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Introdução a Tutela Executiva Pra que serve uma execução? R: Exigir um cumprimento de uma obrigação, garantir um direito. Processo de Conhecimento: Tem varias etapas e no decorrer do processo tudo oque as partes alegarem tem que ser provado. GRAUS E ETAPAS DO PROCESSO DE CONHECIMENTO COMUM CÍVEL · O PROCESSO DE CONHECIMENTO CÍVEL se divide em 2 graus: 1º grau = desde a petição inicial até a sentença. 2º grau = recursal. · O processo de conhecimento cível, no seu 1º grau, se divide em 4 etapas: 1ª - postulatória. 2ª - saneatória. 3ª - instrutória. 4ª - decisória. Tutela de conhecimento / cognitiva: Precisa passar pelo processo de conhecimento em todas as suas fases para ter uma decisão final, direito garantido, uma sentença procedente ou improcedente. -Analisar a existência ou não de um direito. -Resolução de um conflito. -Própria sentença, movimento jurisdicional que o juiz deu no processo de conhecimento. O que significa que neste momento, há a análise da existência ou não do direito postulado em juízo. Ou seja, é durante as etapas do processo de conhecimento que as Partes fazem alegações e produzem provas dos seus direitos, e o Juiz os analisa e decide a lide. A TUTELA COGNITIVA pode ser de 3 tipos: · DECLARATÓRIA = o objetivo principal é obter uma declaração do juiz sobre assunto no qual há incerteza, como a existência de certa relação jurídica entre as partes. · CONDENATÓRIA = o objetivo principal é a aplicação de uma sanção. · CONSTITUTIVA = o objetivo principal é constituir uma mudança jurídica no estado das coisas, por exemplo, extinguindo a relação jurídica entre as partes. Tutela Cognitiva: -Faz o conhecimento do juiz, ou seja, o juiz vai decidir quem tem direito e quem não tem. -Promove o conhecimento do direito alegado (análise da existência ou não do direito postulado em juízo). -Aplicação da lei ao caso concreto, deferindo ou negando um direito. Processo de Execução Tutela Executiva: Se eu iniciei a execução é porque não tive o cumprimento espontâneo da obrigação. -Quando inicia uma execução é porque já tem uma condenação. -Seja uma obrigação de fazer, de não fazer, de pagar ou de dar. -Através da tutela executiva, terá a satisfação daquilo que já havia sido garantido. -Na execução o juiz não vê quem tem direito, só determina o procedimento correto na execução. -Já tem anteriormente uma sentença transitada em julgado ou uma decisão interlocutória provisória que já está consolidada porque a outra parte não recorreu. -No decorrer desse processo existem meios da outra parte se defender já que não há contestação como se tem no processo de conhecimento. Entretanto, o direito ao contraditório e ampla defesa existem pois é constitucional. Já a TUTELA EXECUTIVA é aquela que promove a satisfação ou a realização de um direito já decidido ou definido em título judicial ou extrajudicial, pelo seu não cumprimento espontâneo. Ou seja, após uma sentença transitada em julgado, o credor que teve direito a uma indenização por danos morais, por exemplo, deve executar a sentença que lhe foi favorável, se o devedor não a cumpriu. O Juiz aqui, NÃO RESOLVE UM CONFLITO, apenas executa a decisão ou título, assegurando que o direito adquirido seja concretizado, em razão do inadimplemento de uma obrigação anterior, seja ela de dar, fazer ou não fazer. Pode ser classificada, quanto à origem do título executivo, em JUDICIAL ou EXTRAJUDICIAL. Tutela Executiva: -Não tem o conhecimento, já foi decidido, já se sabe quem tem aquele direito consolidado. Ex: Cheque, nota promissória. -Promove a satisfação de um direito já decidido ou definido em título judicial ou extrajudicial. -O juiz não reconhece um direito, apenas decide a melhor maneira de executá-lo. Título Executivo A TUTELA EXECUTIVA pode se basear em 2 espécies de título executivo: o JUDICIAL e o EXTRAJUDICIAL. 2 Tipos de Execução: 1- Título Judicial - A decisão para a justiça. -Teve antes um processo de conhecimento. -Formado através do processo, precisa ter havido um processo com decisão de que alguém tem direito a alguma coisa e aquele processo ainda está em fase de decisão ou já transitou em julgado. Ex: Sentença, decisão interlocutória, certidão de partilha, acordo homologado na justiça. - É formado através da atuação jurisdicional, e do processo de conhecimento, onde o Juiz profere uma decisão com algum tipo de obrigação (pagar, dar, fazer, não fazer) - Art. 515, CPC. -É cobrado através da execução judicial, no mesmo processo de conhecimento. 