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Macro Aplicada - Lista de Exercícios

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1 
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
CURSO .................. : GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
DISCIPLINA ........... : MACROECONOMIA APLICADA 
TURMA................: 7º. E 8º. SEMESTRE – PAULISTA 
PROFESSOR .......... : EUCLIDES PEDROZO 
PERÍODO .............. : NOITE 
 
ALUNO: _________________________________________________________ R.A.: ______________ 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS I – 2022/02 (GABARITO) 
 
PARTE I – TESTES 
 
1. Com base na compreensão do modelo de mercado de trabalho, que determina a taxa de 
desemprego tal que o salário real escolhido na fixação de salários seja igual ao salário real resultante 
da fixação de preços, é possível dizer que uma redução na margem de lucro das firmas, por exemplo, 
causará: 
(A) Um aumento no salário real de equilíbrio e uma redução da taxa natural de desemprego. 
(B) Uma redução no salário real de equilíbrio e nenhuma alteração da taxa natural de desemprego. 
(C) Um aumento na taxa natural de desemprego e nenhuma mudança no salário real. 
(D) Uma redução na taxa natural de desemprego e nenhuma mudança no salário real. 
(E) Uma redução no salário real de equilíbrio e um aumento da taxa natural de desemprego. 
Resposta: (A) 
Comentários: Uma redução nas margens de lucro das firmas (µ) implica em aumento do salário real pago 
pelas empresas e, portanto, gerando uma taxa natural de desemprego menor. 
 
2. Em conformidade com o modelo de oferta e demanda agregada (OA-DA), avalie as seguintes 
afirmações e classifique-as como Verdadeira (V) ou Falsa (F): 
I. Uma elevação dos preços, dada constante a oferta monetária nominal, reduz a oferta monetária 
real, o que gera uma redução da taxa de juros e, portanto, uma redução da demanda agregada. 
II. A elevação da oferta de moeda ou a elevação das transferências de renda do governo para 
famílias pobres geram, como impacto, um deslocamento à direita da Curva de Demanda 
Agregada. 
III. Quanto maior a sensibilidade juro da demanda por moeda e maior o multiplicador dos gastos 
autônomos, mais inclinada a curva IS e, portanto, mais inclinada a Curva de Demanda Agregada. 
IV. A Curva de Demanda Agregada é formada por todas as combinações entre preço e renda nas 
quais ocorre o equilíbrio simultâneo no mercado de bens e no mercado monetário. Ao longo da 
 2 
Curva de Demanda Agregada, os parâmetros de políticas fiscal e monetária são constantes, 
assim como o nível de gastos autônomos. 
Aponte qual alternativa representa a sequência correta de V ou F: 
(A) V-V-V-F. 
(B) V-V-F-F. 
(C) F-V-F-V. 
(D) F-F-F-V. 
(E) F-V-V-V. 
Resposta: (C) 
Comentários: 
I. Falso: a redução da oferta monetária real gera um aumento da taxa de juros. 
II. Verdadeiro. 
III. Falso: Quanto maior a sensibilidade-juro da demanda por moeda, mais horizontal será a curva IS 
e, consequentemente, mais elástica será a curva de Demanda Agregada. 
IV. Verdadeiro. 
 
3. No modelo de oferta e demanda agregada (OA-DA), ao nível corrente de produção, suponha que o 
nível do preço atual seja maior que o nível do preço esperado pelas pessoas (ou seja, 
Pt > Pet). Podemos afirmar, dessa forma, que: 
 
(A) A taxa de juros tende a aumentar quando a economia se ajustar a essa situação. 
(B) A produção corrente está abaixo do nível normal de produção. 
(C) O salário nominal tende a diminuir quando as pessoas reverem suas expectativas a esse nível do 
preço. 
(D) A curva de oferta agregada (OA) tende a se deslocar para baixo. 
(E) Haverá um aumento na taxa de desemprego natural. 
Resposta: (B) 
Comentários: P > Pe  Yn > Y ou Y < Yn 
 
4. Considere: 
• Uma curva de Demanda Agregada derivada do modelo IS/LM. 
• Uma curva de Oferta Agregada de longo prazo horizontal. 
• Uma curva de Oferta Agregada de médio prazo vertical. 
 3 
Considere, também, a ocorrência de um choque adverso de oferta, como a elevação nos preços 
internacionais do petróleo. Supondo que esse choque não desloque a curva de oferta agregada de longo 
prazo, é correto afirmar que: 
a) Uma elevação na demanda tenderá a intensificar a queda no produto que decorre do choque de 
oferta. 
b) O choque adverso de oferta aumenta os custos e, portanto, os preços. Se não houver alterações na 
demanda agregada, teremos uma combinação, no curto prazo, de preços crescentes com redução no 
produto. No longo prazo, com a queda nos preços, a economia retornará ao seu nível de pleno 
emprego. 
c) Se não ocorrer deslocamentos na Curva de Demanda Agregada, o choque de oferta causará deflação. 
d) O choque de oferta alterará apenas o produto de pleno emprego. 
e) Não ocorrerão alterações nem nos preços nem no nível de produto, tanto no curto quanto no longo 
prazo, uma vez que se o choque de oferta não deslocar a curva de oferta de longo prazo também 
não deslocará a oferta de curto prazo. 
Resposta: (B) 
Comentários: 
Mudança nos preços do petróleo afetam os custos das firmas. Com o aumento dos preços internacionais 
do petróleo e o consequente aumento do mark-up, temos, um deslocamento para cima da curva OA e 
aumento do nível de preços. 
 
