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TUTORIA 1 TUTORIA 1. Reconhecer a biologia viral (classificação, composição, formas de infecção, replicação e patogênese). Classificação Os sistemas internacionalmente consensuais de classificação de vírus se baseiam na estrutura e composição da partícula viral. Em alguns casos o modo de replicação é também importante na classificação. Vírus são classificados em várias famílias com base nisso. Classificação por: Tipos Tipo e estrutura do nucleoide • DNA ou RNA: ◦ Para vírus de RNA: ▪ Genoma de cadeia simples (ss- RNA) (sentido positivo ou negativo) ▪ Genoma de cadeia dupla (ds-RNA) ◦ Para vírus de DNA: Todos são ds-DNA (exceto Parvoviridae ). • Linear ou circular • Segmentado ou não segmentado Estrutura da cápside • Icosaédrica • Helicoidal • Simetria complexa Presença de envelope • Sem envelope • Com envelope Ciclo de replicação (para bacteriófagos) • Lítico • Lisogênico ou temperado Outras • Variedade de hospedeiros • Características imunológicas • Sensibilidade a certos produtos químicos ou propriedades físicas Os vírus podem ser classificados de várias formas. Contudo, a maioria dos vírus possui um genoma formado por DNA ou RNA. Os vírus com genoma de DNA podem ainda ser caracterizados como de cadeia simples ou dupla. Os vírus com envelope são revestidos por uma camada fina de membrana celular, que geralmente é retirada da célula hospedeira. Os vírus sem envelope são apelidados de vírus “nus”. Composição Basicamente os vírus são constituídos por dois componentes essenciais: a parte central, onde se encontra o genoma e que pode ser DNA ou RNA (salvo exceção) associado a uma capa proteica denominada capsídeo, formando ambos o nucleocapsídeo. TUTORIA 2 Capsídeo viral é uma estrutura proteica fundamental dos vírus com função de proteger o material genético e facilitar a invasão em uma célula hospedeira. A grande maioria dos vírus tem seus elementos organizados segundo as simetrias icosaédrica ou helicoidal. Entretanto, alguns vírus, como o Poxvírus, apresentam uma organização morfológica mais complexa, pois podem apresentar duas cadeias peptídicas na constituição do capsídeo. Sua forma resulta da suborganização de cada um dos componentes da partícula viral, como é o caso dos bacteriófagos. Estes últimos agentes parasitam as bactérias, introduzindo nestas o material genético. Para tanto, os bacteriófagos possuem uma estrutura composta de cabeça poligonal, cauda, bainha contrátil, placa basal e fibras. Existem também bacteriófagos com estrutura icosaédrica. A estrutura do genoma depende se o vírus é RNA ou DNA, pois o DNA apresenta os nucleotídeos citosina, guanina, adenosina e timina, enquanto que o RNA possui a uracila no lugar da timina. O genoma de RNA ou DNA pode ser constituído por uma única fita ou por duas fitas. Fitas positivas de RNA são fitas que contêm o código que será traduzido pelos ribossomos. Fitas positivas de DNA são fitas que contêm a mesma base sequencial do RNA mensageiro. Fita negativa de RNA ou DNA é a fita com base sequencial complementar à fita positiva. A → forma Helicoidal; B → forma poliédrica; C → forma complexa TUTORIA 3 📌 Os vírus com genoma de cadeia simples são vírus de “sentido positivo”, se o genoma for transcrito diretamente em RNA mensageiro (mRNA), que é traduzido em proteínas. Os vírus de “sentido negativo” necessitam da enzima RNA polimerase dependente de RNA para transcrever o seu genoma em RNA mensageiro. Concluindo, o vírus é constituído basicamente por duas estruturas: ácido nucleico e capsídeo, sendo que, em alguns grupos, apresentam também o envelope ou envólucros. A função do ácido nucleico é albergar a informação genética (replicação viral) e a do capsídeo é a proteção do genoma. Além disso, esta estrutura é a principal responsável pela indução da resposta imune do hospedeiro. Em vírus envelopados, os lipídeos se apresentam na forma de fosfolipídeos, o que auxilia a entrada do vírus na célula hospedeira e confere uma maior proteção do microrganismo. Formas de infecção Para a entrada do vírus na célula, este deve, inicialmente, se adsorver ou se ligar a receptores existentes na superfície das células do hospedeiro e, a partir daí, penetrar. A maioria dos vírus entra no hospedeiro através das mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal, urogenital e conjuntiva. O encontro do vírus com o hospedeiro suscetível torna possível a infecção viral. Esta interação consiste das seguintes etapas: Penetração do agente viral Replicação nos tecidos e órgãos-alvo. Resistência à resposta imune Produção da progênie Nova excreção A transmissão de um agente viral pode ser direta, ou seja, de um hospedeiro para outro. Neste caso, as condições ambientais são menos relevantes. Entretanto, a transmissão pode ser também por contato indireto, através da manipulação de objetos contaminados ou artrópodes. Neste caso, as condições ambientais são mais importantes no processo de transmissão. Para que o agente viral excretado entre em um novo hospedeiro, a suscetibilidade do indivíduo deve se sobrepor à sua resistência ao vírus. Na