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Resumo – Hidro – A2 - Os três métodos estudados - · Método Bad Ragaz: Histórico: Desenvolvido em Bad Ragaz, na Suíça, em 1960, sendo então aperfeiçoado e publicado por Egger (1990) como "O Novo Método dos Anéis de Bad Ragaz”. Em 1967 Dr. Zinn e equipe refinaram e modificaram os exercícios de Knupfer. - Exercícios resistidos de fortalecimento e mobilização com indicações bem definidas, tendo como objetivo a ESTABILIZAÇÃO E FORTALECIMENTO, de acordo com as necessidades do corpo, de modo que a resistência proporcionada pelo terapeuta; - Usam-se flutuadores de tornozelo e pélvico, além do colar cervical e então move-se o paciente aproximando e afastando do terapeuta, sendo usado em quadros neurológicos, ortopédicos e reumatológicos e servem como preparação para o trabalho funcional. TÉCNICAS: - ISOCINETICAMENTE: o terapeuta promove uma fixação, ao passo que o paciente se move na água em linha reta ou em volta do terapeuta. COMANDO: PACIENTE, RELAXE O CORPO! - ISOTONICAMENTE: o terapeuta atua como apoio fixo para que o paciente execute determinado movimento. COMANDO: EXECUTE O MOVIMENTO A PARTIR DO MEU APOIO. - ISOMETRICAMENTE: o paciente posiciona-se em uma situação fixa e o terapeuta o movimenta através da água. COMANDO: PACIENTE DEIXE O CORPO BEM FIRME. - RELAXAMENTO: o terapeuta pode mover o paciente passivamente através da água para relaxamento, inibição tônica, alongamento de tronco e tração da coluna vertebral. CONHECIMENTOS MECÂNICOS (em bad Ragaz): - Terapeuta: Terapeuta permanece a uma profundidade cuja água esteja na sua cintura, não mais profundo do que a região de T8-T10 ou nível axilar; Pés do fisioterapeuta em base aberta à largura dos ombros com os quadris e joelhos levemente flexionados, um pé posicionado à frente do outro. - Paciente: O paciente usa um flutuador cervical e um pélvico (bóias circulares), na altura da L5-S2. Algumas vezes, pequenos anéis são colocados nas extremidades inferiores. O flutuador cervical serve para manter as orelhas do paciente fora da água, possibilitando ouvir as solicitações do terapeuta; Pequenos flutuadores colocados nas extremidades de MMII previnem o afundamento desses segmentos e possibilitam o alinhamento adequado da coluna. A mão do fisioterapeuta oferece apoio à região lombar, tanto ao sair quanto ao entrar nos flutuadores e nas mudanças de posição. Equipamentos: Colar Cervical; Flutuador pélvico; Flutuador de tornozelos; Punho. Temperatura da água: 34-35º C. INDICAÇÕES (Bad-Ragaz): · Condições ortopédicas e reumatólogicas, condicionamento pré e pós cirúrgico, pós fratura, artrite reumatóide, osteoartrite, espondilite anquilosante, fibromialgia; · Pacientes de cirurgias torácica, cardíaca e mamaria; · Condições neurológicas, AVC, TCE, Parkinson, plegias, disfunções vestibulares; · Condições neuromusculares de MMII e MMSS e coluna (fortalecimento leve) · Disfunções traumato-ortopédicas em que o paciente apresenta déficit em cinético funcional envolvendo ADM; · Qualquer condição que envolva déficit de musculatura de tronco ou cinturas. · Distrofias e alterações de déficit sensitivo; · Pediatria, auxiliando desenvolvimento psicomotor; · Desportiva e paradesposrtiva. CONTRA-INDICAÇÕES: · Precauções devem ser tomadas para evitar fadiga dos pacientes (a liberdade na água pode encorajar atividades demasiadas); · Os pacientes recebem uma grande quantidade de estímulo vestibular durante o tratamento (cuidar sintomas vestibulares). · Cautela durante o tratamento dos pacientes com condições agudas de coluna ou extremidades, devido a possibilidade de estiramentos ou lesões musculares; · Pacientes com condições neurológicas onde exercícios ativos e resistidos aumentam a espasticidade em tronco ou membros, ou hipertônicos; · Instabilidade articular; OBJETIVOS: Os principais objetivos do Bad Ragaz incluem a redução do tônus; relaxamento; aumento da amplitude de movimento; reeducação muscular; fortalecimento muscular; tração ou alongamento espinhal; melhoria do alinhamento e estabilidade do tronco; preparação das extremidades inferiores para sustentação do peso; restauração dos padrões normais de movimento das extremidades inferiores e superiores; melhoria da resistência geral e tratamento da