PAPI 6 SEMESTRE 25-10-2022

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UNIVERSIDADE PAULISTA
PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – 6º PERÍODO
São Paulo – SP
2022
	
UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO PEDAGOGIA
MOVIMENTOS SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS NO BRASIL E EDUCAÇÃO 
	Elaine Silva Novaes
	RA: F2539D0
	Elzuita Dias de Oliveira 
	RA: F32HEE7
	Maria dos Milagres S. Do Nascimento 
	RA: F1611B6
	Patrícia de Oliveira Martins da Silva 
	RA: F32JEI2
	Rosangela Ferreira de Pádua 
	RA: N5834D3
São Paulo 
2022
MOVIMENTOS SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS NO BRASIL E EDUCAÇÃO
 
PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICAGRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA Modalidade Licenciatura Curso apresentado na Universidade Paulista – UNIP - como requisito básico para a conclusão da disciplina de OPGEANE. Orientador (a): Simone Hypólito Pisa 
São Paulo 
2022
	
	
SUMÁRIO 
1. Introdução.......................................................................................1
2. Desenvolvimento ............................................................................4
3. Conclusão .......................................................................................6
4. Anexos…………………….. …………………………………………...7
5. Referencias Bibliograficas……………………………………………10 
6. Fichas..............................................................................................11
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1. INTRODUÇÃO 
Sabemos que os movimentos sociais têm sido considerados, por vários analistas e consultores de organizações internacionais, como elementos e fontes de inovações e mudanças sociais. Existe também um reconhecimento de que eles detêm um saber, decorrentes de suas práticas cotidianas, passíveis de serem apropriados e transformados em força produtiva. Quando se examina, por exemplo, a questão indígena, ressalta-se o saber que eles detêm sobre a floresta. Os movimentos são elementos fundamentais na sociedade moderna, agentes construtores de uma nova ordem social e não agentes de perturbação da ordem, como as antigas análises conservadoras escritas nos manuais antigos, ou como ainda são tratados na atualidade por políticos tradicionais.
A presença dos movimentos sociais é uma constante na história política do país, mas ela é cheia de ciclos, com fluxos ascendentes e refluxos (alguns estratégicos, de resistência ou rearticulação em face de nova conjuntura e as novas forças sociopolíticas em ação). O importante a destacar é esse campo de força sócio-político e o reconhecimento de que suas ações impulsionam mudanças sociais diversas. O repertório de lutas que eles constroem, demarcam interesses, identidades, subjetividades e projetos de grupos sociais. A partir de 1990, os movimentos sociais deram origem a outras formas de organizações populares, mais institucionalizadas, como os fóruns nacionais de luta pela moradia popular. No caso da habitação e reforma urbana, por exemplo, o próprio Estatuto da Cidade, é resultado dessas lutas. O Fórum da Participação Popular e tantos outros fóruns e experiências organizativas locais, regionais, nacionais e até transnacionais, estabeleceram práticas, fizeram diagnósticos e criaram agendas, para si próprios, para a sociedade e para o poder público. O Orçamento Participativo, e vários programas, surgiram como fruto desta trajetória.
Para citar alguns desses movimentos nos anos 90, destacamos: alguns são de caráter pluriclassista e conjunturais como foi o Movimento Ética na Política, ou a Ação da Cidadania Contra a fome e a miséria; movimentos de desempregados, ações de aposentados e pensionistas. Os primeiros tiveram espaço na mídia e contribuíram 
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para a mudança política do país. A Campanha contra a Fome deve seu sucesso à atuação midiática via a figura do Betinho.
Os movimentos de gênero (relações homens e mulheres) onde se destacam os movimentos de mulheres e os movimentos homossexuais; os movimentos dos afro-brasileiros e o movimento indígena são considerados movimentos indenitários e culturais; possuem uma identidade e conferem aos seus participantes uma identidade centrada em fatores étnicos e raciais. Na questão do movimento indígena, há importantes conquistas obtidas pós Constituição de 88 tais como a demarcação de suas terras, o direito de alfabetização em sua própria língua, e mais recentemente, a busca da venda de seus produtos, não em mercados alternativos, mas por preços justos e competitivos, em mercados globalizados.
Há outros movimentos indenitários e culturais como os movimentos geracionais onde se destacam os jovens, e nesses, seus movimentos culturais expressos, por exemplo, na música, via o Hip Hop, o Rap e tantos outros. Movimentos de meninos e meninas de rua e movimentos de idosos completam os movimentos das gerações.