 
 4 
5. Para esta pergunta, assuma que a economia esteja operando inicialmente ao nível normal de 
produção (produto natural). No modelo OA-DA, um aumento súbito na cotação internacional do 
preço do petróleo, provocará, em médio prazo: 
(A) Uma redução na taxa de juros. 
(B) Uma redução na produção e um aumento no nível geral de preços da economia. 
(C) Uma redução na produção e um aumento na taxa de juros. 
(D) Uma redução no desemprego, um aumento no salário nominal e um aumento no nível geral de 
preços da economia. 
(E) Uma redução no nível geral de preços agregado e nenhuma alteração na produção. 
Resposta: (B) 
Comentários: No médio prazo, um aumento no preço do petróleo é equivalente a um aumento na 
margem de lucro (µ). Nesse caso, haverá de acordo com a relação WS-PS, uma redução do salário real de 
equilíbrio e um aumento da taxa natural de desemprego. Assim, o aumento do preço do petróleo 
acarretará, no médio prazo, redução do produto corrente e aumento do nível geral de preços pela 
elevação dos custos marginais. 
 
6. Com relação ao Modelo de Oferta e Demanda Agregada, é incorreto afirmar que: 
(A) Se os preços e salários são fixos no curto prazo, deslocamentos da demanda agregada afetam o 
emprego. 
(B) Uma redução na oferta monetária só afeta o nível de produto se houver alguma rigidez de 
preços e salários. 
(C) A diferença entre curto e longo prazos no modelo é explicado pela rigidez de preços e salários. 
(D) Se os preços e salários são perfeitamente flexíveis, deslocamentos na Curva de Demanda 
Agregada tendem a exercer grande influência sobre o produto. 
(E) Não é necessário rigidez total de preços e salários para que deslocamentos na demanda 
agregada afetem o produto. 
Resposta: (D) 
Deslocamentos da Curva de Demanda Agregada ocorrem no médio prazo. Preços e salários 
perfeitamente flexíveis causam grande influência, a médio prazo, apenas no nível geral de preços da 
economia (inflação). 
 
7. De acordo com a Curva de Phillips, na ausência de choques de oferta e para um dado estado das 
expectativas dos agentes econômicos, a redução da taxa de inflação é acompanhada por elevação: 
(A) Da taxa de desemprego. 
(B) Da taxa de juros real. 
(C) Da taxa nominal de juros. 
(D) Dos salários reais. 
(E) Dos salários nominais. 
 5 
Resposta: (A) 
Comentários: 
A Curva de Phillips sem choques de oferta inicia a existência de uma relação negativa entre as taxas de 
inflação e de desemprego. Dessa forma, a redução da taxa de inflação deve ser acompanhada por uma 
elevação na taxa de desemprego na economia. 
 
8. Assuma que a curva de Phillips com fator  (que representa o efeito da taxa de inflação do ano 
anterior t–1 sobre a taxa de inflação corrente t) igual à 1, é representada pela seguinte equação: 
 t – t–1 = (μ + z) – αut. 
Em que µ é a margem de lucro das firmas; z é o fator de características socioeconômicas que 
determinam o salário de reservados trabalhadores; e  é o fator que representa o efeito do 
desemprego corrente ut sobre o salário. Dessa forma, uma redução na taxa de desemprego corrente 
causará: 
(A) Uma redução na margem de lucro sobre os custos do trabalho (ou seja, uma redução em μ). 
(B) Um aumento na margem de lucro sobre os custos do trabalho (ou seja, um aumento em μ). 
(C) Um índice de inflação crescente ao longo do tempo. 
(D) Uma diminuição no índice de inflação ao longo do tempo. 
(E) Um índice de inflação aproximadamente igual a zero. 
Resposta: (C) 
Comentários: Pela expressão da curva de Phillips, a taxa de desemprego corrente influencia 
negativamente a variação da taxa de inflação. Dessa forma, a redução do desemprego provoca uma 
inflação crescente ao longo do tempo. 
 
9. Considere a seguinte equação, também conhecida como Curva de Phillips: 
𝜋 = 𝜋𝑒 − 𝛾(𝜇 − 𝜇∗) + 𝜀 ; (𝛾 > 0) 
Onde:  = taxa de inflação; e = taxa de inflação esperada; µ = taxa de desemprego; µ* = taxa natural de 
desemprego; e  = choque de oferta. 
Com base nessa equação é correto afirmar que: 
(A) O modelo trabalha com expectativas racionais. 
(B) Mesmo que a expectativa de inflação seja zero e que a taxa de desemprego esteja em sua taxa 
natural, pode-se ter deflação. 
(C) Na hipótese de expectativas racionais, não há possibilidade de deflação. 
(D) Para que ocorra inflação inercial, e deverá ser zero. 
(E) O modelo trabalha com a hipótese de expectativas racionais estáticas. 
Resposta: (B) 
Comentários: 
 6 
Quando e = 0 e a taxa de desemprego é igual à natural, ou seja, µ = µ*, a equação resume-se a 
 = . Vale lembrar que  representa um choque de oferta, podendo assumir valores positivos ou 
negativos. Dessa forma, mesmo quando e = 0 e µ = µ*,  pode assumir valores positivos (quando  > 0) 
ou negativos (quando  < 0), sendo plausível a ocorrência de processos de inflação ou deflação. 
 