capacidade funcional do corpo como um todo. · Método Halliwick: Histórico: Método Halliwick desenvolvido por James Mc Millan em 1949 na Halliwick escola para garotas em Londres, com a proposta inicial de auxiliar pessoas com problemas físicos a se tornarem mais independentes para nadar. A ênfase inicial do método era recreacional com o objetivo de independência na água. - A água oferece a experiência de sentir o corpo através da densidade e do empuxo. Ela proporciona o potencial de exercício em três dimensões que não pode ser realizado em terra. - Há estimulação maciça para treinamento perceptual visualmente, auditivamente e através dos receptores da pele, devido aos efeitos da turbulência, calor e pressão hidrostática. Há também respiração melhorada, controle do equilíbrio e controle rotacional. O controle da respiração deve ser repetidamente enfatizado; - A partir da avaliação cinéticofuncional do paciente é traçado programa de atividade incentivando o controle da rotação, restauração do equilíbrio e sua manutenção. Os exercícios e atividades devem construídos segundo as seguintes linhas: · Uma atividade primária na qual a pessoa é apresentada, e, se necessário, auxiliada na criação de um movimento ou uma forma; · Uma atividade de segmento requerendo a criação do movimento ou forma contra o efeito e peso da água em movimento; FILOSOFIA DO MÉTODO HALLIWICK: 1- Ensinar: "felicidade de se estar na água"; 2 - Tratar os pacientes pelo primeiro nome; 3 - Dar ênfase na habilidade não na deficiência; 4 - Dar ênfase no prazer, colocando atividades lúdicas; 5 - Trabalhar em grupo, de forma que os pacientes se encorajem uns aos outros. SEUS EFEITOS: - Pessoas estressadas - experimentam o relaxamento mental, bem como físico. - Pessoas com baixa autoestima – experimentam o sucesso, melhorando sua autoimagem. - Pessoas hiperativas: experimentam a calma e a tranquilidade de suas atividades. - Pessoas que se sentem rejeitadas: sentem o contato físico com o instrutor e experimentam a aceitação. - Pessoas que tem dificuldade em aprender: aproveitam de uma agradável e bem estruturada sessão, motivando-os ao aprendizado em diversas áreas. - Pessoas com movimentos restritos: sentem o aumento da mobilidade. - Pessoas com músculos fracos: experimentam o aumento da força. - Pessoas com movimentos descoordenados descobrem que a impedância da água ajuda a melhorara e ganhar controle. - Pessoas com múltiplas incapacidades: beneficiam-se da estimulação multissensorial que uma sessão possibilita. - Pessoas solitárias: ganham do beneficio social de ser parte de um grupo. - Pessoas com profundo medo da água: vencem o medo assim que aumentam a sua confiança. PROGRAMA DOS 10 PONTOS: O programa de 10 Pontos foi desenvolvido por James MacMillan para o ensino geral da natação. Esta é a base de todo o Conceito Halliwick. Os 10 Pontos seguem uma sequência lógica de padrões. O Método Halliwick destina-se à adaptação do nadador para que a confiança dentro da água seja adquirida. É importante que o instrutor se certifique de que o paciente está adaptado a uma atividade, antes de progredir. À medida que cada estágio dos 10 Pontos for sendo introduzido, o paciente vai se deparando com a necessidade da adaptação mental. 1 – Ajustamento (adaptação) mental. 2 – Desprendimento (Desligamento). 3 - Rotação vertical. 4 - Rotação Lateral. 5 - Rotação combinada. 6 – Empuxo. 7 – Equilíbrio. 8 - Deslize turbulento. 9 - Progressão simples. 10 - Braçada básica. - ENTRADA E SAÍDA: Quando introduzindo pela primeira vez crianças na água, é aconselhável decompor a superfície com objetos flutuantes, de vez que uma grande extensão de água pode parecer vasta e assustadora, especialmente para os muitos jovens: a altura da borda em relação ao nível da água parecerá enorme a uma criança. Um método deentrada e saída pelo lado da piscina que a criança possa dominar por si própria no devido tempo é aconselhável, porque ela pode nem sempre nadar em uma piscina onde degraus ou uma rampa e auxílio estejam disponíveis para proporcionar entrada e saída da água. Além disso, ela se torna independente, ajudando sua autoconfiança, auto-estima e normalizando sua existência. Em alguns casos os adultos também podem demonstrar ansiedade à cerca de entrar na água