suscetibilidade estão associados vários aspectos, como espécie, raça, sexo, idade, exposição prévia ao agente, estado nutricional e fisiológico, e outros. Todos esses aspectos contribuirão para a suscetibilidade ou TUTORIA 4 resistência ao agente viral. A perpetuação de uma determinada infecção viral é dependente do número de hospedeiros suscetíveis. Caso isto não ocorra, o vírus pode ser extinto em uma dada população. Replicação A replicação viral, que ocorre no interior da célula do hospedeiro, evolui seguindo as etapas de adsorção, penetração, desnudamento, transcrição e tradução (síntese), maturação e liberação. É importante diferenciar entre a replicação de bacteriófagos (vírus que infetam bactérias) e vírus eucariotas (vírus que infetam células eucarióticas). Replicação de vírus eucariotas: Adsorção É a ligação de uma molécula presente na superfície da partícula viral com os receptores específicos da membrana celular do hospedeiro. Nos vírus envelopados, as estruturas de ligação geralmente se apresentam sob a forma de espículas, como nos Paramyxovírus e nos vírus sem envelope. A ligação célula-vírus geralmente está relacionada a um ou grupo de polipeptídeos estruturais, como acontece nos Papilomavírus. A presença ou ausência de receptores celulares determina o tropismo viral, ou seja, o tipo de célula em que são capazes de ser replicados. Para haver a adsorção, é necessária uma ponte entre as proteínas mediadas por íons livres de cálcio e magnésio, uma vez que as proteínas apresentam carga negativa. Outros fatores vão influenciar diretamente na adsorção do vírus na membrana celular, tais como, temperatura, pH e envoltórios com glicoproteínas. Penetração O vírus entra na célula e várias maneiras de acordo com a natureza do vírus. Vírus envelopados (A) Entrada por fusão com a membrana plasmática. Alguns vírus envelopados se fusionam diretamente com a membrana plasmática. Assim, os componentes internos do vírion são imediatamente liberados para o citoplasma da célula. (B) Entrada via endossomos na superfície da célula. Alguns virus envelopados requerem um pH ácido para que a fusão ocorra e são incapazes de fusionar diretamente com a membrana plasmática. Esses virus são interiorizados pela invaginação da membrana formando endossomos. À medida que os endossomos se tornam acidificados, a atividade latente de fusão de proteínas do vírus se torna ativada pela diminuição do pH e a membrana do virion se fusiona com a membrana do endossomo. Isso resulta na liberação dos componentes internos do vírus para o citoplasma da célula. TUTORIA 5 Vírus não envelopados Vírus não envelopados podem cruzar a membrana plasmática diretamente ou podem ser interiorizados em endossomos. Eles então cruzam (ou destroem) a membrana endossomal. Desnudamento Neste processo, o capsídeo é removido pela ação de enzimas celulares existentes nos lisossomos,expondo o genoma viral. Além disso, se observa a fase de eclipse, onde não há aumento do número de partículas infecciosas na célula hospedeira. De uma maneira geral, o vírus que possui como ácido nucleico o DNA faz síntese no núcleo, com exceção do Poxvírus, uma vez que precisa da enzima polimerase, encontrada no núcleo da célula. O vírus que possui como genoma o RNA faz a síntese viral no citoplasma, com exceção do vírus Influenza, pois já possui a enzima polimerase. Síntese viral A síntese viral compreende a formação das proteínas estruturais e não estruturais a partir dos processos de transcrição e tradução. Os vírus foram agrupados em sete classes propostas por Baltimore em 1971, de acordo com as características do ácido nucleico e as estratégias de replicação. Nos vírus inseridos nas classes I, III, IV e V, o processo de tradução do RNA mensageiro ocorre no citoplasma da célula hospedeira. Já nos vírus da classe II, este processo ocorre no núcleo. Em todas estas classes, o RNA mensageiro sintetizado vai se ligar aos ribossomas, codificando a síntese das proteínas virais. As primeiras proteínas a serem sintetizadas são chamadas de estruturais, pois vão formar a partícula viral. As tardias são as proteínas não estruturais, que participam do processo de replicação viral. Na classe VI, os vírus de RNA realizam a transcrição reversa formando o DNA complementar (RNA’→DNA’→RNA), devido a presença da enzima transcriptase reversa (família Retroviridae). Os vírus da classe VII apresentam um RNA intermediário de fita simples, maior do que o DNA de cadeia dupla que o originou (DNA’→RNA’→DNA). Resumindo, abaixo estão descritas as características principais de cada classe. Classe I: Ocorre no citoplasma, independente do genoma celular, que é bloqueado. Classe II: É realizada no núcleo, simultaneamente à síntese do genoma celular. Classe III: Processa-se no citoplasma sendo, no início, apenas umas das fitas do ácido nucleico copiada. Classe IV: Ocorre no citoplasma, por meio de um processo complexo, ainda pouco esclarecido. TUTORIA 6 Classe V: A fita simples de RNA serve de molde para a formação de genoma viral e síntese de RNA mensageiro. Classe VI: Pertence a essa classe a família Retroviridae, que