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Módulo 1: Professora: Glaucia Kommers Patho → algo relacionado com doença (ou sofrimento) Logos → palavra ou razão (ciência ou estudo) Patologia → estudo das doenças. Patologia Geral → Estudo das respostas básicas das células e tecidos às agressões, independentemente dos órgãos, sistemas ou espécies animais envolvidas. O que é patologia? 1) Confere entendimento de como as doenças funcionam e como podem ser diagnosticadas, tratadas e prevenidas. 2) Conecta estudos da forma e funções normais (anatomia, histologia e fisiologia) com o estudo da clínica médica (condição normal → doença). 3) Importante prática profissional que diretamente dá suporte à prática clínica. O que faz um patologista? Ensina patologia, realiza exames pós-mortais (necropsias para veterinária e autópsias para medicina humana), avalia tecidos submetidos por clínicas e cirurgiões (biópsias) e realiza trabalhos de pesquisa. → Há necessidade de conhecer o normal para reconhecer o anormal buscado para diagnóstico da patologia. Ademais, nem sempre a macroscopia demonstra alterações, por isso utiliza-se o exame microscópico (histológico). → A coleta de material é sequencial (padrão) para que nenhum órgão seja esquecido. → Formol 10% para fixação dos tecidos coletados para avaliação histopatológica → máquina para processamento do material → coloração HE com hematoxilina – cora substâncias basofílicas (núcleos, por ex., coram em azul) – e eosina – cora substâncias eosinofílicas (citoplasma, por ex., cora em rósea/avermelhado). → Para detecção de anormalidades avalia-se, por ex., coloração, textura, bordos e tamanho do órgão. Terminologia Básica: → Doença: não é necessariamente infecciosa (como retículo-pericardite traumática), mas um desvio ou interrupção da estrutura ou função normal de qualquer parte, órgão ou sistema, podendo até mesmo ser uma combinação entre vários sistemas acometidos por uma mesma doença. Pode estar manifestada (ou não) por uma série de sinais clínicos (sintomas) característicos e cuja etiologia (causa, ex.: vírus da parvovirose), patologia (lesões macro e microscópicas) e prognóstico conhecidos ou desconhecidos (dá-se o prognóstico de acordo com os estudos de padrões sobre o diagnóstico – 3 morrem e 2 se recuperam nos casos de parvovirose, por ex.). → Patogênese: mecanismo de desenvolvimento de uma doença, desde o seu início até suas manifestações celulares e moleculares. Permite compreender como a doença inicia e evolui, sua relação com os sinais clínicos nos diferentes estágios e como proceder apropriadamente. Ex.: CAV-1 possui afinidade pelo endotélio dos vasos sanguíneos e gera sinais hemorrágicos. → Sinais Clínicos: conjunto de manifestações de uma determinada doença. Ex.: febre, dispneia, tosse, agressividade, paralisia, diarreia, vômito, anorexia, emagrecimento, etc., os quais, juntamente com exames clínicos, permitem o estabelecimento de um diagnóstico clínico. Sinal patognomônico: algumas doenças que acometem ou possuem afinidade e diagnóstico através de lesões em um órgão específico. → Prognóstico: junção dos sinais clínicos e previsão da evolução de um determinado caso clínico (pode haver exceções). Utilizado em exames histopatológicos de biópsias pelo patologista. o Ex.1: cão com adenoma sebáceo (tumor benigno) → prognóstico favorável. o Ex.2: cadela com carcinoma simples túbulo papilar – neoplasma (tumor mamário maligno) → prognóstico reservado (recidivas e metástases PODEM ocorrer) ou desfavorável (recidivas e metástases SÃO esperadas). Células normais, adaptadas e lesadas → Estímulos nocivos/danosos (causam lesões): o Hipóxia → isquemia (falta de irrigação) e infarto renal (os rins são órgãos terminais, os quais se caracterizam por terem irrigações específicos para determinadas áreas, as quais não possuem outra alternativa de suprimento sanguíneo caso a artéria principal tenha sido obstruída). o Agentes físicos → fraturas por forças que excedem a resistência suportada pelo corpo. o Agentes infecciosos (vírus, bactérias, fungos, etc.) → Dermatophilus congolensis (bactéria), papilomavírus (vírus), sarna Sarcóptica ou escabiose canina (parasitária). o Desequilíbrios e deficiências nutricionais → dermatose responsiva ao Zn (paraceratose). o Anormalidades genéticas → hiperplasia das paratireoides (altos níveis de PTH). o Desequilíbrio da carga de trabalho (sobrecarga de células). o Substâncias químicas, fármacos, toxinas → dermatite por contato com urina (decorrente de incontinência urinária). o Disfunções imunológicas (doenças autoimunes) → lúpus eritematoso discoide (produção de anticorpos contra proteínas próprias). o Envelhecimento → lipofuscinose (distúrbios de pigmentação), como na “atrofia parda do coração” (acúmulo de lipofuscina no local, substância que não consegue ser eliminada pelas células devido à grande quantidade).
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