pela primeira vez, e o terapeuta deve sempre preceder a pessoa na água e dar a mesma atenção aos detalhes da entra da que acima foram descritos para a criança. Entrada e saída independentes por cima do lado freqüentemente é possível para adultos, mas em alguns casos, especialmente com o muito idoso, métodos alternativos de entrada e saída podem ter que ser usados. Sempre que possível, entretanto, a mobilidade e a independência devem ser incentivadas. ENTRADA: O terapeuta deve sempre entrar na água primeiro e ficar pronto para receber a criança. Deve sempre entrar tranquilamente, e assegurar que emerge seus ombros, e que sopre bolhas na água. Essas ações tranquilizam as crianças. A criança sentada sobre o lado é encorajada a pôr suas mãos para frente sobre os ombros do terapeuta, seus pés afastados da parede; está agora em formato de “bola”. As mãos do terapeuta são colocadas debaixo dos seus braços, em torno de suas costas e logo abaixo de suas escápulas. O terapeuta deve falar-lhe, encorajando-a a soprar enquanto vem a água. SAÍDA: A saída por cima da borda deve ser desenvolvida de tal maneira que a independência da criança seja ajudada. Isto envolve a criança colocar suas mãos sobre a parede e, com auxílio do terapeuta segurando ambos os quadris logo abaixo do grande trocânter, alcançar uma posição deitada sobre a parede, com as pernas retas pelo lado da piscina abaixo. Deve-se tomar cuidado quando o controle da cabeça é limitado, e a saída modificada para acomodar sinergias flexoras dos braços. Em casos de espinha bífida, se for utilizada uma bolsa urinária, o quadril no lado do aparelho precisa ser levantado bem distante de modo a que o aparelho permaneça no lugar. POSIÇOES DE SUGURAR: O modo pelo qual a pessoa é segura na água pode afetar o desenvolvimento do equilíbrio. O objetivo principal deve sempre ser dar à pessoa o máximo senso de sua própria posição equilibrada, com o mínimo de suporte. CONTROLE RESPIRATÓRIO: Prender a respiração constitui capital na criação de tensão dentro do corpo. O desenvolvimento de um ritmo respiratório natural é essencial a qualquer pessoa envolvida em atividade na água; portanto, a pessoa precisa ser instruída a soprar quando a água está próxima de sua face, e isto precisa tornar-se uma habilidade automática. Soprar deve estar no fundo de todas as atividades e deve tornar-se uma habilidade automática, de modo a que um bom ritmo respiratório seja continuamente combinado com outras atividades para assegurar que a pessoa esteja relaxada e equilibrada na água. EQUIPAMENTO DE FLUTUAÇÃO: - O uso de equipamento de flutuação – exceto quando um efeito específico é requerido em exercícios terapêuticos – é altamente indesejável e em alguns casos perigoso. - Cada pessoa incapacitada possui um problema de equilíbrio que lhe é peculiar, cujo efeito pode ser completamente alterado ou mesmo invertido; também é extremamente difícil ajustar o equipamento de flutuação para assegurar que a posição requerida de equilíbrio seja mantida em qualquer circunstância. - O uso de equipamento de flutuação impede uma das maiores vantagens de operar na água, o de desenvolver um fino grau de controle do equilíbrio. Devido à sua desvantagem a pessoa pode viver em um mundo de aparelhos em terra, porém na água consegue tornar-se completamente independente e mover-se em total liberdade. · Método Watsu: Método que combina os movimentos do shiatsu dentro d'água. O Watsu é um método de hidroterapia que promove um relaxamento físico e mental. Histórico: Em 1980 o americano Harold Dull começou a aplicar os alongamentos e princípios do Shiatsu (método terapêutico originado no Japão) na água. O nome surgiu justamente da fusão de Shiatsu e de Water, água em inglês. - Para ser realizada, a terapia tem que ser feita dentro de uma piscina aquecida, em média 34ºC. Uma temperatura semelhante à temperatura do corpo humano, o que gera conforto e ajuda no relaxamento, além de evitar choques de temperatura. Para ajudar no lado emocional, algumas poses remetem aos movimentos do feto dentro do útero, o que gera uma conexão com os sentimentos do paciente. - O ambiente também precisa estar silencioso e calmo, não podendo ter outras atividades ocorrendo no mesmo local. Músicas relaxantes ou sons ambientes