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PADRÕES CORPORAIS: DIFERENÇA E PRECONCEITO SST MATOS, Nathalia Cristina Padrões corporais: diferença e preconceito / Nathalia Cristina Matos Ano: 2020 nº de p. 13 Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados. 3 PADRÕES CORPORAIS: DIFERENÇA E PRECONCEITO Apresentação Neste momento, trataremos de um assunto extremamente importante na área de humanas que é estudar a respeito de conceitos relacionados a diversidade da família, crenças, raça, gênero e o quanto que a educação é considerada um caminho para realizar esse debate na perspectiva de orientar para o respeito e, por conseguinte para o fim de atitudes de preconceitos. Também você estudará sobre o corpo, enquanto uma arena para as múltiplas diversidades, para o respeito a diversas formas, debatendo com base na categoria gênero. E, por fim, terá informações de que a educação é a possível alternativa para desenvolver ações que auxiliam no arrefecimento de práticas de preconceitos. Fique atento a todas as informações presentes aqui, e vamos juntos ao processo de conhecimento e aprendizagem a respeito desses importantes assuntos. Bons estudos. Padrões corporais e a ideia de normal, estranho e excêntrico Vivemos em uma sociedade em que padrões sempre foram estabelecidos, e aquilo que fosse diferente, seria marginalizado e discriminado. Segundo Louro (2006), desde o nascimento somos familiarizados com padrões definidos pela cultura na qual estamos inseridos. Hegemonicamente, os referenciais culturais preconizam que o ideal é ser homem, branco, esbelto, bem-sucedido, heterossexual e cristão. De fato, os sujeitos são, ao mesmo tempo, homens ou mulheres, de determinada etnia, classe, sexualidade, nacionalidade; são participantes ou não de uma determinada confissão religiosa ou de um partido político. De acordo com Louro (2006), não se pode entender essa multiplicidade identitária como se elas fossem somadas ao longo da vida, pois elas estão todas presentes simultaneamente e têm, antes disso, uma relação relacional de uma para com a outra. Cada pessoa tem o direito de ir e vir, e, além disso, tem direito de escolha, sendo que cada uma delas deve ser respeitada por todos, mesmo que haja divergência de ideias. Nesse mesmo sentido, todos têm sua história, sua formação, sua cultura e suas opiniões. Portanto, devemos respeitar e temos direito de ser respeitado. 4 Opiniões e questionamentos diversos Fonte: Plataforma Deduca (2020) O ideal de normalidade sempre foi determinado pelos indivíduos ditos hegemônicos, que escreveram a história da sociedade a partir dos seus próprios pontos de vista, normalmente embasados em preceitos religiosos. Dessa forma, os padrões ditos normais passaram a ser considerados como algo natural, e as características que não fossem enquadradas nesses modelos seriam consideradas estranhas, excêntricas, exóticas e até anormais. As diferenças entre gênero, cor, etnia, nacionalidade, regionalidade, condição social, sexualidade e religiosidade são todas utilizadas como pretexto para que se questionem os padrões vigentes. Se o normal é ser branco, se for negro é estranho, se for indígena é exótico, pois foge do “normal”, mas esse é o ponto de vista de quem? Será que só quem é de cor branca pensa assim? A seguir, temos o exemplo de documentário no qual os papéis masculinos e femininos são invertidos em um projeto que se assemelha a um documentário cômico, mas que nos leva a uma reflexão muito interessante. O curta-metragem “Acorda, Raimundo, acorda!” (Brasil, 1990) reflete sobre a tradicional construção de masculinidade. Os papéis de gênero e a validação homossocial do ser homem são invertidos, hipoteticamente, no sonho do personagem. As mulheres eram humilhavam os homens e saíam para trabalhar, enquanto os homens ficavam em casa cuidando dos filhos e das atividades domésticas, comportando-se de forma submissa. O curta aborda questões sociais e de gênero e está disponível no link <https:// www.youtube.com/watch?v=HvQaqcYQyxU&feature=youtu.be>. Acesso em: 14 de set. de 2020. Saiba mais 5 Segundo Louro (2006, p. 43): “Dizer que as mulheres são diferentes dos homens se constitui, a princípio, numa afirmação irrefutável”. A mulher é biologicamente diferente do homem, possuindo características fisionômicas e sistêmicas singulares. Se considerarmos as fisionomias, veremos que os aspectos masculinos e femininos são muito marcantes e destacam essas diferenças. No entanto, não deveríamos ampliar as diferenças para além de questões e aspectos biológicos e físicos, uma vez que, quanto aos direitos e deveres, todos deveríamos ser tratados igualmente. Sabemos que nem sempre é isso o que acontece. Sempre ouvimos dizer que tal tarefa é melhor quando é feita por mulher, pois são mais delicadas e atenciosas, por exemplo. Entretanto, as características pessoais e o estilo de vida são