possui uma enzima chamada Transcriptase Reversa, responsável pela síntese de DNA a partir de RNA. Classe VII: Tem como exemplo a família Hepadnaviridae, cuja característica principal é a formação de um RNA intermediário. Montagem/maturação Nessa fase, as proteínas vão se agregando ao genoma, formando o nucleocapsídeo. Alguns vírus, como o Rotavírus, apresentam mais de um capsídeo. A maturação consiste na formação das partículas virais completas, ou vírions, que, em alguns casos, requerem a obtenção do envoltório lipídico ou envelope. Este processo, dependente de enzimas tanto do vírus quanto da célula hospedeira, podendo ocorrer no citoplasma ou no núcleo da célula. De uma forma geral, os vírus que possuem genoma constituído de DNA condensam as suas partes no núcleo, enquanto os de RNA, no citoplasma. Liberação A saída do vírus da célula pode ocorrer por lise celular ou brotamento. Na lise celular (ciclo lítico), a quantidade de vírus produzida no interior da célula é tão grande que a célula se rompe, liberando novas partículas virais que vão entrar em outras células. Geralmente, os vírus não envelopados realizam este ciclo, ao passo que os envelopados saem da célula por brotamento. Neste caso, os nucleocapsídeos migram para a face interna da membrana celular e saem por brotamento, levando parte da membrana. TUTORIA 7 Replicação de vírus bacteriófagos: Em relação aos bacteriófagos, nos dois ciclos (lítico e lisogênico), as fases de replicação são quase idênticas. Entretanto, no ciclo lítico, o vírus insere o seu material genético na célula hospedeira, onde as funções normais desta são interrompidas pela inserção do ácido nucleico viral, produzindo tantas partículas virais que ao “encher” demasiadamente a célula, a arrebenta, liberando um grande número de novos vírus. Concluindo, no ciclo lítico há uma rápida replicação do genoma viral, montagem e liberação de vírus completos, levando à lise celular, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos vírus são liberados. TUTORIA 8 No lisogênico, o vírus insere seu ácido nucleico na célula-hospedeira, onde este torna-se parte do DNA da célula infectada e a célula continua com suas funções normais. Durante a mitose, o material genético da célula com o do vírus incorporado sofrem duplicação, gerando células-filhas com o “novo” genoma. Logo, a célula infectada transmitirá as informações genéticas virais sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Patogênese A patogênese viral refere-se à interação de fatores virais e do hospedeiro, que levam à produção de doença. Um vírus patogênico tem que ser capaz de infectar e causar sinais da doença em um hospedeiro suscetível. No processo da patogênese viral podemos observar doenças mais severas ou mais brandas. Isso ocorre devido à existência de cepas virais mais ou menos virulentas, ou às diferentes respostas imunológicas do hospedeiro. As respostas das células dos hospedeiros suscetíveis às infecções virais podem ocorrer através de três caminhos diferentes: ausência de alterações aparentes, efeito citopático (CPE) seguido de morte e transformação celular (crescimento alterado). Em relação aos padrões de doenças virais no hospedeiro, as infecções podem se apresentar das seguintes formas: localizada ou disseminada, sintomática ou inaparente, aguda ou crônica. A persistência de um agente viral, sem que o hospedeiro manifeste sintomas clínicos específicos, caracteriza o período de latência. Na infecção localizada, a replicação viral permanece próxima ao sítio de entrada do vírus. Exemplo: pele, tratos respiratório e gastroentérico. Na infecção sistêmica ou disseminada, o espalhamento do agente pelo organismo ocorre em várias etapas, como entrada, disseminação para os linfonodos regionais, viremia primária e disseminação para órgãos suscetíveis. Após a viremia secundária, os vírus são disseminados para outros órgãos, como cérebro, pulmão, pele, etc. Existe uma predileção dos vírus para determinados órgãos. Os vírus das hepatites, por exemplo, atingem principalmente o fígado. E o que chamamos de tropismo viral. A infecção aguda é caracterizada pela presença de sintomas inespecíficos, característicos das doenças virais, tais como febre, cefaleia e mialgia. Este período é o ideal para serem coletados espécimes clínicos necessários para o diagnóstico laboratorial, já que é a fase onde existe uma maior carga viral no hospedeiro. Nas infecções crônicas, os vírus não são eliminados do TUTORIA 9 organismo, permanecendo quase sempre em níveis baixos, acarretando ou não sinto mas clínicos. Como exemplo desta infecção, temos os herpesvírus simples e o HIV, dentre outros. 