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Etica_Aula 9 1

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PACIENTE 
TERMINAL
Aula 9
Bioética é a reflexão sobre a adequação ou 
inadequação de ações envolvidas com a vida.
Competência 
Científica
Conhecimento
Competência 
Humanista
Tecnologia
Técnica
Sabedoria
Confiança 
Ética
Bioética e Terminalidade
BENEFICÊNCIA - Evitar submeter o paciente a intervenções cujo
sofrimento resultante seja muito maior do que o benefício
eventualmente conseguido.
NÃO-MALEFICÊNCIA - Evitar intervenções que determinem
desrespeito à dignidade do paciente como pessoa.
AUTONOMIA - O exercício do princípio da autonomia na situação
do paciente terminal, em razão da dificuldade e abrangência de
tal decisão, mesmo para aqueles que
emocionalmente envolvidos, deve ocorrer de
não estejam 
uma maneira
evolutiva e com a velocidade adequada a cada caso. Em nenhum
momento, essa decisão deve ser unilateral, muito pelo contrário,
ela deve ser consensual da equipe e da família.
escasso, preservam-se os princípios da beneficência e da
autonomia sobre os da justiça.
- Cuidado Paliativo não é abandono terapêutico!
JUSTIÇA DISTRIBUITIVA - Se o paciente está na fase de morte
inevitável e são oferecidos cuidados desproporcionais
(Obstinação Terapêutica), está sendo utilizado inadequadamente
os recursos existentes, que poderiam ser aplicados a outros
pacientes.
O princípio da justiça deve ser levado em conta nas decisões
clínicas, mas não deve prevalecer sobre os princípios da
beneficência, da não-maleficência e da autonomia.
Se há um consenso de que um paciente, mesmo em estado
crítico, será beneficiado com um determinado tipo de
medicação e procedimento, a despeito de que o produto esteja
Bioética e Terminalidade
Hierarquização e Aplicação dos Princípios da Bioética na Evolução de
uma Doença
ADOECIMENTO
Vida Salvável Morte Inevitável
Preservação da vida
Alívio do Sofrimento
Alívio do Sofrimento
Preservação da vida
Beneficência
Não-Maleficência
Não-Maleficência
Beneficência
Inversão de 
Expectativas
Autonomia
Justiça
Distanásia
Distanásia: é a manutenção dos tratamentos invasivos em pacientes
sem possibilidade de recuperação, obrigando as pessoas a processos
de morte lenta, ansiosa e sofrida; é morte lenta, ansiosa e com muito
sofrimento.
Trata-se de um neologismo composto do prefixo grego dys, que
significa ato defeituoso, e thanatos, morte. Trata-se de morte
defeituosa, com aumento de sofrimento e agonia. É conhecida
também como obstinação terapêutica e futilidade médica.
A distanásia é sinônimo de tratamento fútil ou inútil, sem benefícios
para a pessoa em sua fase terminal. É o processo pelo qual se
prolonga meramente o processo de morrer, e não a vida propriamente
dita, tendo como consequência morte prolongada, lenta e, com
frequência, acompanhada de sofrimento, dor e agonia.
"Morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento".
Quando há investimento à cura, diante de um caso de incurabilidade,
trata-se de agressão à dignidade dessa pessoa. As medidas
avançadas e seus limites devem ser ponderados visando a
beneficência para o paciente e não a ciência vista como um fim em si
mesma.
“Distanásia significa prolongamento exagerado da morte de um
paciente. O termo também pode ser empregado como sinônimo de
tratamento inútil. Trata-se da atitude médica que, visando “salvar a
vida” do paciente terminal, submete-o a grande sofrimento. Nesta
conduta não se prolonga a vida propriamente dita, mas o processo de
morrer. No mundo europeu fala-se de "obstinação terapêutica", nos
Estados Unidos de "futilidade médica" (medical futility). Em termos
mais populares a questão seria colocada da seguinte forma: até que
ponto se deve prolongar o processo do morrer quando não há mais
esperança de reverter o quadro?”
Distanásia
Eutanásia
• A Eutanásia - originalmente definida como a boa morte; no grego eu -
bom e thanatos - morte. Nos dias de hoje, a isto acrescentou-se mais
um sentido: o da indução, ou seja, um apressamento do processo de
morrer.