moldados de maneiras diferentes entre os homens e mulheres. É muito comum, por exemplo, encontrar homens que são excelentes cozinheiros, tarefa que tradicionalmente costumava ser atribuída às mulheres. Da mesma forma, homens podem ser atenciosos e delicados, e as mulheres também podem ser fortes. Para alguns, ver um homem atuando como cozinheiro e uma mulher trabalhando, por exemplo, como engenheira, em uma construção pode parecer estranho. Mas o estranhamento é gerado por visões que foram construídas antes da nossa geração e foram reproduzidas. Qualquer situação que aparente a inversão de papéis deve ser respeitada, pois cada um tem direito de livre escolha. O filme “Vista minha pele” (Brasil, 2003) aborda a questão do preconceito de uma maneira muito criativa, invertendo os papéis entre as etnias branca e negra no ambiente escolar. Maria, a personagem principal, branca e pobre, estuda em um colégio particular, onde ganhou uma bolsa de estudos e queria ganhar o concurso de “miss festa junina”. A história se desenrola de forma muito reflexiva, mostrando que somos diferentes, mas não somos melhores ou piores que os outros. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=LWBodKwuHCM>. Acesso em: 14 de set. de 2020. Saiba mais Dessa forma, percebe-se que, para minimizar os efeitos do preconceito em vários campos, deve-se iniciar um trabalho de prevenção ainda no ambiente escolar, com as crianças e com as famílias. Somente reconhecendo e compreendendo os elementos histórico-sociais da diversidade humana é que poderemos possibilitar práticas menos excludentes e favorecer a inclusão. 6 Padrões de normalidade também podem ser observados em relação à formação familiar. Segundo Louro (2006), é comum considerarmos como família estruturada aquela formada por um pai, uma mãe, heterossexuais, casados, e seus filhos. Toda família que foge a esse arranjo é considerada excêntrica, anormal. Contudo, atualmente não se pode considerar mais um padrão familiar único, pois os tipos de formação são cada vez mais diversos. Diversidade racial, etnica, familiar e de gênero Fonte: Plataforma Deduca (2020) As distinções também podem ser observadas em relação à classe social em que cada indivíduo é enquadrado. Nessa classificação, considera-se não só o poder aquisitivo, mas também o tipo de trabalho, as vestimentas e as condições de moradia, de cultura e lazer. Gonçalves (2001) menciona que o homem utiliza seu corpo como ferramenta de trabalho para buscar atingir objetivos materiais que são valorizados pelo modelo de sociedade vigente. Gonçalves (2001, p. 166) ainda ressalta que as formas de lazer estão condicionadas à classe social a qual pertence o indivíduo. Quem possui um grande poder aquisitivo dispõe de oportunidades que lhes são oferecidas por possuir um status social e financeiro. Enquanto isso, o indivíduo de menor poder aquisitivo, além de ter menos oportunidades, geralmente trabalha nas horas vagas para tentar ter as mesmas oportunidades que pessoas da classe alta têm muitas vezes renunciando ao descanso, do lazer e do tempo coma família para ampliar sua renda. Contudo, diante de tantas possibilidades de observar e classificar o indivíduo em um universo tão amplo como a diversidade humana, deparamo-nos com um tema recorrente: o preconceito. Uma distinção precipitada, baseada em conceitos que nos foram impostos pela sociedade que visa ao consumo, e para isso, determina os padrões de como se deve ser, pensar e agir. 7 O corpo enquanto lugar de marcação da diversidade O corpo é o elemento que se destaca quando se pensa em diversidade, pois pelas características corporais, enquanto aspectos biológicos, sociais e psicológicos, observamos as mensagens da comunicação corporal, tanto no que diz respeito às suas particularidades como à sua coletividade. Cada indivíduo se distingue do outro pelo tipo ou cor de cabelo, da pele, dos olhos, maneira de andar, se vestir, se comportar etc., e todas essas informações externalizam as especificidades desse corpo. “Moldado pelo contexto social e cultural em que o ator se insere, o corpo é o vetor semântico pelo qual a evidência da relação com o mundo é construída [...]” (LE BRETON, 2007, p. 7). A cor e a textura da pele nos transmitem informações relacionadas à etnia, nacionalidade e regionalidade, caso seja muito exposta ao sol, mais clara, mais espessa ou mais macia, poderá revelar o tipo de trabalho que o indivíduo realiza. As cicatrizes contam histórias e as tatuagens evidenciam mensagens e valores nos quais a pessoa acredita. A cor do cabelo, os gestos feitos com as mãos e as expressões do rosto podem revelar muitas características da história de vida de cada um. Le Breton (2007) enfatiza que “[...] o rosto é, de todas as partes do corpo humano, aquele onde se condensam os valores mais elevados. Nele cristalizam-se os sentimentos de identidade, estabelece-se o reconhecimento