também podem estar presentes, mas em volumes que não atrapalhem a concentração. - Outro fator importante é a “Dança da respiração”, onde o terapeuta entra em equilíbrio com a respiração do paciente. Acontece uma troca energética com o paciente. O terapeuta não precisa nem usar a fala. Acontece também uma troca de confiança, onde o paciente tem que se entregar e confiar que não irá se afogar, para alcançar o relaxamento. - A pessoa permanece em flutuação e as mãos do terapeuta facilita o movimento, também estimulando pontos de acupuntura para equilibrar energia dos meridianos, realizando uma tração suave para mobilizar as articulações, alongando e liberando estruturas miofasciais, os movimentos realizados são baseados no Shiatsu (técnica originada do Japão). - Watsu foi criado para proporcionar o bem-estar e relaxamento para qualquer pessoa, porém profissionais de reabilitação aquática começaram a aplicar em seus pacientes com alterações musculoesqueléticas, neurológicas e de estresse mental. INDICAÇÕES (watsu): - De acordo com o especialista do Einstein, o Watsu serve para diversos casos e para quase todos. A terapia é aplicada para casos de reabilitação, recomendações de relaxamento físico e mental, recuperação pós-operatório. - Crianças um pouco mais velhas podem fazer a terapia para quadros de ansiedade e hiperatividade. Cadeirantes também podem aproveitar os benefícios do exercício na água Outros casos onde o Watsu é aplicado incluem: · Pacientes que perderam movimentos por causa de um AVC; · Quadros de fibromialgia; · Pacientes em pós-operatório (para qualquer parte do corpo em que a dor permanece); · Adequação do tônus muscular; · Alívio do estresse e Ansiedade; · Síndrome do Pânico; · Depressão e traumas. CONTRA-INDICAÇÕES: São para pessoas com quadros de febre sistêmica, lesões de pele e alguns casos de labirintite. Para pessoas com fobia/medo de água é necessária a realização de uma adaptação prévia. GESTANTES - o Watsu é altamente indicado para gestantes. Entre os benefícios estão: Diminuição de dor na coluna; Aumentando elasticidade; Alongamento corporal; Relaxamento o corporal. Quem pode aplicar o Watsu? O profissional deve fazer os cursos de especialização. São três cursos obrigatórios e é necessário um registro da associação internacional. FISIOLOGIA DA IMERSÃO ➢ Reações fisiológicas causadas pela água resultam das propriedades físicas da água de acordo com fatores como temperatura da água, profundidade da piscina, tipo e intensidade da atividade realizada, duração da fisioterapia aquática, posição do paciente e sua condição clínica. INDICAÇÕES DA HIDRO: · Manutenção e melhora do equilíbrio corporal, coordenação e postura · Propriocepção · Relaxamento físico · Reabilitações de lesões traumato-ortopédicas (fraturas, pré e pós-operatórios); · Entorses, lesões musculares e articulares (medicina esportiva) · Atletas e praticantes de esportes de diversas modalidades · Neurologia (AVC, pré e pós-operatório, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, paralisia cerebral, Síndrome de Down, etc.); · Ginecologia e Obstetrícia (Pré e pós parto, gestantes, etc.); · Geriatria (doenças diversas decorrentes ou não do envelhecimento); · Doenças reumáticas (fibromialgia, OA, AR, Osteoporose) · Discopatias , · Distúrbios Respiratórios (Asma, DPOC,entre outras). CONTRA-INDICAÇÕES: RELATIVAS: · Feridas abertas e doenças da pele erupções (uso de curativos a prova de água); · Hipertensão (medicada e controlada não terá problemas); · Condições cognitivas (podem afetar a concentração, a orientação o aprendizado, a memória e as habilidades perceptuais); · Audição deficiente (cuidar uso de aparelhos); · Visão deficiente (uso de lentes corretivas); · Uso de medicamentos controlados (que alteram diurese é contra indicado ao exercício); · Insuficiência respiratória moderada e grave. ABSOLUTAS: · Pós-operatório imediato, · Pacientes hidrofóbicos, e alguns outros casos. · Doenças contagiosas; · Febre acima de 38 graus; · Insuficiência cardíaca grave; · Doenças infecciosas; · Incontinência de fezes ou urina; · Epilepsia. PISCINA IDEAL: Coberta, aquecida, com rampa, barra, escada, elevador, suportes, anti-derrapante, níveis. Equipamentos:
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