• Só se pode falar em eutanásia se houver um pedido voluntário e
explícito do paciente – se este não ocorrer, trata-se de assassinato,
mesmo que tenha abrandamento pelo seu caráter piedoso. E é só
neste sentido que difere de um homicídio, que ocorre à revelia de
qualquer pedido da pessoa.
• A eutanásia, atualmente, é conceituada como a ação que tem por
finalidade levar à retirada da vida do ser humano por considerações
tidas como humanísticas, à pessoa ou à sociedade, é ética e
legalmente incorreta no Brasil.
https://istoe.com.br/40635_LICENCA+PARA+MORRER/
https://www.univates.br/media/graduacao/direito/DIREITO_A_MORTEVIDA_DIGNA.pdf
Ortotanásia é a arte de morrer bem, humana e corretamente, sem 
ser vitimado pela mistanásia, por um lado, ou pela distanásia, por 
outro, e sem abreviar a vida, ou seja, recorrer à eutanásia. Tem 
como grande desafio o resgate da dignidade do ser humano em 
seu processo final, onde há um compromisso com a promoção do 
bem-estar da pessoa em fase terminal.
Ortotanásia
Ortotanásia
A Ortotanásia, entendida como possibilidade de suspensão de
meios artificiais para manutenção da vida quando esta não é mais
possível (desligamento de aparelhos quando o tratamento é fútil,
não promovendo recuperação e causando sofrimento adicional),
não é um ato ilícito.
Ou seja, a conduta de desligar equipamentos será lícita se não
significar encurtamento da vida, obedecendo ao princípio de não
maleficência.
MISTANÁSIA:mortecomoumfato “sócio-político”:pobreza,violência e exclusão.
“E somos Severinos iguais em tudo na vida, morreremos de morte
igual, da mesma morte Severina.
Que é a morte de que se morre de velhice antes do trinta, de
emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia. De fraqueza
e de doença é que a morte Severina ataca em qualquer idade, e até
gente não nascida”.
(“MORTE E VIDA SEVERINA” – João Cabral de Mello Netto)
Mistanásia
1º) a grande massa de doentes e deficientes que, por motivos políticos,
sociais e econômicos, não chegam a ser pacientes, pois não
conseguem ingressar efetivamente no sistema de atendimento médico.
2º) os doentes que conseguem ser pacientes para, em seguida, se
tornar vítimas de erro médico e, terceiro.
3º) Os pacientes que acabam sendo vítimas de má prática por motivos
econômicos, científicos ou sociopolíticos.
Mistanásia
Programas de cuidados paliativos - opção à 
eutanásia, ao suicídio assistido e à distanásia
• Seriam os cuidados paliativos um caminho entre a eutanásia, o
suicídio assistido e a distanásia? Uma possibilidade de
operacionalização da ortotanásia? A morte na horacerta?
• Pacientes gravemente enfermos que frequentam programas de
cuidados paliativos têm grande possibilidade de terem aliviados seus
sintomas incapacitantes e sua dor e há grande preocupação da
equipe em relação à qualidade de vida. Assim, pode-se dizer que o
movimento de cuidados paliativos traz um grande progresso no que
concerne aos cuidados no fim da vida, restituindo o bem estar global
e a dignidade ao paciente gravemente enfermo, favorecendo a
possibilidade de viver sua própria morte, um respeito por sua
autonomia e não o abandonando à própria sorte.
Cuidados Paliativos
doença que ameace a continuidade e seus
familiares através do
estressantes, utilizando
alívio da dor
uma abordagem
da vida
e dos sintomas
que inclui o
suporte emocional, social e espiritual aos doentes e seus
familiares desde o diagnóstico da doença ao final da vida
e estendendo-se ao período de luto”. (WHO, 2002).
“Paliativo” - do latim pallium: manto ou capote
• “Conjunto de medidas capazes de prover uma
melhor qualidade de vida ao doente portador de uma
DICA DE LEITURA!!!
DICA DE LEITURA!!!
E o que você pensa 
sobre isso?
PRÓXIMA AULA: BIOETICFLIX!!!
CANÇÃO PARA MARION (2014)
Marion vai morrer e sabe disso. No entanto, sua alegria permanece intacta
quando ensaia com os amigos do coral. O marido é um velho rabugento
que a ama e teme perdê-la, mas terá que lidarcom suas emoções e aceitar
o poder do canto.

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