2. Descrever os mecanismos de agressão orgânica à infecção viral. As respostas imunes inata e adaptativa aos vírus são destinadas a bloquear a infecção e a eliminar células infectadas. A imunidade inata é mediada por IFN do tipo I, que previne a infecção, e células NK, que eliminam células infectadas. A imunidade adaptativa é mediada por anticorpos e CTLs, que bloqueiam a infecção e matam as células infectadas, respectivamente IMUNIDADE INATA AOS VÍRUS Os principais mecanismos da imunidade inata contra vírus são a inibição da infecção por interferons do tipo I e o killing das células infectadas mediado por células NK: A infecção por muitos vírus está associada à produção de interferons (IFNs) do tipo I pelas células infectadas, bem como por células dendríticas, especialmente do tipo plasmacitoide, em resposta aos produtos virais. Os IFNs do tipo I atuam inibindo a replicação viral tanto em células infectadas como em células não infectadas. As células NK matam células infectadas por vírus e constituem um importante mecanismo deimunidade contra vírus no início do curso da infecção, antes de as respostas imunes adaptativas terem se desenvolvido. A expressão de MHC de classe I frequentemente é “desligada” nas células infectadas por vírus, como um mecanismo para escapar dos CTLs. Isso permite que as células NK matem as células infectadas, uma vez que a ausência de classe I libera as células NK de um estado normal de inibição. A TUTORIA 10 infecção viral também pode estimular a expressão de ligantes de célula NK nas células infectadas. IMUNIDADE ADAPTATIVA AOS VÍRUS A imunidade adaptativa contra infecções virais é mediada por anticorpos, os quais bloqueiam a ligação e a entrada do vírus nas células hospedeiras, e por CTLs, que eliminam a infecção destruindo as células infectadas. Os anticorpos são efetivos contra os vírus somente durante o estágio extracelular das vidas desses microrganismos. Os vírus podem ser extracelulares antes de infectarem as células hospedeiras, ou quando são liberados das células infectadas por brotamento viral ou com a morte das células infectadas. Os anticorpos antivirais se ligam ao envelope viral ou aos antígenos do capsídeo e atuam principalmente como anticorpos neutralizadores, para prevenir a fixação e entrada dos vírus nas células hospedeiras. Além da neutralização, os anticorpos podem opsonizar partículas virais e promover sua eliminação pelos fagócitos. A ativação do complemento também pode participar na imunidade viral mediada por anticorpo, principalmente via promoção de fagocitose e, possivelmente, pela lise direta dos vírus contendo envelopes lipídicos. No início da infecção o primeiro tipo de anticorpo que está sendo produzido é o do tipo IgM pelos plasmócitos de vida curta. Após um certo período, inicia-se a produção dos anticorpos IgG. IgM reagente e IgG não reagente: Inicio da infecção com anticorpos de vida curta (IgM) em ação; IgM não reagente e IgG reagente: Já houve a infecção e você possui anticorpos de vida longa (IgG) prontos; IgM reagente e IgG reagente: Infecção recente mas que já está entrando na fase tardia para a produção de anticorpos de vida longa (IgG); IgM não reagente e IgG não reagente: Não houve contato com o microrganismo. A eliminação de vírus residentes nas células é mediada por CTLs que matam as células infectadas. A maioria dos CTLs vírus-específicos são células T CD8+ que reconhecem peptídeos virais citosólicos, em geral sintetizados endogenamente, apresentados por moléculas de MHC classe I. Se a célula infectada for uma célula tecidual e não uma célula apresentadora de antígeno, como uma célula dendrítica, a célula infectada pode ser fagocitada pela célula dendrítica que processa os antígenos virais e os apresenta às células T CD8+ naive. Os efeitos antivirais dos CTLs são devidos principalmente ao killing das células infectadas, porém outros mecanismos são a ativação de nucleases nas células infectadas, as quais degradam os genomas virais, e também à secreção de citocinas, como o IFN-γ, que ativa fagócitos e pode ter alguma atividade antiviral. TUTORIA 11 3. Definir período de incubação e explicar os fatores que levam às variações temporais de evolução das manifestações das doenças. O período de incubação consiste no intervalo entre a infecção inicial e o surgimento dos primeiros sinais ou sintomas. Em algumas doenças, o período de incubação é sempre o mesmo; em outras, ele pode variar consideravelmente. O tempo de incubação depende do microrganismo específico que está envolvido, da sua virulência (grau de patogenicidade), do número de microrganismos infectantes e da resistência do hospedeiro. 4. Conceituar as defesas do organismo contra doenças virais, definindo anticorpos e citando seus tipos e mecanismos de produção e ação, ao longo da evolução das infecções virais (IgM, IgG e demais). Detalhado no objetivo 5. 