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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, AGRÁRIA, ENGENHARIA E DA SAÚDE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GABRIELLE DE MELO SILVA GUILHERME NATHAN DE MIRANDA GENUINO LAUREN APARECIDA SZNITOWSKI LUCAS ROCHA DA SILVA RELATÓRIO DE CAMPO - PLANIALTIMETRIA Tangará da Serra - MT 2022 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho é um estudo de campo acerca do levantamento taquiométrico, no que se diz respeito ao estudo da topografia local, para Silva (1997, p. 6): “A taqueometria é uma técnica capaz de determinar, simultaneamente, a distância horizontal e vertical indiretamente”. A priori, a taqueometria é um método de determinação de campo da parte de planialtimetria - visando dados verticais e horizontais- dentro da Topografia que estuda os ângulos verticais e horizontais, com a ajuda de equipamentos para a coleta de dados, sendo o Taqueômetro Autorredutor o instrumento específico para a análise, portanto usa-se habitualmente o Teodolito em campo. Tal estudo de nivelamento continua sendo de suma importância, tanto nas áreas de construção civil, quanto na indústria agropecuária, pois um bom estudo topográfico é crucial para a determinação de zonas adequadas para usos diversos. Sendo assim, uma boa instrução de uso dos equipamentos e da obtenção dos resultados através dos cálculos é essencial para o desenvolvimento do levantamento, tendo em vista que o mau manuseio de tais pode comprometer integralmente o processo, entregando resultados errôneos, causando prejuízo financeiros e ao meio ambiente. Logo, é nítido a importância do estudo da Topografia, pois esta área engloba muito mais que apenas um canteiro de obra, interligando o natural com a mão de obra, que nos acompanha desde o nascer das sociedades, onde mesmo sem conhecimentos, as comunidades já demarcavam onde morar e onde plantar, levando em consideração na maioria dos casos as margens dos rios. Com isso percebemos que as noções topográficas foram desenvolvidas instintivamente pelo homem, buscando sobrevivência e bem estar, individual ou coletivo. Com isso, temos que o objetivo do presente trabalho é apresentar o levantamento taqueométrico acerca do local escolhido, realizando as etapas de obtenção dos dados através de instrumentos topográficos e compreender os conceitos das fórmulas, para enfim apresentar os resultados compatíveis com o relevo observado. 1 2. MATERIAIS E MÉTODOS Os materiais utilizados para a atividade em campo foram, uma mira topográfica usada para marcar a leitura do instrumento, um teodolito para leitura do ângulo vertical, e da altura dos fios na mira, um tripé para apoio do instrumento e uma trena para medir a altura do instrumento ao chão. A realização desse levantamento ocorreu na cidade de Tangará da Serra - MT, mais precisamente na Faculdade Anhanguera, sendo o local e demarcação escolhido pelos discentes. Para a realização da atividade, o método de planialtimétrico escolhido foi o taqueométrico, (uso de equipamentos que possuem luneta) uma vez que foi utilizado o teodolito. Inicialmente foi definido oito pontos, formando um octógono e posicionado-o nos pontos ímpares, e olhando para o ponto avante e a ré, até posicionar o instrumento em todos os pontos ímpares. Ao olhar pela luneta do teodolito deve-se anotar o valor dos três fios, médio, superior e inferior, e assim o ângulo vertical marcado com o instrumento travado. Esses são todos os dados coletados em campo, e devem ser anotados no caderno de campo servindo como dados para encontrar a diferença de nível (DN), e a distância horizontal (DH) entre o ponto e a estação de medição, é válido lembrar que a cota de referência adotada foi de 100 m. Sobre a supervisão da professora, o tripé foi ajustado a altura e posição, marcando assim a primeira posição, em seguida foi fixado o teodolito sobre o tripé, e, realizado o levantamento dos fios e dos ângulos medidos do instrumento pelo grupo. A leitura dos fios não foi uma dificuldade encontrada pelo grupo, porém foi necessário refazer o primeiro ponto devido às leituras dos fios estarem erradas. Como o instrumento mede o ângulo zenital e considera o 0° na vertical (ou seja em y), para descobrir o ângulo vertical deve-se utilizar a fórmula 1. 𝑖 = 90° − 𝑧 (1) Para encontrar o DN pode-se obter pela relação das cotas dos pontos (fórmula 2) ou pela fórmula 3 do DN considerando que o ângulo registrado foi descendente (>90°) ou ascendente (<90°), no caso da atividade os ângulos registrados foram todos descendentes. 𝐷𝑁 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐴 − 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐵 (2) 𝐷𝑁 = 𝐷𝑉 + 𝐹𝑀 ± 𝐴𝐼 (3) Onde FM é o fio médio, e AI a altura do instrumento. 2 Nesta fórmula existe uma variante DV (distância vertical) que é dada pela fórmula 4, onde FI é o fio inferior, e FS é o fio superior da luneta. 