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N2 Brasil Império

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AVALIAÇÃO N2
CÓD.DISC. 041011 DISC. História do Brasil Império
DOCENTE: Martinho Condini TURMA: 210204A07
ESTUDANTE: Mayara Vitoria da Silva Ayres RA: 1629905
Data: 05 /12 /2022
TOTAL
Questão objetiva 1 (1.0)
“A produção e o consumo do café tiveram origem entre os povos árabes, e esse produto era
conhecido pelos europeus desde o século XVI. Seu consumo no ocidente começou em Veneza,
em meados do século XVII, difundindo-se rapidamente. A demanda do novo produto, daí em
diante, só aumentou. Já no século XVIII sua produção tinha atingido as Antilhas, e, no seguinte, o
Brasil, onde em pouco tempo superou as culturas tradicionais. ”
KOSHIBA, Luiz; PEREIRA, Denise M. F. História do Brasil. 5ª revisada e atualizada. São Paulo: Ática. 1997. p.215.
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, leia as afirmações abaixo:
I – Tornando-se um novo e principal produto de exportação a partir do século XIX, o café
ocupou, de início, regiões vizinhas da capital do Brasil. Ali encontrou uma infraestrutura já
montada, reaproveitando a mão de obra escrava disponível em virtude da desagregação da
economia mineira.
II – A nova cultura na região foi favorecida pela abundância de animais de transporte (mulas)
e a proximidade do porto, que facilitou o seu escoamento para o exterior. Sem muitas
dificuldades, com os próprios recursos existentes se deu o impulso inicial à economia cafeeira.
III – A economia cafeeira não alterou os quadros sociais herdados do passado colonial. Ao
contrário, apenas reforçou o sistema de senhores rurais, fortalecendo a escravidão. Reproduziu-
se, novamente, o padrão colonial da economia, com todas as consequências que esse padrão
acarretava.
IV - As regiões onde se desenvolveu o café foram o vale do Paraíba e o Oeste paulista. O
café no vale do Paraíba, devido ao terreno acidentado, o plantio do café se dava nas encostas
dos montes. No Oeste paulista o plantio se dava em terra roxa, muito apropriada para o cultivo do
café.
Após a leitura das afirmações acima assinale a alternativa correta:
a) I, II e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) I, apenas.
e) I, II, III e IV.
Questão objetiva 2 (1.0)
“Depois da Guerra do Paraguai, as agitações se avolumaram: ao movimento abolicionista
juntaram- se a propaganda republicana e as inquietações no setor militar. A Proclamação da
República deu- se fundamentalmente, pela conjugação das camadas urbanas com os
fazendeiros do Oeste paulista e o Exército.”
KOSHIBA, Luiz; PEREIRA, Denise M. F. História do Brasil. 5ª revisada e atualizada. São Paulo: Ática. 1997. p.236.
Com base no texto é correto afirmar:
a) Civis e militares conspiraram contra a monarquia, que foi derrubada por um golpe militar;
b) O fim da monarquia se deu exclusivamente pela intensa participação dos abolicionistas;
c) A vitória do Brasil na Guerra do Paraguai enfraqueceu a monarquia e a força
política de Dom Pedro II.
d) A partir da Proclamação da República o poder político dos barões do café se
enfraquece, diante da força dos abolicionistas.
e) Após a Proclamação da República, os interesses dos abolicionistas, cafeicultores
e militares serão contemplados logo no mandato do primeiro presidente.
Questão discursiva 1
[...] Até bem recentemente, parecia haver um consenso historiográfico, quiçá a vigência de um
paradigma de interpretação da escravidão no Brasil, ou no mundo atlântico, resumido por
Rebecca Scott já em meados da década de 1980. Segundo ela, a característica mais marcante
dos trabalhos acadêmicos sobre a escravidão à época seria a maneira como haviam superado a
associação entre subordinação e passividade. Os historiadores vinham encontrando maneiras de
examinar as iniciativas dos escravos sem desconsiderar a opressão, de explorar a criação de
sistemas alternativos de crenças e valores no contexto da tentativa de dominação ideológica. Em
suma, aprenderam a perceber e descrever as características das comunidades escravas, mesmo
constatando o esforço contínuo de repressão a alguns de seus nexos essenciais (SCOTT, 1988).
A emergência desse paradigma analítico decorreu de uma visão largamente compartilhada sobre
o que era a escravidão enquanto forma de exploração do trabalho, pois postulava a centralidade
de alguns aspectos comuns às relações entre senhores e escravos, logo cruciais para entender a
política de domínio na escravidão e os modos de os cativos lidarem com ela: a questão da
compra e venda de escravos e as transformações desse merca do de mão de obra ao longo do
tempo; ideologias e práticas em torno da alforria, vista s, ao lado da família escrava, como
decisivas para a manutenção do controle senhorial; o castigo físico, limitado pelas tensões
pertinente s a cada circunstância histórica particular, porém evidência constante da ancoragem do
sistema no exercício da violência direta pelos senhores [...]”.