10. Em conformidade com o modelo de oferta e demanda agregada (OA-DA), avalie as seguintes 
afirmações e classifique-as como Verdadeira (V) ou Falsa (F): 
I. De acordo com a Curva de Phillips original, quando o nível de desemprego é superior à taxa 
natural de desemprego, há uma variação positiva dos salários nominais. [F] 
II. A relação salário/emprego utilizada na derivação da Curva de Oferta Agregada indica que o 
salário no presente é definido pelo comportamento do salário no momento imediatamente 
anterior e pela diferença existente entre o nível de emprego efetivo e o nível de pleno emprego. 
Quando o nível de emprego efetivo for superior ao estado de pleno emprego, há elevação dos 
salários nominais no presente em relação ao passado. [V] 
III. De acordo com a teria da fixação de preços via mark-up, os preços são uma função dos salários 
nominais. Quanto maior os salários nominais, maior o nível de preços. Como os ajustamentos no 
mercado de trabalho são automáticos, o impacto da elevação dos salários sobre os preços é 
imediato. [F] 
IV. Quando as expectativas são formadas adptativamente, os agentes econômicos não usam de 
forma eficiente o conjunto de informações de que dispõem, já que se limitam a considerar 
realizações passadas da variável na previsão de seu valor no futuro. [V] 
Aponte qual alternativa representa a sequência correta de V ou F: 
(A) V-V-V-F. 
(B) V-V-F-F. 
(C) F-V-V-V. 
(D) F-F-F-V. 
(E) F-V-F-V. 
Resposta: (E) 
Comentários: 
I. Falso: nível de desemprego superior à taxa natural de desemprego provoca uma variação 
negativa dos salários nominais 
II. Verdadeiro. 
III. Falso: ajustamentos no mercado de trabalho embora possam ser automáticos, o impacto da 
elevação dos salários sobre os preços ocorre apenas a médio prazo. 
IV. Verdadeiro. 
 
11. Os negociantes nos mercados de ativos no Brasil percebem, de repente, que a taxa de juros dos 
depósitos em dólares aumentará no futuro próximo. Neste caso, podemos afirmar que: 
 7 
(A) A curva que descreve a remuneração dos depósitos em dólares desloca-se para baixo 
determinando uma apreciação imediata do dólar. 
(B) Caso os agentes brasileiros aprendam que, no curto prazo, a taxa de juros do dólar aumentará no 
futuro, então não haverá alterações na taxa de câmbio no presente. 
(C) A curva que descreve a remuneração dos depósitos em dólares desloca-se para cima 
determinando uma depreciação imediata do dólar. 
(D) A curva que descreve a remuneração dos depósitos em dólares desloca-se para cima 
determinando uma apreciação imediata do dólar. 
(E) A expectativa de elevação da remuneração dos depósitos em dólares acarretará 
automaticamente em elevação da taxa de juros dos depósitos em reais. 
Resposta: (C) 
 
12. Você é dono(a) de uma empresa que produz asfalto no Brasil. Um insumo importante na fabricação 
de asfalto é o petróleo, que sua empresa precisa comprar no mercado mundial e tem sua cotação 
denominada em dólares. Neste caso podemos afirmar que: 
(A) Como o petróleo é um insumo importante para a empresa e ela precisa adquiri-lo no mercado 
mundial, uma apreciação do real, permanecendo tudo o mais constante, elevará o preço relativo de suas 
importações, o que acarretará em aumento nos lucros da empresa. 
(B) Caso essa empresa fosse importadora de petróleo e exportadora de asfalto, uma depreciação do 
real, permanecendo tudo o mais constante, provocaria um aumento nos lucros da empresa, pois haverá 
barateamento de suas importações. 
(C) Uma depreciação do real, permanecendo tudo o mais constante, diminuirá o preço relativo de 
suas importações, o que acarretará em aumento nos lucros da empresa. 
(D) Uma apreciação do real, permanecendo tudo o mais constante, reduzirá o preço relativo de suas 
importações, o que acarretará em diminuição nos lucros da empresa. 
(E) Caso a empresa fosse importadora de petróleo e exportadora de asfalto, uma apreciação do 
real, permanecendo tudo o mais constante, não afetaria o lucro da empresa, pois a diminuição do preço 
relativo das importações seria compensada por uma elevação nos preços relativos de suas exportações. 
Resposta: (E) 
 
13. Se o Federal Reserve System (banco central norte-americano) aumenta a oferta de dólares norte-
americanos e todos os demais fatores permanecem iguais, então, no curto prazo podemos afirmar 
que: 
(A) A taxa de juros dos Estados Unidos cai e o real se aprecia em relação ao dólar. 
(B) A taxa de juros norte-americana aumenta e o real se aprecia em relação ao dólar. 
(C) A taxa de juros dos Estados Unidos cai e o real se deprecia em relação ao dólar. 
(D) A taxa de juros brasileira diminui e o real se deprecia em relação ao dólar. 
(E) A taxa de juros dos Estados Unidos aumenta e o dólar se deprecia em relação ao real. 
Resposta: (A) 
 8 
 
