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Thais Alves Fagundes DOENÇA RENAL CRÔNICA DEFINIÇÃO TFG alterada (< 60ml/min/1,73m²) por 3 meses consecutivos TFG normal ou limítrofe (≥ 60ml/mim/1,73m²) com: Marcadores de dano renal parenquimatoso: Albuminúria: • Albuminúria > 30 mg/24 horas • Relação albumina creatinina na urina (RAC) > 30 mg/g Hematúria de origem glomerular: • Cilindros hemáticos no exame de urina. • Dismorfismo eritrocitário no exame de urina. Alterações eletrolíticas Alterações histológicas (biópsia renal) Alterações nos exames de imagem: • Rins policísticos • Hidronefrose • Cicatrizes corticais ou alterações da textura cortical • Estenose da artéria renal Processos fisiopatológicos associados à função renal anormal e declínio progressivo da taxa de filtração glomerular ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO • Idade avançada (> 60 anos) • Descendência africana, indígena ou asiática • Diabetes tipo 1 ou do tipo 2 • Hipertensão arterial sistêmica • Histórico de doença vascular (DAC, AVC, IC). • Histórico de DRC na família. • Obesidade (IMC>30Kg/m²) • Tabagismo. • Hiperlipidemia • Uso de agentes nefrotóxicos. • Baixo peso ao nascer. • Doença autoimune. • Lesão renal aguda prévia. • Albuminúria • Sedimento urinário anormal. • Anormalidades estruturais do trato urinário. EXAMES DIAGNÓSTICOS Indicados para todos os grupos de risco. Se DRC não identificada na primeira avaliação, reavaliação da TFG e do EAS anualmente. • TFG • Urina rotina (EAS) • Exame de imagem (ultrassonografia dos rins e vias urinárias) – de acorco com as indicações. Taxa de filtração glomerular (TFG): Depuração creatinina medida na urina 24hs Fórmulas estimativas da TFG baseadas na creatinina sérica 𝑇𝐹𝐺 = (140 − 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒) 𝑥 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑥 0,85 (mulher) 72 𝑥 𝐶𝑟 Exame de urina: alterações parenquimatosas Albuminúria: > 30 mg/24 horas Relação albumina Cr na urina • Normal < 30 • Micro 30-100 • Macroalbuminúria > 300 mg/g Hematúria glomerular: • Dimorfismo eritrocitário • Cilindros hemáticos Avaliação de imagem: US rins e vias urinárias Indicações: • História familiar de DRC • Infecção urinária de repetição • Doenças urológicas Thais Alves Fagundes FISIOPATOLOGIA Mecanismos iniciais específicos da etiologia subjacente: • Anormalidades do desenvolvimento ou da integridade renal. • Deposição de imunocomplexos. • Inflamação em alguns tipos de glomerulonefrite. • Exposição a toxinas em algumas doenças dos túbulos e do interstício renais. Mecanismo de hiperfiltração e hipertrofia dos néfrons viáveis remanescentes: • Redução da quantidade de néfrons a longo prazo. • Ocorrendo adaptações de curto prazo (hiperfiltração e hipertrofia), para manter a TFG. • Mediadas por hormônios vasoativos – SRAA, citocinas e fatores de crescimento. • Adaptações tornam-se mal-adaptativas. o Sobrecarga dos néfrons funcionantes. o Aumento da pressão e do fluxo sanguíneo dentro do néfron. o Levando à esclerose, que pode cursar com proteinúria. o Resultando em fibrose, perda dos néfrons remanescentes e atrofia do órgão – perda da função renal. • Após certo grau de injúria renal, mesmo se a etiologia for tratada, a DRC continuará progredindo. OBS.: aumento da atividade do SRAA contribui para hiperfiltração compensatória inicial e subsequente hipertrofia e esclerose. Inibição do SRAA por IECA e BRA possui efeito nefroprotetor, retardando a evolução para fase terminal. SÍNDROME URÊMICA NA INSUFICIÊNCIA RENAL AVANÇADA (ESTÁGIO 5) • Conjunto de sinais e sintomas, pelo comprometimento das funções renais: excretoras, metabólicas e endócrinas. • Causados pelo acúmulo de toxinas, que ocorre com o declínio da TFG, tendo a ureia e creatinina como marcadores. • Sinais e sintomas: anemia, desnutrição, anormalidades do metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas, alteração dos