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Sd. disabsortivas 1 💩 Sd. disabsortivas Julia S Crescencio P6 - Tutoria UC 18 Doença Celíaca Glúten: conjunto de proteinas presente nos cereais Um de seus componentes: gliadina Origem autoimune Multifatorial: ambientais (contato com o glúten) + genéticos (HLA Dq2 e Dq8) + imunológicos (autoanticorpos) Autoanticorpos na mucosa do delgado FISIOPATOLOGIA Gluten → hidrolisado → libera gliadina → se liga a transglutaminase tecidual (produzida pela mucosa) → esse complexo é reconhecido como antígeno → ativação do sistema imunológico → produção de anticorpo → resposta inflamatória Anticorpos: anti-gliadina IgA e IgG, anti-transglutaminase IgA e anti-endomísio IgA CLÍNICA → Típicas: Diarreia, esteatorreia, perda ponderal → A maioria dos pacientes apresenta manifestações atípicas: constipação, crianças com déficit de crescimento, amenorreia, flatulências, cefalia, anemia ferropriva refratária, deficiência de B12, osteoporose, osteopenia, dispepsia, deficiencia de vitaminas, perda de peso, fadiga, cansaço, depressão → Muitos vão ser assintomáticos < 10%: dermatite herpetiforme → todo paciente com esse quadro tem doença celíaca; lesões papulovesiculares em regiões extensoras, tronco, couro cabeludo, Sd. disabsortivas 2 pescoço DIAGNÓSTICO Rastrear: sorológicos. O mais sensível\específico é o Anti-Transglutaminase IgA (Anti-endomísio IgA é o 2o) Dosar IgA pelo risco de deficiência de IgA. Se vier negativa (tem deficiência) → pedir anti-gliadina IgG EDA: confirma diagnóstico (padrão-ouro); porção proximal e distal do delgado Redução da altura e atrofia das vilosidades + hipertrofia das criptas + aumento de linfócitos intraepiteliais e na lâmina própria* (*também com aumento dos plasmócitos) TRATAMENTO Eliminar glúten Nas fases inciais reduzir leites e derivados Repor deficiências se houver COMPLICAÇÕES Doença refrataria tipo 1 e 2*: glicocorticoides Maior risco de linfoma e câncer* Espru colágeno: membrana de colágeno na mucosa dificulta absorçao de nutriantes Intolerância à lactose É a forma mais comum de má absorção de carboidratos. Isso ocorre porque a atividade intestinal da lactase, enzima necessária para hidrólise da lactose em glicose e galactose, diminui progressivamente com o passar dos anos. A deficiência de lactase pode ser congênita (rara), primária (mais comum) ou secundária (d. celíaca, cronh, infecções) Alergia ao leite é diferente, tendo reação alérgica a proteínas (lactoalbumina e lactoglobulina) ou caseína. Sd. disabsortivas 3 FISIOPATOLOGIA Lactose → hidrólise pela lactase → glicose + galactose A lactase fica na borda em escova das células epiteliais do delgado, principalmente no jejuno médio Deficiência → lactose é carreada para o cólon → fermentada pela flora local → ácidos orgânicos, CO2, metano e hidrogênio + aumento da osmolaridade do lúmen entérico (diarreia aquosa ácida) CLÍNICA 15-120 min após ingestão: diarreia aquosa, distensão, flatulência, borborigmo, desconforto, náuseas e vômito DIAGNÓSTICO Método direto: dosagem bioquímica da atividade da lactase por biópsia jejunal - invasico, pouco disponível, menos sensível que o respiratório Indiretos: teste de tolerância à lactose, teste do hidrogênio expirado e análise fecal Teste de tolerância: ingere 50g → coleta sangue a cada 15-30min por até 2h → elevação de 20-30mg na glicose: digestão normal Teste do hidrogênio expirado (ideal): mede o hidrogênio expirado por cromatografia gasosa → oferta 2mg\kg de lactose → coleta amostrar de novo a cada 15min, por 180min → elevação de 20 ppm no hidrogênio expirado: portador da deficiência (indica fermentação pela flora) Testes fecais: análise do pH (cai p 5,5 ou menos) e pesquisa de substâncias redutoras TRATAMENTO A base do tratamento é a correção da dieta (geralmente são necessários pelo menos 20 a 50 g de lactose para que apareçam sintomas) O consumo de lactose com outros alimentos minimiza os sintomas, pois há redução do trânsito intestinal, permitindo maior contato do bolo alimentar com a lactase residual. Para os pacientes que não conseguem seguir a dieta, é possível utilizar a lactase em cápsulas, acompanhando a ingestão de alimentos, a qual está disponível comercialmente no mercado americano (Lactaid Plus ou Fast®). Sd. disabsortivas 4 Nos casos de IL secundária, deve-se tratar a condição subjacente do paciente. Nessas situações, a lactose deve ser excluída por, pelo menos, 4 semanas e depois pode ser feito o reteste, quando ela é reintroduzida e os sintomas são avaliados. Pacientes com IL apresentam maior risco de osteopenia e osteoporose, tanto pela redução da ingestão de cálcio na dieta, quanto pela menor absorção deste devido à própria não digestão da lactose. Desta forma, a avaliação da saúde óssea, através de densitometria mineral óssea de coluna lombar e fêmur, e o pronto tratamento dos processos de desmineralização com reposição de cálcio são tão importantes quanto o manejo da própria IL.
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