14. O fenômeno da ultrapassagem (overshooting) da taxa de câmbio pode ocorrer quando: 
(A) A taxa de câmbio aumenta mais no longo prazo, quando o nível de preços se torna flexível. 
(B) A taxa de câmbio varia mais do que a taxa de juros no longo prazo, quando o nível de preços se 
torna rígido. 
(C) A taxa de câmbio varia mais no longo prazo do que no curto prazo, devido ao fato do nível de 
preços tornar-se rígido na transição. 
(D) A taxa de câmbio varia mais no longo prazo do que no curto prazo, devido ao fato do nível de 
preços tornar-se flexível na transição. 
(E) A taxa de câmbio varia mais no curto prazo do que no longo prazo, devido ao fato do nível de 
preços serem rígidos no curto prazo. 
Resposta: (E) 
 
15. Analise as frases abaixo a respeito das condições de paridade de uma moeda: 
I. A Paridade Descoberta de Juros (PDJ) envolve a comparação de retornos esperados de 
investimentos denominados em distintas moedas. [V] 
II. A taxa de equilíbrio no mercado de câmbio sob PDJ é: 𝐸𝑡 =
𝐸𝑡+1
𝑒
1+𝑅𝑡−𝑅𝑡
∗ [V] 
III. A PDJ envolve uma taxa de câmbio à vista e outra a termo. [F] 
IV. A PDJ leva em consideração a diferença de risco entre os ativos. [F] 
Pode-se dizer a respeito das expressões acima que: 
(A) Todas as frases acima são verdadeiras.(B) Apenas III é falsa. 
(C) Apenas I é verdadeira. 
(D) Somente III e IV são falsas. 
(E) Somente II e IV são verdadeiras. 
Resposta: (D) 
 
16. Supondo válida a abordagem monetária à determinação da taxa de câmbio, que presume preços 
perfeitamente flexíveis: 
(A) Nunca há ultrapassagem da taxa de câmbio de curto prazo em relação ao valor de equilíbrio de 
longo prazo em decorrência de uma expansão monetária permanente. 
(B) Um aumento exógeno e permanente no nível de produto de pleno emprego provoca um 
aumento na taxa nominal – e, portanto, real - de juros, atraindo capitais do exterior, o que leva a uma 
apreciação da taxa nominal - e, portanto, real - de câmbio. 
(C) Choques monetários não provocarão grandes flutuações na taxa real de câmbio, já que a taxa 
nominal de câmbio segue o princípio da paridade do poder de compra relativa. 
 9 
a) Uma elevação da taxa nominal de juros está associada a uma menor expectativa de inflação futura e 
a uma taxa de câmbio que será mais apreciada em todas as datas futuras. 
b) Uma expansão monetária no país Estrangeiro aprecia a taxa de câmbio da moeda doméstica em 
relação à moeda estrangeira, gerando uma deflação (i.e., uma queda nos preços) na economia 
doméstica. 
Resposta: (C) 
 
 
 10 
Parte II – QUESTÕES DISSERTATIVAS 
 
Questão 1. 
Mostre, num diagrama IS-LM e AS-AD, os efeitos dos eventos abaixo. Assuma que a produtividade 
marginal do trabalho é constante. 
a. Uma redução permanente da oferta de moeda. 
Resposta: 
Resumidamente, uma redução permanente da oferta de moeda provoca os seguintes eventos: 
1°. A redução da oferta de moeda desloca a LM para LM’ e a AD para AD’. No curto prazo, com preços 
fixos, a economia se desloca para o ponto B. 
2°. Entretanto, a um nível mais baixo de produto e menor emprego, há um desequilíbrio no mercado de 
trabalho. Assim, preços e salários precisam se alterar. Mais especificamente, o preço cai conforme a 
economia se desloca do ponto B ao C. Esse ajuste atenua o desequilíbrio no mercado de trabalho, mas 
não o elimina. 
3°. Conforme o menor nível de preços é incorporado às decisões dos agentes em respeito ao mercado de 
trabalho para o próximo período, a curva AS começa a se deslocar para baixo e para a direita. Quando se 
chega ao ponto D, a economia está de volta ao equilíbrio. Não há alteração nas variáveis reais, apenas 
uma queda no preço proporcional à diminuição da oferta de moeda. 
 
 11 
 
b. Um choque negativo permanente de oferta. Explique por que é mais complexa a reação da 
autoridade monetária reagir a este que no caso de um choque de demanda agregada. 
Resposta: 
1°. Um choque negativo de oferta (como, por exemplo, um aumento no mark-up ou aumento nos preços 
de commodities) desloca a curva AS para AS’. 
2°. O aumento do mark-up (ou nos preços das commodities) implica num aumento nos preços e uma 
consequente redução no salário real. Com a diminuição do salário real, menos trabalhadores estarão 
dispostos a trabalhar. 
3°. Com a redução no nível de emprego de equilíbrio, o produto de equilíbrio também cai, o que se 
reflete no deslocamento da curva AS para AS’. Um aumento no nível de preços também leva a uma 
queda da oferta real de moeda, e a LM se desloca para LM’. Assim, a economia se move do ponto A para 
o ponto B, o produto cai permanentemente e os preços aumentam. 
 