níveis plasmáticos de hormônios (PTH, insulina, glucagon, vit D, sexuais, prolactina), inflamação sistêmica aumentada. • Tratamento dialítico, mas não é totalmente efetivo, porque alguns distúrbios não respondem à diálise. DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS Sódio → DRC: retenção de Na+ → hipervolemia (balanço de sódio à custa de estado hipervolêmico) • Distúrbios da excreção de sódio e água (trade off): mecanismo de adaptação, para manter a capacidade de excreção dos néfrons remanescentes e o equilíbrio hidroeletrolítico. o Retenção inicial de sódio e água, pela diminuição da capacidade de excreção urinária. o Gerando hipervolemia (hipertensão e edema). o Estimula liberação do peptídeo atrial natriurética e suprime sistema renina-angiotensina-aldosterona. o Aumento da fração excretória de sódio (FENa). • Distúrbios de retenção renal de sódio e água: o Reduzida retenção renal de sódio e água, pela incapacidade de diminuir fração excretória de sódio (FENa). o Gerando hipovolemia. • Tratamento: o Dieta hipossódica: restrição moderada de sódio. Em estado de privação, rim é incapaz de reter sódio. o Diuréticos: de alça (furosemida, bumetanida ou torsemida) e tiazídicos (pouca utilidade nos estágios 3-5 da DRC). Água → DRC: retenção de água → hiponatremia dilucional (aumento da ingestão hídrica, com diluição do sódio plasmático) Potássio → DRC: retenção de K+ → hipercalemia / hiperpotassemia • Distúrbios de excreção de potássio: mecanismos de adaptação, para manter a capacidade de excreção dos néfrons remanescentes e o equilíbrio hidroeletrolítico. o Aumento da fração excretória de potássio. Estimulada por: ▪ Aumento da excreção renal de potássio pelo hormônio aldosterona. ▪ Aumento da excreção de potássio pelo cólon, com perda fecal de potássio. o Inibição da excreção renal de potássio – IECA, BRA e diuréticos poupadores de potássio – risco de hipercalemia. • Tratamento: diuréticos de alça. Thais Alves Fagundes DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS Acidose metabólica → • Função renal normal: o Equilíbrio acidobásico mantido pela secreção de H+ e conservação de HCO3 (bicarbonato) no plasma. o Excreção urinária depende da ligação à amônia - formando amônio - ou outras bases urinárias, como o fosfato. • DRC: Retenção de H+ → acidose metabólica hiperclorêmica com ânion-Gap normal: o Diminuição da absorção renal de bicarbonato (HCO3) filtrado. o Aumento do cloreto plasmático, compensatório à queda do bicarbonato. Retenção de H+ e sulfato → acidose metabólica normoclorêmica com ânion-Gap aumentado: o Diminuição da produção renal de amônia, com diminuição da excreção urinária e acúmulo de H+. o Retenção do ânion sulfato, proveniente da dissociação do ácido sulfúrico (ácido sulfúrico → H+ + sulfato). ▪ Consumo de bicarbonato para tamponamento do H+. ▪ Cloreto plasmático fica normal. • Consequência: aceleração do catabolismo proteico, contribui para a perda de massa muscular; acidose metabólica crônica promove desmineralização óssea, visto que cálcio e fosfato do osso é consumido para tamponamento do H+. • Tratamento: suplementação alcalina com bicarbonato de sódio, quando bicarbonato plasmático < 20-23 mEq/L. DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DE CÁLCIO E FOSFATO Metabolismo do cálcio: • Redução no nível sérico de cálcio ionizado. • Secreção do hormônio da paratireoide PTH: estimulação de osteoclastos e mobilização de cálcio dos ossos. o Ativação de vitamina D em calcitriol pelos rins: ▪ Aumento da absorção intestinal de cálcio. ▪ Aumento da reabsorção renal de cálcio. ▪ Aumento da secreção/excreção renal de fosfato. ▪ Inibe liberação de PTH por feedback negativo. Turnover elevado: hiperparatireoidismo secundário – aumento do turnover ósseo com reabsorção de cálcio dos ossos, gerando volume e mineralização ósseos reduzidos, pela excessiva síntese de PTH. • Aumento do PTH, que pode gerar