5. Caracterizar os tipos de imunoglobulinas. A imunidade humoral é mediada por anticorpos secretados que são produzidos por células da linhagem dos linfócitos B que primeiramente são ativados para depois produzirem as imunoglobulinas. Ativação dos Linfócitos B A ativação de células B resulta em sua proliferação e diferenciação em plasmócitos secretores de anticorpo e células de memória. As respostas imunes humorais são iniciadas pelo reconhecimento específico do antígeno pela célula B, em órgãos linfoides secundários. O antígeno se liga à imunoglobulina M (IgM) IgD de membrana em células B naive maduras, gerando os sinais requeridos para sua proliferação e diferenciação em plasmócitos. O anticorpo eventualmente secretado pelo plasmócito tem essencialmente a mesma especificidade que o anticorpo original que serviu de receptor antigênico na superfície da célula B naive. TUTORIA 12 As respostas de anticorpo são T-dependentes ou T-independentes, dependendo da natureza do antígeno e do envolvimento de células T auxiliares. As respostas aos antígenos proteicos requerem ajuda da célula T, de modo que esses antígenos são chamados T-dependentes. Antígenos multivalentes com determinantes repetitivos, como polissacarídeos, podem ativar as células B sem ajuda da célula T. Esses antígenos são chamados T-independentes. As respostas T-independentes são rápidas, porém relativamente simples, consistindo principalmente em anticorpos IgM de baixa afinidade, enquanto as respostas T-dependentes são mais lentas, porém mais potentes e “sofisticadas”. Primeiramente, para iniciar a cascata de produção dos anticorpos é necessário a captura do antígeno e a apresentação aos Linfócitos B nos órgãos linfáticos periférico. Pode ser das seguintes maneiras: TUTORIA 13 1. A maioria dos antígenos originados nos sítios teciduais são transportados para os linfonodos pelos vasos linfáticos aferentes que drenam para dentro do espaço sinusal subcapsular dos linfonodos e entram em condutos que ligam o seio subcapsular aos folículos; 2. Os macrófagos capturam microrganismos grandes e complexos antígeno-anticorpo e os distribuem aos folículos; 3. Os antígenos presentes em imunocomplexos podem se ligar a receptores de complemento presentes nas células B da zona marginal, e essas células podem transferir os antígenos contidos nos imunocomplexos às células B foliculares. 4. Os imunocomplexos também podem se ligar em células dendríticas foliculares, e os antígenos nesses complexos são então apresentados para as células B antígeno- específicas. 📌 Em todos esses casos, o antígeno apresentado às células B geralmente está em sua conformação intacta nativa, e não está processado pelas células apresentadoras de antígeno (APCs). Ativação dos Linfócitos B O Complexo Receptor Antigênico da Célula B (BCR, do inglês, B cell antigen receptor) é composto por moléculas de Ig de membrana e proteínas Igα e Igβ associadas, exercendo dois TUTORIA 14 papéis essenciais na ativação da célula B. 📌 Os anticorpos eventualmente secretados em geral são específicos para os determinantes conformacionais do antígeno nativo, porque a Ig de membrana presente nas células B é capaz de ligar epítopos conformacionais de proteínas, e essa mesma Ig é secretada por plasmócitos derivados daquelas células B Primeiro, a ligação do antígeno ao receptor envia sinais bioquímicos para as células B que iniciam o processo de ativação. Os sinais bioquímicos antígeno-induzidos são iniciados pela fosforilação das tirosinas ITAM de Igα e Igβ mediada pelas quinases da família Src, seguida do recrutamento e ativação de Syk. Em segundo lugar, o receptor internaliza o antígeno ligado para dentro de vesículas endossomais e esse antígeno, se for proteico, é processado em peptídeos que podem ser apresentados na superfície da célula B para serem reconhecidos pelas células T auxiliares. Caso o antígeno seja proteico ele seguirá as seguintes etapas: Os antígenos proteicos são reconhecidos de modo independente por linfócitos B e T específicos nos órgãos linfoides periféricos, e esses dois tipos de células ativadas interagementre si para iniciar as respostas imunes humorais. As células T CD4+ naive são ativadas nas zonas de célula T, pelo antígeno (na forma de peptídeos processados associados ao MHC) apresentado por células dendríticas. As células B naive presentes nos folículos são ativadas pelo mesmo antígeno (em sua conformação nativa) que lá é transportado. As células T auxiliares ativadas e as células B ativadas migram na direção uma da outra e interagem junto às bordas dos folículos, onde se desenvolve a resposta inicial de anticorpos. Uma parte das células T e B ativadas migram de volta para dentro dos folículos formando os centros germinativos, onde são induzidas respostas de anticorpos mais especializadas. TUTORIA 15 As respostas imunes são iniciadas pelo reconhecimento de antígenos por células B e células T CD4+. Os linfócitos ativados migram na direção uns dos outros e interagem na interface das zonas de células T e B. A proliferação e diferenciação inicial T-dependente da célula B resulta na formação de um foco extrafolicular, no qual as células B proliferam, podem sofrer troca de isotipo e se diferenciam em plasmócitos (principalmente de vida curta). Algumas células T ativadas no foco extracelular se desenvolvem em células T auxiliares foliculares e migram de volta para dentro dos folículos, junto com algumas células B ativadas, para formar um centro germinativo. Os últimos eventos nas respostas de célula B ocorrem em centros germinativos e incluem mutação somática e a seleção de células de alta afinidade (maturação de afinidade), troca adicional de isotipo, geração de célula B de memória e geração de plasmócitos de vida longa. Cada centro germinativo totalmente formado contém