 
 
 12 
Questão 2. 
A curva de Phillips de uma economia é 𝜋𝑡 − 𝜋𝑡−1 = 0,15 − 2,5𝜇𝑡. Em t − 1, a taxa de desemprego iguala 
a taxa natural, e a inflação é nula. No início do período t, o governo baixa a taxa de desemprego para 5% 
(𝜇𝑡 = 0,05) e a mantém neste patamar daí em diante. Determine a taxa de inflação em t + 1. 
Resposta: 
A Curva de Phillips é dada por: 
𝜋𝑡 = 𝜋𝑡
𝑒 − 𝛽(𝑢𝑡 − 𝑢𝑁) 
Como em t – 1: ut = uN ⇒ t = t – 1 ⇒ t − t – 1 = 0. Logo: 
0 = 0,15 − 2,5𝑢𝑡 ⇒ 𝑢𝑡 = 0,06 ou 6% 
Nesse nível de desemprego, temos que ut = ut - 1 = uN, pois t = t – 1 = e. Como, t – 1 = 0 e ut = 5% (por 
decisão do governo), então: 
𝜋𝑡 − 0 = 0,15 − 2,5(0,05) ⇒ 𝜋𝑡 = 0,025 ou 2,5% 
Então em t + 1: 
𝜋𝑡+1 − 𝜋𝑡 = 0,15 − 2,5(𝑢𝑡+1) 
Com ut = ut+1 = 5%, e t = 2,5%, temos que: 
𝜋𝑡+1 − 0,025 = 0,15 − 2,5(0,05) → 𝜋𝑡+1 = 0,05 ou 5% 
 
 
t
ut
t = 2,5%
t = e = t - 1
t - 1 = 0%
uN
6%5%
t - 1 = 5%
t = 2,5%
 13 
Questão 3. 
Considere uma economia descrita pelas seguintes relações de comportamento. 
(i) Lei de Okun: 𝜇𝑡 − 𝜇𝑡−1 = −0,2(𝑔𝑦𝑡 − 0,02) 
(ii) Curva de Phillips: 𝜋𝑡 − 𝜋𝑡−1 = −(𝜇𝑡 − 0,05) 
(iii) Relação de Demanda Agregada: 𝑔𝑦𝑡 = 𝑔𝑚𝑡 − 𝜋𝑡 
Pergunta-se: 
 
a. Qual a taxa de desemprego natural? 
Resposta: 
Pela relação que descreve a Curva de Phillips, sabemos que quando t = N  t = te = t − 1. Logo: 
t − t − 1 = 0 
Portanto: 
0 = −𝜇𝑡 + 0,05 → 𝜇𝑡 = 0,05 
Dessa forma a taxa natural de desemprego é 5% 
 
 
b. Caso a taxa de desemprego vigente seja igual à taxa natural, qual a taxa de crescimento do produto 
que manterá constante a taxa de desemprego. 
Resposta: 
Segundo a Lei de Okun: 
𝜇𝑡 − 𝜇𝑡−1 = −𝛽(𝑔𝑦𝑡 − �̅�𝑦) 
t
ut
t = t - 1 = 0
uN
5%
LP
0%
 14 
onde �̅�𝑦 significa a taxa de crescimento normal do produto no longo prazo. Pela equação dada: 
𝜇𝑡 − 𝜇𝑡−1 = −0,2(𝑔𝑦𝑡 − 0,02) 
Vamos supor que a economia parte do pleno emprego dos fatores e se encontra, nesse instante, em 
desequilíbrio em relação à situação de longo prazo. Em outras palavras, assuma que N = t − 1 e t =  
em nossa definição da Lei de Okun. 
Portanto, se t = t − 1 ou N = , então t − t − 1 = 0 
𝜇𝑡 − 𝜇𝑡−1 = −0,2(𝑔𝑦𝑡 − 0,02) ⟹ 0 = −0,2𝑔𝑦𝑡 + 0,004 ⟹ 𝑔𝑦𝑡 = 0,02 
Ou seja, a taxa de crescimento do produto que mantem a taxa de desemprego constante é 2%. 
 
c. Caso a taxa de desemprego vigente seja igual à natural e a taxa de inflação vigente seja igual a 5%, 
qual a taxa de crescimento monetário que manterá constante a taxa de desemprego? 
Resposta: 
Pela relação de demanda agregada: 
𝑔𝑦𝑡 = 𝑔𝑚𝑡 − 𝜋𝑡 
onde 𝑔𝑚𝑡 significa a taxa de crescimento da oferta de moeda nominal. Supondo t = t − 1 = 5% e t = 5%, 
então a taxa 𝑔𝑚𝑡 necessária para manter t = t − 1 será obtida da seguinte forma: 
Pela Lei de Okun, obtemos: 
𝜇𝑡 − 𝜇𝑡−1 = −0,2(𝑔𝑦𝑡 − 0,02) ⟹ 0 = −0,2𝑔𝑦𝑡 + 0,004 ⟹ 𝑔𝑦𝑡 = 0,02 
Pela relação de demanda agregada: 
𝑔𝑦𝑡 = 𝑔𝑚𝑡 − 𝜋𝑡 → 0,02 = 𝑔𝑚𝑡 − 0,05 ⟹ 𝑔𝑚𝑡 = 0,07 
Logo, a taxa de crescimento monetário que mantem a taxa de desemprego constante é 7%. 
 