hiperparatireoidismo secundário. o Diminuição da ativação renal da vitamina D em calcitriol e diminuição do feedback negativo.o Diminuição da excreção de fosfato (retenção de fosfato), pela TFG declinante, que formam complexos com o cálcio, diminuindo o cálcio ionizado livre. Síntese de FGF-23 por osteócitos, para manter os níveis séricos normais do fosfato ▪ Aumenta excreção renal de fosfato. ▪ Suprime síntese de calcitriol: ↓ absorção intestinal/renal de cálcio, diminui feedback negativo do PTH. • Manifestações clínicas: dor, fragilidade ósseas, fraqueza muscular e fibrose do miocárdio e da medula óssea (anemia). • Tratamento: o Restrição de fosfato, com dieta hipoprotéica. o Calcitriol / Vitamina D – supressão da síntese de PTH, pelo aumento da absorção de cálcio. o Quelantes de fosfato com cálcio (acetato ou carbonato de cálcio) – inibe absorção intestinal de fosfato. Hiperparatireoidismo terciário: estímulo crônico à paratireoide no hiperparatireoidismo secundário, forma “ilhas” de produção autônoma de PTH, havendo hiperparatireoidismo primário associado ao secundário. Elevação sustentada do PTH, gera hipercalcemia (náuseas, vômitos, hipertensão arterial, convulsões). Tratamento: diálise e paratireoidectomia subtotal. OBS.: sistema cardiovascular - correlação entre hiperfosfatemia e hipercalcemia com doença cardiovascular na DRC 5. Thais Alves Fagundes ANORMALIDADES HEMATOLÓGICAS Anemia → anemia normocítica e normocrômica (estágio 3 a 4 da DRC) • Causa primária: produção renal insuficiente de eritropoetina. o Sobrevida reduzida das hemácias. o Diátese hemorrágica (sangramento), por disfunção plaquetária. o Deficiência de ferro decorrente de má absorção da dieta e de perda de sangue GI. o Hiperparatireoidismo e secundária fibrose da medula óssea o Inflamação crônica. o Deficiência de folato ou vitamina B12. • Consequências: hipoperfusão tecidual, aumento do DC e dilatação e hipertrofia ventriculares. • Manifestações clínicas: fadiga, diminuição da tolerância aos esforços, imunossupressão, insuficiência cardíaca. • Tratamento: alvo → hemoglobina entre 10,0 a 11,5 g/dL o Agentes estimulantes da eritropoiese (AEE): evita transfusões sanguíneas e infecções. Desenvolvimento de aloanticorpos, que dificultam o transplante. o Suplementação com ferro: reservas adequadas de ferro antes do AEE (saturação de transferrina e ferritina). o Fornecimento de substratos e cofatores para formação das hemácias, como vitamina B12 e folato. Hipocoagulabilidade → atividade reduzida do fator III plaquetário e agregação e adesividade plaquetárias anormais. ANORMALIDADES CARDIOVASCULARES Hipertensão → causa ou consequência da DRC (surge nos estágios iniciais da DRC, associada a HVE, DCV e AVC) • Mecanismos associados à hipertensão: o Retenção de sódio e sobrecarga volêmica crônica. o Hiperativação do SRAA: retenção de sódio e água e vasoconstrição. o Distúrbios no equilíbrio de vasoconstritores e vasodilatadores. • Tratamento: meta pressórica → PA < 130/80 mmHg (DRC e diabetes ou proteinúria > 1 g/24 horas) o Restrição de sódio. o Uso de diuréticos: evitar diuréticos poupadores de potássio. o Anti-hipertensivos: IECA ou BRAs: ▪ Retardam a progressão da DRC – corrigem a hiperfiltração e hipertensão intraglomerular. ▪ Utilizados quando TFG > 30 (podem reduzir TFG e precipitar episódio de lesão renal aguda). AVALIAÇÃO CLÍNICA História clínica: HAS, DM, distúrbios gestacionais (pré-eclâmpsia ou abortamento precoce). História farmacológica: AINEs, antibiótico, quimioterápico, antirretroviral, inibidor bomba de prótons. Avaliação da síndrome urêmica: apetite, perda de peso, náuseas, edema periférico, cãibras, prurido. História familiar de doença renal. Exame físico: PA, edema, asterixe ou atrito pericárdico (síndrome urêmica). EXAMES COMPLEMENTARES (realizados após diagnóstico de DRC) Investigação laboratorial: • Avaliar excreção renal: ureia e creatinina. • Avaliar