Há ainda os movimentos culturais dos ambientalistas, os ecologistas que cresceram muito após a ECO 92. A maioria dos movimentos indenitários e culturais atua em conjunto com ONGs e eles têm sido bastante noticiados pela mídia. Muitas vezes lhes são atribuídos muito mais poder e força do que de fato possam deter. Isso ocorre por dois motivos: de um lado como resultado de suas lutas que criaram uma nova gramática no imaginário social e lhes conferiu legitimidade. Por outro lado, este super dimensionamento resulta também da forma como a mídia apaga o conflito, a diferença. Eles se transformam, nas reportagens, em lugares de identificação, elimina-se do processo de identidade propriamente dito, a diferenciação, a luta, a resistência. Os movimentos indenitários são reportados como ações coletivas frutos de projetos focalizados, coordenados por indivíduos empreendedores, agrupados segundo categorias de gênero, faixa etária, origem étnica, religião etc. O empreendedorismo social é uma categoria advinda da cidadania empresarial onde líderes comunitários transformam-se em gestores de projetos sociais. A grande mídia, voltada para formar a opinião pública numa sociedade de massa, elimina a negatividade, só afirma, reafirma e confirma a positividade segundo dados interesses. 
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Todo e qualquer caráter universalista é desconsiderado focalizando-se apenas a especificidade daquele projeto. Suas redes articulatórias - que dão apoio e suporte - desaparecem. Exibem-se resultados sem mostrar o processo para chegar àqueles números.
Diante do exposto, entende-se que investigar do ponto de vista teórico e prático as ações dos movimentos sociais é de suma importância para a formação do pedagogo.
Neste trabalho, apresentaremos a Associação Beneficente Nova Philla, onde iremos relatar a história, seus projetos, como é feito os atendimentos, as maiores desafios para manter esses projetos e como fazem para captar recursos para manter a ONG. Para realizar este trabalho, integrantes do grupo realizaram uma visita técnica onde puderam observar e observar o espaço, e em entrevista como os responsáveis da Associação puderam conhecer a trajetória da Associação. 
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2. DESENVOLVIMENTO
A ONG Beneficente Nova Philla, fundada a 25 anos, é uma organização não governamental, atua nas atividades de defesa dos direitos sociais, está localizada no município de Cotia, mas o sua área de maior atuação é em um bairro carente na cidade de Itapevi, onde são atendidas por dia aproximadamente 80 famílias. O dia de atendimento da ONG Nova Philla em Itapevi são todas as terças- feiras, onde existem voluntarias que fazem uma triagem, pois existe um cadastro dessas famílias para o controle de entrega das cestas básicas, que hoje é o principal trabalho dessa Associação, levar o alimento para essas famílias. Mas não só fazem entrega de cestas básicas, mas arrecadam roupas, calçados, cobertores, brinquedos e até moveis e eletrodomésticos para doarem para aqueles que necessitam.
A diretoria é formada por dez pessoas, membros de uma igreja, da qual surgiu a iniciativa para fundação da ONG. Atualmente, a associação atende 80 famílias semanalmente, mas em seu setor de cadastro existem mais de 700 famílias cadastradas. Todo início de Semestre se forma uma extensa fila de espera por uma vaga para se conseguir a cesta básica. 
A maior parte da renda daONG é proveniente de doações dos fiéis da igreja, os empresários que fazem parte da igreja doam os alimentos para serem montadas as cestas básicas, a Ong também possuía em sua sede na cidade de Cotia, uma equipe de voluntarias na área de telemarketing que fazem contatos telefônicas para as empresas para apresentar a ONG e conseguir alguma doação, mas segundo p responsável da ONG, é muito difícil esse trabalho, pois são poucos os que se dispõe a contribuir com a causa, a Ong também faz divulgações através das redes socias como instagram , facebook e whatsapp. Infelizmente a Ong ainda não conseguiu nenhum verba de Órgãos públicos, mas isso não impede o trabalho e acreditam que se cada um fizer a sua parte e olhar o seu próximo com mais amor e compaixão, fazer o bem sem olhar a quem, estarão contribuindo para trazer não só o alimento para essas famílias, mas também dignidade. A ONG tem outros projetos para serem colocados em pratica, aulas de música, cursos profissionalizantes, o trabalho de levar o alimento para os moradores de ruas, mas para tanto necessitam de mais recursos, 
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pois a ajuda que a Ong possui atualmente não conseguiria manter essas projetos, segundo o responsável pela Ong todas as pessoas que atuam na ONG são voluntários membros da igreja e não recebem nenhum tipo de ajuda financeira ou salario, mas fazem com muito zelo esse trabalho e não desanimam diante das dificuldades mas continuem firmes e se sentem gratos por ter a oportunidade de fazer a diferença na vida de alguém. 