(CHAROUB, Sidney. Precariedade estrutural: o problema da liberdade no Brasil escravista (século XIX). In: História
Social, n.19, segundo semestre.2010
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo-
argumentativo contemplando os seguintes aspectos:
1. A relação do sistema escravocrata à constituição de poder político autoritário na
sociedade brasileira. (1.0)
Seu texto dissertativo-argumentativo deve ter no mínimo 10 linhas e no máximo 15 linhas.
● Vários aspectos da desigualdade no Brasil se destacam. Segundo a análise, a história da
desigualdade remonta ao período colonial, nos mostrando que o Brasil foi formado em uma linguagem
de escravidão, que, aliada à corrupção e ao sistema hereditário, delineia um quadro que favorece
uma constituição nacional desigual. Na mesma perspectiva, ele aponta que a desigualdade social
nunca esteve no centro do projeto político de governo do país. Focalizando o período colonial,
verifica-se que o acesso ao ensino primário era privilégio de poucos, a despeito de um escasso
investimento. Durante a Primeira República e a promulgação da nova Constituição em 1891, poucas
grandes reviravoltas podem ser demonstradas. No Brasil, mais do que em qualquer outra parte da
América, durante o período tardio da escravidão, todas as correntes de liberdade e progresso, das
mais radicais às mais moderadas, foram sistemática e irreversivelmente! Isto apesar do lirismo
heroico de alguns dos militares destas correntes mais radicais.
2. Uma análise da importância da diáspora negra na formação social e cultural do Brasil,
atentando para a ideia de nação brasileira a partir do final do século XIX até os dias atuais. (1.0)
Seu texto dissertativo-argumentativo deve ter no mínimo 10 linhas e no máximo 15
linhas.
● O conhecimento da diáspora africana permite reestruturar as dinâmicas opressoras dos países
coloniais, inferindo áreas geográficas oficiais onde a opressão está diretamente ligada à pobreza
econômica. A diáspora negra surgiu dos interesses coloniais, mas sua resistência e criatividade
cultural abriram caminho para remodelar as tradições africanas. O candomblé, como manifestação do
afro-brasileiro, impõe ao Brasil uma dupla inscrição, a condição de ser ao mesmo tempo africano e
brasileiro na continuidade da história. A diáspora permite examinar os papéis assimétricos, mas
complementares, de colonizado e colonizador, senhor e escravo, impossibilitando o retorno às
tradições puras e absolutas. O intercâmbio cultural constrói uma diáspora e proporciona um processo
criativo de reformulação e tradução para preservar a autenticidade, a tradição e construir a
originalidade do diálogo. No entanto, esse desejo de homogeneidade, pureza cultural e racial que
permeia as nações pode ser comparada a uma ilusão de ótica. Isso porque uma metrópole glorificada
em seus interesses comerciais deve forjar relacionamentos multiculturais.
3. Relacionar a sociedade escravagista que compôs os alicerces da sociedade brasileira
com o racismo sistêmico e estrutural da atualidade. (1.5)
Seu texto dissertativo-argumentativo deve ter no mínimo 10 linhas e no máximo 15linhas.
● No desenvolvimento da sociedade de classes no Brasil, o racismo procedeu na perspectiva de uma
sociedade marcada pela aristocracia branca da burguesia nacional com todas as suas redes
privilegiadas, em detrimento da pobreza, miséria e subordinação da população negra. O racismo no
Brasil como uma construção sócio-histórica traz preconceito e discriminação racial em detrimento da
população negra em diferentes fases do ciclo de vida, independentemente da classe social e região de
residência. Ou seja, o racismo está inscrito nas estruturas sociais e no modo de funcionamento da
política e da economia. Ao contrário do que se poderia pensar, o racismo, que só se reproduz com
base no poder político, é quem forma os sujeitos racistas ‟(...)” (ALMEIDA, 2015, p. 755). Essa
violência é articulada como uma política nacional para atacar os negros de todos os ângulos
possíveis, incluindo perseguir sua cultura, destruir sua identidade, abusar de seus corpos, separar
famílias negras, enviar seus filhos para asilo, criminalização da pobreza, agressão física,
encarceramento em
massa, segregação do mercado de trabalho e assassinato em massa de homens e mulheres negros.
Questão discursiva 2
“Para os historiadores das décadas de 1960 e 1970, o Brasil e a Argentina teriam sido
manipulados por interesses da Grã-Bretanha, maior potência capitalista da época, para aniquilar
o desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo mercado consumidor para os produtos
britânicos. A guerra era uma das opções possíveis, que acabou por se concretizar, uma vez que
interessava a todos os envolvidos. Seus governantes, tendo por base informações parciais ou
falsas do contexto platino e do inimigo em potencial, anteviram um conflito rápido, no qual seus
objetivos seriam alcançados com o menor custo possível. Aqui não há “bandidos” ou “mocinhos”,
mas interesses”.