lesão renal: relação albumina/creatinina na urina e albuminúria em urina 24horas • Avaliar diabetes: glicemia de jejum e hemoglobina glicada • Avaliar doença óssea metabólica: cálcio, fósforo, vitamina D, PTH • Avaliar anemia: hemoglobina, ferro, B12, folato • Avaliar distúrbio hidroeletrolítico: sódio, potássio, magnésio. • Avaliar deficiência nutricional: proteínas totais e frações. Exames de imagem: • Ultrassonografia: avaliar simetria, dimensões (DRC ↓), existência de massas renais e obstrução. • Eco-Doppler, TC, RM: doença renovascular • Uretrocistografia miccional: nefropatia por refluxo. • Exames radiográficos contrastados: não são úteis e devem ser evitados - risco de LRA pelos contrastes. Biópsia renal: determina a etiologia da DRC em estágio inicial e permite revertê-la. Contraindicações: rins pequenos bilateralmente, hipertensão descontrolada, ITU, diátese hemorrágica, obesidade grave. Thais Alves Fagundes ESTADIAMENTO KDIGO: TFG e albuminúria CLASSIFICAÇÃO DA ALBUMINÚRIA: ESTÁGIO TFG (ml/min/1,73m²) CARACTERÍSTICAS SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS Rastreio ≥ 90 Grupo de risco para DRC Assintomático 1 ≥ 90 TFG normal e dano renal (proteinúria, hematúria glomerular, alteração em exame de imagem) Assintomático 2 60 a 89 Redução leve da TFG Assintomático 3A 45 a 59 Redução leve a moderada da TFG Pouco sintomático Alterações iniciais da redução da TFG: HAS, anemia leve e elevação do PTH 3B 30 a 44 Redução moderada a grave da TFG Sintomático Alterações da redução da TFG: - HAS - Anemia, fraqueza, anorexia - Distúrbios ácido básico: acidose metabólica leve - Anormalidades do cálcio, fósforo e PTH: hipocalcemia, hiperfosfatemia, elevação do PTH - Anormalidades do sódio, potássio e água - Edema, noctúria 4 15 a 29 Redução acentuada da TFG 5 < 15 ou em TRS Insuficiência renal crônica terminal ou uremia Sintomático Síndrome urêmica: anorexia, náuseas, vômitos, edema refratário, dispneia, prurido, astenia, alterações do estado mental Alterações laboratoriais típicas da uremia Thais Alves Fagundes TRATAMENTO Hipervolemia: • Restrição moderada de sódio. Em estado de privação, rim é incapaz de reter sódio. • Diuréticos tiazídicos: pouca utilidade nos estágios 3-5 da DRC • Diuréticos de alça (furosemida, bumetanida ou torsemida) Hipercalemia: restrição de potássio, diuréticos de alça, evitar medicamentos que retêm potássio (IECA e BRAs). Hiponatremia: restrição de água Acidose metabólica hiperclorêmica: suplementação alcalina com bicarbonato de sódio, se bicarbonato plasmático < 20-23 mEq/L. Hiperparatireoidismo: • Restrição de fosfato, com dieta hipoprotéica. • Calcitriol / Vitamina D – supressão da síntese de PTH, pelo aumento da absorção de cálcio. • Quelantes de fosfato com cálcio (acetato ou carbonato de cálcio) – inibe absorção intestinal de fosfato. o Risco de hipercalcemia com calcitriol e quelantes de fosfato contendo cálcio. • Terciário: diálise e paratireoidectomia subtotal. Hipertensão arterial sistêmica: • Restrição de sódio. • Uso de diuréticos: evitar diuréticos poupadores de potássio. • Anti-hipertensivos IECA ou BRAs. Anemia: reposição de ferro, B12, folato e EPO. Doença renal crônica (redução da hipertensão intraglomerular e da proteinúria): Controle da hipertensão glomerular: meta pressórica na DRC proteinúrica → 130/80 mmHg • Anti-hipertensivos (IECA e BRA): o Efeito nefroprotetor que retarda a progressão da DRC: ▪ Vasodilatação eferente, com declínio da hipertensão glomerular. ▪ Reduz proteinúria, pela correção da hiperfiltração (HAS agrava a proteinúria, pelo aumento do fluxo nos capilares glomerulares e hiperfiltração). o Risco de hipercalemia. o Contraindicações: estágio 4 ou TGF < 30 (diminui pressão intraglomerular e reduz TFG). • Anti-hipertensivos de segunda linha: BCC (diltiazem, verapamil) antiproteinúrico e nefroprotetor. • Inibidor do cotransporte sódio-glicose SGLT-2 Terapia renal