células derivadas de um único ou de alguns clones de células B antígeno-específicos. Junto ao centro germinativo, há uma zona escura densamente concentrada contendo células B em processo de rápida proliferação, as quais estão passando por um processo de mutação. TUTORIA 16 A arquitetura dos folículos linfoides e a reação de centro germinativo junto aos folículos depende da presença de células dendríticas foliculares (FDCs). As FDCs são encontradas somente em folículos linfoides e expressam receptores do complemento e receptores Fc. Essas moléculas estão envolvidas na exibição de antígenos para a seleção das células B do centro germinativo. As FDCs não expressam moléculas de MHC de classe II e não derivam de progenitores na medula óssea. Assim, apesar do nome, diferem das células dendríticas que expressam MHC de classe II, as quais capturam antígenos nos tecidos e os transportam para órgãos linfoides onde apresentam peptídeos aos linfócitos T. Os longos processos citoplasmáticos das FDCs formam uma malha em torno da qual os centros germinativos são formados. As células B em proliferação que passam pelo processo chamado hipermutação somática se acumulam na zona escura do centro germinativo, que não contém FDCs nem células T. A pequena progênie (que não se divide) de células B migra para a zona clara adjacente, onde entram em estreito contato com os processos das abundantes FDCs e também formam contatos íntimos com as células Tfh, sendo este o local onde ocorrem os eventos de seleção subsequentes. TUTORIA 17 A diferenciação das células Tfh a partir das células T CD4+ naive requer duas etapas: Ativação inicial por células dendríticas apresentadoras de antígeno e subsequente ativação pelas células B. A “escolha” entre um destino Th1, Th2 ou Th17, ou por um destino Tfh, depende em parte da força de interação inicial entre os complexos peptídeo- MHC de classe II nas células dendríticas e o receptor de célula T nas células T CD4+ naive. A ativação forte do TCR pelas células dendríticas induz células Tfh por promover a expressão do repressor transcricional Bcl-6 e diminuir os níveis da cadeia α do receptor de IL-2 (IL-2R). Essa expressão inicial de Bcl-6 combinada à fraca sinalização de IL-2R inibe a aquisição de um destino celular Th1, Th2 ou Th17. A citocina definidora produzida pelas células Tfh é a IL-21. Essa citocina é requerida para o desenvolvimento do centro germinativo e contribui para a geração de plasmócitos na reação de centro germinativo. A IL-21 secretada pelas células Tfh também favorece os eventos de seleção da célula B no centro germinativo e a diferenciação de células B ativadas em plasmablastos. Além da IL-21, as células Tfh secretam outras citocinas, incluindo IFN-γ ou IL-4, e provavelmente baixos níveis de IL-17 também, sendo que todas essas citocinas podem participar na troca de isotipo. Troca de Classe Nas respostas T-dependentes, uma parte da progênie de células B ativadas que expressam IgM e IgD passam pela troca de isotipo (classe) de cadeia pesada e produzem anticorpos com TUTORIA 18 cadeias pesadas de diferentes classes. A capacidade das células B de produzirem diferentes isotipos de anticorpo confere uma notável plasticidade às respostas imunes humorais gerando anticorpos que realizam funções efetoras distintas e estão envolvidos na defesa contra diferentes tipos de agentes infecciosos. As células B mudam os isotipos dos anticorpos que produzem alterando constantemente as regiões constantes das cadeias pesadas, mas a especificidade dos anticorpos (determinada pelas regiões variáveis) permanece inalterada. A troca de isotipo em resposta a diferentes tipos de microrganismos é regulada por citocinas produzidas pelas células T auxiliares que são ativadas por esses microrganismos. A troca do isotipo IgM original para o isotipo IgG é um aspecto proeminente das respostas de anticorpo T-dependentes contra muitas bactérias e vírus. As citocinas que dirigem esse processo em seres humanos não estão claramente definidas. Os anticorpos IgG também são transferidos através da placenta para conferir proteção aos recém- nascidos, e têm meia-vida maior no soro, em comparação a outros isotipos, por isso a produção de IgG contribui de muitas formas para a capacidade protetora da imunidade humoral. A resposta humoral a muitos parasitas helmínticos é dominada por anticorpos IgE que participam na eliminação dos helmintos mediada por eosinófilos e mastócitos. Os anticorpos IgE também medeiam as reações de hipersensibilidade imediata (alérgicas). As células B presentes nos tecidos de mucosa fazem a troca para IgA, que é a classe de anticorpo mais eficientemente transportada ao longo dos epitélios para as secreções mucosas, onde previne a entrada de microrganismos através dos epitélios. TUTORIA 19 A maturação de afinidade é o processo que leva a uma afinidade aumentada de anticorpos por um antígeno particular, à medida que uma resposta humoral T-dependente progride, e é o resultado da mutação somática de genes de Ig seguida da sobrevivência seletiva das células B produtoras dos anticorpos com as maiores afinidades. O processo de maturação de afinidade gera anticorpos com capacidade crescente de se ligar a antígenos e, assim, de neutralizar mais eficientemente e eliminar microrganismos e suas toxinas. Células T auxiliares e interações CD40-CD40L são requeridas para que a mutação somática seja iniciada e, como resultado, a maturação de afinidade é observada somente nas respostas de anticorpo a antígenos proteicos T-dependentes. 