2- Título Extrajudicial -É aquele que não é formado através de processo, vem por ato de vontade das partes. Ex: Contrato de confissão de dívida, nota promissória, cheque, duplicata, escritura pública. - É formado por ato de vontade das partes envolvidas na relação jurídica de direito material (ou somente de uma delas) – Art. 784, CPC -É cobrado através da execução extrajudicial, num processo autônomo, que não exige ação de conhecimento anterior. Processo de Execução: É o processo através do qual o credor, ou seja, aquela pessoa que tem o direito garantido por sentença ou titulo extrajudicial vai ate o juiz pedir o cumprimento daquela obrigação. -Já pede a execução pois já tem prova do seu direito. A ação de EXECUÇÃO é então o ato do credor exigir, através do Juízo, o cumprimento forçado de um direito reconhecido pela lei, embasado em decisão judicial ou título extrajudicial. O processo de execução extrajudicial está disciplinado nos artigos 771 e seguintes do CPC. E o processo de execução judicial, nos arts. 513 e seguintes do CPC. Ação de execução extrajudicial: Arts. 771 e seguintes, CPC. - Se dá quando há a execução, pelo credor, de um TÍTULO EXTRAJUDICIAL, para que ele seja cumprido. E aqui, teremos um processo de execução autônomo, que não exige ação de conhecimento anterior. Ação de execução judicial: Arts. 513 e seguintes, CPC. -Tanto no judicial quanto no extra, conta-se com a boa-fé. -Se dá quando há a execução, ou seja, a cobrança forçada, pelo credor, de um TÍTULO JUDICIAL, para que uma obrigação seja cumprida. O Juiz ainda pode arbitrar multa. Princípios da Execução O processo de execução é baseado em vários princípios que tem que ser observados no curso dessa execução para que não traga nenhum tipo de onerosidade a parte contraria, nenhuma ilegalidade. 1- Princípio da Patrimonialidade - A execução recai sobre o patrimônio de alguém e esse patrimônio é do executado, ou seja, não é a pessoa do executado que vai responder é o patrimônio dele. -Obrigação em cima do patrimônio. Exceção: Execução de alimentos, por um período temporário a pessoa pode ficar presa para que ela corra atras de pagar a dívida. 2- Princípio da Livre Disponibilidade -O exequente pode desistir da execução em sua totalidade ou em parte sem que isso implique na renúncia ao direito. Ex: Se entrei com uma execução e desisto dela, é possível porque é possível você desistir de uma ação de conhecimento, se a parte contraria não foi citada posso desistir ou parar de movimentar. Exceção: Se houver embargos, deverá haver a concordância expressa do embargante. 3- Princípio da Adequação O processo de execução deverá se iniciar seguindo o procedimento adequado, que observará a natureza do título executivo. Ex.: título judicial ou extrajudicial, obrigação de pagar, de dar, de fazer ou não fazer. -Existem dois tipos de títulos, dois procedimentos diferentes para cada tipo de título. -Se tenho um titulo judicial, segue o art. 513. -Se for um titulo extrajudicial, segue o art. 771. 4- Princípio da Menor Onerosidade ou menor Gravame -A execução tem que se dar pelo meio menos gravoso. A execução deve se dar pelo meio menos gravoso para o devedor, e por isso o Juiz pode adequar o procedimento de ofício. Está ligado ao PRINCÍPIO DO EXATO ADIMPLEMENTO ou DA SATISFATIVIDADE (que diz que a execução deve atingir somente o seu resultado, nada mais). 5- Princípio da Dignidade da Pessoa Humana -Execução não pode retirar a dignidade do devedor, do executado. -No CPC há uma lista de bens impenhoráveis. A execução não pode retirar adignidade do devedor, e por isso não pode afetar bens inerentes à sobrevivência deste e de sua família. Assim, existem limitações legais quanto à impenhorabilidade de alguns bens e valores do devedor. 6- Princípio de que não há execução sem título ou NULLA EXECUTIO SINE TÍTULO Confere ao executado uma maior segurança jurídica, devido a exigência de um titulo que garanta a existência ou a probabilidade de existência de um crédito. - Para ter execução ou se tem o título judicial ou extrajudicial. -Quando não tem, a pessoa tem que entrar com um processo de conhecimento para considerar a parte contrária dele e aí constituindo o título, torna-se judicial. 7- Princípio da Tipicidade dos títulos Executivos O rol de títulos executivos deve estar catalogado em lei, dispostos nos arts. 515 e 784 do CPC. -Tem-se um rol. Dos princípios judiciais e extrajudiciais. 8- Princípio da Responsabilidade Patrimonial O devedor poderá responder com seus bens presentes e futuros, para o efetivo cumprimento das obrigações, ressalvadas as restrições de impenhorabilidade. -Quando é possível que o devedor que não é o devedor direto daquela obrigação tem seus bens pessoais atingidos. 9- Princípio do Desfecho Único A execução só tem um fim possível, que é a satisfação dos direitos do exequente, e nela não se discute mérito. Assim, ao fim da execução não há sentença de mérito, mas sim, uma sentença de encerramento do processo. -A execução se presta para satisfazer um direito, uma obrigação já instituída em lei para alguém. 10- Princípio do Contraditório Na execução, embora não haja conhecimento, também possui o contraditório, que é um direito das partes e um dever do juiz, constitucionalmente garantido. Ex.: ser ouvido, acompanhar os atos processuais, produzir provas e manifestar-se sobre a prova produzida, ser informado regularmente dos atos praticados, impugnar decisões. -São princípios processuais, comuns a qualquer processo. Execução: Forma de exigir um cumprimento de uma obrigação que já foi decidida em um titulo judicial ou extrajudicial. 11- Princípio da lealdade e boa-fé processual ou da cooperação A que participa de um processo deve se comportar de acordo com a boa-fé, a probidade e a honestidade. 12- Princípio da transparência patrimonial Refere-se à localização de bens passíveis de penhora e alienação. Assim, é possível a indicação e a busca de bens, e o dever do Oficial de Justiça de localizar patrimônio a ser executado.
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