substitutiva: • Indicações: estágio5 – TFG < 10 ml/min/1,73m2 o Pericardite e encefalopatia urêmicas. o Cãibras musculares intratáveis. o Anorexia, náuseas e vômitos persistentes. o Indícios de desnutrição, perda de peso. o Hipertensão refratarias à medicação. o Distúrbios hidroeletrolíticos (hipercalemia, hipervolemia, hipocalcemia, hiperfosfatemia) refratários. o Distúrbios acidobásicos (acidose) refratário. Transplante renal: melhores chances de reabilitação completa, pois a diálise substitui apenas uma pequena parte da função de filtração renal e não repõe qualquer outra função renal, inclusive os efeitos endócrinos e anti-inflamatórios. • TFG < 15 ml/min/1,73m2 // Creatinina sérica > 6-8 mg/dl // Ureia sérica > 120-180 mg/dl. Thais Alves Fagundes ESTÁGIO CONDUTA 1 → TFG ≥ 90 2 → TFG ≥ 60 a 89 Acompanhamento na unidade básica de saúde. • Avaliação anual da TFG, EAS, RAC. • Encaminhados às unidades de atenção especializadas em doença renal crônica se: o RAC > 1 g/g o Se não diabético e perda de 30% de TFG com IECA ou BRA. Restrição de sódio < 2g/dia Atividade física (meta: IMC < 25) Cessação do tabagismo Pressão arterial: - Não diabéticos, RAC < 30 → PA < 140/90 mmHg - Diabéticos, RAC ≥ 30 → PA ≤ 130/80 mmHg – todos devem utilizar IECA ou BRA Glicemia: - Diabéticos → hemoglobina glicada ~ 7%. 3A → TFG ≥ 45 a 59 Acompanhamento na unidade básica de saúde. • Avaliação anual ou semestral (se RAC > 30 mg/g): o TFG, EAS, RAC. o Potássio sérico (diminuição da excreção e hipercalemia associada à IECA/BRA). o Fósforo e PTH • Encaminhamento às unidades de atenção especializadas em doença renal crônica: o RAC > 30 g/g o Se não diabético e perda de 30% de TFG com IECA ou BRA. + Correção da dose de medicações de acordo com a TFG 3B → TFG ≥ 30 a 45 Acompanhamento na unidade básica de saúde. • Avaliação semestral: o TFG, EAS, RAC. o Potássio sérico (diminuição da excreção e hipercalemia associada à IECA/BRA). • Avaliação anual: o Cálcio, fósforo, PTH o Proteínas totais e frações o Se anemia, hematócrito e hemoglobina, ferritina e índice de saturação de transferrina. • Encaminhados às unidades de atenção especializadas em doença renal crônica se: o RAC > 300 g/g o Se não diabético e perda de 30% de TFG com IECA ou BRA. 4 → TFG ≥ 15 a 29 Acompanhamento na unidade de atenção especializadas em doença renal crônica. • Avaliação trimestral ou de acordo com indicação clínica: o Creatinina, ureia o Cálcio, fósforo o Hematócrito, hemoglobina. Se anemia, ferritina e índice de saturação da transferrina o Potássio • Avaliação semestral: o RAC, PTH, Vitamina D o Fosfatase alcalina o Gasometria venosa ou reserva alcalina o Proteínas totais e frações • Avaliação anual: anti-Hbs, anti-Hcv, HBsAg, HIV. + Redução da ingestão de proteínas para 0,8 g/Kg/dia em adultos, evitando ingestão > 1,3g/kg/dia. + Bicarbonato oral, se acidose metabólica (bicarbonato sérop < de 22 mEq/L na gasometria venosa). Esclarecimento sobre modalidades de TRS - Caso o paciente opte pela hemodiálise como TRS: confecção de fístula arteriovenosa quando TFG < 20. - Caso o paciente opte pela diálise peritoneal como TRS: implante de cateter em tempo para iniciar diálise. 5-ND → TFG < 15 Treinamento e preparo para a modalidade de TRS escolhida pelo paciente. Acompanhamento igual ao estágio 4. 5-D → TFG < 15 a 10 Avaliação nefrológica mensalmente. • Mensalmente: hematócrito, hemoglobina, ureia pré e pós a sessão de hemodiálise, sódio, potássio, cálcio, fósforo, TGP, glicemia e creatinina. • Trimestralmente: hemograma, índice de saturação de transferrina, ferritina, FA, PTH, proteínas totais e frações e Hb glicada se diabético. • Semestralmente: vitamina D, antiHBs, anti-Hcv. • Anualmente: colesterol, triglicérides, alumínio sérico, glicemia, TSH, T4, anticorpos para HIV, Rx tórax, US renal e vias urinárias, ECG. Pressão arterial → PA < 140/90 mmHg
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