 
 15 
Questão 4. 
Milton Friedman e os monetaristas apresentam algumas críticas à determinação dos juros como base de 
política monetária. Essas críticas passam, de um modo geral, pela representação da variável que 
determina o investimento (a taxa real de juros) de acordo com a equação de Fisher, ou seja: 
𝑟𝑡 = 𝑖𝑡 − 𝜋𝑡
𝑒. Como base nessas críticas, respondas as seguintes perguntas: 
 
a. Por que o comportamento da taxa de juros nominal pode não ser um bom guia de direção da política 
monetária, seja ela contracionista ou expansionista? 
Resposta: 
A questão aqui está diretamente ligada à variável que determina o investimento, ou seja, a taxa real ex-
ante: 𝑟𝑡 = 𝑖𝑡 − 𝜋𝑡
𝑒. Caso as expectativas inflacionárias estejam altas, então, para uma dada taxa nominal 
de juros, a taxa real de juros se reduzirá (𝜋𝑡
𝑒 ↑  𝑟𝑡 ↓). 
Portanto, mesmo quando it é alto (espera-se uma política monetária contracionista, dessa forma), a 
política monetária poderá ser expansionista em seus efeitos. 
 
b. Por que a fixação da taxa de juros por parte da autoridade monetária pode apresentar um efeito 
desestabilizante 
Resposta: 
Fixar a taxa de juros pode ser desestabilizante, pois pode afetar 𝜋𝑡
𝑒 e, consequentemente, 𝑖𝑡, que é o que 
o Banco Central pretendia controlar. 
Friedman propõe que o Banco Central não deva prestar atenção no comportamento da taxa de juros 
nominal, mas, ao contrário, manter a oferta de moeda crescendo a uma taxaconstante. 
A força do argumento monetarista para a concentração sobre o comportamento do estoque monetário 
na condução da política monetária, depende da estabilidade da função demanda por moeda. Por causa 
dos deslocamentos da demanda por moeda, o comportamento do estoque monetário não é um guia 
perfeito para a condução da política monetária, assim como não o é a taxa de juros. Por isso, o Banco 
Central deve estar atento às mudanças nas duas variáveis. 
 
 16 
Questão 5. 
Suponha uma economia caracterizada pela seguinte Curva de Phillips: 
𝜋𝑡 = 𝜋𝑡
𝑒 + 0,5(𝑦𝑡 − 𝑦𝑛) 
em que yt é o produto e yn é nível de produto potencial. Além disso, 𝜋𝑡 e 𝜋𝑡
𝑒 representam, 
respectivamente, a taxa de inflação corrente e a taxa de inflação esperada (ambas expressas em 
percentuais ao ano). Os agentes devem formar expectativas de inflação antes de observá-la. Há dois 
cenários possíveis: 
(i) Inflação alta: 𝜋𝑡 = 10% 
(ii) Inflação baixa: 𝜋𝑡
𝑒 = 2% 
O público atribui 25% de chance ao cenário de inflação alta e 75% de chance ao cenário de inflação 
baixa. Supondo que o produto atinge seu nível potencial em 50 (yn = 50), calcule o produto para os dois 
cenários de inflação propostos. 
Resposta: 
Pela relação que descreve a Curva de Phillips no exercício: 
𝜋𝑡 = 𝜋𝑡
𝑒 + 0,5(𝑦𝑡 − 𝑦𝑛) 
Sejam H e L, respetivamente, as probabilidades atribuídas para cenários de inflação alta (10%) e baixa 
(2%). De acordo com as probabilidades indicadas, a inflação esperada pode ser representada como: 
𝜋𝑡
𝑒 = 0,25𝜋𝐻 + 0,75𝜋𝐿 = 0,25(0,10) + 0,75(0,02) = 0,04 ou 4% 
Supondo Yn = 50, queremos calcular Y nominal quando 𝜋 = 𝜋𝐻 = 10% e 𝜋 = 𝜋𝐿 = 2%. Logo: 
 
(i) Inflação alta: 
10 = 4 + 0,5(𝑦𝑡 − 50)  𝑦𝑡 = 62 
 
(ii) Inflação baixa: 
2 = 4 + 0,5(𝑦𝑡 − 50)  𝑦𝑡 = 46 
 
 
 17 
Questão 6. 
Explique o que vem a ser uma “Costless Disinflation”. Explique quais as hipóteses necessárias para que 
ela ocorra? 
Resposta: 
Uma costless disinflation, ou uma desinflação menos custosa para a sociedade, seria a possibilidade de 
desinflacionar a economia sem incorrer em quedas do produto e do emprego abaixo dos seus níveis 
naturais. Três condições são necessárias para isso: 
(i) não há inércia inflacionária (e, consequentemente, não há expectativas adaptativas, ou seja, ao invés 
disso, as expectativas são racionais); 
(ii) a política anunciada pelo Banco Central (a meta de inflação a ser perseguida) é crível; e 
(iii) na curva de oferta de Lucas, a surpresa inflacionária causa um desvio do produto do seu nível 
natural, e não o contrário. 
 