(DORATIOTTO, Francisco. Maldita guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 87-96. (Adaptado)
Considerando que A Guerra do Paraguai (1865-1870) foi o maior conflito militar no qual o Brasil
se envolveu em sua história. A partir das novas interpretações dos historiadores para a guerra,
redija um texto dissertativo-argumentativo atentando para os seguintes fatores:
1. As relações diplomáticas entre o Brasil e o império britânico durante o conflito (1.0)
• A análise mostra que o Brasil inicialmente mostrou resistência às exigências britânicas
sobre a escravidão, e os acontecimentos entre o Brasil e a Grã-Bretanha na década de 1860
levaram a um rompimento extremo nas relações diplomáticas entre os dois países. Essa foi a
chamada questão Christie, por parte dos britânicos, atentos à conduta da diplomacia brasileira,
muitas vezes exigindo respostas rápidas a questões levantadas em declarações orais, cobrando
providências sobre a situação dos negros, manifestando interesse em manter sua posição
política superioridade. Afinal, para o capital britânico, o Brasil é sinônimo de oportunidade e
lucro. A divisão diplomática foi causada por divergências sobre o redesenho das fronteiras
sul-americanas após a Guerra do Paraguai, um conflito no qual os interesses britânicos e
brasileiros convergiram, mas que se tornou cada vez mais irreconciliável após a rendição
do Paraguai. A emissão da Christie oferece certos benefícios de longo prazo devido à
reação
resultante. Despertou a consciência do Governo para a questão da defesa nacional e da
defesa nacional popular e para a necessidade de organização e armamento do exército.
2. O equívoco conceitual em culpabilizar os britânicos pelo conflito (1.0)
Desde a independência, a Inglaterra cobra ações claras do governo brasileiro para acabar com
o tráfico de pessoas. Em resposta, foi aprovada em 1831 uma "Lei para os ingleses verem",
declarando livres os africanos que desembarcaram nos portos brasileiros a partir daquele ano.
Naturalmente, essa lei foi milhões de vezes desrespeitada com a cínica cumplicidade de elites
políticas e autoridades governamentais, ajudando a consolidar uma tradição que prevalece no Brasil
até hoje, segundo a qual quebrar as regras é a regra. Em 1845, a paciência dos ingleses se
esgotou, e o Brasil resistiu por alguns anos, mas em 1850 e 1861 o diplomata britânico William
Doug Christie reclamou que o governo brasileiro não respeitava a lei. No ano seguinte, sem
resposta satisfatória, o navio britânico Prince of Wales naufragou no Rio Grande do Sul, sendo a
carga arrebatada por terceiros. Christie aproveitou o incidente para exigir uma compensação do
governo
imperial brasileiro pelas perdas britânicas. Através deste novo incidente, as pessoas estão exigindo
uma compensação pelas acusações, a absolvição dos militares brasileiros envolvidos na detenção
e um pedido oficial de desculpas do governo imperial brasileiro. Os diplomatas britânicos não
aceitaram essa imposição e pediram aos navios britânicos que aprendessem os cinco navios
brasileiros ancorados na Baía de Guanabara. Para resolver o caso, Pedro II convocou o rei da
Bélgica para arbitrar e devolver os valores relativos aos bens roubados. Portanto, o monarca belga
decidiu apoiar os brasileiros e determinou que tal pedido de desculpas fosse feito pelos britânicos.
Sem resposta da Inglaterra, o Brasil acabou cortando seus laços com a coroa britânica. O problema
não acabou até 1865, quando os britânicos reconheceram seu comportamento teimoso.
3. As consequências, econômicas, políticas, sociais e geopolíticas para o Brasil do pós-guerra (1.5)
• A Guerra do Paraguai afetou todos os países envolvidos em graus variados. Para o Brasil, a
guerra teve um forte impacto econômico, pois o Brasil gastou 11 vezes o orçamento anual do país
em 1864. Além disso, o governo brasileiro está fortemente endividado, especialmente os bancos
britânicos, por causa do conflito. A guerra também fortaleceu a instituição militar, marcando o início
do declínio da monarquia. Economicamente, o conflito criou muitos ônus e dívidas que só
poderiam ser pagos com empréstimos externos, aumentando nossa dependência das grandes
potências da época (principalmente a Grã-Bretanha) e da dívida externa. No entanto, o conflito
armado desencadeou a modernização e o fortalecimento institucional dos militares brasileiros.
Com a maioria de seus comandantes da classe média urbana e seus soldados dos pobres e
escravos, o exército brasileiro tornou-se uma importante força política apoiando os movimentos
republicanos e abolicionistas que levaram ao fim da monarquia no Brasil.

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