6. Descrever os mecanismos de memória imunológica, caracterizando vacinas e discutindo a importância da vacinação na prevenção de moléstias infecciosas. Detalhado no objetivo 5. 7. Descrever o agente causador da dengue, conceituando a sorotipagem. A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus pertence à família Flaviviridae, do gênero Flavivírus. O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos, em geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Esses também são classificados como arbovírus, ou seja, são normalmente transmitidos por mosquitos. No Brasil, os vírus da dengue são transmitidos pela fêmea do mosquito Aedes aegypti (quando também infectada pelos vírus) e podem causartanto a manifestação clássica da doença quanto a forma considerada hemorrágica Igualmente considerada vetor da febre amarela urbana, a fêmea do mosquito Aedes aegypti é a principal transmissora da dengue no Brasil. Em condições de laboratório, o mosquito Aedes albopictus também já se mostrou capaz de transmitir a dengue no Brasil, mas nenhum inseto do tipo foi encontrado naturalmente infectado (algumas hipóteses sugerem que a interação entre este mosquito e os sorotipos de dengue circulantes no Brasil não favorecem a transmissão e, provavelmente por ser um inseto restrito ao ambiente rural, não há registros desse tipo de transmissão no país). TUTORIA 20 O Aedes aegypti tem se caracterizado como um inseto de comportamento estritamente urbano, sendo raro encontrar amostras de seus ovos ou larvas em reservatórios de água nas matas. Devido à presença do vetor no ciclo de transmissão da doença, qualquer epidemia de dengue está diretamente relacionada à concentração da densidade do mosquito, ou seja, quanto mais insetos, maior a probabilidade delas ocorrerem. Por isso, é importante conhecer os hábitos do mosquito, a fim de combatê-lo como forma de prevenção da doença. Os ovos não são postos diretamente na água limpa, mas milímetros acima de sua superfície, em recipientes tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos de vasos de plantas ou qualquer outro que possa armazenar água de chuva. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos e esses eclodem em poucos minutos. Em um período que varia entre cinco e sete dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito. A densidade natural do A. aegypti é maior no verão, pois nessa estação temos maior pluviosidade (mais chuvas), que aumenta a oferta de criadouros onde a fêmea pode deixar seus ovos, e altas temperaturas, que aceleram o desenvolvimento do mosquito entre as fases de ovo-larva-adulto. As fêmeas do A. aegypti costumam viver dentro das casas em ambientes escuros e baixos (sob mesas, cadeiras, armários etc.), onde podem ser encontradas temperaturas (que variam entre 24 e 28°C) e umidades apropriadas para o mosquito adulto. Alimentam-se da seiva de plantas e picam o homem em busca de sangue para maturar seus ovos. Em média, cada mosquito vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos a cada ciclo de oviposição, que compreende 4 a 5 dias. Apesar da cópula com o macho ser realizada, em geral, uma única vez, a fêmea é capaz de realizar inúmeras posturas de ovos no decorrer de sua vida, já que armazena os espermatozoides em suas espermatecas (reservatórios presentes dentro do aparelho reprodutor). Uma vez contaminada com o vírus da dengue, após um período de 8 a 12 dias de incubação, a fêmea torna-se vetor permanente da doença. Calcula-se que haja uma probabilidade entre 30 e 40% de chances de suas crias já nascerem também infectadas. Estudos demonstram que a melhor oportunidade para enfrentar o A. aegyptise dá na fase aquática (larva e pupa), em especial com a remoção ou vedação dos locais onde a fêmea põe seus ovos. Outra possibilidade de controle diz respeito ao uso de inseticidas. Entretanto, evidências mostram que populações naturais do vetor já se encontram resistentes, mostrando o poder limitado desta estratégia. Como mecanismo de proteção individual, repelentes e inseticidas caseiros podem ser usados seguindo as recomendações da embalagem ou recomendação médica no caso de crianças e pessoas sensíveis. Dentre as formas de prevenção do mosquito, existem alguns mitos de que certas substâncias ajudariam a afugentá- los. Levedo de cerveja e complexo B, por exemplo, não devem ser utilizados, pois, nas dosagens capazes de afastar os mosquitos, podem ser prejudiciais à saúde humana. Vela de TUTORIA 21 andiroba teria eficácia parcial, pois exigiria condições especiais: um ambiente fechado com no máximo 12 metros quadrados. Nesse sentido, a forma mais eficaz de combater o vetor seria a conscientização e o monitoramento constante