do outro, fixam-se qualidades da sedução, identifica-se o sexo etc.” (LE BRETON, 2007, p. 70-71. Le Breton (2007 menciona também sobre a definição de estereótipos em relação às aparências físicas, a noção de perfeição/imperfeição que são estabelecidas baseadas em padrões corporais, e que discriminam o que é diferente. Essa situação beneficiou uma área do mercado que vem crescendo fortemente, legitimando a valorização da aparência, transformando o corpo em um “cartão de visitas vivo”. Para Louro (2006), o tema da diversidade vem trazendo muitas divergências e polêmicas ao longo dos anos quando se leva em consideração os conceitos de diferença e igualdade. Muitos grupos sociais exaltam-se em suas diferenças, buscando posicionarem-se no mundo e serem reconhecidos, e ao mesmo tempo, outros grupos exigem a igualdade em todos os aspectos da sociedade. Essa ambiguidade pode ser percebida como uma “falsa dicotomia”, já que igualdade 8 e diferença são conceitos indissociáveis. De acordo com Louro (2006, p. 46), “[...] não há sentido em se reivindicar a igualdade para sujeitos que são idênticos, ou que são os mesmos” (LOURO, 2006, p. 46). Acesse o site do G1 disponível em: <https://g1.globo.com/sp/bauru- marilia/noticia/2018/12/12/projetos-investem-em-educacao-para- desviar-jovens-do-caminho-da-criminalidade.ghtml>. Acesso em: 14 de set. de 2020. Lá você encontra uma reportagem muito interessante a respeito de ações desenvolvidas por um projeto social que atendem adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social e que proporcionam atividades de cultura, arte entre outros, o que possibilita uma alternativa de vida para esses jovens. Saiba mais A disseminação e a popularização do conhecimento em relação à temática da diversidade humana contribuem para a conscientização das pessoas sobre o assunto. Cada vez que uma ideia é colocada a seu respeito, seja um argumento contextualizado ou uma opinião infundada, rapidamente a crença é reproduzida e se propaga, ainda mais com as facilidades da internet e das redes sociais. As desigualdades somente poderão ser percebidas – e desestabilizadas e subvertidas – na medida em que estivermos atentos para suas formas de produção e reprodução. Isso implica operar com base nas próprias experiências pessoais e coletivas, mas também, necessariamente, operar com apoio nas análises e construções teóricas que estão sendo realizadas. (LOURO, 2006). Para saber mais sobre esse tema, leia o artigo “Identidade cultural, diversidade e diferença: um olhar para gênero e sexualidade na educação” de Marcos Felipe Gonçalves Maia et al., que enfatiza a necessidade de debates nas políticas públicas da educação para promover o respeito às diferenças. Disponível em: <http://www. brajets.com/index.php/brajets/article/view/375>. Acesso em: 14 de set. de 2020. Saiba mais 9 Contudo, podemos perceber que esse assunto tão delicado não pode ser colocado à margem das discussões e dos processos de aprendizagem nos ambientes de ensino, sejam intra ou extraescolar. A diversidade, como um dos temas transversais, precisa ser encarada como imprescindível para a compreensão do mundo como mundo. A sociedade é plural e comporta lugares para todas as culturas, em todos os âmbitos. Muito além de ensinar, discutir e refletir sobre etnia, gênero e sexo, a diversidade deve trabalhar o conceito de respeito. EXPRESSÕES CULTURAIS QUE SE MOSTRAM NO CORPO As manifestações e expressões culturais com o corpo humano são percebidas e estabelecidas em uma relação, que é dinâmica, pois é resultado de um processo histórico. em uma menciona em sua obra que o corpo “[...] é objeto de uma construção social e cultural”, e sob essa ótica, podemos observar que não há perenidade, ou seja um período de duração predeterminado. Todas as relações que o indivíduo estabelece com o mundo, independentemente da cultura à qual ele pertença, ocorrem pelo corpo. Cerimônias, ritos religiosos, técnicas de cultivo da terra, utilização de determinados meios de transporte, vestimentas e caracterização do corpo, os tratamentos médicos, as tradições familiares de nascimento, crescimento, casamento ou morte, são momentos que perpassam pelo significado atribuído ao corpo, e acontecem de diferentes formas, pois existem distintos comportamentos para cada concepção de cultura. Para Le Breton (2007, p. 7): [...] o corpo é o vetor semântico pelo qual a evidência da relação com o mundo é construída: atividades perceptivas, mas também expressão dos sentimentos, cerimoniais dos ritos de interação, conjunto de gestos e mímicas, produção da aparência, jogos sutis da sedução, técnicas do corpo, exercícios físicos, relação com a dor, com o sofrimento etc. Antes de qualquer coisa, a existência é corporal. Ao longo dos anos o homem vem sofrendo “um processo de ‘descorporalização’” que, segundo Gonçalves (2001, p. 17), vem sendo mais intensamente percebido ao passo que a civilização e a racionalização das pessoas evoluem e crescem. A esse respeito, essa mesma evolução também contribuiu para que os sujeitos se tornassem mais autônomos, inteligentes e inovadores. O afeto foi perdendo espaço junto com a expressão sensorial e a experiência corporal, que se tornaram mecanizadas e submissas ao trabalho. 