 
 18 
Questão 7. 
Considere a curva de Phillips: 
𝜋𝑡 = 𝜋𝑡
𝑒 − 2(𝑢𝑡 − 0,10) 
onde 𝜋𝑡 e 𝜋𝑡
𝑒 e ut são, respectivamente, a inflação no ano t, a inflação esperada para t e a taxa de 
desemprego em t. No ano 1, a economia encontra-se em uma situação em que 𝜋𝑡 = 𝜋𝑡
𝑒 = 0,10. O Banco 
Central, que controla diretamente a taxa de inflação, anuncia a implementação, a partir do ano 2, de 
uma política de desinflação, visando trazer a inflação para 0,04 (isto é, 4%). 
A razão de sacrifício (ou taxa de sacrifício) é o aumento na taxa de desemprego (acumulado ao longo do 
período de desinflação dividido pela queda na taxa de inflação). Com base nessas informações, responda 
os itens a seguir 
a. Se as expectativas são racionais e o Banco Central é capaz de adotar um mecanismo de 
comprometimento crível, como ocorrerá a desinflação e qual será a razão de sacrifício? 
Resposta: 
No ano 2, o Banco Central implementará meta de inflação de 4%. Para o ano 1, segundo a equação da 
Curva de Phillips dada: 
0,10 = 0,10 − 2(𝑢1 − 0,10) ⇒ 𝑢1 = 0,10 
Se as expectativas são racionais e o mecanismo de comprometimento do Banco Central é crível, então 
𝜋2 = 𝜋2
𝑒 = 0,04. Para o ano 2, dessa forma: 
0,04 = 0,04 − 2(𝑢2 − 0,10) ⇒ 𝑢2 = 0,10 
Portanto, a taxa de desemprego não se altera e a razão de sacrifício é nula. 
 
b. Se as expectativas são adaptativas (πt
e = πt−1), qual a razão de sacrifício? 
Resposta: 
Para o caso de expectativas adaptativas: 
π2
e = 0,10 e 𝜋2 = 0,10 (caso de desinflação nula, ou seja, com menor velocidade possível). 
Para o ano 2, a taxa de desemprego será: 
0,04 = 0,10 − 2(𝑢2 − 0,10) ⇒ 𝑢2 = 0,13 
Que implica em uma taxa de sacrifício = (0,13 − 0,1) / (0,04 − 0,1) = −0,5. 
Logo, é necessário um aumento de 0,5% na taxa de desemprego para cada ponto percentual de queda 
na inflação. 
 
c. Se as expectativas de inflação são uma média ponderada da inflação passada e da meta de inflação de 
4%, de modo que πt
e = 0,5πt−1 + 0,5(0,04), e o Banco Central deseja reduzir imediatamente (no ano 2) 
a inflação para 4%, qual será a razão de sacrifício? 
Resposta: 
Para o ano 2: 
0,04 = 0,5(0,10) + 0,5(0,04) − 2(𝑢2 − 0,10) ⇒ 𝑢2 = 0,115 
 19 
A razão de sacrifício é dada por: 
𝑇𝑆 =
𝑦𝑡 − 𝑦𝑡−1
𝜋𝑡 − 𝜋𝑡−1
 
que significa quanto de queda do produto é necessária para se reduzir a inflação em 1 p.p. Como 
estamos trabalhando com taxa de desemprego, a razão de sacrifício pode ser descrita alternativamente 
como sendo: 
𝑇𝑆 =
𝑢𝑡 − 𝑢𝑡−1
𝜋𝑡 − 𝜋𝑡−1
=
0,115 − 0,10
0,04 − 0,10
= −0,25 
ou seja, é necessário um aumento de 0,25% na taxa de desemprego para cada ponto percentual de 
queda na inflação. 
Este é um caso de inércia inflacionária. Quando a inflação é inercial, o combate à inflação exige uma taxa 
de sacrifício maior do que no caso de expectativas racionais (no qual a taxa de sacrifício é nula). 
Conforme a inflação observada decaia, a taxa de sacrifício irá reduzir. A velocidade com que esse 
decaimento decorre é inversamente proporcional à taxa de sacrifício. 
 
