 
 
Nathália Rabelo Loquingen 
Matrícula: 01460824 
Farmácia EAD 
 
A lesão renal aguda (LRA) define-se por um rápido declínio do ritmo de filtração 
glomerular. Os rins são os órgãos responsáveis pela filtração do sangue e eliminação 
de substâncias tóxicas que estão presentes no organismo. Esses órgãos são vitais 
para o bom funcionamento corporal. Medicamentos utilizados com frequência podem 
ocasionar a lesão renal, principalmente se forem utilizados de maneira incorreta, e 
entre eles estão os anti-inflamatórios não esteroidais, os AINEs. A LRA tem um 
potencial funesto, mas quando identificada no início, é reversível com chances de 
recuperação sem alterar outros órgãos. Pacientes que apresentam diminuição da 
reserva funcional renal são mais suscetíveis a desenvolver tal complicação. Outros 
fatores considerados de risco para o desenvolvimento da LRA são: idade avançada, 
Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial e Insuficiência Cardíaca. A doença renal se 
agrava em razão do uso descontrolado de remédios para o controle da dor, como 
analgésicos, anti-inflamatórios, e antibióticos. Diante do exposto, é importante lembrar 
a gravidade da automedicação, uma vez que essa prática vem se tornando comum. 
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são medicamentos associados à 
nefrotoxicidade. Essa classe de fármacos pode reduzir a filtração renal, fazendo com 
que a capacidade dos rins de filtrar o sangue diminua. Porém, a incidência de danos 
renais causados pelo uso de AINEs não é comum, principalmente quando se trata de 
indivíduos saudáveis e que não fazem uso abusivo dessas drogas. Diclofenaco, 
Nimesulida, Ibuprofeno, AAS (ácido acetilsalicílico), são exemplos de AINES, que não 
devem ser usados sem acompanhamento médico. O principal mecanismo de ação 
desses medicamentos é a inibição da enzima ciclooxigenase (COX), interferindo na 
conversão do ácido araquidônico em prostaglandinas E2, prostaciclinas e 
tromboxanos. As prostaglandinas atuam como vasodilatadoras nos rins, aumentando 
a perfusão renal. O uso de AINEs inibe esse mecanismo de vasodilatação, levando 
assim, a lesão renal aguda (LRA). O uso de antibióticos também pode ser nocivo à 
saúde dos rins, provocando inchaço do tecido renal e uma inflamação nos túbulos 
renais. Os antibióticos contém baixa proteinúria, ao contrário dos anti-inflamatórios 
não esteroides, porém, podem desencadear sinais e sintomas frequentes 
da insuficiência renal aguda. Alguns antibióticos devem ser evitados, por exemplo, 
Penicilina, Ciprofloxacino, Tobramicina e devem ser tomados sob prescrição médica. 
Quando os rins não funcionam de forma adequada e isso afetar a capacidade de filtrar 
o sangue, as concentrações de ureia e creatinina tendem a ser elevar. Quanto maior 
o nível de creatinina na corrente sanguínea, mais grave é a insuficiência renal. A 
creatinina e a ureia são duas substâncias que estão presentes na corrente sanguínea, 
e podem ser dosadas através de exames de sangue para avaliar a função dos rins. A 
creatinina é produzida e eliminada de forma constante pelo organismo. Então, uma 
maior concentração de creatinina no sangue é um indício de insuficiência renal. A taxa 
de filtração glomerular (TFG) permite a avaliação do funcionamento dos rins, sendo 
essa verificação importante para o diagnóstico e estágio da doença renal crônica 
https://www.medfocus.com.br/medicamentos-e-doenca-renal/
https://www.medfocus.com.br/insuficiencia-renal-aguda-conheca-sintomas-e-tratamento/
(DRC). A TGF leva em consideração a dosagem de substâncias filtradas nos rins e 
não são reabsorvidas para o sangue, sendo eliminadas na urina. A TFG é calculada 
pela coleta de uma amostra de sangue para que seja dosada a creatinina ou a cistatina 
C. A ureia é uma substância que o fígado produz, resultante da metabolização de 
proteínas da alimentação. A creatinina e a ureia são eliminadas pelos rins. Elevados 
níveis de ureia no sangue também é um sinal de mau funcionamento dos rins. A 
dosagem da creatinina é o método mais eficiente para se diagnosticar precocemente 
as doenças renais. O uso indiscriminado de antibióticos e antiinflmatórios podem 
trazer diversos efeitos adversos aos pacientes, por isso, é importante saber dos 
perigos da prática de automedicação sem acompanhamento médico adequado, 
considerando os efeitos colaterais danosos à saúde dos rins. Diante disso, é de suma 
importância a orientação do profissional farmacêutico, pois ele garante o fornecimento 
do medicamento correto, na dose e formulação adequadas. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BUCUVIC, Edwa Maria; PONCE, Daniela; BALBI, André Luis. Fatores de risco para 
mortalidade na lesão renal aguda. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 57, p. 
158-163, 2011. 
 
LIMA, Jheyse Campos. Et al. Efeitos adversos associados ao uso de anti-
inflamatórios não esteroídais (AINE’S): uma revisão sistemática. Revista 
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 06, Ed. 05, Vol. 15, pp. 177-
191. Maio de 2021. 
LUCAS, Guillherme Nobre Cavalcanti et al. Aspectos fisiopatológicos da nefropatia 
por anti-inflamatórios não esteroidais. Brazilian Journal of Nephrology, v. 41, p. 124-
130, 2018. 
 
LUFT, Jaqueline et al. Lesão renal aguda em unidade de tratamento intensivo: 
características clínicas e desfechos. Cogitare Enfermagem, v. 21, n. 2, 2016.

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