10 Evolução do homem Fonte: Plataforma Deduca (2020) Nos primórdios da existência do homem, sua relação com o seu próprio corpo era imprescindível para a sobrevivência, suas atividades estavam ligadas ao uso do corpo, que exigia características de força e habilidades para manter-se vivo e cuidar de sua família. A modernidade, industrial e capitalista não desprezou completamente essa finalidade; porém, cada vez mais negligência a relação do homem com seu corpo, “[...] visualizando-o como objeto que deve ser disciplinado e controlado” (GONÇALVES, 2001, p. 20). Como sugestão indicamos o documentário “Humano – uma viagem pela vida”, produzido em 2015. Esse documentário é composto por entrevistas, com cerca de 2 mil pessoas, das mais diversas culturas, distribuídas em 60 países, cujo objetivo é relatar suas experiências de vida e suas expectativas para o futuro.O filme traz belas imagens e busca resgatar a essência humana, enquanto indivíduo e enquanto sociedade. Saiba mais Nos dias atuais, a sociedade, que continua capitalista, objetivando o consumo e o lucro, continua vendendo cada vez mais a ideia de um padrão que deve ser almejado e alcançado, sem respeitar as individualidades biológicas, históricas e culturais. Percebemos que algumas expressões culturais estão sendo fortemente direcionadas a se enquadrarem em padrões que geram um status, principalmente as que se manifestam por meio do corpo. Nesse contexto, podemos observar uma crescente ação midiática que incentiva o culto à beleza, a busca de uma perfeição que não existe e o aumento expressivo das intervenções corporais para atingir esse fim. 11 Por outro lado, também testemunhamos o quanto as expressões culturais se manifestam no corpo, no sentido de querer afirmar identidades individuais ou de um grupo. Esse tipo de comportamento era mais comumente observado em tribos indígenas e africanas de várias regiões do mundo que se utilizavam desses elementos para demarcar algum feito importante, uma conquista, um ato de passagem ou rituais religiosos. Agora que você conhece sobre a temática da diferença e do preconceito, e suas repercussões nas diferentes concepções de expressão cultural, explore esses conceitos e responda com suas palavras qual a importância do respeito a diversidade para o fim do preconceito na sociedade? Curiosidade Dessa forma, não existe um modelo de corpo, certo, padronizado, mas se observa a existência de muitos corpos, e sua pluralidade embasada na infinidade e diversidade de culturais, as que já existiram, as que existem e as que ainda vão ser criadas ou miscigenadas pelas que estão postas. Por fim, enxergamos na educação, um lugar para ultrapassar a dinâmica meramente racionalista e cognitivista, que prioriza padrões, sejam eles de qualquer origem e característica. Por isso, defendemos que a escola busque ampliar o conhecimento dos alunos utilizando-se do saber e da experiência, valorizando as múltiplas linguagens e a interdisciplinaridade. A educação é o caminho para o reconhecimento da diversidade, de pluralidade de ideias, de compartilhamento de experiências, de reflexão sobre o conhecimento, inclusão e respeito. Fechamento Você teve a oportunidade de aprender sobre vários conceitos relacionados aos aspectos das manifestações culturais, da noção de individualidade e de coletividade, bem como a importância de reconhecer a diversidade, o respeito e a inclusão, em qualquer âmbito da sociedade. Estudamos sobre a diversidade em vários campos como: raça, religiosidade, etnia, gênero entre outras e o quanto que 12 independentemente da fé que o outro professa, da orientação sexual, da identidade de genero, da raça entre outros, deve-se ter o respeito, a tolerância e entender que somos diversos e isso não é condicionante para termos atitudes de preconceito. Com isso, conseguimos compreender que a educação é senão um dos caminhos mais apropriados para que se possa disseminar informação, conhecimento e sobretudo orientar sobre respeito a diversidade e compreender que cada pessoa tem sua personalidade, suas identificações, crença, raça e que isso deve ser levado em consideração para que haja respeito e reciprocidade na convivência em sociedade. 13 Referências GONÇALVES, M. A. S. Sentir, pensar, agir: corporeidade e educação. 5. ed. Campinas: Papirus, 2001. LE BRETON, D. A sociologia do corpo. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2007. LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pósestruturalista. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2006.