 20 
Questão 8. 
Suponha que a economia de um país possa ser descrita pelas três equações seguintes: 
Lei de Okun: 𝑢𝑡 − 𝑢𝑡−1 = −(0,4𝑔𝑦 − 0,03) [1] 
Curva de Phillips: 𝜋𝑡 − 𝜋𝑡−1 = −(𝑢𝑡 − 0,05) [2] 
Demanda agregada: 𝑔𝑦 = 𝑚𝑡 − 𝜋𝑡 [3] 
Seja inicialmente as seguintes condições econômicas dadas em t: 
• 𝑢𝑡 = 𝑢𝑡−1 = 5%; 
• 𝑚𝑡 = 13%; e 
• 𝜋𝑡 = 10%. 
Suponha agora que as autoridades econômicas desse país utilizem a política monetária para reduzir a 
inflação, fazendo com que o crescimento da oferta monetária seja reduzido permanentemente de 13% 
para 3%, a partir do ano t. Dessa forma, calcule a taxa de desemprego, a taxa de crescimento do produto 
e a taxa de inflação para os anos: t, t + 1 e t + 2. 
Resposta: 
Pelo enunciado sabemos que em t: 
 t 
Inflação 10% 
Desemprego 5% 
Produto 13%-10% = 3% 
Expansão Monetária 13% 
Para calcularmos os períodos restantes, iniciamos substituindo na equação [1] a equação [3] 
considerando 𝑚𝑡 = 3% : 
𝑢𝑡 − 0,05 = −[0,4(0,03 − 𝜋𝑡) − 0,03] 
𝑢𝑡 − 0,05 = −[0,012 − 0,4𝜋𝑡 − 0,03] 
𝑢𝑡 − 0,05 = 0,4𝜋𝑡 + 0,018 
𝑢𝑡 = 0,068 + 0,4𝜋𝑡 
Substituindo na equação (2), considerando 𝜋𝑡−1 = 10%: 
𝜋𝑡 − 0,1 = −(0,068 + 0,4𝜋𝑡 − 0,05) 
𝜋𝑡 + 0,4𝜋𝑡 = −0,068 + 0,05 + 0,1 
1,4𝜋𝑡 = 0,082 
𝜋𝑡 =
0,082
1,4
= 0,058714 ≅ 5,9% 
Dessa forma, a taxa de desemprego se torna: 
 21 
𝑢𝑡 = 0,068 + 0,4(0,0585714) = 0,09142856 ≅ 9,1% 
E a taxa de crescimento do produto, por sua vez, se torna 
𝑔𝑦𝑡 = 0,03 − 0,059 = −0,029 = 2,9% 
Para o segundo período temos, pela Lei de Okun: 
𝑢𝑡 − 0,09142856 = −[0,4(0,03 − 𝜋𝑡) − 0,03] 
𝑢𝑡 = 0,10942856 + 0,4𝜋𝑡 
Assim, a inflação em t + 2 se torna: 
𝜋𝑡 − 0,0585714 = −(0,10942856 + 0,4𝜋𝑡 − 0,05) 
1,4𝜋𝑡 = −0,00085716 
𝜋𝑡 = −0,000612257 ≅ 0,0% 
Da mesma forma, como vimos anteriormente, a taxa de desemprego em t + 2 se torna: 
𝑢𝑡 = 0,10942856 + 0,4(−0,000612257) = 0,10918 ≅ 10,9% 
E a taxa de crescimento do produto em t + 2: 
𝑔𝑦𝑡 = 0,03 − 0,00 = 3% 
Em resumo, teremos para os períodos t, t + 1 e t+2:: 
 t t+1 t+2 
Inflação 10,0% 5,9% 0,0% 
Desemprego 5,0% 9,1% 10,9% 
Produto 3,0% −2,9% 3,0% 
Expansão Monetária 13,0% 3,0% 3,0% 
 
 
 22 
Questão 9. 
Suponha que haja uma redução na demanda agregada por moeda real, isto é, um deslocamento 
negativoda função de demanda agregada por moeda real. Descreva e demonstre graficamente os 
efeitos de curto e longo prazo sobre: 
a) a taxa de câmbio nominal spot; 
b) a taxa de juros nominal doméstica; e 
c) o nível geral de preços doméstico. 
Resposta: 
Na figura abaixo, a redução na demanda por moeda desloca sua curva para cima, de L1 para L2. Como, no 
curto prazo, os preços são rígidos, então M/P permanecem constantes. O efeito imediato disto é uma 
redução na taxa nominal de juros e uma a depreciação da taxa de câmbio de E1 para E2 (ponto 1), se a 
redução na demanda por moeda for temporária ou uma depreciação para E3 (ponto 2) se a redução for 
permanente. O maior impacto decorrente de uma redução permanente na demanda por moeda deve-se 
uma alteração também nas taxas de câmbio futura (esperada). 
No longo prazo, o nível de preços se eleva fazendo com que a oferta monetária real se equilibre com a 
demanda real por moeda. Isto faz com que a taxa de juros nominal retorne aos poucos ao seu nível 
inicial, provocando o deslocamento da curva de saldos monetários reais para (M/P2). 
A dinâmica do ajustamento a uma redução permanente da demanda por moeda corresponde a uma 
elevação do retorno esperado dos depósitos em moeda estrangeira (de I1 para I2), devido a elevação da 
taxa de câmbio futura. O equilíbrio desta nova curva com a taxa nominal de juros doméstica de longo 
prazo traz o equilíbrio do ponto 3, em que a taxa de câmbio se aprecia de E3 para E4. 
 
 
 
 23 
Questão 10. 
Um investidor estrangeiro tem a opção de investir certo montante (em dólares), pelo prazo de um ano, 
em seu país à taxa de juros de 3% ao ano, ou em um ativo de risco equivalente no Brasil à taxa de juros 
de 8% ao ano. Sabendo-se que a taxa de câmbio no início do período é de R$3,00/US$, qual deve ser a 
expectativa em relação à taxa de câmbio esperada para o final do período para que o investimento seja 
rentável no Brasil? 
Resposta: 
De acordo com a PDJ é possível descrever, a taxa de equilíbrio do mercado de câmbio pela fórmula: 
Et =
Et+1
e
1 + Rt − Rt
∗ 
Dados: Et = 3; Rt = 0,08; e Rt
∗ = 0,03. Então: 
3 =
Et+1
e
1 + 0,08 − 0,03
 
Et+1
e = 3,15 
 
Portanto, deve haver uma expectativa de desvalorização do real para R$3,15/US$ para que o 
investimento seja rentável no Brasil.

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