 “Ver o brilho no olhar de cada criança, de cada mãe de família quando pega a cesta, faz todo nosso esforço valer apena”. (Voluntaria).
O Trabalho da ONG é árduo, cansativo, muitas vezes pensei em desistir, mas a partir do momento que colocou a mão no arado não dá mais pra voltar pra traz, e a cada dia com muita fé e determinação, dar continuidade a esse trabalho é saber que aquilo que é feito pelo outro tem suas recompensas, não recompensas matérias, mas espirituais , e a certeza de que estamos fazendo a sua parte nesse mundo, não culpar ou esperar nada de governantes, mas se cada um se colocar no lugar do outro, sentir a dor do outro, olhar o outro sem julgamentos, apenas ajudar , estender a mão, não estaremos apenas ajudando o próximo , mas estamos ajudando a nos mesmo a evoluir como seres humanos ( Bispo Paulo Philla).
Manter esse projeto não tem sido fácil, pois depender apenas de doações de membros da igreja não é suficiente para atendar a demanda de famílias que estão cadastradas, mas os responsáveis pelo projeto não desanimam e incansavelmente buscam novos patrocinadores para contribuir com o crescimento da Associação. O que os motiva é a sua fé e a certeza que estão fazendo a sua parte neste mundo, fácil não é, mas tudo na vida é difícil, se fosse fácil todo mundo faria. A associação Nova Philla está no instagram @anp_associacao e no facebook ONG Unidos pelo amor, através destas redes sociais, todos os dias são postados fotos dos trabalhos da Ong e os banner para pedidos de doações. 
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3. CONCLUSÃO 
 As ongs são entidades privadas sem fins lucrativos, mas carregam em seus históricos, um movimento sócio político, onde dá voz a vários movimentos sociais no qual as pessoas que fazem parte desses movimentos, são desassistidas pelo poder público.
 No Brasil as questões voltadas para a cidadania e a ascensão das ongs, ganharam projeção na mídia na década de 90, com o lançamento da Ação da Cidadania contra a fome, direcionada para 32 milhões de brasileiros, segundo IPEA, que estavam abaixo da linha da pobreza pela voz do famoso sociólogo Herbert de Souza (Betinho).
No que se refere a visita a Ong Beneficente Nova Philla, fundada a 25 anos, o grande desafio, é a captação de recurso, pois os grandes empresários não têm interesses em fazer doações para ongs que não tragam projeções sociais, diferentemente de grandes ongs como a CUFA, que na pandemia receberam grandes doações e a mídia projetava os nomes das empresas doadoras. Também a captação de recursos de pessoas físicas e pequenas empresas, sofrem em virtude do atual momento de fragilidade econômica que o Brasil passa, praticamente por todos os setores da economia. Mas ainda assim, com todas as dificuldades e muita dedicação dos voluntários, 80 famílias são assistidas, pois a região é muito carente e até sem perspectivas ainda para a porta de saída. 
 A grande maioria da sociedade ainda se encontra desinformada sobre o papel das ongs, e de sua abrangência, no que se refere ao papel sócio político, principalmente de inclusão, de resgate da cidadania e da autoestima, como também o direcionamento do indivíduo para a vida produtiva, social e cultural. No Brasil nos dias atuais, segundo informações de órgãos competentes, encontra-se com 33 milhões de brasileiros passando fome, um milhão a mais do que na década de 90 (32 milhões). Portanto as ongs são para esses brasileiros nos dias atuais, também uma luz no fundo do túnel, para suprir uma das necessidades básicas mais importantes do homem, que é a alimentação. 
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4. ANEXOS 
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5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
RIBEIRO, Mauricio. Palestra sobre ONGS. 17 de outubro de 2022. 
BRASIL. Educação e movimentos sociais. Boletim, 2005. Disponível em: < http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/145249EducacaoMovSociais.pdf>. Acesso em: 08/08/02014.
GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação v. 16 n. 47 maio-ago. 2011. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v16n47/v16n47a05.pdf>. Acesso em: 10/08/2014.
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7. FICHAS