de focos em domicilio por parte de toda a população. Além disso, com o auxílio de ações governamentais, é necessário um constante monitoramento de terrenos baldios, casas abandonadas e quaisquer outros logradouros que possam servir de possíveis focos para a procriação do mosquito. Apesar do A. aegypti já ter sido erradicado no Brasil, hoje em dia, considera-se que sua eliminação é praticamente impossível, sobretudo, devido ao crescimento da população, ocupação desordenada do ambiente e à falta de infraestrutura dos grandes centros urbanos. A industrialização também dificulta o enfrentamento desse tipo de inseto, já que os novos produtos descartáveis por ela produzidos (tais como copos e garrafas de plástico) são eliminados de forma incorreta e acabam por transformar-se em possíveis focos para a multiplicação do vetor. No entanto, o máximo controle da presença do mosquito é posto como uma medida necessária e imprescindível para diminuir a intensidade de surtos epidêmicos. Sorotipo refere-se a um grupo de micro-organismos (bactérias ou vírus) relacionados, que se distinguem por diferirem na resposta a diferentes anticorpos. Por exemplo, se estudarmos todos os anticorpos contra o vírus Dengue, de todas as pessoas que tiveram dengue, vamos descobrir que se resumem a quatro tipos diferentes. Por isto o Dengue é classificada de Dengue 1 a 4. 8. Discutir os aspectos socais e econômicos secundários a uma epidemia de vírus e as formas de prevenção da Dengue. A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de Dois sorotipos 1a e 1b com antígenos 2a e 2b na superfície, que são reconhecidos por dois anticorpos distintos, 3a e 3b, respectivamente TUTORIA 22 plantas, lagões de água, pneus, garrafas pláticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia - quando os mosquitos são mais ativos - proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos. No momento, só existe uma vacina contra dengue registrada na Anvisa, que esta disponível na rede privada. Ela é usada em 3 doses no intervalo de 1 ano e só deve ser aplicada, segundo o fabricante, a OMS e a ANVISA, em pessoas que já tiveram pelo menos uma infecção por dengue. Esta vacina não está disponível no SUS, mas o Ministério da Saúde acompanha os estudos de outras vacinas. Não deixe água parada, destruindo os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve, evita sua procriação. Deixe sempre bem tampados e lave com bucha e sabão as paredes internas de caixas d'água, poços, cacimbas, tambores de água ou tonéis, cisternas, jarras e filtros Não deixe acumular água em pratos de vasos de plantas e xaxins. Coloque areia fina até a borda do pratinho. Plantas que possam acumular água devem ser tratadas com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regando no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas. Não junte vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, saquinho plástico de cigarro, embalagem plástica e de vidro, copo descartável etc.) e guarde garrafas vazias de cabeça para baixo. Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana, caso precise mantê-los, guarde em local coberto. Deixe a tampa do vaso sanitário sempre fechado. Em banheiros pouco usados, dê descarga pelo menos uma vez por semana. Retire sempre a água acumulada da bandeja externa da geladeira e lave com água e sabão. Sempre que for trocaro garrafão de água mineral, lave bem o suporte no qual a água fica acumulada. TUTORIA 23 Mantenha sempre limpo: lagos, cascatas e espelhos d'água decorativos. Crie peixes nesses locais, eles se alimentam das larvas dos mosquitos Lave e troque a água dos bebedouros de aves e animais no mínimo uma vez por semana. Limpe frequentemente as calhas e a laje das casas, coloque areia nos cacos de vidro no muro que possam acumular água. Mantenha a água da piscina sempre tratada com cloro e limpe-a uma vez por semana. Se não for usá-la, evite cobrir com lonas ou plásticos. Mantenha o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas, limpando os latões e mantendo as lixeiras tampadas. Não jogue lixo em terrenos baldios, construções e praças. Chame a limpeza urbana quando necessário. Permita sempre o acesso do agente de controle de zoonoses em sua residência ou estabelecimento comercial. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Baron, S. (1996). Medical microbiology. University of Texas Medical Branch at Galveston. 2. Parker, N., Schneegurt, M., Thi Tu, A.H., Lister, P., & Forster, B. Microbiology. (2016). Chapter 6.2, The Viral Life Cycle. 3. FLORES, Eduardo Furtado. Estrutura e composição dos vírus. ORG., p. 19, 2007. 4. TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. MICROBIOLOGIA, 12ª Ed. Artmed, 2017. 5. ABBAS, Abul K.; PILLAI, Shiv; LICHTMAN, Andrew H.. Imunologia celular e molecular. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara TUTORIA 24 Koogan, 2019. 6. DELVES, Peter J et al. Roitt fundamentos de imunologia Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 7. MURPHY, Kenneth. Imunobiologia de Janeway Porto Alegre: Artmed, 2014.
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