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TEXTUALIDADES INDÍGENAS E O CONCEITO DE IMPRECISÃO UM PLANO DE AULA INCLUSIVO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO
 ESTUDOS SEMÂNTICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA
CURSO DE LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA
CARINA CARVALHO BARBOSA
 Professora: Gina Maria Imbroisi Teixeira
Vitória da Conquista-BA
2022
Introdução
O Brasil possui inúmeras composições literárias, em cada lugar existe uma literatura própria, e esta, transmite a essência cultural do nosso país. Entre as muitas representações literárias, é relevante destacar a literatura indígena, de como é importante falar sobre a textualidade escrita pelos índios dentro da sala de aula, principalmente por transmitir conhecimento cultural, linguístico e por transformar os estudantes em cidadãos críticos e reflexivos sobre vários aspectos. 
Sendo assim, ensinar sobre os povos indígenas é imprescindível e obrigatório, já que de acordo com a lei n.o 10.639/2003 da Constituição Brasileira – a História e a Cultura afro-brasileira e indígena devem ser incluídas no currículo de todas as disciplinas do ensino básico.
Partindo desse pressuposto, compreende-se a necessidade de discutir sobre os povos indígenas, no entanto, é necessário abordar não apenas as questões culturais relacionadas a sua origem, mas também linguísticas. Os índios possuem uma linguagem própria e ao estudar os textos escritos por eles, é possível observar uma diferença na estrutura sintática e no conjunto lexical. 
Destarte, a imprecisão semântica precisa ser trabalhada pelo o docente, principalmente ao abordar a textualidade de origem indígena, já que o termo “a gente” por exemplo, é comumente utilizado por eles e é considerado preciso nesses tipos de textos. Existem diversas palavras que no vocabulário deles é correto e os alunos devem ter esse discernimento de que não está “errado” ou “mal escrito”, que fazem parte da diversidade linguística do nosso país e que está de acordo ao contexto identitário dos mesmos.
Plano de aula sobre a imprecisão semântica nas textualidades indígenas- 9° ano do Ensino Fundamental
Pré-textual;
 Realizar uma roda de discussão sobre a imprecisão semântica, abordando o seu conceito diante da textualidade indígena. 
Questionar aos alunos o que eles entendem por imprecisão semântica e se conhecem algum texto de origem indígena ou que apresente a linguagem desses povos e demostrar que isto faz parte da variedade linguística existente no português brasileiro.
Após todos exporem a sua opinião, deverá ser explanado o que é a imprecisão semântica de fato e apresentar um texto que contenha a linguagem indígena para que os alunos analisem quais palavras são precisas e imprecisas de acordo a língua portuguesa para que possam fazer essa comparação entre os dialetos indígenas e o português brasileiro.
Ao fazer esse levantamento de informações dos alunos acerca do conteúdo abordado, será possível compreender qual é o seu conhecimento prévio sobre o assunto.
Textual;
 Apresentar um trecho extraído do livro Dias de chuva (2016) de Carolina Mancini e solicitar que os alunos analisem o mesmo de acordo a imprecisão semântica. 
O trecho escolhido para análise foi; 
“ – Quem…quem é ela, Guayaka? – perguntei baixo, como se fizesse alguma diferença ela me ouvir. A índia, me encarando, dava calafrios. Meu amigo virou-se rápido e se manteve entre nós duas. Eu a observava por trás de seus ombros. – Realmente tá vendo ela? – Mas é claro que sim – disse rápido, como se ele me perguntasse o óbvio. – Isso é… impossível. – Sua voz vinha repleta de dúvida. – Nenhum homem branco vê o espírito de Amanara*. – Ela parece bem real para mim. – Ela foi uma Icamiaba na tua terra. Mas não uma qualquer. – Icamiaba? O que isso quer dizer? – Teu povo as chamaram de Amazonas. Mas Amanara era uma especial entre as suas” (MANCINI, 2016, p. 85). 
Copiar no quadro o trecho em destaque e requisitar que os discentes escrevam em seus cadernos.
Será observado se existe uma coerência no que foi dito pelos estudantes no levantamento de informações e se eles realmente tinham conhecimento sobre o conteúdo e a partir daí desenvolver a habilidade em ler e compreender as informações implícitas no texto.
Pós-textual;
Requisitar que cada um dos estudantes apresente quais palavras encontraram no trecho do livro Dias de chuva que podem ser discutidas de acordo a imprecisão semântica e que façam uma busca na internet por produções literárias de origem indígena para conhecerem de forma mais ampla a sua linguagem, relacionando-a aos aspectos culturais e semânticos e que apresentem de forma oral o texto escolhido e o que determinou a sua preferência para a discussão sobre a imprecisão semântica.
Através das atividades solicitadas, espera-se que os alunos demostrem se compreenderam o conceito da imprecisão semântica com relação aos textos indígenas contextualizando com as questões linguísticas e culturais do português brasileiro.
Recursos;
Quadro branco, piloto, caneta, caderno, livro Dias de chuva (2016) de Carolina Mancini, computador, notebook, celular e material humanos.
Conclusão 
Ao desenvolver as atividades acima, espera-se que os alunos consigam compreender o conceito de imprecisão semântica em meio as textualidades indígenas e entendam que isto está relacionado as variedades linguísticas existentes no Brasil. Demostrando assim, que não existe “certo” ou “errado” com relação a oralidade ou escrita das pessoas, sendo importante compreender em qual contexto a linguagem está inserida.
Os discentes terão como problemática o conhecimento prévio sobre a literatura indígena, pois é um estudo que está sendo inserido no contexto escolar de forma gradativa. Ao desenvolver este conteúdo dentro da sala de aula, o docente consegue transmitir de forma ampla o conhecimento sobre a linguagem indígena, demostrando o que a imprecisão semântica e trabalhando com questões relacionadas ao preconceito linguístico 
Referências
CARVALHO, Leandro. LEI 10.639/03 E O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA. Brasil Escola. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/lei-10639-03-ensino-historia-cultura-afro-brasileira-africana.htm> Acesso em: 22 de nov. de 2022.
MANCINI, C. Dias de Chuva. São Paulo: Estronho, 2016

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