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RELATIVISMO CULTURAL E ETNOCENTRISMOTrabalho da Disciplina AVA 2

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UVA - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO
LUAN DE ARAUJO
RELATIVISMO CULTURAL E ETNOCENTRISMO
Trabalho da Disciplina AVA 2
RIO DE JANEIRO
Setembro de 2022
1
RELATIVISMO CULTURAL E ETNOCENTRISMO
Introdução
Falar sobre o fenômeno do etnocentrismo é lembrar um dos maiores genocídios
da História, o Holocausto. Analisar o ocorrido é de extrema importância ainda nos dias
hoje, pois, embora o Holocausto esteja no passado o fator que o causou ainda se encontra
presente na sociedade atual. O Nazismo assim como outras manifestações de etnocentrismo
tem marcado a história ao longo do tempo. Podemos citar, por exemplo, a colonização nas
Américas. Os europeus, ao chegarem ao Brasil julgaram-se superiores aos indígenas e
quiseram impor sua cultura, obrigando-os a seguir sua religião e seus costumes.
Esses ocorridos deixaram marcas na sociedade até aos dias de hoje e, embora
a história nos mostre as tragédias isso parece não ser suficiente para que fenômenos
assim sejam evitados. Portanto é de extrema importância que o etnocentrismo tenha a
nossa atenção e que soluções sejam propostas, pois só assim teremos sociedades que se
comunicam entre si com respeito e compreensão.
Em que medida a perseguição aos judeus e a suposta superioridade da “raça ariana”,
pregada pelo nazismo, revelam o fenômeno do etnocentrismo?
O evento do Holocausto exemplifica de maneira muito clara as consequências de
ações motivadas pelo etnocentrismo. No Holocausto, cerca de seis milhões de judeus e
outras minorias como ciganos, homossexuais, deficientes e opositores do governo foram
executados em massa por ordens de Adolf Hitler, líder do Partido Nazista entre as décadas
de 30 e 40, e principal instigador da Segunda Guerra Mundial.
Hitler, figura central do genocídio, já alimentava desde sua juventude um ódio pelos
judeus. Historiadores contam como esse ódio foi progressivamente se desenvolvendo. Ao
estudar a história de Hitler podemos perceber que tudo começou com uma admiração
pelo nacionalismo germânico despertado por ideias do seu professor de história Leopold
Pötsch, que defendia a união de todas as etnias germânicas.
Mais tarde, ao se mudar para Viena, Hitler se depara com uma realidade que
começa a incomodá-lo, uma variedade de etnias e raças convivendo no mesmo local. À
essa realidade ele se referiu como “a personificação da profanação racial”. Além do contato
com diferentes comunidades, Hitler também foi influenciado por publicações racistas e
antissemitas que circulavam na sociedade desde o século XIX, adotando assim a ideia do
antissemitismo.
Depois de alguns anos Hitler se mudou para Munique e, ao se iniciar a Primeira
Guerra Mundial, se alistou no exército Alemão onde desempenhou papel de mensageiro.
Após a rendição Alemã na guerra, Hitler passou a odiar ainda mais os judeus, acreditando
que eles haviam sabotado a Alemanha na guerra. Dessa forma o antissemitismo é
2
consolidado.
No ano seguinte, 1919, Hitler ingressa no Partido dos Trabalhadores Alemães, um
partido de extrema-direita que possuía um discurso nacionalista, antissemita e antimarxista.
Em 1920 o partido ganha um novo nome e passa a ser conhecido como o Partido Nazista,
que tinha como um dos objetivos combater os judeus. Sobre isso o historiador Richard J.
Evans diz:
Hitler declarou em numerosos discursos que os judeus eram uma raça de parasitas
que só podia viver subvertendo outros povos, sobretudo a mais superior e melhor
de todas as raças, a ariana [. . . ]. Os judeus deveriam ’ser exterminados’ [. . . ]. A
’solução para a questão judaica’, [. . . ] só poderia ser resolvida pela ’força bruta’.
Uma vez no poder, Hitler colocou em prática suas ações para exterminação dos
judeus. Começando por medidas que progressivamente excluía os judeus da sociedade, a
perseguição se seguiu também com ataques por parte de milícias a famílias judias. Dentre
outras medidas estava a implementação de leis promovendo a segregação dos judeus e
a definição da cidadania alemã. Embora a sociedade Alemã já fosse antissemita, Hitler
contribuiu para o aumento desse ódio e incentivou abertamente a violência contra os judeus.
O resultado foi a execução de cerca de seis milhões de judeus e outras minorias.
Essas execuções se deram primeiramente por meio de marchas de morte, por experimentos
médicos, pelo uso de câmaras de gás e se concluíram nos campos de concentração e
extermínio por meio do fuzilamento em massa. Assim se deu o Holocausto, resultado do
antissemitismo como manifestação de etnocentrismo.
Qual seria a melhor possibilidade de impedir manifestações etnocêntricas? Comente,
em poucas palavras, a importância de medidas sociais que poderiam impossibilitar o
advento de fenômenos como o Holocausto.
Podemos notar na história de Hitler alguns fatores relevantes. Tanto as ideias nacio-
nalistas transmitidas pelo seu professor, como os discursos de ódio circulados na sociedade
e também as conspirações contra os judeus após a derrota da Alemanha na Primeira Guerra
Mundial foram ferramentas que fomentaram o antissemitismo. Da mesma maneira que a
população foi aos poucos sendo doutrinada com esta ideia, hoje se faz necessário que a
doutrinação ocorra para promover o relativismo cultural.
No que diz respeito a medidas sociais podemos observar como a própria Alemanha
lida hoje para evitar fenômenos como o Holocausto. Uma das bases da sociedade é o que
chamam de a Cultura da Memória, que visa o não esquecimento do ocorrido. Atualmente, o
Holocausto é tema obrigatório na grade curricular das escolas, sendo abordado inclusive
com a perspectiva das próprias vítimas através de filmes e livros, promovendo assim uma
reflexão crítica sobre a história. Essa conscientização não fica só a cargo das escolas, o
governo também promove algumas ações. O parlamento, por exemplo, realiza anualmente
uma cerimônia para homenagear as vítimas do Holocausto e trazer uma conscientização à
3
sociedade. Na cerimônia deste ano, a presidente do Bundestag, Bärbel Bas, disse:
Recordamos as milhões de pessoas que foram perseguidas, roubadas, humilha-
das, privadas de seus direitos, torturadas e mortas porque pensavam diferente,
acreditavam diferente, amavam diferente ou porque os nazistas consideravam
suas vidas ’indignas’. [. . . ]. Então é hora de nos unirmos para proteger os valores
e instituições de nossa sociedade livre e democrática.
Conclusão
Apenas com a doutrinação e conscientização teremos sociedades mais compreensí-
veis à diversidade cultural, que respeitam as diferenças e valorizam as particularidades de
cada grupo. A atitude de compreender a outra cultura é a base para o respeito mútuo, e as
medidas sociais podem neste ponto nos trazer a perspectiva do relativismo cultural.
Referências
SILVA, D. N. “Adolf Hitler”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/bi
ografia/adolf-hitler.htm. Acesso em: 14 de Setembro de 2022.
DW BRASIL. Como os alemães aprendem sobre o Holocausto? YouTube. 23 de maio
de 2022. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JsiexlRNZ5E. Acesso em: 15
de agosto de 2022.
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