𝐷𝑉 = (𝐹𝑆 − 𝐹𝐼) * 100 * 𝑠𝑒𝑛 𝑧 * 𝑐𝑜𝑠 𝑧 (4) E, para encontrar a distância horizontal pelas relações trigonométricas, utiliza-se a fórmula 5. 𝐷𝐻 = (𝐹𝑆 − 𝐹𝐼) * 100 * 𝑠𝑒𝑛2𝑧 (5) Na figura 1 é possível visualizar a poligonal em que o levantamento foi feito. Figura 1: Diagrama dos pontos cotados no levantamento taqueométrico. Fonte: Os autores. 3 3. DESENVOLVIMENTO 3.1 PREENCHIMENTO DO CADERNO DE CAMPO. Com os dados obtidos em campo conforme descrito anteriormente, foi tabulado o caderno de campo, conforme o apêndice A - caderno de campo. Pelos ângulos lidos pelo teodolito é perceptível que por serem ângulos obtusos - isto é, maiores que 90° - as equações utilizadas devem ser para visadas descendentes, adaptando o sinal que lhe é da fórmula. Quanto aos pontos, observando as distâncias entre os pontos se observa que na maioria as distâncias foram quase iguais,uma vez que não foram medidas em campo apenas escolhidas de forma a ficar proporcionais formando uma poligonal mais regular possível. No caso do último ponto que ficou mais distante dos demais é em função do passeio que tem no meio da poligonal, como no ponto P6 que fica no limite entre o gramado e o caminho. Sobre os desníveis, ao analisar a coluna DN todos os valores deram negativos, isso significa que estão mais baixos em relação ao ponto de leitura do teodolito, (estações, E1, E2, E3, e E4) desta forma pode-se definir que o terreno está em declive, pois ao olhar um ponto por uma estação e pela o DN foi maior (mesmo negativo, o valor em sí) o que significa que o terreno aos poucos possui uma caída. Analisando a região em si, pela figura 2 e conforme a poligonal dos pontos realmente cotados, apêndice B - pontos cotados no levantamento, tem-se uma ideia de que a região analisada fora a frente do prédio principal, indo até a árvore maior (E2) o ponto P6 como visto, próximo ao passeio e o ponto outro logo a frente da árvore menor. Figura 2: Localização da região analisada. Fonte: Google Maps 2022. 4 Ao ver o local é notório o declive do local, um motivo para essa declividade é a entrada que fica distante e a mesma se encontra na altura da calçada, assim o prédio fica em evidência estando mais alto que o nível da rua. Sendo algo intencional, ou por mera coincidência da topografia local, o desnível é perceptível a olho nú, sendo nossos resultados uma comprovação numérica de sua existência, e seu detalhamento de forma topográfica. 4. CONCLUSÃO Assim, pode-se concluir que, o levantamento taqueométrico possui inúmeras etapas até sua finalização, e quando bem executadas, entrega resultados válidos e reais para o profissional. É nítido o amadurecimento dos discentes em campo, cada vez mais dedicados e comprometidos com a tarefa, executando de forma minuciosa e delicada os dados encontrados, desde os equipamentos até os cálculos que o sucedem. O local da atividade de campo permitiu fazer discriminações relacionadas com os cálculos retirados do levantamento, que por sua vez coincidem corretamente quanto as distância entre os ponto, bem como a inclinação e o desnível entre eles, por ser de fácil visualização a declividadeficou fácil relacionar e conferir os valores obtidos dos cálculos. Deste modo, pode-se concluir que o levantamento taqueométrico foi realizado de forma correta, aplicando todos os conceitos estudos, bem como a dinâmica de grupo que ocorreu de forma fluída. podemos afirmar que os discentes conseguiram executar com sucesso o levantamento, obtendo resultados que condizem com a realidade, demonstrando capacidade plena da execução da tarefa, expondo os dados coletados de forma padrão e alinhada. Por fim, pode-se afirmar que os objetivos foram alcançados plenamente, desde a execução do levantamento, incluindo a montagem, nivelamento do instrumento, leitura da mira, bem como o cálculo dos dados obtidos e a tabulação dos mesmos, uma vez que os resultados apresentam esse êxito obtido. 5 5. REFERÊNCIAS CORDINI, Jucilei. Altimetria: teoria e métodos visando a representação do relevo. UFSC, 2014. Disponível em: https://topografia.paginas.ufsc.br/files/2015/09/Altimetria-Apostila.pdf. Acesso em 02 de dezembro de 2022. JÚNIOR, José Machado Coelho, et al. TOPOGRAFIA GERAL . 2014. Disponível em: <https://repository.ufrpe.br/bitstream/123456789/2418/1/livro_topografiaGeral.pdf>. Acesso em 03 dez. 2022. VEIGA, Luis Augusto Koenig, et al. FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA . 2007. PITTELLA, M.; GINDRI SALBEGO, A. APLICAÇÃO DA TOPOGRAFIA NA ENGENHARIA CIVIL. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 6, n. 1, 14 fev. 2020. Disponível em: <https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/67464> Acesso em: 03 dez. 2022. SILVA, Everaldo Carmo da. Deduções taqueométricas. Belém: Fcap, 1997. 16 p. Repositório RIUFRA. Disponível em: http://www.repositorio.ufra.edu.br:8080/jspui/handle/123456789/520?mode=full. Acesso em: 04 nov. 2022. 6
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